Ir para conteúdo

CanhamoMAN

Usuário Growroom
  • Total de itens

    2611
  • Registro em

  • Última visita

  • Days Won

    3

Tudo que CanhamoMAN postou

  1. 05/02/2014 17h23- Atualizado em 05/02/2014 17h43 Pilotos de Bieber usaram máscara contra fumaça de maconha, diz TV Comandante de avião particular teria vetado droga, mas não foi atendido. Cantor e pai foram 'verbalmente abusivos' com aeromoça, segundo NBC. Do G1, em São Paulo http://g1.globo.com/musica/noticia/2014/02/pilotos-de-bieber-usaram-mascara-contra-fumaca-de-maconha-diz-tv.html Agentes inspecionam aeronave que levou Justin Bieber a aeroporto de New Jersey no dia 31 de janeiro, após suspeitas de presença de drogas (Foto: REUTERS/Shannon Stapleton) Os pilotos de uma aeronave particular que levou Justin Bieber aos EUA no dia 31 de janeiro tiveram que usar máscaras para se proteger da intensa fumaça de maconha, disse nesta quarta-feira (5) a rede de TV americana NBC. "O comandante do voo informou ter alertado os passageiros, incluindo Bieber, por várias vezes, para parar de fumar maconha", diz o relatório oficial do incidente, segundo a emissora. "O comandante também disse que precisou pedir que os passageiros interrompessem o comportamento abusivo com a aeromoça, e depois de vários pedidos, solicitou que ela ficasse com ele perto da cabine, para evitar mais abusos". O relatório foi feito no aeroporto de Teterboro, em Nova Jersey, onde a aeronave aterrisou. "A aeromoça disse que os passageiros, inclusive o pai do cantor, Jeremy Bieber, foram extremamente abusivos verbalmente, e que ela não trabalharia em outro voo com eles", diz o relatório. Os pilotos da aeronave alugada resolveram usar máscaras de oxigênio durante o voo, de acordo com fontes da NBC, para que não corressem o risco de inalar maconha e não passarem em possíveis testes de drogas, o que colocaria suas licenças de voo em risco. O avião particular com o cantor Justin Bieber e amigos foi inspecionado pela polícia por causa do cheiro de maconha. O cantor teria admitido o consumo da droga, mas disse que não havia mais nada da substância no avião. Os agentes analisaram o interior da aeronave, mas não encontraram a droga. Mais tarde, uma nova inspeção teria encontrado sacos vazios que poderiam ter carregado drogas, mas nenhuma acusação foi feita. Bieber e os amigos voaram do Canadá para os EUA para assistirem e participarem das festas que antecedem o Super Bowl, que aconteceu no domingo (2).
  2. Presidente do IPO-Porto defende canábis medicinal Em entrevista ao Jornal de Notícias, o médico Laranja Pontes defendeu o uso terapêutico da canábis em Portugal, para melhorar a qualidade de vida de doentes com cancro. Artigo | 25 Janeiro, 2014 - 00:09 Fonte:http://www.esquerda.net/artigo/presidente-do-ipo-porto-defende-can%C3%A1bis-medicinal/31084 O uso terapêutico da canábis é legal em muitos países. Em Portugal, o parlamento chumbou há dez anos uma iniciativa do Bloco de Esquerda nesse sentido. Foto Dank Depot/Flickr. "Numa doença como o cancro, tudo aquilo que for possível fazer para melhorar a qualidade de vida dos doentes, acho que não há ilícitos", diz o presidente do Conselho de Administração do Instituto Português de Oncologia do Porto, que trata cerca de um terço dos casos de cancro em Portugal. Em entrevista ao Jornal de Notícias, Laranja Pontes diz-se "a favor" do uso terapêutico de canábis e defende uma política "completamente diferente" sobre este tema. "Como cidadão, acho que a abordagem das drogas, não só da canábis, devia ser totalmente diferente", diz o médico que dirige o IPO do Porto desde 2006. "Nós já usamos, nalguns casos, extratos de canábis, canabinóides (não propriamente da planta mas de produtos refinados), que melhoram o bem-estar dos doentes, aumentam o apetite e potenciam imenso o efeito dos analgésicos", argumenta Laranja Pontes. Em Portugal, uma iniciativa pela prescrição médica de canábis para cuidados paliativos nos casos de doenças crónicas graves e doenças terminais foi debatida no Parlamento por iniciativa do Bloco de Esquerda em 2004. O projeto de lei acabou por ser chumbado com os votos do PSD e CDS e a abstenção do PS e PCP. Nos últimos meses, a França, República Checa e Roménia aprovaram a autorização do tratamento de várias doenças com medicamentos derivados da canábis. Os bons resultados terapêuticos em casos de cancro, esclerose múltipla, psoríase ou doença de Parkinson, entre outras, e o avanço na investigação das propriedades da canábis no tratamento e alívio de sintomas de muitas doenças, tem também atraído o interesse das grandes farmacêuticas, como a GW e a Bayer, que comercializam o spray Sativex. Nos EUA, onde a venda de canábis para fins medicinais está legalizada nalguns estados, as farmacêuticas vêm pressionando Washington para reclassificar a planta da canábis ao nível da canábis sintética Marinol, até porque a maioria dos doentes de cancro diz sentir mais melhorias - e mais poupança - fumando o que plantam, em vez de tomar os comprimidos Marinol.
