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Tudo que Juniaum postou
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Acho que um pouco de azamax (1ml/l) depois que as luzes apagarem não vai fazer mal nenhum no resultado final, eu acho!
Isso também pode ajudar. Pendura diversos no grow.
http://greenpowercultivo.net.br/produto/defensivo-repel-neem-sache-caixa-com-5-unidades/
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Obrigado galera, vou seguir as discas!
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Eu acredito que como qualquer produto diluido em agua a ser aplicado em folhas deve se ser aplicado em periodos em que o clima esteja ameno simulando das 07h as 09 da manha e apartir das 17 da tarde.
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No indoor não tem periodo ameno, é sempre meio dia hehe.
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Comércio formal de maconha movimentaria R$ 5,7 bilhões no Brasil
BRASÍLIA E RIO — A legalização da maconha no Brasil movimentaria, ao ano, R$ 5,7 bilhões, com perspectiva de gerar uma arrecadação tributária de R$ 5 bilhões, segundo estudo elaborado por profissionais da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados. Com base em experiências internacionais e dados nacionais, a pesquisa estimou um público consumidor recreativo de cannabis de 2,7 milhões de pessoas no país. A projeção de receita considerou um mercado regulado, aos moldes do que fez o Uruguai, com limite máximo de compra de 40 gramas ao mês por usuário. No cenário traçado, os impostos cobrados do setor seriam os mesmos hoje aplicados à indústria do tabaco.
Com o título “Impacto Econômico da Legalização da Cannabis no Brasil”, o estudo estimou ainda que, além da arrecadação aos cofres públicos, haveria uma redução de R$ 997,3 milhões dos gastos anuais com o sistema prisional, depois que traficantes relacionados à maconha deixassem de ser encarcerados. Na segurança pública, no sistema judiciário e na rede de saúde, os consultores não encontraram evidências de que a medida diminuiria ou aumentaria despesas. Um dos autores do estudo, o consultor Pedro Garrido da Costa explica que as projeções foram traçadas com base em informações nem sempre completas:
— Há muitas lacunas em termos de estatísticas, mas reunimos a literatura e os números disponíveis para avaliar a medida do ponto de vista econômico. O estudo serve à Casa, mas também aos formuladores de políticas públicas, estudiosos do tema, ao público em geral — afirma Garrido.
A pesquisa considerou o preço de US$ 1,20 por grama de maconha, com base nos dados do Uruguai. Dessa forma, cada usuário frequente poderia gastar, segundo a cotação do dólar à época do estudo, de cerca de R$ 3,60, o total de R$ 2.073,60 por ano. Daí vem a receita movimentada apenas com a venda do produto e a estimativa de arrecadação da ordem de R$ 5 bilhões.
Num segundo cenário traçado pela pesquisa, com base no que ocorreu no Colorado (EUA), haveria um incremento de consumidores pós-liberação, que chegariam a 3,2 milhões de pessoas, responsáveis por gerar uma receita ao Estado estimada em R$ 5,9 bilhões. Para calcular a arrecadação, foram considerados cinco tributos federais e um estadual, cuja alíquota usada no levantamento foi a de São Paulo.
As conclusões do estudo dividiram a opinião dos parlamentares. Para o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), os dados de arrecadação trazidos pela pesquisa não devem justificar uma legalização da maconha. Ele considerou “equivocada” a afirmativa de que a liberação não trará impactos na área da saúde e apontou como indiscutíveis os danos causados pela maconha no cérebro:
— Não temos essa conta porque os danos são invisíveis e nem sempre tratados. O que precisamos é intensificar as campanhas de conscientização. Não adianta aumentar arrecadação às custas da saúde das pessoas.
Já o deputado Paulo Texeira (PT-SP) acredita que a legalização da maconha dentro de um mercado regulado, como no Uruguai, é uma boa saída para diminuição da violência associada à clandestinidade da venda de maconha.
— Esse estudo demonstra que temos que regular e usar o dinheiro para a segurança pública e sistema prisional.
Para especialistas da área, como Maria Lucia Karam, membro da Leap (aplicação da lei contra a proibição, na sigla em inglês), organização que defende o fim da guerra às drogas, o dinheiro arrecadado poderia ser utilizado, por exemplo, para investir em educação. Maria Lucia defende também que todas as drogas sejam legalizadas e não só a maconha.
