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Mofs

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Tudo que Mofs postou

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    2. OveRal

      OveRal

      Meu voto eu sei que não vão alterar, pq eu me recuso a votar hehehe

    3. Mofs

      Mofs

      Nem apareco la no dia da elição, e churrasco , cerveja e maconha o dia todo

    4. OveRal

      OveRal

      Sério agora, não q eu ache q realmente manipulem as máquinas, mas eu simplesmente me recuso a votar no menos pior.

  1. http://www.growroom.net/board/topic/55001-menino-que-esperava-por-liberacao-do-canabidiol-morre-em-brasilia/ Ja foi postado
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    2. Do Mato

      Do Mato

      se ao menos acertassem o endereço de entrega... mas ja perdi 2 encomendas por entregarem no lugar errado... e com atraso..

    3. BomConheiroX

      BomConheiroX

      !SOMOSTODOSOTÁRIOS!

  2. O Uruguai conseguiu reduzir a zero as mortes ligadas ao uso e ao comércio da maconha desde que o país adotou regras para regulamentar o cultivo e a venda da droga, afirmou Julio Heriberto Calzada, Secretário Nacional de Drogas do Uruguai. Ele participou de debate na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). Em resposta ao senador Cristovam Buarque (PDT-DF), Calzada disse que a legalização da maconha talvez aumente o número de usuários, mas ele acredita que a combinação com outras ferramentas de política pública, em aspectos culturais e sociais, poderão modificar padrões de consumo e levar ao êxito na redução de usuários. Conforme relatou, o país assegura o acesso legal à maconha por meio de autocultivo, com até seis pés por cada moradia; pela participação de clubes de cultivo, com 15 a 45 membros; ou pela aquisição a partir de um sistema de registro controlado pelo governo. No debate, o secretário afirmou que respostas efetivas para a questão das drogas dependem de clareza na delimitação do problema. Ele apresentou aos senadores perguntas que devem ser respondidas: Qual é a questão central das drogas? O foco deve estar na substancia? Nas pessoas? Na cultura? Na sociedade? Na política? Na geopolítica? Nas normas? Na fiscalização do trafico ilícito? Os países, disse o secretário, devem ter em conta que as substancias – tabaco, maconha, heroína, cocaína – não são iguais e devem ser analisadas em suas particularidades e tratadas conforme o conjunto de aspectos referentes a cada uma. Pela grande complexidade do problema das drogas, disse, o Uruguai busca embasar suas ações em evidências científicas. Conforme avaliou, a criminalização de usuários de drogas seria ineficiente por fazer com que cidadãos passem a ser tratados como viciados ou dependentes. Uma das consequências, disse, é o sistema de saúde ficar refratário a essas pessoas. Dados citados pelo secretário dão conta de que mais de 90% dos usuários de drogas não buscam ajuda no sistema de saúde. Calzada afirmou ainda que, como outras drogas, como álcool, por exemplo, há riscos e efeitos colaterais negativos com o consumo de maconha, o que requer regulação e controle do Estado. A audiência desta segunda-feira (2), que conta com participação popular pelos canais de interatividade do Senado, é a primeira de um ciclo de debates promovido pela CDH para ouvir autoridades, lideranças sociais e intelectuais, visando embasar o parecer da comissão sobre proposta de iniciativa popular (Sugestão 8/2014) que define regras para o uso recreativo, medicinal e industrial da maconha. Também participam do debate a coordenadora-geral de Combate aos Ilícitos Transnacionais do Ministério das Relações Exteriores, Márcia Loureiro; o representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime no Brasil, Rafael Franzini Batle; o relator da Sugestão 8/2014, senador Cristovam Buarque (PDT-DF); e a presidente da CDH, senadora Ana Rita (PT-ES). Fonte
  3. Vcs estão tirando onda nas fotos galera. Obrigado mesno quem fechou. Q venha muito mais
  4. Galera, só vamos postar fotos com a hashtag feita na hora da foto, manipulada digitalmente depois não será mais aceita. obrigado
  5. Fala galera. Basta colocar escrito #planteoCBD em um papel na hora da foto Obrigado a todos que ja estão dentro. Abrax
  6. Quem puder participar, agradecemos a força = http://www.growroom.net/board/topic/54980-campanha-growroom-planteocdb/

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    2. catnip

      catnip

      Quem tiver foto macro de tricoma ambar pode colocar a hashtag com photoshop?

    3. catnip

      catnip

      Com uma fonte padronizada, preto ou branco.

