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magaiver

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Tudo que magaiver postou

  1. Também não entendo. Dá a impressão que existem várias correntes dentro da própria ONU, assim como dentro dos partidos políticos (veja o caso do PT, que expulsou a Heloísa Helena). Dependendo de quem dentro da ONU veio esse elogio, acho que é mais ruim do que bom. Resumindo, a ONU nao é referência pois na maioria das vezes é usada apenas como testa de ferro para impor as vontades dos Estados Unidos ao restante do mundo. Alguém aqui entende de política internacional? Jogue uma luz nessa discussão, por favor. Como dizia Madre Teresa: É foda...
  2. Tem outras coisas muito boas também, mesmo sem estar louco. Por exemplo, saltar de pára-quedas. É muito, mas muito doido mesmo. Só que não pode estar louco, a não ser que seja salto dulpo, em que o controle de todo o salto é feito por um pára-quedista experiente e de preferência sóbrio, he, he. O único problema é que é caro pra caralho. Trepar doido sai mais barato. Outra explicação para a intensificação do orgasmo é que você fica mais desinibido pra fazer uns lances um pouco diferentes, sei lá. Mas por outro lado, uma vez eu entrei numa onda de ter umas idéias doidas durante a transa que me desviaram a atenção e atrapalhou um pouco. Mas de um modo geral é muito bom.
  3. Ouvi dizer que o tal vaporizer é muito caro. Alguém sabe como fazer um vaporizer artesanal, ou algum tipo de gambiarra que fucione do mesmo jeito? Valeu.
  4. Pessoal, pra quem leu "O ponto de mutação" do Capra, recomendo que leiam também "O mundo assombrado pelos demônios" de Carl Sagan (mesmo autor de "Cosmos", entre outros). O Capra pisa um pouco na bola ao jogar toda a culpa pelos problemas mundiais comtemporâneos na visão mecanicista do mundo, impregnada no método científico por caras do porte de Isaac Newton, Descartes, Francis Bacon, etc. (não necessariamente nessa ordem). Acho que ele exagerou um pouco, mas se a ciência foi culpada por tudo isso, somente por ela é que tais problemas podem ser solucionados. Ele acerta ao dizer que boa parte dos problemas não existiriam mais, se nosso sistema energético fosse baseado na exploração direta da energia solar, a única fonte 100% limpa. Vale a pena ler o livro do Carl Sagan por sua defesa apaixonada da ciência e do pensamento científico verdadeiro, em contraste com seu combate fervoroso à pseudociêncie e a credulidade acrítica. A propósito, soube através do site do Gabeira (www.gabeira.com.br) que o Carl Sagan achava a maconha maravilhosa. Alguém saba a fonte dessa informação? De que livro foi extraída? Já li desse autor os livros "O mundo assombrado pelos demônios", "Cosmos" e "Bilhões e bilhões" e não encontrei tal referência. A unica menção que ele faz da maconha é no livro "O mundo assombrado..." em que ele compara a atual política de combate as drogas imposta pelos Estados Unidos ao restante do mundo, como uma caça às bruxas e um intenso processo de falseamento de dados científicos, alteração de fatos históricos, manipulação tendenciosa da opinião pública (tão crédula nas "autoridades"), etc. A aí ?
  5. Seria legal reunir as frases de rodapé mais legais num único post pra galera eleger as mais criativas (quando inéditas). Tem algumas que eu gosto muito, além da que vai em todos os meus posts (quem procura o que não guarda..), que eu não sei se tem autor conhecido, aí vão algumas... "Fumo mas não trago, quem traz é um amigo meu" (essa saiu até no programa do Jô Soares). "Se todos os maconheiros dessem as mãos .... quem ia apertar o beck ?" "você pode fumar baseado / baseado em que você pode fazer quase tudo. / Contanto que você possua / mas não seja possuído". (Galvão, Baby e Pepeu - na música : o mal é o que sai da boca do homem). "Fumo porque é fumaça, se fosse líquido beberia" (parodiando a frase célebre de Jânio Quadros "Bebo porque é líquido, se fosse sólido come-lo-ia")