— O impacto positivo não é apenas com a legalização da maconha, mas de todas as drogas. Primeiro, geraria impostos para o estado e depois economizaria nos enormes gastos que são feitos hoje nessa guerra às drogas. No Brasil, 28% estão presos por tráfico de drogas, quase um terço. São despesas enormes no sistema carcerário — argumenta Maria Lucia. — Há estados americanos que utilizam grande parte da renda gerada com a maconha legal para investir na educação e na saúde. Seria fundamental estabelecer que esses impostos de produção e venda de drogas legalizadas fossem investidos nesses campos.
Ela destaca que essa legalização, no entanto, deve seguir os moldes das demais drogas permitidas no país:
— Só para adultos, da mesma forma que as drogas já lícitas são reguladas. Assim como é com o álcool e o cigarro.
Para o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, os ganhos obtidos a partir de impostos sobre a maconha não justificam a legalização da droga:
— Trata-se do mesmo marketing aplicado com o cigarro, e hoje está provado que o gasto com o tratamento de doenças ligadas ao tabaco é de três a cinco vezes maior do que o arrecadado pelo Estado com a venda deste produto — destaca. — Não podemos levar em conta apenas o ganho direto e ignorar os danos à saúde. A maconha provoca enfermidades psiquiátricas irreversíveis, além de ser uma porta de entrada para outras drogas, como o crack.
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E ae Antônio Geraldo Da Silva tu preferes tratar um doente ou um criminoso?
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Um outro grande problema do sistema carcerário que a legalização das drogas resolveria, é o da super lotação!
O sistema carcerário do brasil simplesmente não suporta essa guerra às drogas! Por causa dessa guerra, têm nas cadeias, muito mais gente do que realmente cabe nelas!
O que não justifica, é justamente ele alegar que a legalização do cigarro dá prejuízo na saúde, então legalizar a ganjah vai dar prejuízo também!
A pessoa que desenvolve alguma enfermidade psiquiátrica por consumo de ganjah, vai desenvolvê-la sendo a ganjah legalizada ou não! E vai onerar o sistema de saúde exatamente da mesma forma! Na real, o fato de ser proibido, leva o consumo de ganjah a onerar mais ainda o sistema de saúde, pq a galera fuma ganjah mofada, com misturas, e outros defeitos mais que podem levá-la a onerar o sistema de saúde, fora as vítimas do tráfico violento e da guerra às drogas, que estão diariamente onerando o sistema de saúde.
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Por favor ajuda lá quem puder. https://www.vakinha.com.br/vaquinha/encontro-nacional-de-coletivos-e-ativistas-antiproibicionistas
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No Brasil é crime, nos EUA é comida! Maconha vira ingrediente gourmet nos Estados Unidos
Washington, Colorado, Nevada, Oregon e Alasca vivem uma revolução gastronômica. Não, não foi um bando de superchefs que pousou nesses estados norte-americanos abrindo franquias de seus restaurantes estrelados ou redefinindo técnicas culinárias. A "modernidade gourmet" por aquelas bandas se deve à liberação, para uso recreativo e medicinal, da erva que por muito tempo foi chamada de "maldita": a maconha.
Ela e o THC, sua principal substância psicoativa, hoje são ingredientes de todo tipo de alimento, de chocolates e biscoitos até sorvetes e sopas instantâneas, passando por refrigerantes e cafés. Tais produtos podem ser comprados por maiores de 21 anos nos dispensaries, estabelecimentos licenciados para a venda da erva e de seus derivados comestíveis ou aromáticos.
Festa secreta
A comoção em torno do assunto começou em 2012, quando o bartender Mike Stankovich, do restaurante Roberta's, uma pizzaria do Brooklyn, em Nova York, organizou uma festa privada com pratos e coquetéis à base de maconha. Um ato de desobediência civil, já que a substância não era liberada naquele estado (hoje é permitido o uso medicinal de tinturas e óleos à base de maconha, e não a venda da planta em si, embora restrito a casos clínicos específicos).Com a divulgação do evento, a centelha estava lançada. Mas quem não quer se arriscar em fórmulas caseiras, e tem a oportunidade de viver em estados onde o uso recreativo ou medicinal da erva é permitido, conta com o serviço de chefs especializados no assunto.