  3. Agência promoverá “tour de canabis“ no Colorado (EUA) Fonte: http://www.panrotas.com.br/noticia-turismo/destinos/agencia-promovera-tour-de-canabis-no-colorado-eua_96710.html Publicada em 31/1/2014 08:19:00 A agência Spiro Tours anunciou que vai passar a organizar passeios para plantações de maconha no Colorado (EUA), após a decisão do Estado de legalizar a droga para uso recreativo. Segundo informações do site peruano Travel Update, os "tours de canabis" serão semelhantes aos promovidos pelos vinhedos de Napa Valley. Ao longo do tour, os participantes poderão fazer uso da droga enquanto aprendem sobre as maneiras pelas quais são produzidas.
  4. High danger hydrangea? French police hunt gang peddling 'cheaper weed' Thieves thought to be stealing colourful winter plants in northern France because smoking some varieties can get you high Thursday 6 February 2014 10.44 GMT http://www.theguardian.com/world/2014/feb/06/high-danger-hydrangea-french-police-hunt-gang A pink hydrangea flower or an evil cheap drug much sought after in northern France? Photograph: Lisa Carpenter for the Guardian Some gardeners prefer the spiky hydrangea paniculata; some others opt for the smoother mop-head varieties like hydrangea macrophylia. Others, often those with yellow as opposed to green fingers, do not much care. They just like to rip of the flower petals of any old hydrangea - also known as hortensia - and smoke them, police in France have claimed. Gendarme in northern France are on the trail of the "Hortensia Gang" acting on reports that dozens of the wintering plants have been stolen or severely pruned in the last few weeks. Initially sceptical that youngsters were roaming private and public gardens chopping off hydrangea heads and leaves to dry, mix with tobacco, and smoke as a cheap alternative to cannabis, police say they are now investigating. As part of their inquiries, officers spoke to local pharmacists who confirmed the hallucinogenic and euphoria-inducing effects of the hydrangea bloom, of which there are thousands of different varieties. Experts say the effect is similar to that of Tetrahydrocannabinol (THC) found in the cannabis plant. According to the local newspaper La Voix du Nord, police are looking into around 20 complaints from local gardeners as well as town halls and village mayors about disappearing flowers over the last few weeks. Captain Frédéric Evrard, spokesperson for the Nord-Pas-de-Calais regional gendarmerie, blamed economic hard times. "With the crisis we have the impression people are now turning towards natural products, because synthetic ones are more expensive. If these thefts are linked to drug use, then its the same sort of wave as the hallucinogenic mushrooms collected in the wild," Evrard told Le Figaro. The French authorities believe the hortensia habit has been imported from Germany. Bavarian public gardens are regularly pilfered for their hydrangea flowers. Before anyone rushes out to the nearest garden centre, cheap and widely available they may be but hydrangea-smokers risk poisoning themselves, said Kurt Hostettmann, honorary professor of pharmacology at the University of Lausanne and Geneva in Switzerland . "The secondary effects of it are very bad for the health," Hostettmann told Le Matin newspaper last year. He warned the flowers can provoke stomach and respiratory problems, speed up the heart, cause dizzy spells and if consumed in large quantities can produce "hydrogen cyanide" (also known as prussic acid) the base of Zyklon B, the poison gas used in the Nazi death chambers causing a slow and painful death. As the Royal Horticultural Society points out: "Hydrangeas may occasionally be affected by pests such as scale insects, hydrangea scale, capsid bugs, aphids and vine weevil". It can now add French fumeurs to the list.
  5. 05/02/2014 21h13- Atualizado em 05/02/2014 21h13 Polícia encontra plantação de maconha em mata fechada de Goiás Segundo estimativa inicial da PM, existem cerca de mil pés da droga. Plantas serão incineradas no local em uma queimada controlada. Do G1 GO http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/02/policia-encontra-plantacao-de-maconha-em-mata-fechada-de-goias.html A Polícia Militar (PM) de Santa Helena de Goiás encontrou na tarde desta quarta-feira (5) uma plantação de maconha na zona rural do município. Estimativas inicias da corporação apontam que tenham aproximadamente mil pés da droga em uma mata fechada da região. Segundo o capitão da PM Dario Araújo, moradores das imediações estavam no local à procura de mel e plantas medicinais quando encontraram a plantação e acionaram a polícia. “Essa é uma região de muitas fazendas e plantações de soja e cana. Por lei, cada fazenda tem que deixar uma área de mata preservada e foi exatamente em uma dessas reservas que encontramos os pés de maconha”, explicou. Ainda segundo o policial, o caseiro de uma das propriedades já foi ouvido e afirmou desconhecer o cultivo da droga no local. “São propriedades muito extensas, o que torna difícil o trabalho de vigia e monitoramento até mesmo por parte dos fazendeiros”, disse o capitão Dário Araújo. Após a perícia, os pés de maconha serão incinerados no local, em uma queimada controlada. Pés de maconha estavam em clareiras de uma mata fechada (Foto: Reprodução/Tv Anhanguera)
  6. Nos EUA, suposto chefe de site de venda de drogas pode pegar prisão perpétua Ross Ulbricht é acusado de ser o dono Silk Road, fechado pelo FBI no fim do ano passado iG São Paulo | 05/02/2014 12:51:58 http://tecnologia.ig.com.br/2014-02-05/nos-eua-suposto-chefe-de-site-de-venda-de-drogas-pode-pegar-prisao-perpetua.html Nesta quarta-feira (5), a promotoria do estado de Nova York (EUA) indiciou formalmente o americano Ross Ulbricht por crimes de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e formação de quadrilha. Ulbricht é acusado de controlar o site Silk Road sob o codinome de Dread Pirate Roberts. Página de Ross Ulbricht no Google+ Ulbricht, em foto de arquivo pessoal. Ele nega ser o gestor do Silk Road Segundo a revista Forbes, a acusação de formação de quadrilha é particularmente grave e, somada aos outros crimes, pode gerar uma condenação de prisão perpétua para Ulbricht. À Forbes, a defesa de Ulbricht diz que ele não é Dread Pirate Roberts e que alegará inocência no julgamento, ainda sem data marcada. Silk Road movimentava milhões Ulbricht foi preso em outubro do ano passado, quando uma operação do FBI fechou o Silk Road, considerado o maior site de venda de drogas da internet. Segundo os agentes, o Silk Road movimentava quase R$ 100 milhões por mês com venda de drogas. A única moeda aceita no site era o bitcoin. Os agentes do FBI investigaram o site por quase um ano e também suspeitam que Ulbricht possa ter mandado assassinar seis pessoas. Um dos casos está sendo tratado em um processo separado, mas nos outros cinco não houve provas suficientes para abrir um processo. Desde o fechamento do Silk Road, três outros administradores do site foram presos. Há uma semana, Charlie Shrem, gestor do mercado de bitcoins BitInstant, também foi preso por supostamente ter ajudado a lavar dinheiro de compras de drogas feitas no Silk Road.