  6. Pessoal, esta reportagem é meio antiga, não sei se já postaram, mas achei bacana. Aí vaí.... Queimando a MPB até a última ponta Planet Hemp reacende relação de nossa música com as drogas, que vem desde Noel Rosa Julio Moura 30/07/2001 A cena está registrada no filme Doces Bárbaros, de Jom Tob Azulay. Preso por porte de maconha (segundo o depoimento do delegado, havia um cigarro pronto e uma quantidade que dava pra fazer mais dois baseados), Gilberto Gil chega ao fórum de Florianópolis para aguardar a sentença do juiz. O meritíssimo dita para o escrivão: "Gilberto Gil declarou que gostava da maconha e que seu uso não lhe fazia mal, nem o levava a fazer o mal". Diante das câmeras, o olhar embaraçado do cantor prenuncia a ofensiva do juiz: "As palavras de Gilberto Gil podem encontrar ressonância rítmica e poética em Refazenda - o abacateiro. Mas não encontram aceitação nas leis e na experiência humana", sentencia o árbitro antes de determinar a internação do cantor numa clínica psiquiátrica "pelo tempo necessário à sua recuperação". A conseqüência é o cancelamento imediato da turnê e um longo período de reclusão hospitalar para Gil, descrito na canção Sandra , gravada no álbum Refavela (1977). Não é de hoje, portanto, que artistas e juristas debatem-se diante da erva venenosa. Rítmica e poeticamente, para fazer justiça às palavras do juiz de Florianópolis, a ganja sempre povoou o imaginário de nosso cancioneiro. A polêmica que (não é de) agora envolve o grupo Planet Hemp e suas letras é coisa antiga na MPB - no Estado do Rio, a banda agora só pode se apresentar para espectadores maiores de 18 anos, por ordem do polêmico juiz de menores Siro Darlan. Motivo: suposta indução da juventude ao vício, pela apologia às drogas nos versos do grupo. A referência mais remota (posterior ao samba Cocaína, de Sinhô, dedicada "ao bom amigo Roberto Marinho", nos anos 20, mas isso já é outra história) pode ser encontrada na canção Quando o Samba Acabou , de Noel Rosa, gravada por Mario Reis, em 1935. O samba conta a história de dois malandros da Mangueira que disputavam o amor da cabrocha Rosinha. O vencido, "perdendo a doce amada, / foi fumar na encruzilhada / passando horas em meditação". Os efeitos da fumaça na cabeça do malandro de Noel são de estarrecer o juiz Siro Darlan: "quando sol raiou / foi encontrado / na ribanceira estirado / com um punhal no coração". Wilson Batista identificou um indefectível caráter sociológico na "erva do norte" fumada por Chico Brito, sucesso com Dircinha Batista : "Lá vem o Chico Brito / descendo o morro nas mãos do meganha / é mais um processo / é mais uma façanha./ Chico Brito fez do baralho seu maior esporte / No morro dizem que fuma uma erva do norte". É o próprio Chico quem defende teses: "Se o homem nasceu bom / e bom não se conservou / a culpa é da sociedade que o transformou". Independente de juízos e juízes, o certo é que fumava-se muita maconha na Lapa dos anos 30 e 40. Antes de a erva ser considerada um mal para os lares nacionais, fama que passou a carregar a partir da década de 50, a droga era comercializada livremente, sobretudo junto às camadas mais populares. Era natural, portanto, que a cannabis fizesse parte do dia-a-dia de alguns sambistas, e até lhes completasse a cota de inspiração que os copos de cachaça e cerveja lhes conferiam em bares como o Café Nice e o Café dos Bandidos, na Praça Tiradentes. Segundo o escritor Ruy Castro, no livro Chega de Saudade, o jovem João Gilberto, então um iniciante cantor do grupo vocal Garotos da Lua, era conhecido na Lapa dos anos 40 como Zé Maconha. Isso sem falar na morfina (consumida por Sílvio Caldas e Orlando Silva, entre outros), na cocaína (a favorita de Nelson Gonçalves) e, evidentemente, no álcool. Depois da Segunda Guerra, com a oficialização da moral americana em todo o continente, a maconha acabou transformada em inimiga pública da família brasileira. Não havia muito espaço para aviõezinhos no barquinho da Bossa-Nova e o uísque era o combustível mais constante nas navegações de Tom, Vinicius, Bôscoli e companhia. É de Vinicius de Moraes a frase: "o uísque é o melhor amigo do homem. Uísque é cachorro engarrafado". Coerente com seu histórico, a maconha se ambientava com mais propriedade entre o povão. Nos início dos anos 60, o grupo jovem-guardista Golden Boys fez duas "homenagens" à cannabis antes que a imagem da erva se associasse indelevelmente à juventude e aos movimentos de contestação que marcariam o final daquela década em todo o mundo. Foram os Golden Boys quem primeiro lançaram os hits Erva Venenosa - versão de Poison Ivy, gravada pelos Rolling Stones, e depois recriada pelo Herva Doce (em 83) e por Rita Lee (em 2000) - e Fumacê , regravada em 2001 pelo Trio Nordestino, no cruzamento forró-reggae que atualmente faz a cabeça da moçada universitária de raiz (e de folhas). Nos anos 70, a comunidade hippie dos Novos Baianos queimou muito mato no sítio de Jacarepaguá. Os Mutantes preferiam os ácidos lisérgicos, voga que acabaria abandonando Arnaldo Baptista numa eterna plataforma de viagem. Os mesmos ácidos que, segundo Nelson