A californiana Coreen Carroll, por exemplo, oferece uma experiência de harmonização de comida, vinhos e cervejas com tipos diferentes de cannabis, em jantares fechados vendidos pela internet. Na Califórnia, o uso da maconha é permitido para fins medicinais - os convidados de Coreen, portanto, devem estar em dia com suas receitas.
"Nonna Marijuana"
Há diversas "bíblias" virtuais para quem quer se inteirar do assunto, a começar pelo site Munchies ("munchies" é a gíria americana para "larica"), que, entre outros feitos, celebrizou Aurora Leveroni, de 93 anos, uma das principais ativistas do uso medicinal e gastronômico da cannabis.Conhecida como Nonna Marijuana, Aurora virou estrela de uma série de vídeos, ensinado receitas italianas como nhoques ao molho de manteiga, frango à caçadora e biscoitinhos natalinos – tudo com maconha. Outra produção do Munchies, na série denominada "Bong Apettit", mostra diversas maneiras de preparo de café com cannabis – incluindo a receita do Café de Hashashin, popular entre escritores como Honoré de Balzac, Charles Baudelaire, Alexandre Dumas e Victor Hugo na Paris do século 19.
A coquetelaria não fica de fora, embora a venda de bebidas alcoólicas com infusão de THC não seja permitida em nenhum desses estados e tampouco naqueles em que o comércio da erva só é permitido com fins medicinais. Explica-se: os locais licenciados para a venda de álcool não podem vender maconha ou produtos com algum teor de canabinoides como o THC – e vice-versa. Isso não impede que mixologistas e entusiastas do assunto testem receitas e técnicas de extração e infusão do THC em destilados e troquem dicas na internet.
Imposto verde
Apreciar um menu como esse não é, necessariamente, uma experiência de outro mundo, pois os efeitos dos canabinoides vão depender do tipo de extração feita. Como explica o neurocientista Renato Filev, membro do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (NEIP), a extração caseira do THC usando ingredientes como vodca ou uísque pode ser fraca. Extraído em óleos como a manteiga ou o azeite de oliva, tende a ter efeito mais potente. O que se ganha, além do THC, é a presença dos aromas da planta à bebida ou à comida".Não é difícil imaginar um futuro em que especialistas versem sobre as propriedades aromáticas das diversas variedades de maconha, como fazem sommeliers de vinhos e de cervejas. E o mercado de trabalho – direto ou indireto – aberto pela legalização tem atraído muitos profissionais, inclusive na área de turismo. No Colorado, a venda de maconha e seus produtos derivados bateu a casa dos US$ 996 milhões em 2015, segundo dados oficiais do estado, que arrecadou US$ 135 milhões em impostos "verdes" no período.
Em todos os Estados Unidos, o mercado legal movimentou de US$ 3,4 a 4 bilhões no ano passado, segundo a empresa MJIC (The Marijuana Investment Company), que investe em projetos relacionados à cultura da cannabis e dá apoio de marketing a empreendedores do ramo. Entre eles, a emergente indústria da gourmetização da maconha, que começa a fazer escola.
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Nota da PBPD sobre a política de drogas do governo interino
A Plataforma Brasileira de Política de Drogas (PBPD) – rede composta por 34 instituições, grupos e coletivos das mais diversas áreas de atuação – vê com enorme preocupação a grave crise política brasileira e os primeiros movimentos do governo interino no tocante à política de drogas. Não podemos abrir mão dos poucos avanços conquistados nos últimos anos. É inegável que a atuação dos mais diversos movimentos sociais e participação de especialistas de diversos campos do saber mudaram de patamar a discussão sobre política de drogas no Brasil. Por isso mesmo, são alarmantes os sinais de que essa área do governo interino seja conduzida por uma perspectiva militar – a guerra às drogas – e, assim, esteja centrada na repressão da oferta, uma estratégia fracassada que nunca foi capaz de diminuir os danos potenciais decorrentes do uso de substâncias ilícitas. Reforçar a guerra às drogas é agravar o já inaceitável quadro da violência no Brasil, que há mais de uma década conta seus homicídios em dezenas de milhares, vitimando majoritariamente os grupos populacionais mais pobres e etnicamente discriminados, como os jovens negros.