  7. Alunos sorteados vão fazer exame antidoping em escolas, no ES Projeto de lei foi sancionado pelo prefeito de Cariacica. Objetivo é evitar que estudantes entrem para o mundo das drogas. Do G1 ES Fonte:http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2014/02/alunos-sorteados-vao-fazer-exame-antidoping-em-escolas-no-es.html http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2014/02/alunos-sorteados-vao-fazer-exame-antidoping-em-escolas-no-es.html 05/02/2014 09h58- Atualizado em 05/02/2014 09h58 Prefeito Juninho sancionou a Lei Antidoping, em Cariacica(Foto: Reprodução / TV Gazeta) Alunos do 9º ano das escolas municipais de Cariacica vão passar por exame para identificar o uso de drogas, a partir deste ano. O Projeto de Lei 5.152/2014 é de autoria do vereador Messias Donato (PTdoB) e foi sancionado no dia 23 de janeiro pelo prefeito Geraldo Luzia Júnior (PPS), o Juninho. De acordo com o parlamentar, o objetivo é evitar que adolescentes se envolvam com o uso de drogas. Mas, para o Conselho Estadual da Criança e do Adolescente (CEDCA), o texto fere o Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA). A prefeitura do município informou que estudos e consultorias serão realizados para identificar a viabilidade e o cumprimento da lei. De acordo com a lei, um sorteio realizado no último semestre do ano letivo irá selecionar quais alunos deverão passar pelo exame, que será feito na Unidade de Saúde mais próxima da residência da família e mediante autorização dos pais. O exame, chamado antidoping, pode ser feito através da coleta de sangue ou de saliva. Caso o resultado seja positivo para o uso de entorpecentes, o aluno será encaminhado para tratamento. Segundo o vereador, o exame vai intimidar o uso de drogas por parte dos alunos. “Com essa lei, o aluno vai pensar na possibilidade dos pais descobrirem que ele é usuário de drogas. Com isso, ele vai pensar duas vezes antes de usar o entorpecente”, alegou. De acordo com a presidente do CEDCA, Elisângela Marchesi, o Estatuto da Criança e do Adolescente diz que a criança e o adolescente devem ser protegidos de forma integral. Ela explicou que essa lei viola a integridade física e moral da criança, além de causar constrangimentos. “Pensar na possibilidade da realização de um exame antidoping, é entender que a preservação da imagem desse adolescente pode vir a ser abalada, além da autonomia e da identidade dele. Isso pode fazer com que a criança passe por situações vexatórias”, afirmou à Rádio CBN. Em nota, a Prefeitura de Cariacica informou que a lei teve sua origem no Poder Legislativo do município. Assim, não foi possível, por parte do Executivo, um parecer prévio sobre as implicações da mesma. Ainda segundo a prefeitura, serão realizados estudos e consultorias com os principais corpos técnicos demandados por ela (no caso, as secretarias de Educação e de Saúde) a fim de identificar a sua viabilidade e o seu cumprimento.