Motta, no livro Memórias Tropicais, Tim Maia distribuía aos executivos da Philips (atual Universal Music), aconselhando-lhes o consumo para "ver se expandiam a consciência". Raul Seixas advertia aos que não dispunham de colírio que usassem óculos escuros, em Como Vovó já Dizia (73). Uma década mais tarde, em Metrô Linha 743, o maluco-beleza ainda não se livrara da paranóia: "Vá fumar lá do outro lado. / Dois homens fumando juntos pode ser muito arriscado". A última ponta queimada pela Ditadura calou o núcleo mais cabeça dos Novos Baianos. A censura vetou a paródia bíblica de O Mal É o que Sai da Boca do Homem, de Galvão, Baby e Pepeu, que havia sido classificada para as finais do festival MPB-80, promovido pela TV Globo. Os argumentos da letra de Galvão, como os de Gil, não encontraram ressonância poética entre os censores: "você pode fumar baseado / baseado em que você pode fazer quase tudo. / Contanto que você possua / mas não seja possuído". A abertura política dos anos 80 não evitou que Arnaldo Antunes e Lobão entrassem em cana, respectivamente pelo uso de heroína e cocaína. A associação da maconha à marginália e ao tráfico de drogas rendeu vários sucessos ao sambista Bezerra da Silva. Os versos "vou apertar / mas não vou acender agora / se segura malandro / pra fazer a cabeça tem hora", de Malandragem Dá um Tempo (86), regravada pelo Barão Vermelho , em 96, suavizavam as divisões de raça e classe social que pudessem segregar os usuários. Sem falar na tal semente que o vizinho jogou no fundo do quintal e que "virou um tremendo matagal", no depoimento de Bezerra. Com todo esse background, quando os anos 90 entraram em cena, Marcelo D2, Gabriel O Pensador (em Cachimbo da Paz ) e Fernanda Abreu (no Veneno da Lata ) puderam proferir seus discursos legalizantes para uma imensa e incansável platéia. Isso até que um juiz marqueteiro roubasse a cena e os porcos fardados baixassem a porrada na molecada. http://www.cliquemusic.com.br/br/Acontecen...Nu_materia=2794
  7. OS NOVOS NARCO-ESTADOS Os países que mantêm políticas tolerantes e moderadas são cúmplices do crime organizado, diz especialista da ONU Por Walter Fanganiello Maierovitch No dia 3 de março, uma representação do International Narcotics Control Board (INCB), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), foi recebida com entusiasmo no Palácio do Planalto. Até então, o INCB amargava contundentes reações européias ao seu relatório de 2003 e aos ataques da lavra do seu dirigente maior, Herbert Schaepe, a respeito da existência de narco-Estados no Primeiro Mundo. No Palácio do Planalto, procedeu-se à leitura do item do relatório dedicado ao Brasil: obviedades, culpa do usuário pela violência, apoio à lei criminalizante aprovada na Câmara dos Deputados. Evidentemente, nenhuma culpa ou referência aos US$ 400 bilhões movimentados nos bancos e instituições financeiras, pelo tráfico internacional. Os representantes do INCB levaram na bagagem a expressa adesão do novo governo brasileiro à War on Drugs (Guerra às Drogas) e ao falido modelo norte-americano antidrogas. O relatório, além do mal-estar causado na Europa Ocidental, recebeu a desaprovação e a indignação das organizações não-governamentais de proteção aos direitos humanos. Isso porque agradou ao INCB a militarizada política antidrogas da Tailândia, conduzida pelo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra. Para se ter idéia, em janeiro e fevereiro de 2004, foram 993 os mortos pela polícia, sob alegação de envolvimento com drogas ilícitas. No primeiro semestre de 2003, o número já era espantoso: 1.197 mortos. Ao aprovar a política brasileira de 2003 – do governo FHC –, o representante do INCB ouviu o que desejava, por meio da manifestação do general-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República: “O Brasil está firmemente comprometido na luta contra as drogas ilícitas e com as convenções emanadas da ONU”. O INCB tem se notabilizado por pretender, nos relatórios anuais, enquadrar os países europeus que implementam políticas próprias, de tolerância e de moderação acerca do fenômeno das drogas. Ao apresentar o relatório de 2003, o diretor Herbert Schaepe destilou peçonhas contra o Canadá, a Austrália e os países europeus que mantêm políticas modernas. Para Schaepe, esses países são cúmplices da criminalidade organizada. O INCB nasceu da Convenção Única sobre Drogas realizada em 1961. Essa Single Convention representou a prevalência da política de tolerância zero dos EUA. E também a adesão – que se quer imutável – dos