Essas são as mesmas características sociais dos mais de 620 mil encarcerados e encarceradas no país, um número que cresce ano após ano, dos quais mais de 28% respondem pelo crime de tráfico de drogas, proporção que passa de 60% no caso das mulheres presas. A inútil escalada de encarceramento e violência segue alheia às inúmeras evidências científicas e ao crescente debate internacional acerca de inúmeras políticas alternativas.
Tampouco podemos aceitar que as políticas de cuidado e tratamento a pessoas que fazem uso problemático de drogas privilegiem a internação em detrimento da ainda incipiente rede de atenção psicossocial (RAPS) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Todo o atendimento financiado por recursos públicos deve ser sustentado por evidências científicas a respeito de sua efetividade e ter como pressuposto inegociável a garantia dos direitos humanos. Igualmente, programas de redução de danos e a de disseminação de informações qualificadas sobre drogas, que tanto evoluíram nos últimos anos, não podem ser ignorados e ofuscados em favor de discursos ultrapassados que veem no medo e na abstinência o único objetivo possível da ação estatal.
Em um momento de grave questionamento da representação política, é fundamental que todos os mecanismos de participação democrática sejam garantidos na formulação, discussão e avaliação dos diversos campos da política de drogas no Brasil. Em face dos danos, reais e potenciais, que dela decorrem, a política de drogas deve ser prioridade e não ser relegada a decisões pouco transparentes de grupos restritos de interesse e/ou legendas políticas sem compromisso com um Estado plural e laico.
A PBPD, em articulação com seus membros, está sempre aberta ao diálogo e, ao mesmo tempo, mobilizada para denunciar e enfrentar formulações políticas que caminhem no sentido oposto aos de nossos princípios: uma política de drogas que garanta e promova os direitos humanos, a saúde e a segurança públicas.
Confira nossa nota no site: http://bit.ly/1UlYUHt
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Com Michel Temer, Romero Jucá, Eliseu Padilha, José Serra e outros vermes de primeira ordem à frente, é difícil botar reparo na segunda linha do governo desinterino. Mas digo a vocês que, como dedicado antiproibicionista, a indicação de Osmar Terra para o Ministério do Desenvolvimento Social me agrediu especialmente.
Osmar é um dos maiores cruzados obscurantistas do país, e um dos maiores difusores de desinformação e paranóia em torno das drogas. Ganha votos e dinheiro com isso. Tem ligação umbelical com as comunidades terapêuticas e sempre se colocou como um inimigo agressivo dos que militam por uma política de drogas mais racional e humana no Brasil. Quando vi seu nome na lista, não tive dúvida de que ele usaria seu posto para avançar sobre uma secretaria que estava sob batuta do Ministério da Justiça. Não deu outra.
Hoje Osmar Terra afirmou ser favorável à ampliação da punição de usuários de drogas. Defendendo, agora com status renovado, o aprofundamento da repressão como resposta ao difícil tema das drogas.
Acho que nem preciso enumerar aqui o quanto essa postura distoa do amplo - e moderado - consenso mundial que se forma há anos. Mas preciso aplaudir a corajosa carta do atual secretário da SENAD, enfrentando de peito aberto o Ministro Desinterino.
Osmar Terra pode até parecer coadjuvante nesse teatro tétrico. Mas ele é um dos mais influentes capitães da uma visão política sombria que mantém o Brasil como um dos países mais violentos, injustos e hipócritas do mundo. Que esse episódio, e a boa carta a seguir, ajude a mais pessoas guardarem o nome e a agenda desse sujeito.
"Nota à imprensa.
O ministro Osmar Terra declarou guerra às drogas e fez sua primeira vítima: a verdade. Ao contrário do que declarou o ministro, os representantes do governo no Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas nunca se manifestaram em favor da legalização das drogas nos 3 anos em que faço parte desse conselho. A retórica surrada e as propostas ineficientes da guerra às drogas talvez sirvam para Osmar Terra desviar a atenção do desmonte que vem fazendo no Ministério do Desenvolvimento Social afastando servidores concursados dos cargos de direção do ministério.