  8. Maconha - legalizar ou não legalizar, eis a questão! 4/2/2014 18:07:00 http://www.adjorisc.com.br/jornais/jornalmetas/2.5339/colunas/saude-comunitaria/maconha-legalizar-ou-n-o-legalizar-eis-a-quest-o-1.1420194 A regulamentação do uso e da venda da maconha em um país vizinho tem dado o que falar. Pela nova legislação uruguaia, os nativos e os estrangeiros que residem no país e têm mais de 18 anos poderão comprar até 40 gramas da erva por mês em farmácias credenciadas pelo governo. Os defensores da liberação acreditam que a legalização reduzirá a ação dos traficantes. Acreditam nisso baseados em uma ingenuidade absurda, né gente? Assim como não existe meia gravidez, também não há meia dependência. É raro encontrar um consumidor eventual da droga que vá se conformar com essa dose de 40gramas. Existem usuários iniciantes, mas estes em pouco tempo se transformam em dependentes. A compulsão é a principal característica do dependente químico, é uma das coisas que o diferencia de um usuário que eventualmente abusa da droga. "Se o Brasil seguir a tendência de outros países e oficializar a indústria da maconha, nós teremos "uma fábrica de esquizofrênicos"". A opinião polêmica é do psiquiatra Valentim Gentil Filho, professor titular da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). Claro que foi uma frase de impacto para suscitar a discussão. Na realidade o que se sabe é que a associação entre cannabis e Esquizofrenia é conhecida há muito tempo e apesar da dificuldade em explicar a verdadeira natureza desta, estudos recentes sugerem que o consumo regular de cannabis (particularmente em adolescentes e jovens adultos) aumenta o risco de desenvolver Esquizofrenia e facilita a manifestação da perturbação em indivíduos vulneráveis. Agora a grande questão é: como saber se sou vulnerável? A cegonha não está enviando os bebês com genótipo estampado na testa. As informações hereditárias de um organismo que o predispõe a determinada doença ainda são uma incógnita e a maioria só vai se dar conta que era vulnerável, após o primeiro surto. Enfim, abro o tema para discussão e gostaria de ver argumentos melhor embasados. Estes dias em um fórum da internet um rapaz resolveu defender a liberação citando os bons resultados que estão sendo obtidos na Holanda. NA HOLANDA. Sim, na Holanda. Agora tentando deixar de lado o fato de ele ter comparado O BRASIL (Área: 8.514.876,599 km² (fonte IBGE),População: 190.732.694 milhões (Censo 2010) , Taxa de analfabetismo: 9,6% (Censo 2010)), com a Holanda (Área 41526km, População: 15600.000hab., Taxa de analfabetismo: 1%), saliento que lá, como em todos os outros países baixos, é ilegal produzir, possuir, vender, importar e exportar drogas. No entanto, o governo criou uma política de tolerância ao uso de maconha em alguns termos e condições bem específicos. No caso de Portugal, uma pesquisa realizada pelo Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT) registrou que, entre 2001 - data em que foi implementada a política de descriminalização da droga em Portugal - e 2007, o consumo continuado de drogas registrou, em termos absolutos, uma subida de 66%. De forma segmentada, a pesquisa apontou ainda que, no período em análise, registrou-se aumento de 37% no consumo de Cannabis, de 215% no de cocaína, de 57,5% no de heroína e de 85% no de Ecstasy. É isso. Tirem suas próprias conclusões, debatam, falem sobre o assunto. Mas façam isso logo. Façam isso enquanto seus filhos ainda são crianças, não esperem o primeiro surto psicótico para admitir que a maconha existe e tá aí, livre, sem nem sequer ter sido liberada ainda...
  9. Feds make first step towards hemp legalization Published time: February 04, 2014 20:23 Fonte:http://rt.com/usa/feds-step-hemp-legalization-647/ Hemp plants (AFP Photo) </body> The United States federal government may not be ready to sanction marijuana use, but a new agriculture bill is set to legalize preliminary stages of hemp production in states that allow the practice. A new farm bill, passed by Congress on Tuesday, would allow universities and state agriculture departments to establish industrial hemp growing programs. If these research programs go well, they could pave the way for commercial hemp farming to become a reality. Hemp is a plant in the same family as marijuana, though it lacks its cousin’s high levels of THC and is therefore much less potent. It’s used to create numerous products, including cooking oil, clothing, paper, and rope. According to the Associated Press, the US imported about $11.5 million in hemp products in 2011. "This is big," Eric Steenstra, president of advocacy group Vote Hemp, told the AP. "We've been pushing for this a long time." Although hemp used to be grown in the United States, its cultivation was outlawed under the 1970’s Controlled Substances Act. Supporters of the decision's review believe, however, that allowing states to move forward with industrial hemp will help the country gain a slice of a market that’s currently controlled by China. "Oregonians have made it clear that they believe industrial hemp should be treated as an agricultural commodity, not a drug," Rep. Earl Blumenauer (D-Ore.), who helped author the amendment, told The Oregonian in a statement. "By including language easing restrictions on industrial hemp in states where it is legal, Congress sends an important message that we are ready to examine hemp in a more appropriate way." As AP noted, 10 states have already passed laws enabling hemp cultivation, though federal law has kept those efforts from moving forward. These states are Colorado, Washington, California, Kentucky, Maine, Montana, North Dakota, Oregon, Vermont and West Virginia – some of which are preempting the farm bill’s passage by beginning to draft rules and regulations to govern hemp production. According to The Wall Street Journal, some law enforcement groups are not pleased with the development. Because hemp looks so much like marijuana, they argue that legalizing its production could have an adverse effect on their effort to keep the illegal drug off the streets. Meanwhile, some advocates, such as Steenstra, think the hemp provision indicates the federal government may be preparing to soften its position on recreational marijuana use. Others aren’t as convinced. "On the one hand, I think it's part of a larger agenda to normalize marijuana, by a few," Kevin Sabet of the anti-pot group Smart Approaches to Marijuana told AP. "On the other hand, will it have any difference at the end of the day? I would be highly skeptical of that." Two states – Colorado and Washington – have already legalized recreational marijuana use, a list that seems poised to grow over the course of the next two elections. Advocates in Alaska and Oregon are hoping to take up legalization initiatives during the 2014 midterms, while 2016 could see the issue on the ballot in Arizona, California, Maine, and others.