estados membros da ONU a uma rígida linha proibicionista. Para fiscalizar o cumprimento das convenções, constituiu-se o International Narcotics Control Board, conhecido na América Latina por Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife). O passar do tempo e a comprovação do insucesso da política norte-americana sustentada em convenções da ONU, levou países europeus, mais o Canadá e a Austrália, a buscar seus próprios caminhos. Em razão disso, em 2001, o INCB imaginou poder propor sanções à Suíça, à Holanda, a Portugal, à Espanha, à Bélgica, à Itália, ao Luxemburgo, ao Canadá e à Austrália. Não aceitava as políticas de tolerância com a cannabis: uso medicinal, não incriminação, permissão para a venda e o consumo em coffe shop, etc. Também implicava com tratamentos de dependentes químicos feitos com o emprego de heroína, metadona e buprenorphine. Em 2002, o relatório do INCB revelava inconformismo quanto aos web sites. Neste ano, Schaepe disparou: “Quando os toxicômanos podem comprar drogas ilícitas e levá-las para uso em estabelecimentos do Estado (narcossalas), existe cumplicidade criminal por parte dos governantes e nós não podemos aceitar que isso seja feito, com violação às convenções internacionais”. O INCB sempre se posicionou contra práticas sociossanitárias de redução de danos. Por exemplo, o emprego médico-terapêutico da maconha. Também não aprova o pill testing para evitar overdose e impedir o consumo de drogas sintéticas contaminadas. Mais ainda critica as narcossalas, locais para uso de injetáveis, com fornecimento de seringas, agulhas e presença de médico e enfermeira para emergências. Vários países europeus, além da Suíça, adotam a estratégia da sala segura (safe injection): a Holanda, a Alemanha e a Espanha. Em fase experimental, elas funcionam na Áustria, em Portugal e em Luxemburgo. No que toca ao pill testing, está presente na França, na Holanda, na Espanha e na Áustria. Em síntese, o INCB tem no governo Lula um novo aliado. Estamos ao lado dos EUA, dos estados teocráticos islâmicos, da Suécia, da Finlândia e da Noruega. http://cartacapital.terra.com.br/site/index_frame.php
  8. E quanto ao elo mais fraco, os usuários? Até quando a sociedade vai jogar toda a culpa pela violência neles? Desses 400 bilhões, quanto de imposto poderia ser arrecadado?
  9. magaiver

    Antony E A Cortina De Fhc

    Por Walter Fanganiello Maierovitch para Carta Capital A detenção do ator global marcello Antony – surpreendido na posse de 100 gramas de maconha para uso pessoal – veio a calhar aos sustentadores da tese de culpa exclusiva do usuário pelo aumento da violência e pelo fortalecimento das associações criminosas. Lastreiam a tese e o truísmo de que sem consumo (demanda) não haveria oferta. Nesta semana, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a prestigiar essa tese, em conferência a empresários. Manteve coerência com a política de drogas que legou ao País, marcada pela adesão ao falido modelo norte-americano e permissão aos arapongas da CIA, DEA e NAS para circular e grampear conversas pelo território nacional. Assim como Bush afirmou que os usuários de drogas sustentam o terrorismo e, por conseqüência, teriam responsabilidade pelo 11 de setembro e por Bin Laden, o ex-presidente FHC os colocou como bodes expiatórios da violência e da criminalidade organizada, em especial no Rio de Janeiro. A única diferença foi a retratação de Bush diante da reação negativa da sociedade civil norte-americana. A propósito, FHC usa esses temas como cortina de fumaça. Para encobrir, além da sua política de drogas de criminalização do usuário, o Plano Nacional de Segurança Pública que deixou, de flagrante capitulação à criminalidade organizada. Só para não esquecer, o plano de segurança de FHC, elaborado antes do “apagão”, tinha como principal meta a iluminação de vias públicas. Uma tese sustentada, em 1886, pelo italiano Enrico Ferri, na obra Sociologia Criminal: “Numa rua escura cometem-se mais crimes que alhures; bastará iluminá-la e isso se revelará mais econômico do que construir prisões”. A culpa atribuída ao usuário tem o defeito da miopia. Ele é o elo mais fraco numa cadeia sinérgica composta pelo capital inicial, cultivo, extração, transporte, refino, distribuição, venda, corrupção, lavagem de dinheiro no sistema financeiro, lucro e reciclagem do capital limpo em atividades ilícitas ou formalmente lícitas. Nos anos 70, o Cartel de Cali começou a ser estruturado por José Santacruz Lodoño e os irmãos Gilberto e Miguel Angel Rodríguez