Como médico, decepciona ouvir do colega Osmar Terra, em pleno século XXI, a defesa da punição de usuários para prevenir os problemas que as drogas podem causar. A comunidade internacional e científica é unânime em considerar o uso de drogas um problema de saúde pública e social. No Brasil de Temer e Terra, arriscamos voltar no tempo e ver a política sobre drogas transformar-se em caso de polícia.
Não é disso que o país precisa. Para falar sobre drogas, seja com nossos jovens, seja com adversários políticos, é preciso serenidade, verdade e uma defesa intransigente de mais, não menos, direitos para as pessoas e famílias que sofrem com as drogas: direito à tratamento e inclusão social.
Leon Garcia
Secretário Nacional de Políticas sobre Drogas- substituto
Secretário-executivo do Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (CONAD)
07 de junho de 2016.
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Tem que ter punição, senão o usuário vai consumir mais drogas', diz ministro
Osmar Terra quer endurecer política de entorpetecentes; policial pode assumir secretaria
RIO e BRASÍLIA - O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, decidiu substituir Rodrigo Delgado, representante da pasta no Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas (Conad),para tentar barrar a proposta de descriminalização do uso de entorpecentes no país. Enquanto isso, um coronel da PM foi indicado pelo ministro da Justiça, Alexandre Moraes, para assumir a Secretaria Nacional de Drogas. O presidente interino, Michel Temer, ainda não confirmou a indicação.
Especialistas no assunto protestam contra as medidas, que vão contra a política de humanizar o tratamento ao usuário de drogas, reforçando a guerra aos entorpecentes, que vem sendo criticada por organismos internacionais por provocar mais prejuizos à saúde das pessoas do que o próprio uso de drogas.
Médico e ex-secretário de Saúde, Terra considera que o Conad está impregnado de um pensamento ideológico pró-legalização. Ele diz ter levado o posicionamento contrário à flexibilização ao ministro da Justiça, a quem está atrelada a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad).
— Até onde eu entendi, ele tem uma visão muito próxima à minha — disse Terra ao GLOBO.
Moraes sinalizou que o debate sobre a descriminalização da maconha e outras drogas não deve ser um tema prioritário no governo Temer. Questionado pelo GLOBO, ele afirmou que caberá ao Supremo Tribunal Federal analisar o assunto. O STF está avaliando, desde o ano passado, uma ação que pode descriminalizar o porte de drogas para uso pessoal no país, mantendo o tráfico de entorpecentes ilegal.
— O que é importante é a tese que o Brasil já adotou há um tempo que impossibilita a pena privativa de liberdade ao usuário, porque é uma questão de saúde pública.
Moraes confirmou que indicou o coronel da Polícia Militar de São Paulo Roberto Allegretti, com quem trabalhou no governo Geraldo Alckmin em mais de uma ocasião, para chefiar a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), conforme antecipou a coluna de Lauro Jardim, do GLOBO. A confirmação do nome, porém, só poderá ser feita pelo presidente interino.
Para Terra, a legalização de drogas ilícitas, inclusive a maconha, levará a um consumo maior, que, por sua vez, aumentará o número de pessoas doentes, e também a pobreza no país. Ele é um crítico da ideia de que o mundo perdeu a chamada guerra às drogas.
— O Brasil nunca fez uma guerra às drogas de forma séria, com controle de fronteiras, leis mais duras para o tráfico e campanhas educativas — criticou o ministro, que avalia a descriminalização do uso como primeiro passo para a legalização geral. — Tem que ter algum tipo de punição, senão ele (o usuário) vai consumir mais. É claro que existe o usuário recreativo, mas isso é uma loteria.
Na última sexta-feira, a Plataforma Brasileira de Política de Drogas (PBPD) divulgou uma nota afirmando que “vê com preocupação os primeiros movimentos do governo interino no tocante à política de drogas.” O advogado Rafael Custódio, coordenador do programa de Justiça da Conectas Direitos Humanos, criticou as declarações de Terra:
— A ideologia que o ministro (Osmar Terra) traz tem no mínimo 50 anos de idade. Ele precisa se atualizar. A perspectiva do governo interino sobre a temática é muito preocupante. O nome indicado para a Senad é de um coronel da PM que vem de um contexto de repressão. A Senad tinha se tornado um interlocutor importante com a sociedade civil e vemos isso com muita preocupação.