  10. Cannabis College set to open in Florida WTSP 7:30 a.m. EST February 4, 2014 http://www.firstcoastnews.com/story/news/education/2014/02/04/cannabis-college-open-tampa/5199029/ Marijuana leaf (generic) (Photo: AP Graphics) Tampa, Florida -- You can call it Cannabis U, and it's ready to launch inside the former Garcia Y Vega cigar factory in west Tampa. The 131-year-old building is the very first facility in the state dedicated to medical marijuana education, and Jeremy Bufford is the brain child. "This is a month-long course that will deep dive into cannabis from a historical, legal, botanical, and a pharmacological perspective," said Bufford. Bufford is ready to hit the ground running if the amendment is approved by Florida voters. In addition to education, Bufford will hire researchers, botanists, cultivators, lab techs, security officers, and more. Rachelle Roach will be in the first class. She already holds a master's degree in nutrition, and said the empirical data on pot is staggering. "This is a plant that has a lot of healing properties and nutrients," said Roach. "We know that the opportunities for the medical marijuana industry in 2015 and beyond are life changing. Not just for the patients we're going to be assisting, but also the economic impact it will bring to the area," said Bufford. The vote on the medical marijuana amendment is still more than 10 months away, but the momentum toward making cannabis available via prescription is already white hot. If all goes as planned, organizers say medical marijuana will be dispensed as early as the summer of 2015. "We believe this industry will be mainstream in the next 5 to 10 years," said Roach
  11. Entidades denunciam lei que obriga exame toxicológico em alunos de Cariacica Representação pede que o Ministério Público ingresse com uma Adin contra a lei sancionada pelo prefeito Juninho Nerter Samora 03/02/2014 14:47 - Atualizado em 04/02/2014 18:41 http://seculodiario.com.br/15231/12/entidades-denunciam-lei-que-obriga-exame-toxicologico-em-alunos-de-cariacica-1 http://seculodiario.com.br/15231/12/entidades-denunciam-lei-que-obriga-exame-toxicologico-em-alunos-de-cariacica-1 O Fórum Estadual da Juventude Negra (Fejunes) e o Movimento Nacional dos Direitos Humanos no Estado (MNDH-ES) protocolaram uma representação no Ministério Público Estadual (MPES) contra a Lei municipal nº 5152/2014, que prevê a realização de exames toxicológicos em alunos da rede pública em Cariacica. No documento, as entidades denunciam que a medida viola a dignidade de crianças e adolescentes. Eles pedem que o órgão ministerial ingresse com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a norma. Na representação, os dirigentes das entidades citam que o próprio autor da proposta, vereador Messias Donato (PTdoB), afirma na justificativa do projeto que o objeto da matéria seria “gerar constrangimento aos estudantes com intuito de evitar que eles possam vir a fazer uso de drogas”. As entidades defendem a tese de que a lei municipal viola a Constituição Federal, no que trata da obrigação do Estado de proteger crianças, adolescentes e jovens de qualquer forma de discriminação, violência e opressão. No texto, os representantes do Fejunes e a MNDH/ES solicitaram a abertura de um inquérito civil para apurar a existência, bem como a eficácia das políticas públicas voltadas aos jovens, sobretudo, aquelas relacionadas à prevenção do uso de drogas. Para as entidades, a Constituição obriga o poder público a garantir a proteção a este segmento por meio de programas de prevenção e atendimento especializado em caso de dependência química, o que seria diferente da realização dos exames toxicológicos pelas escolas. A lei municipal, sancionada no último dia 23, prevê a realização dos exames em alunos do 9º ano (cuja idade estimada é de 14 anos) ou classes menores, sempre com autorização dos pais ou responsáveis legais. Em entrevista ao jornal A Tribuna, o vereador explicou que, caso seja confirmado o uso de drogas, o estudante será encaminhado para o serviço de assistência social do município. A lei entra em vigor no ano letivo que se inicia nesta segunda-feira (3). PUBLICIDADE
  12. Ensaio mostra mulheres nuas fumando maconha http://www.bemparana.com.br/noticia/302718/ensaio-mostra-mulheres-nuas-fumando-maconha 04/02/14 às 19:16 | Redação Bem Paraná </body> (foto: Reprodução) O fotógrafo Richard Kern fez um ensaio polêmico que mostra “tudo natural”. As fotografias, presentes no livro “Contact High” (high em inglês pode significar o mesmo que chapado) mostram mulheres nuas fumando maconha. A Catraca-Livre compartilhou o ensaio no Facebook e polemizou. Um usuário criticou o uso da erva, afirmando que a droga é “natural como a esquzofrenia, o suicídio, a perda da memória, o atraso cognitivo. Nada sobrenatural mesmo, tudo deste mundo”. Já uma outra pessoa se posicionou a favor da droga, afirmando que “o pessoal bebe pacas, fuma pacas, e aí quando tem uma foto de maconha diz que ‘é o fim dos tempos mesmo’. Vai ser hipócrita e sem noção em outra página!”. Para conferir o ensaio, clique AQUI