Orijuela. Esse cartel inovou ao buscar capitais com forças empresariais colombianas, mediante compensações lucrativas e mantido o anonimato. Numa relação de fidúcia, os investidores recebiam dividendos muito superiores aos ofertados pelo mercado legal. Segundo alguns deles, disponibilizavam o capital sem saber em que tipo de negócio seria empregado. O Cartel de Cali fez escola. E ocultos grupos fornecedores de capitais continuam a alavancar o narcotráfico na América do Sul. No Brasil, os serviços de inteligência, estaduais e federais, ainda não os detectaram e, consoante o ministro da Justiça, numa frase surrada e sem provas, estariam seus integrantes em luxuosos apartamentos da avenida Vieira Souto, no Rio de Janeiro. Nem sinais mínimos de patologia financeira foram verificados na favela da Rocinha. Por mero acaso, descobriu-se que o chefe do tráfico, o falecido Lulu, mantinha domicílio certo, num confortável imóvel de três andares. A agência federal de inteligência financeira (Coaf), nos últimos quatro anos do governo FHC, suspeitou de 568 casos de lavagem no Brasil. No governo Lula, até agora e passado mais de ano, nenhuma desconfiança foi anunciada. O elo mais forte da cadeia das drogas, responsável pela disseminação da oferta, é o representado pela economia movimentada: de 3% a 5% do PIB planetário. Anualmente, o sistema bancário internacional movimenta e lava, aproximadamente, US$ 400 bilhões. Por mero oportunismo, o ex-presidente Bill Clinton inverteu a leitura baseada na relação demanda-oferta. Clinton ressaltou que sem oferta de drogas não haveria demanda. Aí partiu para o militarizado Plano Colômbia, agora sob o comando de Bush, que envenena os campos e rios colombianos para eliminar os cultivos de coca. Resultado: a oferta e o consumo não caíram. Entram as drogas sintéticas, consumidas no Primeiro Mundo e que não necessitam da matéria-prima natural. Falta lembrar, também, que sem insumos químicos não há refino da droga natural nem produção das sintéticas. E a Colômbia não tem indústria química. Num outro truísmo, sem precursores não haveria oferta nem demanda. Nesse contexto, o ator Marcello Antony vira o bode da vez, enquanto FHC produz cortina de fumaça para esconder o fracasso. 06/05/2004 17:58 http://www.reduc.org.br/news.php?recidnot=16 Visitem este site, um importanto centro de divulgação da política de redução de danos.
  10. Estatística mostra que polícia tem mais registros por porte de drogas do que por tráfico Na busca por explicações para a explosão da violência no Rio, especialistas em segurança pública se depararam com um dado surpreendente: de janeiro a outubro de 2003, uma em cada quatro pessoas detidas no estado foi por posse ou uso de drogas. Em números absolutos, 5.559 das 20.502 prisões realizadas no período foram de prováveis consumidores, incluindo-se as detenções por 17 tipos de crimes incluídos nas estatísticas oficiais à época. As informações constam de um levantamento feito pelo deputado estadual Carlos Minc (PT) com base em estatísticas oficiais da Secretaria de Segurança.No levantamento feito por Minc, outro dado chama atenção: de 1999 até outubro de 2003, foram feitos 20.035 registros de ocorrência por porte ou uso de drogas contra 14.844 por tráfico (26% a menos). As estatísticas mostram que o ano de 2000 foi o de menor repressão, com 2.575 casos de porte ou uso e 1.963 de tráfico. Aquele ano, o segundo do governo Anthony Garotinho, atual secretário de Segurança, foi marcado pela crise na segurança que culminou com a demissão do coordenador e subsecretário de Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares. A repressão ao consumo de drogas ocupa um tempo precioso da polícia do Rio. Segundo delegados, do flagrante até a conclusão do registro de ocorrência na delegacia, são gastas em média quatro horas. O processo geralmente envolve pelo menos cinco homens: dois PMs, que realizam a prisão, um escrivão, um delegado e um perito do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, que pericia a droga.Para Minc, favorável à descriminação das drogas, os números mostram que o Código Penal está desatualizado. Ele é autor de uma lei, sancionada ano passado pela governadora Rosinha Matheus, que estabelece direitos e deveres de usuários de drogas e impede, por exemplo, que os servidores públicos sejam demitidos por serem dependentes. — As leis hoje em vigor empurram o usuário para o crime. Tratar o usuário como criminoso o afasta cada vez mais da sociedade e trava o trabalho da polícia — diz o deputado. Projeto de