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cinco

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Tudo que cinco postou

  1. Galera, Em função de questões de trabalho passei a semana passada inteira sem me conectar a internet, acabei de ser alertado sobre este caso na comunidade do Hempadão. Estou entrando em contato com os advogados da Nova Sociedade Libertadora, o Gerardo e o André Barros, para ver como eles podem ajudar. Porém, já percebi que as dificuldades materiais serão grandes, pois eles teriam que passar dias na cidade de Aiuroca ou Belo Horizonte e não sei se seria possível. O ideial seria conseguirmos um advogado da cidade para orientarmos. Precisamos urgentemente dos contatos do José Roberto e saber em que situação ele está exatamente, preso ou solto, acusado de tráfico ou de uso.
  2. Campanha "Se liga maconheiro": Sugiro que espalhemos esta mensagem pela internet: "Se liga maconheiro! Este ano tem eleição para vários cargos, entre eles deputado federal e senador. O Congresso Nacional, formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, é quem tem o poder de votar leis que modifiquem a atual política de drogas. São eles que podem mudar as leis. Se você já tem mais de 16 anos, você pode se alistar para votar até o dia 5 de maio, mesmo prazo para quem precisa mudar o domicílio eleitoral. Se você for filiado a partido político e estiver disposto a levantar a bandeira da legalização na campanha eleitoral, entre em contato, precisamos lançar candidatos em todo país. Por enquanto só temos pré-candidatos no Rio e em São Paulo."
  3. Não concordo com a liberação, defendo a legalização. Se o mercado de drogas for livre, sem regulamentos, as empresas vão poder simplesmente enganar os consumidores. Poderão por exemplo, misturar pó de vidro na cocaína e escrever na embalagem que é 100% livre de impurezas. Ou então poderiam fazer comerciais sobre crack direcionado para o público infantil. Se quisermos ter o mínimo de controle sobre a qualidade das drogas vendidas, ou qualquer outro controle, precisaremos de mercado regulado. Desregulamentação de mercados é uma utopia capitalista que nem os EUA realizam plenamente. E sempre que aumentam a desregulamentação sofrem graves consequências, como a crise financeira de 2008 e a crise energética da califórnia demonstram claramente.
  4. To orgulhoso! Dois pré-candidatos a presidente pelo PSOL estão assinando o manifesto: Babá e Plínio de Arruda Sampaio (que provavelmente vai vencer as prévias e ser candidato). Não resisto a provocação: Cadê a Dilma, a Marina, o Serra e o Ciro Gomes? Tá lançado o desafio: quem apoia estes candidatos tem que pedir a assinatura deles!
  5. Eu continuo achando que é muito importante estimularmos o máximo de candidaturas possível de pessoas que sejam próximas a nós, de preferência colocando a legalização como tema central de campanha. E também devemos estimular que os políticos que já demonstraram simpatia à causa a assumirem cada vez mais nosso discurso. Os que não quiserem defender abertamente a legalização ou o cultivo para uso própio já ajudam muito se defenderem a redução de danos, uma diferenciação mais clara entre usuários e traficantes ou mesmo a denúncia da falência da "guerra às drogas". Acredito nisso, em primeiro lugar, porque não vejo outra arena mais importante de disputa do que o Congresso Nacional, pois é lá que são feitas as leis. São os deputados e os senadores que podem fazer a legislação avançar ou retroagir. Em segundo lugar, porque o período eleitoral é justamente o período onde a população está mais atenta aos debates políticos, muitos no Brasil chamam o período eleitoral de "tempo da política". Perdemos muito se nossas teses não forem apresentadas à população também neste período. Na verdade o ideal seria termos inclusive propostas a serem apresentadas para os candidatos em função do cargo ao qual concorrem. Por exemplo, nas eleições de 2012 que serão municipais, acho que deveríamos formular projetos de redução de danos que poderiam ser defendidos por candidatos a vereador e a prefeito.