  13. Alasca deve votar sobre legalização da maconha este ano Agência Estado http://atarde.uol.com.br/mundo/materias/1566418-alasca-deve-votar-sobre-legalizacao-da-maconha-este-ano Qua , 05/02/2014 às 04:17 Eleitores do Alasca provavelmente terão de decidir sobre a legalização da maconha neste ano. Autoridades responsáveis pelas eleições do estado disseram que uma campanha para regular a maconha tal como o álcool obteve mais de 30 mil assinaturas, o suficiente para incluir uma petição sobre a legalização nas cédulas de votação. O vice-governador ainda tem que oficialmente certificar a medida, mas o número de assinaturas significa que a legalização da maconha provavelmente estará nas cédulas de votação em 19 de agosto. Se aprovada, Alasca será o terceiro estado norte-americano a permitir que qualquer cidadão com mais de 21 anos compre maconha. "Nós acreditamos que os números refletem o que nós temos ouvido dos cidadãos", disse Taylor Bickford, porta-voz da Campanha do Alasca para Regular a Maconha. "Os eleitores do estado acreditam que a proibição da maconha falhou e agora é hora de uma abordagem mais sensível", afirmou. O estado do Alasca já permite o uso da maconha para fins medicinais. Uma pesquisa conduzida em 2013 pela Public Policy Polling sinalizou que 54% dos eleitores do Alasca apoiariam a legalização. Fonte: Associated Press
  14. Nobel da Paz para José Mujica? 03 de fevereiro de 2014 http://wp.clicrbs.com.br/territoriolatino/2014/02/03/nobel-da-paz-para-jose-mujica/?topo= Depois de ter se tornado centro das atenções mundiais e de a nação que administra ter sido escolhida “o país do ano” em 2013 pela The Economist, agora os próprios uruguaios preparam uma homenagem e tanto ao presidente José Mujica. A bancada da Frente Ampla (governista) na Câmara dos Deputados foi além da retórica. Até já enviou, para o comitê do Prêmio Nobel, um cartão pedindo que Mujica, definido pelo grupo como “um exemplo de vida”, seja o próximo Nobel da Paz. A justificativa para tal pedido é a quantidade de leis liberalizantes e, em especial, as que tratam de questões envolvendo a diversidade. São citadas a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, a permissão para mulheres abortarem até o terceiro mês de gestação, a estratégia de regular a produção e a venda da Cannabis sativa como forma de desmantelar o narcotráfico e, ainda, o fato de ele doar mais de 80% dos seus vencimentos para entidades beneficentes. O pedido diz: “Em um mundo no qual se vê seriamente ameaçada a viabilidade como habitat da espécie humana, José Mujica vive de maneira a não comprometer o futuro das gerações seguintes. O consumo desenfreado ao qual os mercados impulsionam nossa vida cotidiana tem em contrapartida sua forma sensível de vida, sem luxos nem excessos, sendo sua honra seu principal valor, exemplo para muitas pessoas do mundo que buscam exemplos de honestidade e coerência.” Postado por Leo Gerchmann, às 14:28
  15. Câmara de Santarém prepara atribuição da medalha de ouro póstuma a Celestino Graça O vereador do PS Ricardo Segurado propôs na última sessão da Câmara a atribuição a título póstumo da medalha de ouro de Santarém a Celestino Graça. As comemorações do centenário do nascimento de Celestino Graça iniciaram-se no passado dia 9 e, ao longo deste ano, haverá espetáculos de folclore, touradas, a publicação de um livro, entre outras iniciativas. 17 de Janeiro de 2014 http://www.oribatejo.pt/2014/01/17/camara-de-santarem-prepara-atribuicao-da-medalha-de-ouro-postuma-a-celestino-graca/ O vereador do PS Ricardo Segurado propôs na última sessão da Câmara a atribuição a título póstumo da medalha de ouro de Santarém a Celestino Graça. “Não se conhece em rigor as condecorações que Celestino Graça já recebeu do município de Santarém, mas é tempo de Santarém fazer justiça a este grande scalabitano”, declarou o vereador. Recorde-se que as comemorações do centenário do nascimento de Celestino Graça tiveram início dia 9 de janeiro, data em que nasceu, em 1914, em Santarém, com uma cerimónia evocativa da vida e obra deste ilustre Scalabitano, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Grimoaldo Alhandra Duarte, Francisco Morgado, João Gomes Moreira, José Júlio Rosa Eloy e Ludgero Mendes, falaram das várias facetas deste grande ribatejano, do folclore à tauromaquia, da agricultura à vida académica… O salão nobre dos Paços do Concelho esteve repleto de pessoas que privaram, trabalharam, colaboraram, admiraram e admiram um dos scalabitanos que mais contribuíram para o desenvolvimento da região no último século. O presidente da Câmara, Ricardo Gonçalves exaltou “o homem ímpar que deixou um legado que perdura para além de nós”. Ludgero Mendes, presidente da direção do Grupo Académico de Danças Ribatejanas e da do Festival Internacional de Folclore “Celestino Graça”, lembrou que neste mesmo dia, de manhã, na romagem à sua Campa, lhe disseram “o quanto lhes estamos reconhecidos pelo que fez por Santarém e por Portugal, perpetuando-se a sua memória na obra que deixou”. Para Ludgero, “Celestino Graça era, à sua maneira, um homem de esquerda. Não aceitou os convites do regime para cargos como presidente da câmara, governador ou deputado. Esteve sempre distante dos poderes, mas também sem os hostilizar, no âmbito das funções à frente da Feira. Era amigo do advogado Humberto Lopes, que foi preso por ser militante comunista e destacado antifascista, e era dos poucos que o iam visitar à prisão”. Grimoaldo Alhandra Duarte, de 90 anos, falou de Celestino Graça, o técnico agrícola formado na Escola Agrícola de Santarém, em 1932, que ingressou depois na 10ª Brigada Técnica Agrícola, onde “demonstrou também aí a sua visão do futuro”. “Como colega e segundo veterano da Escola do Galinheiro, aqui presto homenagem a um homem que honrou a Escola que o formou”, disse Grimoaldo. Da carreira como técnico agrícola, Grimoaldo destaca que “após uma visita a Itália, onde já se fazia o cultivo do cânhamo, Celestino Graça introduziu esta cultura no Ribatejo, e publicou um livro sobre esta cultura”. Grimoaldo Duarte, também engenheiro técnico agrícola formado na Escola Agrícola de Santarém, salientou ainda o papel de Celestino Graça na fundação, com Sacramento Monteiro e outros, da Associação Académica de Santarém, clube que