    4. Mofs

      Mofs

      o ideal é mostrar q é uma planta galera. Pode fazer o qe quiser, não tem regra, so precisa da hashtag

  7. Galera, com a infeliz noticia da Anvisa hoje, resolvemos fazer uma campanha para ser postadas em todas as redes socias do Growroom com a hashtag #planteocbd As fotos serão postadas aos poucos para uma melhor visibilidade em todas as mídias do Growroom Ninguém precisa se identificar nas fotos e basta posta-las aqui que pegamos os links e postamos. O único requisito é que tenha a hashtag colocada fisicamente no momento da foto, não serão aceitas fotos com a hashtag colocada digitalmente. Agradecemos desde já a participação de todos. Agora é com vcs, postem suas fotos
  8. Amigos cultivadores, peço a todos vocês que façam uma foto com suas plantas, com a hastag ‪#‎planteoCDB‬ TODAS AS FOTOS serão postadas em um álbum de fotos do Growroom Vamos viralizar isso. A luta é nossa!!!!

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    2. Mofs

      Mofs

      Boa galera, vou criar um tópico e todo mundo que quiser ajudar, por favor, poste a foto lá que vamos postando aos poucos no Growroom

      Obrigado mesmo a todos que ja fecharam no bonde

    3. RafaSKANK

      RafaSKANK

      gallery_91487_10276_66985.jpg

      GERAL DA GUERRILHA !

      gallery_91487_10276_279834.jpg

    4. Mofs

      Mofs

      Foto sem a hashtag não vale galera...

  9. EI, ANVISA, V A I T O M A R N O C Ú

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    2. diegrow

      diegrow

      adiaram...safados!!!! qnd será a prox??

    3. HST

      HST

      Apertaram tanto a tecla do CBD, e o tiro saiu pela culatra pois o óleo possui diversos canabinóides, inclusive THC, temos que legalizar a planta, não um ou outro composto. LEGALIZE JÁ!

    4. RafaSKANK

      RafaSKANK

      LEGALIZAR O CULTIVO E JÁ ERA, CADA UM CONSOME OQ FOR MELHOR PRA SI !

  10. #somostodosmedicinais

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    2. PPerverso

      PPerverso

      medicina é bem estar. bem estar é saúde. canabinóides para todos!