  6. A questão do voto nulo gera debates muito interessantes pois aponta para a transformação radical da nossa sociedade. Eu mesmo não acredito no capitalismo nem na democracia representativa, da mesma forma que não acredito em totalitarismos, sejam de direita como de esquerda. Sou um socialista libertário, acredito na substituição do capitalismo por uma economia solidária, onde as empresas são comandadas de forma democrática pelos seus trabalhadores. Acredito também na radicalização da democracia, com as pessoas pariticipando diretamente da política através de assembléias populares em todos os bairros. As estratégias para alcançarmos estes objetivos são variadas, dependendo de elementos concretos da realidade política e social. Hoje, um dos principais entraves para a mobilização social e política dos mais pobres do nosso povo é a violência provocada pela proibição das drogas. A violência produzida pelas disputas entre os grupos de criminosos, a violência da polícia na luta contra estes grupos e a violência dos esquadrões da morte e milicianos vêm impedindo que as conquistas democráticas de 1988 alcancem boa parte da população das grandes cidades. Legalizar as drogas, e a maconha em primeiro lugar, é um meio estratégico de permitir que os brasileiros mais pobres possam voltar a fazer política como faziam no final dos 70 e início dos 80, exigindo que este país atenda suas demandas e se transforme pelo menos num lugar digno para todos. Basta de guerra aos pobres disfarçada de guerra às drogas!
  7. Galera, Criei uma Rede do NIng para juntar os amigos e facilitar a comunicação. Entrem lá: Amigos do Cinco http://amigosdocinco.ning.com/.
  8. Estamos conversando, pra ser franco, acho difícil um apoio aberto a legalização, mas algum apoio a "mudança da política de drogas" ou declaração de "falência da guerra às drogas". Mas ainda não sabemos se ele será nosso candidato, certamente a Heloisa não será, ela sairá a senadora por Alagoas.
  9. Achei ótimo a unificação dos tópicos, assim concentramos a discussão. Ah, tenho uma novidade criei uma rede do Ning para reunir meus amigos: http://amigosdocinco.ning.com/. Entra lá growlera! Assim fica mais fácil convocar a galera para as paradas, podem divulgar a vontade.
  10. Vejam, acho que precisamos estimular candidaturas que surjam do próprio movimento, principalmente para deputado federal. Temos que verificar quem em cada cidade estaria em condições de concorrer, o prazo para filiações partidárias já rolou. Precisamos muito de candidaturas cujo FOCO CENTRAL seja a legalização da maconha e o fim da "guerra às drogas". Candidatos que declaram apoio à legalização são importantes, mas uma coisa muito diferente são candidatos DO MOVIMENTO, que façam muito mais do que uma campanha para ganhar votos, mas uma campanha para DEFENDER A LEGALIZAÇÃO. A campanha ainda não pode começar, só em julho, mas podemos fazer pequenas reuniões nas casas das pessoas para debater o que fazer nas eleições enquanto defensores da legalização. São os chamados "comícios domésticos" que podem reunir até mesmo 2 ou 3 pessoas, mas que são muito importantes para difundir uma idéia. Os cariocas que puderem reunir pequenos grupos de amigos podem contar com minha participação. Aqui no Rio teremos campanha temática, comprei até uma bicicleta ergométrica para melhorar minha condição física e poder ralar loucamente, alucinadamente entre julho e outubro. Se uns outros malucos formarem loucamente, alucinadamente com este bonde iremos fazer história. Mais uma vez. Fala aí moçada! Sei que temos militantes filiados a partidos em vários estados... Vamos encarar essa? São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco. Nestes estados temos militantes de valor filiados pelo menos ao PT, PDT e PSOL. Temos que encorajar estes companheiros a assumirem candidaturas. Seria um barato ter gente nossa fazendo campanha em vários estados. Quem estiver em estados sem candidatos podem ajudar pela internet, com grana e até mesmo viajando para ajudar nas campanhas. Não tenho nenhuma dúvida de que devemos nos preparar para invadir o Congresso Nacional, mas dia menos dia teremos que chegar lá. Quanto antes melhor! NADA É OUSADO A QUEM TUDO SE ATREVE!!! Basta de Guerra aos Pobres! Legalização da Maconha Já! ps.: Quem quiser se inspirar recomendo o filme Milk sobre o primeiro verador declaradamente gay nos EUA. Filmaço.
  11. hahahahaha A que ponto chegamos...
  12. Galera, Vai rolar no Rio o Fórum Social Urbano, organizado pelos movimentos sociais em paralelo ao encontro Fórum Urbano Mundial da ONU. No dia 23/03, às 18h estarei na mesa do debate "A Guerra às Drogas e a militarização das periferias". Os debates serão no Centro Cultural da Ação da Cidadania, Av. Barão de Tefé 75, Saúde. Ajudem a divulgar e comapreçam, essa será uma oportunidade de falarmos com movimentos de todo o Brasil e de outros países. Debatedores confirmados: Renato Cinco - Nova Sociedade Libertadora e Coletivo Marcha da Maconha Rio Maria Lúcia Karan - juíza federal aposentada e do Law Enforcement Against Prohibition (LEAP) Hertz - Movimento Hip Hop do Maranhão
  13. De: Raulzito Para: Toda a galera corajosa que luta contra a hipocrisia! Conserve seu medo Conserve seu medo Mantenha ele aceso Se você não teme Se você não ama Vai acabar cedo Esteja atento Ao rumo da História Mantenha em segredo Mas mantenha viva Sua paranóia Conserve seu medo Mas sempre ficando Sem medo de nada Porque dessa vida De qualquer maneira Não se leva nada E ande pra frente Olhando pro lado Se entregue a quem ama Na rua ou na cama Mas tenha cuidado Conserve seu medo Mas sempre ficando Sem medo de nada Porque dessa vida De qualquer maneira Não se leva nada E ande pra frente Olhando pro lado Se entregue a quem ama Na rua ou na cama Mas tenha cuidado Cuidado! Ah! Ah! Muito!