conseguiu apaziguar o conflito que existia entre os estudantes do liceu e da escola agrícola. João Moreira, de 92 anos, recordou a importância de Celestino Graça no folclore, contando muitos episódios que viveu com o seu antigo companheiro, desde a fundação do Grupo Académico de Danças Ribatejanas e do Festival Internacional de Folclore. “Celestino Graça e a Feira” foi o tema da palestra do empresário José Júlio Rosa Eloy, que colaborou com Celestino Graça na comissão da feira. O texto de José Júlio Eloy começa e acaba com o episódio marcante, que teve lugar a 18 de outubro de 1974, em que Celestino Graça, apresentou, perante a comissão administrativa da Câmara Municipal de Santarém, a demissão de toda comissão executiva da Feira do Ribatejo, após 21 anos como fundador e principal responsável da organização da Feira que construiu a partir de quase nada. Pelo meio, José Júlio Eloy recordou alguns dos momentos marcantes da organização da Feira, salientando a capacidade de Celestino Graça mobilizar apoios e de congregar dezenas de colaboradores, que permitiram que a Feira do Ribatejo fosse reconhecida 10 anos depois como a Feira Nacional de Agricultura. Alvo de críticas demagógicas que atribuíam aos gastos da Câmara na Feira a culpa pelo atraso do concelho a nível de infraestruturas básicas, Celestino Graça apresentou no mesmo ato da sua demissão o relatório e contas da Feira, com um saldo positivo no banco de 2,7 milhões de escudos (13.900 euros), que eram mais do dobro dos 1.340 contos recebidos em subsídios da Câmara ao longo dos 21 anos. Ao dinheiro no banco, somou-se o património mobiliário e imobiliário da Feira, avaliado à época em 118.976 euros, valor 13 vezes superior ao recebido da Câmara. “Eram verbas astronómicas para a época”, conclui José Júlio Eloy. Francisco Morgado falou da relação de Celestino Graça com a tauromaquia. Recordou que Celestino Graça dava-se bem com a juventude e num dos encontros com os jovens recordou que “quando trouxemos a Feira para aqui acusaram-nos de levarmos a feira quase para o Vale de Santarém, porque a cidade acabava ali no velho Hospital, mas passados 21 anos, o campo da feira já estava envolvido pela cidade; por isso, quando um dia mudarem a feira de lugar, levem-na para bem longe porque a cidade há-de lá chegar…” Palavras que se tornaram realidade já com a Feira no Cnema. Francisco Morgado recordou o papel de Celestino Graça na construção da nova praça de toiros, hoje com o seu nome, após a destruição da velha praça por um incêndio. A 7 de junho de 1964, a nova praça, a maior do país, abriu as portas ao público. A exploração da praça esteve concessionada a várias empresas, mas os fracos resultados levaram a que em 1970 a comissão executiva da Feira liderada por Celestino Graça tenha assumido a gestão da praça. “Celestino Graça via para além do seu tempo”, afirma Francisco Morgado. “Homem com visão de futuro, continua a ser uma referência para as gerações vindouras”, e por todo o trabalho desenvolvido ao longo de toda a vida, que faz com que se justifique que se fale hoje deste Homem com um exemplo”, rematou Ludgero Mendes. As comunicações desta homenagem vão integrar um livro a publicar ainda este ano no âmbito das comemorações do centenário de Celestino Graça.
  16. CanhamoMAN

    Muito Além Da Fumaça

    Muito além da fumaça Maconha é legalizada no Uruguai e Colorado (EUA), enquanto usuário é criminoso no Brasil Diário da Manhã Pietro Bottura http://www.dm.com.br/texto/163015 Enviado em 26/01/2014 às 20h48, última atualização: 27/01/2014 às 10h04. Com a legalização do uso medicinal da maconha na Califórnia, deu-se início a uma lenta discussão mundial acerca da legalização de drogas. Apesar dessa não ser uma iniciativa de vanguarda, já que em países como a Holanda, Portugal e Argentina a descriminalização existe há muito mais tempo, a revolução ideológica representada pela legalização da droga no país que criou a própria política de guerra contra as drogas causou início a uma tendência mundial. Recentemente, o Uruguai liberou o uso recreativo da maconha, dando um passo a mais que os Estados Unidos, que têm seu segundo Estado, o Colorado, tornando legal o consumo médico. Foto: Divulgação No Brasil, há mais de duas décadas são organizadas passeatas pró-legalização e descriminalização. De acordo com pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), há 1,5 milhão de pessoas que consomem a erva diariamente no País, e no mínimo oito milhões já experimentaram. Ainda se tem os milhares, em diferentes Estados, que participaram e participam das diversas “Marchas da Maconha” realizadas ao longo dos anos. Para o sociólogo Nildo Viana, ao se legalizar a droga: “Os efeitos seriam vários, divergindo entre setores e esferas sociais. Para os usuários haveria facilidade de acesso; para os empresários haveria mercantilização, criando um novo objeto de publicidade, como o cigarro, o que poderia aumentar o número de consumidores e a frequência de consumo da droga.” Represálias Apesar disso, acredita que “o preconceito existe e não se alterará. Se houverem problemas sociais relacionados ao uso haverá represálias por parte da sociedade, que terá nesse efeito negativo argumentos contra a legalização”. A visão do sociólogo reflete bem a imagem geral que se tem sobre a maconha no Brasil, advinda de uma política internacional criada pelos Estados Unidos em 1971, no governo de Richard Nixon, onde o usuário passou a ser criminalizado e responder por pena, seja por porte ou venda de entorpecentes. Os mesmos Estados Unidos que recentemente liberaram a maconha em seu segundo Estado, sob a declaração do atual presidente Obama de que a “maconha não é mais perigosa do que