    3. tresponto

      tresponto

      #maconhapratodos

    4. chuckzitto
  11. E sem mostrar colheita heim, ta achando q o selo é facil assim, sabe de nada, inocente hahaha
  12. Leiam novamente o tutorial, agora querendo achar a informação que vcs procuram, ela esta na primeira pagina.
  13. Eu votei e não me loguei, e nem tenho conta lá tmb
  14. Eles mudaram o esquema, para votar tem q se logar na conta do globo.com Mas já viramos e do nada eles obrigam o logon para votação Você é a favor da liberação da maconha? Sim51.35% Não48.65% Sem opinião sobre o assunto 0%
  15. Ta rolando uma pesquisa no site do Ancelmo Gois, estamos perdendo Vamo la votar galera As 10:50 estava assim: Resultado Total de votos: 24 Você é a favor da liberação da maconha? Sim41.67% Não58.33% Sem opinião sobre o assunto
  16. Os médicos e a legalização da maconha Veja aqui o manifesto, liderado por Luiz Fernando Tófoli, médico psiquiatra da Unicamp, e os nomes de outros 85 médicos que apoiam a legalização da maconha. "O escritor Ruy Castro sugere, segundo o que foi exposto em sua coluna do dia 13/05/2014, que não existam médicos neste país que apoiem a legalização da maconha. Esta informação está incorreta. Nós somos médicos e consideramos que a política de controle dos malefícios da canabis por meio da proibição é ineficiente, desigual e perversa: ineficiente porque não resolve adequadamente os eventuais riscos associados à maconha; desigual por punir de forma discriminatória as populações mais pobres; e perversa por prejudicar o acesso aos benefícios médicos desta planta cujos registros de uso curativo remontam há cerca de cinco mil anos. Por uma política de regulação e educação sobre o uso consciente e controlado desta droga, nós, médicos e brasileiros, dizemos sim às iniciativas que discutam a legalização da maconha em nosso país". Assinam: 1 - Alexandre Barbeiro, psiquiatra, Mogi das Cruzes-SP 2 - André Luis Andrade Justino, médico de família e comunidade, Rio de Janeiro 3 - Ana Maria Fernandes Pitta, psiquiatra, professora universitária aposentada da FMUSP e em exercício na UCSAL 4 - Ana Raquel Santiago Lima, psiquiatra, especialista em saúde mental, CAPS AD de Aracaju-SE 5 - André Felipe Castro Ferreira Martins, médico, residente de Psiquiatria, EPM-UNIFESP 6 - Breno Corrêa de França, psiquiatra, Maringá-PR 7 - Bruna Ballarotti, preceptora da residência de Medicina de Família e Comunidade de São Bernardo, Fórum Popular de Saúde-SP 8 - Bruno Forato Branquinho, residente de Psiquiatria, IPq-HCFMUSP 9 - Camila Damasceno, médica, Brasília-DF, setorial nacional de saúde do PSOL 10 - Carlos Eduardo Marra, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP 11 - Celso Ricardo Bueno, psiquiatra, CAPS III Itaim Bibi, graduando em sociologia FESP-SP 12 - Cezar Augusto Ferreira da Silva, médico, CAPS-AD de Sobral-CE 13 - Ciro Matsui Júnior, médico pediatra, São Paulo - SP, Fórum Popular de Saúde-SP 14 - Cláudia Barros Bernardi, infectologista, Centro de Referência em DST/Aids de Campinas-SP 15 - Cristoph Surjus, psiquiatra, CAPS AD III de Sorocaba-SP 16 - Daniel Almeida Gonçalves, médico de família e comunidade, EPM-UNIFESP 17 - Denise de Amorim Paz, psiquiatra e psicodramatista, CAPS AD Capela do Socorro e Itaquera, São Paulo-SP 18 - Dartiu Xavier da Silveira, psiquiatria, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento ao Dependente (PROAD) da UNIFESP 19 - Davi Camara Opaleye, medico geriatra, Complexo Hospitalar Ouro Verde, Campinas-SP 20 - Enrique Falceto de Barros, médico de família e comunidade, professor de Medicina da UCS-RS 21 - Érika Pellegrino, residente de psiquiatria, IPq HC-FMUSP 22 - Fabrício Donizete da Costa, médico residente em psiquiatria, FCM-UNICAMP 23 - Felipe de Oliveira Lopes Cavalcanti, médico sanitarista 24 - Felipe Gonçalves Corneau, médico da Estratégia de Saúde da Família, São Paulo-SP, Fórum Popular de Saúde SP 25 - Felipe Monte Cardoso, médico de família e comunidade na FCM-UNICAMP, Núcleo Campinas, Fórum Popular de Saúde-SP 26 - Fernanda Castro Dantas, psiquiatra, CAPS AD Paranoá, Brasília-DF 27 - Fernanda Gonçalves Moreira, médica psiquiatra, EPM-UNIFESP 28 - Fernanda Schutz, psiquiatra, CAPS AD Penha, São Paulo-SP 29 - Filipe de Barros Perini, médico infectologista, Florianópolis-SC 30 - Fillipe Silveira Loures, médico de família e comunidade, Sete Lagoas-MG 31 - Flavia Fernando Lima Silva, psiquiatria, Rio de Janeiro-RJ 32 - Flavia Taddei Conte, médica do trabalh, Instituto Nacional do Câncer, Rio de Janeiro-RJ 33 - Flavio Falcone, psiquiatra e ator (Palhaço Fanfarrone) 34 - Francisco Mantovanini Carvalho, residente de psiquiatria, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo-SP 35 - Francisco