  14. Realmente é um absurdo a forma como opera a justiça no nosso país! Estou preocupado com a integridade física dos manifestantes hoje a tarde, é muito importante que a galera fique esperta, pois a polícia pode fazer provocações com o objetivo de começar uma pancadaria. Inclusive infiltrando P2 entre os manifestantes. O raciocínio da repressão muitas vezes é produzir cenas mais violentas o possível para fazer com que as pessoas tenham medo de aderir aos nossos movimentos. Até o momento, temos evitado o confronto, aceitando a proibição das Marchas por exemplo, justamente para impedir que cenas de violência sejam produzidas. As pessoas já têm medo de aderir porque este é um tema tabu, se a pancadaria prevalecer pode alterar o clima de crescimento do movimento.
  15. Outro exemplo histórico parecido foi durante a ditadura a polêmica entre os adeptos da luta armada de um lado e do outro o PCB e os trotskystas (tipo PSTU) que eram contra a luta armada e defendiam que só o movimento de massas derrubaria o regime militar. A ditadura foi duríssima com ambos os lados, inclusive usando a luta armada como pretexto para reprimir todos os grupos de oposição. A luta armada foi desbaratada, seus militantes presos, mortos ou exilados. A partir de 77 começaram as greves no ABC que culminaram com a Campanha das Diretas Já (1 milhão no Rio e 1 milhão em São Paulo) e a ditadura foi escorraçada pelas massas.
  16. Quero com calma explicar melhor minha posição, já que ontem escrevi no susto. Antes de mais nada quero dizer que adimiro e respeito as pessoas que tiverem esta iniciativa, inclusive pela coragem. Porém não acredito na desobediência civil enquanto ato político de minorias. O grande exemplo de desobediência civil no mundo foi a luta pela independência da Índia liderada pelo Gandhi. Neste caso, a luta era de toda a nação. Expulsar os ingleses era um sentimento de união nacional. Por isso funcionou. Hoje no Brasil nossa idéia continua minoritária e ,pior, ainda tem o rótulo de imoral para muitas pessoas. Atos de desobediência civil produzido por minorias podem gerar uma reação extremamente negativa por parte da maioria. E no momento em que a Marcha ainda é proibida em várias cidades e onde temos um processo a ser julgado no STF, podem provocar o prolongamento dos processos ou até mesmo nossa derrota. Nossa estratégia no momento deve ser fazer as pessoas mudarem de opinião sobre a proibição da maconha. Temos que ser recuados e evitar o fumo na prórpia Marcha justamente por causa disso. Precisamos mostrar que não somos loucos nem demônios. O importante é entendermos que cada forma de luta tem seu tempo e o seu lugar. Não descarto de jeito nenhum participar de atos como esses no futuro, mas só depois que a correlação de forças mudar. Na Arte da Guerra, Sun Tzu ensina a "arte da guerra da espada embainhada". Para ele o grande general conquista a vitória na paz e só desembainha a espada quando já criou as condições para vencer. Quando o general parte para a guerra antes da hora certa, ou perde ou prolonga a luta para além do necessário. Acho que ainda devemos manter nossas "espadas de fogo" na bainha. Com todo respeito a todos os nossos camaradas de luta.
  17. Olha, acabei de ficar preocupado. Não tinha me manifestado até agora porque fico dividido sobre esse tema. Em tese não sou contra a desobediência como tática, mas acho que sobre legalização da maconha no Brasil é um tiro no pé. Mas aconteceu um lance no twitter que não pode rolar de jeito nenhum: "@unzinho Domingo após a reunião da Marcha da Maconha em São Paulo, vai rolar a reunião do Gandhia para acertar detalhes do ato." A Marcha da Maconha não pode ser envolvida de forma nenhuma neste ato. Acho que cabe até uma nota oficial de esclarecimento no nosso site urgente.