Apesar de considerar cedo para fazer qualquer análise, a pesquisadora do Instituto Igarapé Ana Paula Pellegrino defende que o governo atual garanta os avanços conquistados:
— Esse governo tem responsabilidade de não voltar a uma retórica dura em relação ao uso de drogas — diz. — Insistir no erro não vai trazer acerto. Temos que bater na tecla que o uso de drogas é questão de saúde pública e retirar o usuário da esfera criminal.
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é o fim queria morar atrás da montanha kk
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To nem ai, não muda nada na minha vida, continuo cultivando minha erva proibida ou não, a final, quem são esses vagabundos saqueadores da coisa publica para ditar as regras? Se fuD para lá!
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CRIADOR DE ABELHAS PRODUZ MEL DE MACONHA
O apicultor francês Nicolas “Trainerbees” ensinou suas abelhas a tirarem o pólen da cannabis e levarem para a colmeia – e ele garante que o mel de maconha rende o mesmo barato que um baseado. As informações são da SuperInteressante.
Nicolas “Trainerbees” (treinador de abelhas, como ele se autodenomina) postou recentemente um vídeo com a sua plantação de maconha. Com algo inédito: abelhas em volta de suas flores. E ele garante que o produto rende o mesmo barato que um baseado. Só que sem os malefícios da fumaça.
Ele também diz que as abelhas não sofrem qualquer efeito da cannabis ao puxar o pólen da planta por não possuírem receptores de carotenoides.
O homem de 39 anos vive na França e diz ter passado os últimos anos preocupado em unir suas duas paixões: maconha e abelhas. Treinou os bichinhos para coletarem o açúcar de frutas, ao invés de usar flores. Deu certo. Tentou, então, ensiná-las a puxar a resina da maconha e levar de volta à colmeia para produzir mel, o que ele diz ter conseguido.
Em entrevista ao Mirror, Darryl Cox, do Bumblebee Conservation Trust, um grupo de pesquisa e preservação de abelhas, acredita no feito de Nicolas. “Abelhas poderiam coletar o pólen da cannabis, o que poderia ser potencialmente intoxicante”, conta.
Como o produto ainda não está à venda, apenas Nicolas pode dizer se o mel de maconha causa ou não algum efeito psicoativo.
http://plantacao420.blogspot.com.br/2016/06/criador-de-abelhas-produz-mel-de-maconha.html
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Legalização da maconha: Temer não mostra mudança, mas ela virá de baixo
Com coloridas e esfumaçadas manifestações de milhares de pessoas em cidades como Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza, o mês de maio termina deixando um rastro de dezenas de Marchas da Maconha ao redor do país. Em comum entre elas, organizadas em cada cidade de forma autônoma, descentralizada e horizontal, a defesa da legalização da maconha e a crítica à hipocrisia de uma guerra que nunca foi contra drogas e sim contra pessoas: negras e pobres. Indiferente à indiferença dos políticos e da grande imprensa, a mudança segue se espalhando desde baixo.
"Fogo na bomba e paz na quebrada", propôs a Marcha da Maconha de São Paulo, que foi a maior da história do movimento, reunindo ao menos trinta mil pessoas no último dia 14. Como novidade, a ousadia da convocação explícita para a desobediência civil –que já dava a tônica das últimas edições deste evento que, em seus primeiros anos, foi proibido sob acusação de "apologia ao crime".
Se antes a convocação da manifestação orientava formalmente que não se portasse substâncias ilícitas, dessa vez o "maconhaço" foi proposto como forma de explicitar publicamente o consumo diário –e pacífico, e responsável, e problema nosso– que é feito por tanta gente de tão variados estilos, cores e valores, idades, ocupações, regiões da cidade, classes sociais, orientações sexuais e espirituais.
Com maior ou menor presença, e inconveniência, da polícia –uma das maiores interessadas na manutenção da proibição por conta de seu altíssimo e histórico envolvimento com a corrupção decorrente da ilegalidade do mercado de algumas drogas– essa também foi a tônica em outras marchas pelo país, que deram um passo a mais pra fora do armário de onde já vínhamos saindo. Agora é ganhar o mundo fora dele, é botar a cara e fazer do que somos arma para caminhar para onde queremos estar.