lei cria penas alternativas O projeto de lei 7.134, já aprovado pela Câmara dos Deputados, em Brasília, e em tramitação no Senado, pode provocar mudanças profundas na repressão ao consumo de entorpecentes. Ele descrimina o usuário, que não poderá mais ser preso. A prisão é substituída no novo texto por penas alternativas, como advertência, prestação de serviços comunitários e outras medidas sócio-educativas. A proposta, apresentada em 2002, determina que os consumidores sejam levados diretamente para um Juizado Especial Criminal, eliminando o registro de ocorrência na delegacia. E ameniza até as penas dos usuários que plantam maconha em casa para o próprio consumo, que deixam de ser tratados como traficantes e também recebem penas alternativas. Para a antropóloga Alba Zaluar, as estatísticas refletem uma inversão de prioridades por parte da polícia: — Em vez de estarem em áreas perigosas, os policiais estão em áreas onde sabem que vão encontrar os usuários. Ou seja, está havendo uma inversão de prioridade. O usuário pode até estar ajudando a manter o tráfico, mas ele não é responsável por isso. Qual o sentido de levá-lo para uma delegacia? Talvez fosse melhor a polícia estar nas áreas onde os homicídios são mais freqüentes. O presidente do Conselho Estadual Antidroga (Cead), Murilo Asfora, reconhece que a polícia está cumprindo a lei, mas argumenta que essas prisões não contribuem para o combate ao tráfico. — Prender não traz qualquer benefício. Melhor seria se a polícia encaminhasse o usuário a um centro de recuperação. Cerca de 80% dos usuários são dependentes químicos. Isso é uma doença reconhecida pela Organização Mundial de Saúde. Acho que a polícia teria de ser rigorosa sim, mas com os traficantes. Ele é favorável ao projeto de lei que propõe acabar com a prisão dos usuários. Mas critica um dos pontos da proposta. — Eu discordo do projeto quando ele faculta ao dependente a decisão de se tratar. Para mim, o tratamento tem de ser obrigatório — opina. Ignacio Cano, professor da Uerj e membro do Laboratório de Análise da Violência, também acha que a prisão de usuários de droga é ineficaz: — Não se pode culpar a polícia por cumprir a lei. Em primeiro lugar, era preciso acabar com a criminalização do usuário, porque ela provoca um inchaço no sistema penitenciário e tira recursos que poderiam ser usados para problemas mais graves. Além disso, a polícia decide quem prende e quem não prende e aplica o mecanismo de forma discricionária. Se a polícia fosse prender todo mundo que fuma ou cheira, ela não ia ter tempo para mais nada. Já o sociólogo Gláucio Ary Dillon Soares, professor do Instituto Universitário de Pesquisas do Estado do Rio de (Iuperj) e pesquisador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Cândido Mendes (Cesec/Ucam), diz que os dados devem levar a uma reflexão da sociedade: — Se estivermos falando de alguém que estava fumando maconha é uma coisa. Se estivermos falando de alguém que estava com três papelotes de cocaína no bolso, é outra. (...) 06/05/2004 17:58 http://www.reduc.org.br/news.php?recidnot=13 06/05/2004 17:58 http://www.reduc.org.br/news.php?recidnot=13
  11. Peraí meu. O sujeito vai sair de cara limpa? Ja tá em vigor a lei que descriminaliza o usuário ou é só porque o cara é rico e famoso? Alguém conhece o texto da nova lei? Isso é muito importante pra ser divulgado aqui neste fórum porque se alguém rodar poderá citar a tal lei pra poder se safar também. Esse caso pode ser um precedente jurídico? Advogados de plantão, respondam.
  12. Sim, tem vários posts sobre o mesmo assunto mas oriundos de agências diferentes. É importante para sabermos como cada instituição jornalística se comporta sobre o mesmo evento e compararmos um com o outro. Dessa forma saberemos quem está do nosso lado ou não. Agora, definitivamente, qualquer notícia sobre o assunto vinda de qualquer agência das organizações Globo será depreciativa, pejorativa, superficial, distorcida, tendenciosa e etc... pois a globo historicamente sempre esteve do lado da elite dominante, seja ela contra ou a favor, a globo irá apoiar o que esta elite pensa. Talvez no governo Lula isso mude, pois existem até alguns ministros que pensam de forma mais liberal, e de certa forma a Globo terá que apoiar o governo, principalmente se sair a tal ajuda financeira do BNDES. (a globo está quase falindo). Agora imaginem a cena: O william bonner anunciando em alto e bom som, para a maioria dos domicílios brasileiros em horário nobre "A MACONHA NO BRASIL FOI LIBERADA". Será utopia?