Mogadouro da Cunha, médico de família e comunidade, Núcleo Campinas - Fórum Popular de Saúde SP 36 - Gabriel Quintella, psiquiatra, Rio de Janeiro-RJ 37 - Guilherme Florio, médico de família e comunidade, São Paulo-SP 38 - Gustavo Tenório Cunha, médico sanitarista, FCM-UNICAMP 39 - Henrique Sater de Andrade, médico residente de Medicina Preventiva e Social, UFF 40 - Jacqueline Segre, residente de psiquiatria, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo 41 - João Paulo Silveira, médico de família e comunidade, Florianópolis-SC 42 - João R. L. Menezes, Médico e neurocientista, professor associado do ICB UFRJ 43 - John Araújo, médico e neurocientista, UFRN 44 - José Benedito Ramos Valladão Júnior, médico de família e comunidade, preceptor da Residência de Medicina de Família e Comunidade da FMUSP 45 - José Tadeu Tramontini Filho, médico de família e comunidade e acupunturista, Lauro de Freitas-BA 46 - Juarez de Oliveira Júnior, psiquiatra, Campinas-SP 47 - Larissa Nadine Rybka, medica, CAPS AD Independencia, Campinas-SP 48 - Liamar Ferreira, psiquiatra, CAPS AD Itaquera, São Paulo-SP 49 - Lua Sá Dultra, médica de família e comunidade, Salvador-BA 50 - Luís Fernando Farah de Tófoli, psiquiatra, professor de Psiquiatria na UNICAMP 51 - Luiz Fernando Chazan, psiquiatra, professor da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ 52 - Magda Almeira, médica de família e comunidade, professora assistente da Universidade de Fortaleza 53 - Marcelo Niel, médico psiquiatra, mestre em Ciências e doutorando pela UNIFESP 54 - Marcelo Taricani, medico de família e comunidade 55 - Marianna Gonzalez de Oliveira Andrade, psiquiatra, São Paulo-SP 56 - Mariângela Costa Vieira, médica de família e comunidade 57 - Maria Cristina Pereira Lima, psiquiatra e psicodramatista, livre docente na UNESP, Botucatu-SP 58 - Maria da Graça Barbosa Xavier, médica especialista em Atenção Básica e Saúde da Família, Campo Grande-MS 59 - Maria Fernanda Cruz Penkala Dias, psiquiatra, coordenadora da Residência Médica em Psiquiatria e da 60 - Residência Multiprofissional em Saúde Mental Coletiva, São Lourenço do Sul/ESP-RS 61 - Maria Castro Lima Vargens, cirurgiã geral e médica intensivista, Hospital Universitário Professor Edgar Santos - UFBA 62 - Maria Gabriela Curubeto Godoy, psiquiatra, médica de família e comunidade, professora da UFRGS 63 - Martin Taborda, médico de família e comunidade, pesquisador da área de Saúde Mental na Atenção Primária e NASFs 64 - Mauricio Diament, médico residente em Psiquiatria, IPq-HCFMUSP 65 - Maximiliano Loiola Ponte de Souza, psiquiatra, pesquisador da FIOCRUZ, Manaus-AM 66 - Miriam Abou-Yd, psiquiatra, Belo Horizonte-MG 67 - Moisés Vieira Nunes, preceptor da Residência de Medicina da Família e Comunidade do Rio de Janeiro-RJ, Setorial Nacional de Saúde do PSOL 68 - Natália Bezerra Mota, psiquiatra, CAPS Infantil de Natal-RN 69 - Rafael Baquit Campos, psiquiatra do CAPS AD e UAI de Iguatu-CE, Professor da Escola de Saúde Pública do Ceará, membro do Coletivo Balanceará de Redução de Danos e da Associação Brasileira de Redução de Danos 70 - Ricardo Ferreira, médico especialista em cirurgia de coluna e tratamento de dores crônicas, Rio de Janeiro-RJ 71 - Ricardo Lugon, psiquiatra da infância e adolescência, Novo Hamburgo-RS 72 - Rogerio Panizzutti, médico psiquiatra, professor associado do ICB-UFRJ 73 - Rodrigo Borges, psiquiatra, CAPS AD Itaquera, São Paulo-SP 74 - Rodrigo Luciano Bandeira de Lima, médico de família e comunidade, Recife-PE 75 - Rosana Onocko Campos, médica e psicanalista, professora do Departamento de Saúde Coletiva da UNICAMP 76 - Rubens Araújo de Carvalho, médico de família e acupunturista, Aracaju-SE 77 - Rui Porto Morais, médico generalista, Campinas-SP 78 - Sandra Fortes, psiquiatra, professora da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ 79 - Silvia Martins, psiquiatra, professora do Departamento de Epidemiologia da Columbia University, New York, EUA. 80 - Suzana Campos Robortella, psiquiatra comunitária, apoiadora em Saúde Mental em São Bernardo do Campo e Mauá-SP 81 - Tamiris Esteves Nagem, residente de psiquiatria, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo-SP 82 - Thais Machado Dias, médica residente em Medicina de Família e Comunidade, UFPB 83 - Thiago Cherem Morelli, médico residente em Medicina de Família e Comunidade da SMS, Florianópolis-SC 84 - Thiago Henrique Silva, médico de familia e comunidade, mestrando em Saúde Pública da USP 85 - Vanessa Ferreira, médica do trabalho 86 - Vicente de Aguiar Dunningham, médico plantonista na emergência psiquiátrica do Hospital Especializado Mario Leal, Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador-BA Fonte
  17. Mofs