  18. Não temos fotos do Bloco Cru. Foi um bom teste, distribuímos 100 máscaras e a aceitação foi muito boa. Os policiais presentes não esboçaram nenhuma reação. Amanhã, 15h estaremos na Orquestra Voadora no MAM.
  19. Terça-feira, 16 de fevereiro, 15h no Museu de Arte Moderna (MAM). "Ala" da Marcha da Maconha no desfile da Orquestra Voadora! Não perca! Divulgue!
  20. http://www.terra.com.br/istoegente/edicoes/543/wanessesa-despe-completando-10-anos-de-carreira-em-2010-a-161546-1.htm Drogas "Penso sobre a liberação controlada e a descriminalização da maconha. Acho que o governo deveria investir mais em informação, educação e tratamento dos dependentes. Além disso, há outras drogas lícitas tão perigosas quanto, como cigarro e bebida. Porque não adianta: em algum momento da vida você vai ter acesso à droga, a qualquer uma. E se você não tem cabeça boa nessa hora... Na adolescência, essa fase cheia de inseguranças, às vezes você nem está a fim de fazer determinadas coisas, mas quer o respeito da turma. Vi um amigo, um dos caras mais bonitos e populares do colégio, transformar-se completamente, ficar viciado. Tenho pavor de vício, de me ver dependente de algo que tira a minha lucidez, que destrói o meu corpo. Quando tiver meus filhos, quero dar informação a eles, falar abertamente para que possam tomar a decisão certa. Informação, educação são remédios certos contra hipocrisia! Detesto!"
  21. Aproveitando o ambiente livre e democrático do carnaval de rua do Rio, o Coletivo Marcha da Maconha RJ vai distribuir máscaras e guias de redução de danos para os foliões. “Ala” da Marcha da Maconha nos desfiles dos blocos do Rio! Domingo, 14 de fevereiro, 19h em frente a Casa da Matriz – Bloco Cru. Terça-feira, 16 de fevereiro, 15h no Museu de Arte Moderna (MAM) – Orquestra Voadora. Importante: estas atividades não são de responsabilidade dos blocos.
  22. FSM: Debate sobre drogas e “Marcha da Maconha”, destaques no Acampamento da Juventude http://www.jornalja.com.br/2010/01/29/debate-sobre-drogas-e-%E2%80%9Cmarcha-da-maconha%E2%80%9D-destaques-no-acampamento-da-juventude/ 29/01/10 “Se você assiste televisão, fuma unzinho ou toma coca-cola, venha debater sobre drogas” convidava um integrante do coletivo “Marcha da Maconha” nas ruas do Acampamento da Juventude, em Novo Hamburgo. O debate já tivera uma preliminar no dia anterior, quando o Ministro da Justiça, Tarso Genro, em uma visita ao acampamento, se declarou favorável a mudanças na atual legislação. “Acho que nossa política de drogas é atrasada, em relação, inclusive, ao próprio usuário. Mas tem que ocorrer uma discussão muito séria para modificar as leis relacionadas ao uso de drogas leves”, disse o ministro. No dia seguinte, o debate reuniu cerca de 200 pessoas a favor da legalização e descriminalização da maconha. Em forma de roda, sentaram-se os participantes no Espaço Mundo B do acampamento. E o debate informal começou. O militante do Rio de Janeiro, Renato Cinco, iniciou falando sobre o fato histórico que gerou o preconceito que até hoje persegue os usuários da droga. -“A primeira delegacia a reprimir o uso da maconha no Brasil se chamava Inspetoria de entorpecentes e miscigenação. Essa mesma delegacia era responsável por perseguir a cultura negra e suas manifestações, como o candomblé, o samba e a capoeira”. Cinco conta que num primeiro momento a proibição não vingou por aqui e só foi levada a sério quando o então presidente dos EUA, Richard Nixon, em 1969, declarou guerra aos comunistas e as drogas. Aos poucos o assunto fugiu da história e chegou aos dias de hoje e aos problemas que a proibição gera a sociedade. Para o historiador Laurence Gonçalves, independente dos danos que as drogas possam causar à saúde, a criminalização gera muito mais. -“A maconha ainda é a principal forma de criminalizar a pobreza. Drogas e armas não são fabricadas nas periferias, mas ela é criminalizada para enriquecer traficantes internacionais e colarinhos brancos, sustentando o capitalismo”. Gonçalves diz ainda que quebrando pelo menos com o tráfico de drogas, outro tipo perigoso de tráfico acaba falindo no Brasil. -“Se quebrarmos o tráfico da maconha e da cocaína, provavelmente os traficantes não terão dinheiro para pagar propina ou comprar fuzis”. Outro questão levantada no debate foi: como seria o cultivo, se fosse legalizada a maconha? De acordo com a grande maioria dos presentes, o ideal seria o auto-cultivo ou, então, a agricultura familiar. Um dos participantes do debate argumentou que a planta da maconha gera menor impacto ambiental que o eucalipto e serve para diversas funções como produzir tecidos, remédios e comida. Por fim, Renato Cinco alertou sobre a proposta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que sugere a descriminalização do usuário e o aumento da repressão ao tráfico de drogas. -“O projeto de FHC é uma armadilha, é um jeito de condenar ainda mais os pobres e pequenos traficantes sem envolver os usuários da classe média”. Logo após o debate, o grupo deu início a marcha. Fora do acampamento os militantes, sempre enfrentam dificuldades com o Ministério Público e Polícia Militar para conseguir realizar a marcha no mês de maio em diversas capitais do Brasil e no mundo. No Fórum o espírito foi completamente diferente. Ao som de batucadas e samba, a marcha percorreu as ruas do AIJ, despertando no máximo a curiosidade dos outros participantes. Sem a presença da PM no acampamento, a planta foi usada livremente sem nenhuma repressão e a marcha – considerada a maior do acampamento – aconteceu livre de incidentes.