  13. Rio tem passeata por liberação da maconha Rio de Janeiro - Uma passeata em defesa da liberação da maconha reuniu cerca de 60 pessoas na tarde deste domingo, na Praia de Ipanema, na zona sul do Rio. O número de participantes foi bem inferior à primeira manifestação, dois anos atrás, quando 500 pessoas caminharam da Praça Nossa Senhora da Paz ao Posto 9. Com cartazes e faixas, os manifestantes cobraram do governo a legalização da maconha e o direito de plantar a erva. "Acho que o movimento foi esvaziado porque hoje o usuário é acusado de financiar a violência do narcotráfico, e isso inibiu muito as pessoas, que não querem se expor. Mas por esse argumento, quem come no McDonald´s financia a guerra do Iraque e o terrorismo internacional", afirmou o psicólogo Luiz Paulo Guanabara. A ONG coordenada por Guanabara, a Psicotropicus, começou a organizar a passeata, mas deixou o movimento há um mês, depois que se acirrou a guerra na Rocinha. "Essa é uma passeata espontânea", afirmou. Durante a passeata, os manifestantes gritavam palavras de ordem, como "Ah-ah-ah! Eu quero é plantar", "Viva Marcelo Anthony", "Ô-ô-ô Garotinho é ditador". O grupo foi saudado por banhistas que estavam no Posto 9, mas não aderiram à passeata. Policiais militares disfarçados de repórteres acompanharam o trajeto de cerca de 500 metros. Eles chegaram a anotar nomes e fotografar os manifestantes, mas não houve incidentes. Ao contrário da passeata de 2002, não houve consumo de drogas. Todo a movimentação foi gravada por duas equipes de documentaristas. Manifestantes davam depoimentos sobre o movimento, experiência com drogas e repressão policial. Um jovem, estudante de Gastronomia, deu receitas culinárias com a erva. Uma estudantes de 17 anos contou que foi denunciada pela mãe para o Juizado de Menores, teve de se submeter a um ano de tratamento com psicólogas e assistentes sociais, mas nunca deixou de fumar maconha. "A abordagem ao jovem é totalmente equivocada. Elas agiam como se as minhas dificuldades de relacionamento com a família fossem por causa das drogas e não porque eu estava na ´aborrecência´", criticou. Clarissa Thomé http://www.ibest.estadao.com.br/agestado/n...4/mai/02/67.htm
  14. Dá para postar aqui as cartas dos leitores? Tentei entrar no link indicado mas tem que ser assinante ou estar cadastrado na globo.com para acessar os textos.
  15. Cada vez eu estou mais convencido de que o que gera a violência é a péssima distribuição de renda que impera neste país. O sujeito não tem onde cair morto mas é estimulado a consumir desde pequeno, por todos os meios de comunicação. O que ele faz para suprir esta necessidade de consumo que lhe é imposta mas não pode ser suprida? Rouba, e se necessário mata. Claro que nem todo mundo adota esta solução. O que se deseja consumir? Não só comida, mas roupas, luxos em geral, presentear a lilhinha com o novo sapatinho da xuxa, automóveis, ou drogas. Garanto que quem rouba e mata para conseguir drogas é a grande minoria dos crimes. Se o viciado em drogas tem dinheiro para gastar com isso, garanto que ele não vai roubar e matar para isso. Mata-se para conseguir um ponto onde o lucro é maior, no caso do tráfico. Mas uma grande empresa pode "matar" outra menor para conquistar o seu espaço. Isso não é uma forma de violência, que gera desemprego e achatamento de salários, que leva a maior incidência de crimes de roubo e latrocícios? Pensem nisso.
  16. Pessoal, alguém tem mais informações sobre o que rolou neste simpósio? Alguém foi e pode publicar os anais aqui na grow? Parece que a ciência está a nosso favor, ou melhor, sempre esteve. Mesmo na época da proibição a ciência já alertava que não havia a necessidade de proibir, pois a maioria dos efeitos negativos da maconha eram superestimados pelos proibicionistas. Mas a ciência nunca foi muito ouvida quando ela contraria interesses políticos, principlamente nos EUA e países dependentes. Portanto é muito importante publicar neste espaço, os avanços políticos desta questão, mas também os avanços científicos.