    (Sobre)Vivendo Com A Cannabis

    (Sobre)Vivendo com a Cannabis Câncer, AIDS, esclerose múltipla, glaucoma, TPM, mal de Alzheimer, doenças crônicas, entre outros males podem encontrar na maconha uma fonte de tratamento “Tô vendendo ervas, que curam e acalmam, tô vendendo ervas, que aliviam e temperam… Porque os remédios normais nem sempre amenizam a pressão.” A música do Rappa, intitulada Feira, já foi ouvida e interpretada por milhares de pessoas, mesmo aquelas que não veem com bons olhos o consumo da maconha, ação que vem sendo discutida nas rodas políticas e outros segmentos da sociedade. A música faz menção à planta, sua comercialização e consumo. Para se ter uma ideia, o cultivo da Cannabis sativa ultrapassa milênios. Segundo estudos, os primeiros indícios foram encontrados na Ásia Central, no Norte do Himalaia ou na China e datam de 4.000 a.C. Maconha é uma palavra de origem angolana e significa “erva santa”. A planta arbustiva possui folhas em forma de serrilha que recebem o nome de marihuana ou marijuana, diamba ou liamba e bangue. A discussão sobre o consumo da erva virou um tabu e está impregnada na cultura dos povos, na maioria das vezes de maneira negativa. De acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas, da ONU, a maconha é a droga mais consumida no mundo, sendo que seus usuários variam entre 2,6% e 5% da população. Já no Brasil, segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 1,5 milhão de pessoas, entre adultos e adolescentes, usam a planta diariamente – os dados não apontam a quantidade de pessoas que utilizam a erva de forma medicinal. A repressão ao uso da maconha começou na década de 1930, de acordo com o Ph.D em neurociências, professor adjunto do Departamento de Fisiologia da Universidade de Brasília e um dos autores do livro Maconha, Cérebro e Saúde, Renato Malcher: “Isso aconteceu por causa da indústria de fibras e de combustíveis – a maconha pode ser usada para a produção das melhores fibras para a indústria têxtil de papel e de construção civil, e pode ser usada para a produção de biodiesel e álcool. Industriais preocupados em manter a matriz energética baseada no petróleo, a produção de papel baseada em celulose de madeira e a indústria têxtil baseada no algodão fizeram lobby com políticos preocupados em manter o poder por meio de agências de controle de drogas, e juntos elegeram a maconha como um bode expiatório para substituir o álcool como vilão da sociedade, após o fim da lei seca. Esses são os fundamentos práticos, mas, do ponto de vista político, o argumento mais popular foi a xenofobia associada ao fato de ela ser relacionada à cultura de imigrantes mexicanos nos EUA”. Legislação A Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad) e destaca: “Art. 2o – Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso. Parágrafo único – Pode a União autorizar o plantio, a cultura e a colheita dos vegetais referidos no caput deste artigo, exclusivamente para fins medicinais ou científicos, em local e prazo predeterminados, mediante fiscalização, respeitadas as ressalvas supramencionadas.” A legislação ampara as pessoas que buscam utilizar a maconha como remédio, porém a Anvisa não autoriza essa utilização, tendo em vista que a Cannabis sativa está na lista de substâncias proscritas, ou seja, proibidas no Brasil. Para Malcher: “A proibição não tem fundamentação técnica, portanto contradiz a própria função da Anvisa, ou seja, nem a Anvisa sabe dizer por que maconha é ilegal e álcool não é. Então, ela não tem critério para regulamentar. É apenas uma obediência cega a acordos políticos internacionais. Tanto assim que um juiz do Distrito Federal considerou ilegais prisões relacionadas ao uso de maconha porque, a rigor, não há em nenhuma lei nada que defina qual critério diferencia a maconha de outras drogas recreativas e de outros remédios. Cria-se um ciclo vicioso, porque, como o critério é político, a lei sabota todos os níveis de difusão e formação de informações técnicas a respeito tanto entre pesquisadores quanto entre médicos. E acaba criando a situação em que inexiste um sistema de produção de plantas e derivados, porque a burocracia emperra toda a cadeia”. 