  23. Rolou transmissão ao vivo pela net. Aqui tem uma grande parte do debate. http://www.ustream.tv/recorded/4256377
  24. Já é uma tradição: em toda edição do Fórum Social Mundial um dos espaços com maior público é o organizado pela Marcha da Maconha. Em 2010 não foi diferente. Realizado no Acampamento Internacional da Juventude (AIJ), o evento contou com ao menos 300 participantes, e foi precedido de um longo debate sobre políticas de drogas no Brasil e no mundo. Segundo Laurence Gonçalves, professor de História e um dos organizadores do espaço, “o tráfico de drogas é um braço do capitalismo que oprime principalmente os pobres”. Segundo ele, os debates sobre o assunto surgem espontaneamente em todas as edições do Fórum também por conta da “opressão individual” sentida pelos usuários de substâncias ilícitas. “As pessoas têm dificuldade de se organizar coletivamente para debater algo que é de caráter privado”, apontou Laurence. Durante o debate, as intervenções variaram de análises da conjuntura internacional da política de drogas até demandas mais específicas dos usuários, passando por apontamentos que contextualizavam os interesses por trás da proibição de algumas substâncias, o que gera violência, corrupção e tensões geopolíticas internacionais. Na avaliação dos organizadores do evento, a discussão também serve como estímulo para que surjam novas articulações regionais para realização de novas Marchas da Maconha pelo Brasil – o evento ocorre tradicionalmente no mês de maio, em diversas cidades do planeta. “Se essa boca, se essa boca fosse minha / eu mandava, eu mandava desarmar” cantaram os manifestantes, que circularam animadamente pelo acampamento, onde há duas mil pessoas – o que indica que mais de 10% dos acampados estavam na Marcha. O ato foi marcado por batucadas e músicas improvisadas na hora ou já conhecidas, como as de Bezerra da Silva, além de muita descontração. Uma viatura da Guarda Municipal de Novo Hamburgo acompanhou parte do trajeto, sem interferir em momento algum nem se incomodar com os gritos de “ei, polícia, maconha é uma delícia”. Alguns dos manifestantes já haviam formado um bloco pró legalização durante o ato inaugural do Fórum, na segunda-feira, e propostas de atuação conjunta foram esboçadas, como a realização de um abaixo assinado propondo a votação de um projeto de lei. Houve discussões acerca da necessidade ou viabilidade de tal medida, assim como acerca de seu conteúdo – a proposta restringiria-se a uma legalização da maconha ou englobaria todas as drogas? Esta e outras questões ainda seguem em aberto dentro movimento que tem ganhado força continuamente nos últimos anos, mesmo com a proibição da realização da Marcha em algumas capitais, como São Paulo. Os debates sobre o tema prosseguem no AIJ nesta quinta-feira, com um espaço sobre Redução de Danos, entendimento do controle dos efeitos maléficos do abuso no uso de drogas através do autoconhecimento e do auto controle. Essa entrada foi postada em quinta-feira, janeiro 28th, 2010 às 15:46 sob a(s) categoria(s) Anti-proibicionismo, Cultura, Marcha da Maconha. Você pode acompanhar as respostas desse post através do RSS 2.0feed. Você pode responder, ou rastrear de seu próprio site.
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