  17. Substância controversa 16/04/2004 Por Thiago Romero Agência FAPESP - Redução da capacidade motora, taquicardia, hipotermia, retardo psicomotor, crises de ansiedade, prejuízos à concentração e depressão. A lista de problemas decorrentes da aplicação do delta-9-tetrahydrocannabinol (THC), um dos 66 canabinóides presentes na maconha, verificada em testes em animais, é bastante conhecida da comunidade científica. O que os pesquisadores ainda não têm certeza, mas vêm estudando em diversas partes do mundo, é até que ponto o uso medicinal da maconha pode ser benéfico para os seres humanos. Em palestra realizada quinta-feira (15), em São Paulo, durante o simpósio “Cannabis sativa e substâncias canabinóides em medicina”, Roger Pertwee, professor de neurofarmacologia da Universidade de Aberdeen, na Inglaterra, mostrou o lado positivo da questão. Experimentos realizados pelo cientista britânico, não apenas em animais, mas também em humanos, têm mostrado que substâncias baseadas em canabinóides podem produzir efeitos analgésicos importantes. “Existe a possibilidade de criar mecanismos que atuem diretamente no cérebro, sobre os receptores responsáveis pela percepção de dor, onde a droga ativa poderia causar alívio imediato”, afirmou. Pertwee lembrou que o potencial terapêutico do THC tem sido testado em alguns países, como no combate a náuseas e vômitos causados por drogas anticâncer. Segundo ele, canabinóides também estimulam o apetite, o que pode ajudar a reverter o processo de perda de peso excessiva em pacientes portadores de aids. Na década de 80, nos Estados Unidos e na Europa, medicamentos à base de TCH sintéticos passaram a ser usados em casos especiais, como para aliviar a dor em tratamentos contra o câncer e a aids. Recentemente, entretanto, leis federais norte-americanas têm restringido tal uso medicinal. “Se um médico nos Estados Unidos prescrever a maconha hoje, poderá ter sérios problemas com o governo”, afirmou Brian Thomas, diretor do departamento de Química Bioanalítica do Research Triangle Institute, que também esteve no evento realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Para Jorge Armando Félix, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e Presidente do Conselho Nacional Antidrogas (Conab), o assunto ainda tem muito mais dúvidas do que certezas. “Estudos em alguns países têm atestado a possibilidade de uso médico da Cannabis sativa, mas tais experiências ainda são insuficientes para dar conta de todas as questões e contradições que se apresentam”, disse no evento em São Paulo. http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentr...boletim%5D=1661
  18. Acabo de me lembrar de uma coisa. Uma vez, num curso de cerâmica fiz uma mariquinha de argila, que depois de seca pode ser queimada em um forno industrial ou numa fogueira improvisada, para se transformar em cerâmica. Se não queimar a argila e deixar secar naturalmente, vira uma marica de terracota (cerâmica sem queimar), e deixa o beck queimá-la um pouco a cada vez que vc fumar. Será que dá pra trocar o durepox por argila nesses coco-locos? não sei se a argila dá liga com o plástico da tampa do nescafé, mas com a fibra de coco acho que vira. Hoje em dia tem um monte de lojinhas de materiais para artesanato que dá para encontrar argila em pequena quantidade, ou até aquela massa biskuit poderia ser usada, eu acho. Não sei se aguenta temperatura alta igual argila. O que acham?
  19. Sem falar que Durepox quando queima solta um cheiro desgraçado. Na verdade a fumaça do beck também tem gases nocivos, nem tudo que queima junto é benéfico como o thc. Tem também alcatrão, monóxido de carbono, e outras paradas também presentes em qualquer fumo careta. O negócio é consumir o thc de outras formas pra variar, como por exemplo, em um brigadeiro ou bolo (brigonha e bolonha). Deve ter algum post antigo que ensina praparar esses rangos psicodélicos, alguém conhece?
  20. Esse Siro Darlan parece o tal Harry Aslinger, que foi o maior responsável pela proibição no mundo, ocorrida no século passado. Se um Consultor da OMS (Anthony Henman) é anti-proibição da cannabis, por que um porra de um juiz de merda tem que decidir o que é melhor para as pessoas? A OMS é uma das maiores instituições científicas que trata de saude pública, seus consultores afirmam com clareza que o melhor caminho é a legalização, então porque os jornalistas (principlamente os ligados ao grupo da rede Globo) continuam mantendo o mesmo nível das reportagens da era Aslinger, confirmado pelo título da reportagem? Está na hora de reverter este quadro. O mundo precisa de mais Anthony Henman's e menos Aslinger's.
  21. É a vitória da Natureza. Faz 50.000* anos que o ser humano cultiva e fuma maconha, não será 70 anos de proibição que conterá isso. *não sei este valor exato. Sei que são muitos anos, quem souber o valor que os pesquisadores acreditam que o ser humano começou a ser agricultor me avise.
  22. Existe uma substância produzida naturalmente pelo cérebro chamada anandamida. O THC, produzido pela canabis não é originada no nosso corpo e sim, introduzida; e produz os mesmos efeitos da anandamida produzida pelo cérebro. Portanto a anadamida é natural do nosso corpo e o THC não é natural do "nosso corpo". Entendeu? Nem eu. Observação: Os cientista denominaram esta substância como anandamida justamente por ela provocar os mesmos efeitos do THC, pois o significado a palavra anada em sânscrito é "felicidade".
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