60 convulsões por semana Anny Bartoli Fischer tem 5 anos, vive com a família em Brasília (DF) e possui uma doença rara, a síndrome de Rett CDKL5 – uma desordem genética que provoca convulsões frequentes, problemas no desenvolvimento, perda de habilidades linguísticas, entre outros sintomas que acometem a criança. Ela foi diagnosticada com a doença nos primeiros meses de vida, quando os pais iniciaram uma luta em busca de tratamentos que oferecessem bem-estar à pequena. Chegando a ter 60 convulsões por semana, a procura por alternativas e medicamentos que controlassem o problema os levou até um medicamento produzido com o CBD, uma substância da maconha. “Descobrimos o medicamento através de um site americano, pois vi a postagem de um pai que utilizava o CBD para tratar a filha”, conta Katiele Bartoli Fischer, mãe de Anny. Num primeiro momento, ela não sabia que a substância era extraída da maconha. Após pesquisar, e como diz “engolir tudo sobre o assunto”, decidiu agarrar esse fio de esperança e em novembro, de forma ilegal, trouxe a substância dos Estados Unidos para o Brasil. “A embalagem é uma seringa com uma pasta escura”, explica. O produto durou nove semanas e zerou as convulsões de Anny, que chegou a usar cinco anticonvulsivos de uma vez, porém nenhum conseguiu evitar as crises, além de causar efeitos colaterais. “Ela ficava prostrada”, conta a mãe. Em contrapartida, com o CBC, “não vi nenhum efeito negativo, só benefícios”. Quando começou a utilizar o novo medicamento, a menina usava dois anticonvulsivos, e agora está com apenas um. “Ainda não tiramos o outro, pois a criança pode entrar em surto e existe o risco de morte.” Família Fischer reunida Como o médico não tem como passar a receita, ela utiliza a mesma dose que o pai americano e afirma: “Hoje, ela tem uma outra vida, consegue dormir a noite toda, antes ela passava o dia dormindo, convulsionava, dormia e às vezes convulsionava dormindo. Praticamente não se mexia. Hoje, ela recuperou o controle cervical, voltou a sugar mamadeira, faz barulho e fisioterapia. É preciso dizer que a Anny ainda é uma criança comprometida, o CBD não é a cura da síndrome, que na verdade não tem cura, o que ele faz é dar qualidade de vida, ele trata a epilepsia refratária, que é uma consequência da síndrome”. Uma seringa com três gramas do medicamento dura um mês, e o investimento é de, mais ou menos, US$ 100. Tratando na ilegalidade O tratamento em Anny era feito de forma ilegal, e em abril um lote do produto que vinha dos Estados Unidos foi retido pela alfândega em Curitiba (PR) e enviado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A família Fischer entrou na Justiça e conseguiu, pela primeira vez no Brasil, a autorização da importação de um medicamento à base da Cannabis sativa. Porém, no dia da entrevista, Katiele ainda sentia a frustração. “Até hoje [30 de abril] não consegui trazer de forma legal o medicamento. Existe muita burocracia e falta de protocolo. Para que dê certo é preciso que todos os órgãos – como Receita Federal, Polícia Federal, Conselho de Medicina – andem no mesmo passo, ou seja, não adianta apenas a boa vontade de um único órgão, é preciso a boa vontade de todos.” De acordo com um dos advogados da família Fischer, Diogo Busse, “na reunião em Brasília com o presidente da Anvisa, ficou acordado que seria encaminhado um ofício ao Conselho Federal de Medicina (CFM) e à Receita Federal, informando do novo protocolo para a importação do CBD, nestes casos específicos. Estamos acompanhando, e até agora o protocolo não foi divulgado, e os ofícios não foram encaminhados. O procedimento na Anvisa é muito demorado e burocrático. Sem esta publicação da Anvisa, os médicos ficam com receio de receitar, já que a Cannabis sativa está na lista de substâncias proscritas pela Anvisa”. Apesar da demora e da burocracia, naquele mesmo dia, os pais de Anny, Katiele e Norberto Fischer, foram buscar, pela primeira vez, de forma legal, o medicamento da pequena guerreira. A lista da Anvisa, para a mãe, ainda levanta a discussão. “A morfina, por exemplo, vem do ópio e é autorizada. Por que o CBD não está na mesma lista que ela? Afinal de contas, a morfina está para o ópio assim como o CBD está para a maconha.” Afora os efeitos positivos, Katiele esclarece: “Não necessariamente porque funciona para Anny vai funcionar para outras pessoas, é uma substância como outra qualquer, assim como uns medicamentos não funcionaram para ela e foram eficientes com outras pessoas”. Atualmente, com o tratamento, uma nova fase passa a ser vivida pela família, e de maneira direta a mãe responde: “Hoje, conseguimos dormir”. Remédio Para compreender a opinião do brasileiro, a empresa Expertise realizou um levantamento que apontou que 57% dos brasileiros são a favor do uso da erva para fins medicinais. Para alguns, vem a pergunta: “Por quê”? O psiquiatra, professor de Psiquiatria da Unicamp e estudioso de políticas públicas sobre drogas Luís Tófoli tem a resposta: “Já está bastante comprovado o potencial do THC no auxílio do tratamento do câncer e da AIDS, por controlar náuseas e ativar o apetite. O