E o "fogo na bomba" sozinho não é suficiente e tem que andar sempre junto da defesa da paz. Não de qualquer paz, mas daquela que precisa pôr fim à tortura e ao extermínio que dia a dia aflige as periferias das cidades brasileiras. Em nome da saúde de sabe-se lá quem, já que quem quer usar já usa, policiais discriminam, humilham, roubam, forjam, prendem, torturam e assassinam sem ter que prestar nenhum tipo de conta para além de dizer que se tratava de tráfico, palavra mágica que é capaz de suspender leis e razões, seja pra enquadrar os pobres, seja pra livrar os ricos.
Governo Temer
Destacando esses dois aspectos –a desobediência civil e a hipocrisia e seletividade da guerra às drogas– a Marcha da Maconha, que já é um dos maiores e mais diversos movimentos sociais do país, dá a tônica de como se dará efetivamente a luta por mudanças nas políticas de drogas agora que estamos diante de um novo governo. Se as gestões de Lula e Dilma não só nada fizeram para melhorar as políticas de drogas como agravaram o problema, nada indica que o cenário institucional avançará caso Michel Temer consiga se equilibrar na corda bamba fisiológica e corrupta do Planalto. Não por isso esperaremos sentados; também por isso seguiremos priorizando a construção da mudança desde baixo, independente de quem seja o governante.
A aprovação da atual lei de drogas, que em 2006 aliviou as penas para os usuários enquanto endureceu-as para os traficantes, causando um aumento vertiginoso no encarceramento por conta de crimes relacionados a drogas, é simbólica do enfoque dado pelos governos petistas à questão, sempre tratada prioritariamente sob a lógica da "segurança pública".
O apoio a medidas de gestão militarizada dos pobres, como as UPP's e o programa "Crack, é possível vencer", e a comunidades terapêuticas praticamente manicomiais, além do "silêncio sorridente" diante da epidemia de tortura nos presídios ou do lentíssimo avanço da maconha medicinal, são outros exemplos do modo petista de ver as políticas sobre drogas.
Já o governo interino de Michel Temer, com seu gabinete masculino, aristocrático e branco, também não indica nenhuma melhora no que diz respeito ao assunto aqui abordado. Figuras do novo ministério, como Osmar Terra, José Serra e Alexandre de Moraes, representam o que há de mais retrógrado e ineficaz no que diz respeito à política de drogas. Suas propostas e convicções vão na contramão do debate que tem sido feito no mundo à luz do sucesso de experiências, como a legalização da maconha no Uruguai e em alguns estados dos EUA, ou de redução de danos, em inúmeros países e contextos. A relação com o lobby religioso conservador tende a se manter, possivelmente se aprofundar, e nada indica que haverá disposição para a urgente e necessária reforma e desmilitarização das polícias.
Se o cenário institucional não parece sinalizar nenhuma possibilidade de avanço, muito diferente é a situação onde realmente importa: no mundo real, no dia a dia da enorme massa de pessoas que não é, nem jamais foi, representada pela classe política partidária. Por mais que ainda haja preconceito e desinformação, a mentalidade da sociedade tem mudado no que diz respeito ao trato social que se deve dar a essas drogas que são atualmente proibidas, sem que haja nenhuma justificativa para diferenciá-las das drogas que não são.
Ficam cada vez mais evidentes a hipocrisia e a falência das políticas de proibição, que só geram violência e corrupção, e as pessoas estão cada vez mais abertas a debater alternativas. Momentos espetaculares como a Marcha da Maconha, aliados ao trabalho cotidiano dos ativistas e dos defensores de outra forma de encarar o problema, são o caminho para a mudança seguir se aprofundando, não só no sentido de alterar a lei como, principalmente, de consolidar uma outra mentalidade que lide com o uso e comércio de drogas de formas respeitosas e não violentas. http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2016/06/04/legalizacao-da-maconha-temer-nao-mostra-mudanca-mas-ela-vira-de-baixo.htm
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Mãe cria ONG para ensinar o cultivo e extração de óleo da maconha para famílias de pacientes