CBD parece ser eficiente no tratamento de epilepsias, o que está sendo demonstrado em estudos de casos graves. Canabinoides em geral – que parecem ter mais efeito quando usados em combinação, o que é conhecido como ‘efeito comitiva’ – podem auxiliar no tratamento de esclerose múltipla e dores neuropáticas como relaxantes musculares e analgésicos. Há outros potenciais ainda não explorados suficientemente, como o efeito que alguns destes compostos parecem ter, em laboratório, em combater células de alguns tipos de câncer. Outros usos sugeridos são em doença de Parkinson, mal de Alzheimer e autismo, mas mais estudos ainda são necessários para comprovar que existe eficiência clínica. De uma forma geral, é importante saber que ainda temos muito o que pesquisar a partir das respostas promissoras que já surgiram”. A utilização da erva para fins medicinais pode ocorrer de diversas maneiras, conforme explica Malcher: “O óleo pode ser ingerido de diversas formas por via oral – em biscoitos, manteigas, cremes, doces – e também pode ser colocado em cápsulas ou até mesmo supositórios. A planta in natura pode ser fumada, mas o ideal é usar um aparelho vaporizador, que aquece a planta sem causar combustão, mas levando à liberação de um extrato gasoso que pode ser inalado de modo a produzir efeitos imediatos”. Psiquiatra e estudioso de políticas públicas sobre drogas, Luís Fernando Tófoli Para entender a diferença entre algumas substâncias, Tófoli explica: CBD – Sigla para canabidiol, um composto canabinoide. Ele não produz “barato”, mas usado isoladamente ou em extrato de maconha rico em canabidiol é capaz de ter efeitos terapêuticos. Canabinoides – Existem dois tipos básicos de canabinoides: os endocanabinoides, produzidos pelo corpo humano, e os que são produzidos pela planta da maconha e se ligam nos receptores dos endocanabinoides do cérebro e sistema imune, causando diversos efeitos farmacológicos. THC – É o principal composto que dá o “barato” ou a “brisa” da maconha. Ele ativa receptores de endocanabinoides chamados CB1, que estão espalhados em diversas áreas do cérebro humano e modulam efeitos importantes na manutenção da homeostase, na consolidação da memória e na tradução da dor, entre outros efeitos. Há ainda outro receptor, o CB2, presente no sistema imune. O conhecimento das funções do sistema endocanabinoide está em plena expansão. O que se pode dizer no momento é que há evidências de que ele modula funções muito importantes, como apetite, resposta ao estresse, memória, metabolismo, imunidade a doenças e controle da dor, entre outras. No Canadá é possível cultivar a erva e consumi-la mediante receita médica e autorização do governo. Em Israel, o pedido deve ser feito pelo médico especializado na doença do paciente ao Ministério da Saúde. Em ambos os países, a utilização da erva de forma recreativa é proibida. Além desses, outros 20 estados norte-americanos e o distrito de Columbia também têm a autorização para a utilização da substância de forma terapêutica. Holanda, Portugal, Espanha e alguns estados dos Estados Unidos liberam o consumo, também, para fins recreativos. Já o Uruguai foi o primeiro país do mundo a liberar a produção e comercialização da maconha em todo o seu território. Ph.D em neurociências, Renato Malcher Desvendando a cannabis medicinal com o neurocientista Malcher - A maconha vicia? De modo geral, a dependência psicológica depende muito mais da pessoa, sua história de vida, sua rede de apoio efetivo e social, sua saúde psíquica e neurológica do que do tipo de droga ou do hábito ligado à adição. Estima-se que cerca de 9% dos usuários se tornam usuários crônicos. Mas o número de pessoas que buscam ajuda por dependência em maconha parece ser muito menor do que isso. Dependência Maconha 9% Anfetaminas 11% Álcool 15% Cocaína 17% Heroína 23% Nicotina 32% Dados: Cannabis Policy - E a pessoa que utiliza a maconha para tratamento pode viciar-se? Vício é um termo abstrato de conotação moral, não um parâmetro biológico. Se a pessoa sofre de diabetes, provavelmente ela se tornará psicologicamente dependente de insulina, assim como quem sofre de dores crônicas se torna operacionalmente e afetivamente dependente de seus analgésicos. - Por que crianças e jovens não devem usar a planta? Isso vale mesmo para casos medicinais? O uso assistido e regrado dentro de um protocolo médico com dosagens conhecidas é completamente diferente do abuso de drogas de composição desconhecida. A maconha do mercado negro tem excesso de THC e outros componentes que, se abusados na fase de desenvolvimento, podem modificar algumas funções do cérebro ainda não amadurecidas. Não há relatos de alterações graves, mas a relação de causalidade com futuros distúrbios emocionais, como ansiedade e depressão, não pode ser descartada se houver abuso nesta fase. - Por que dizer que a maconha é um remédio seguro? Porque não é tóxica, não é teratogênica, não causa morte ou danos celulares, não causa distúrbios metabólicos, não afeta as funções hepáticas, não causa overdose, não tira a consciência do usuário e tem um baixo índice de dependência psicológica, sem síndrome de abstinência severa. - Como a erva é capaz de controlar dores e tremores? Componentes diferentes da maconha atuam sobre mecanismos diferentes no controle das informações neuronais que geram a sensação de dor. Desta forma, ela tem grande eficácia no tratamento de diversas formas severas de dor. Os tremores são causados por defeitos nos mecanismos inibitórios que modulam os comandos motores. No caso de Parkinson, esses mecanismos perdem função por defeitos em células dopaminérgicas em circuitos que podem ser modulados pela ação de canabinoides, de modo que estes assumem a função que deveria ser exercida por neurônios dopaminérgicos. No caso de esclerose múltipla também há uma perda progressiva de várias vias neuronais motoras envolvidas no controle voluntario e reflexo dos movimentos. A perda de mielina causa desajustes no fluxo de comando neuronal por vias motoras que acabam gerando os espasmos. A atividade descontrolada destas vias pode ser reduzida pela ação inibitórias dos componentes da maconha. - Existem diferentes propriedades na erva, como escolher a correta para um tratamento? Existem cerca de 20 atividades farmacológicas na maconha, dependendo da planta, então algumas atividades podem ser mais pronunciadas do que outras por causa da composição relativa de seus diversos componentes. - A maconha é considerada uma droga ilícita; o álcool não, porém ele traz grandes prejuízos à população, não é mesmo? Gostaria que comparasse a ação das duas substâncias. Álcool Maconha Pode tirar a consciência Sim Não Pode tornar a pessoa violenta Sim Não Pode levar ao coma por overdose Sim Não Pode levar à morte por overdose Sim Não Causa distúrbios metabólicos sérios Sim Não Causa doenças hepáticas graves Sim Não - Em contrapartida, em entrevista, o senhor comentou que ela pode ser a porta de saída, por quê? Porque ela reduz os sintomas de abstinência de drogas mais danosas, como o crack, por exemplo. - Muitos dizem que a erva é a porta de entrada para as outras drogas. O que o senhor pensa a respeito disso? Não ela ou seus efeitos, mas, sim, o contexto em que o usuário tenha contato com o mercado ilegal que lhe oferece outras drogas. Regulamentação do uso As discussões sobre a legalização do uso da maconha no Brasil passam tanto pelo Senado quanto pela Câmara de Deputados. Por exemplo, o deputado federal Eurico Júnior (PV-RJ) criou o Projeto de Lei 7.187/14, que libera a plantação em residências, além do cultivo para uso medicinal e recreativo. Já Jean Wyllys (PSOL-RJ) protocolou o Projeto de Lei 7.270/2014, que altera a atual Lei 11.343/2006 e regulamenta a comercialização, a produção, o cultivo caseiro e o consumo medicinal e recreativo da maconha. Enquanto isso, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) anunciou que será o relator de um projeto de lei de iniciativa popular que tem como objetivo a legalização do plantio doméstico de maconha e do comércio em locais licenciados. Para isso, o senador irá analisar e avaliar as questões que envolvem o assunto. Nenhum projeto foi elaborado com o objetivo de utilizar a erva para uso exclusivamente medicinal. Busse, o advogado da família Fischer, também é membro do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, e ao levantar as questões sobre a regulamentação do uso da planta é enfático: “Não é possível que o ser humano, em pleno século XXI, não seja capaz de pensar em políticas e soluções para melhorar o quadro de pessoas que passam por problemas com drogas, que não seja baseado em estratégias militares, presídios, armamentos, guerra e morte”. Membro do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, Diogo Busse A utilização da maconha ainda será amplamente debatida pela sociedade, seja tanto para o uso medicinal quanto recreativo, mas para isso, segundo Tófoli, “é necessário que a sociedade, incluindo os médicos, ampliem suas agendas e olhem para além do óbvio: as pessoas que fazem uso recreativo, os portadores de doenças que apresentam alívio com a erva e, fundamentalmente, o sinistro saldo de morte e sofrimento que é causado pela política proibicionista da guerra às drogas”. FONTE
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