álcool e tabaco”. Enquanto isso, na Holanda, o governo dá seringas e heroína para viciados cadastrados em seu sistema de saúde pública – um dos melhores do mundo – para evitar que contraiam doenças e gerem gastos com problemas posteriores, tirando-os das ruas e de ambientes de risco, uma política polêmica, mas que aproximou os usuários do Estado holandês e reduziu as taxas de portadores de HIV no País. Com o diálogo e a visualização do viciado em drogas como um doente, com um vício, e não um criminoso, o governo tem tido muito menos conflitos e a reabilitação, desejada pela maioria dos doentes, tem se tornado uma realidade. Quebrando o tabu Antes de tudo, que fique claro: a maconha é uma droga, e isso não está em discussão. Droga porque altera o funcionamento regular do organismo do usuário, assim como a cerveja, o cigarro, a cocaína, a heroína, o ecstasy, o ácido lisérgico, os chás de cogumelos, entre outras. O açúcar refinado, os suplementos minerais e vitamínicos, o remédio para dor de cabeça e febre, o para gripe, e – por que não? – o inocente cafezinho. A lista é longa; isso porque, se houver uma análise um pouco menos imediatista, perceberá que poucas foram as pessoas que viveram sem usar ou experimentar algum tipo de droga na vida. E esse costume não é atual, apenas: 2.700 anos antes de Cristo, os chineses já usavam a fumaça da Cannabis sativa (maconha) por acreditarem, ter contatos com planos de existência superiores. Não apenas isso, também utilizava as fibras da planta para a confecção de cordas e tecidos, prática que, posteriormente, levou à criação dos papiros de cânhamo, precursores do papel e usados para documentar um dos mais antigos fragmentos de história humana ao qual se tem acesso. Em 1000 a.C., os egípcios usavam ópio e maconha – além de serem um dos primeiros povos a aprender a controlar o processo de fermentação de vegetais, criando a cerveja – para entrar em contato com os deuses e festejar, ou seja, muitas das pirâmides e palácios milenares que figuram entre as sete maravilhas do mundo foram idealizadas por usuários de drogas. O mesmo se repete em Roma, com o vinho temperado com chumbo; com o haxixe dos árabes, povo que praticamente inventou a matemática moderna, em 1600. Nas florestas amazônicas, há mais de mil anos tribos indígenas têm conselheiros espirituais, os xamãs, que têm o costume de inalar raspas de troncos de árvores, mascar cogumelos alucinógenos e injetar veneno de animais nos músculos, entre outros, para terem predições divinas. O costume tribal e de caráter experimental é uma das bases da medicina e do estudo de princípios ativos para elaboração de remédios. A lista de exemplos poderia seguir, mas não é preciso ir tão longe assim. Em 1920, com a proibição da venda de álcool nos Estados Unidos, país idealizador da guerra contra as drogas, originou-se a existência do crime “organizado” como se conhece hoje. E o que faz com que esse crime seja taxado como organizado é o uso da lógica de produção em escala, criação de monopólio, proteção e controle políticos na criação e distribuição da droga (à época, o álcool). As diferenças entre política e capital foram se apagando, e as barreiras que separam o lucro do exercício da violência se viram esmorecer. E não apenas violência física, mas também social, ideológica e familiar, porque a existência do crime organizado destrói em diferentes níveis a humanidade. É o que explica Ethan Nadelmann, graduado em Princeton e diretor da Drug Policy Alliance, organização internacional que busca encontrar formas efetivas de eliminar os males causados pelo vício de drogas na sociedade: “Ao final da proibição, havia mais gente consumindo álcool do que no início. Ao mesmo tempo, a proibição levou à criação de Al Capone e ao crime organizado, à violência e corrupção, às cadeias e aos tribunais abarrotados, pessoas jovens que idolatravam contrabandistas, tiroteios e violência nas ruas, e até mesmo a pessoas que ficavam cegas e eram envenenadas (pela má sintetização do álcool, que gera metanol, tóxico), morrendo por causa de bebidas falsificadas, mais perigosas justamente por serem ilegais”. Não se aplicaria a mesma lógica à maconha, hoje, vendida no Brasil, onde há diversos produtos tóxicos, além de outras substâncias que tornam a droga impura, como o crack? As informações acima, bem como a fala de Nadelmann, vêm do documentário Quebrando o Tabu, de 2011, dirigido por Fernando Grostein Andrade. No filme, Grostein procurou abordar o tema tendo em vista não a estigmatização que gira em torno do usuário de drogas, mas sim em maneiras realistas de lidar com os diferentes níveis de vício existentes e no efeito que a ilegalidade tem sobre o usuário de drogas. Usuário O documentário, apresentado pelo sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mostra o encontro do político com diversos outros agentes do poder público estrangeiro. Dentre eles, o ex-chefe da Divisão de Política de Drogas do Ministério da Saúde Holandês, Bob Keizer, que acredita que “é melhor resolver metade do problema do que não resolver nada. [...] Pelo menos os jovens não são presos por estar com maconha”, justifica. Sobre o aumento do uso, responde: “As pessoas podem até pensar que isso levou a um aumento significativo do uso da maconha, pois ela está de fato disponível, mas as estatísticas revelam que as taxas de consumo são comparáveis com as de países vizinhos, e até menores do que em países como a França e o Reino Unido, onde há uma política de repressão.” Segundo o médico Dráuzio Varella, “o que aconteceu com o crack no Brasil é a maior prova do fracasso dessa política de guerra às drogas”; FHC completa: “Até hoje as convenções das Nações Unidas (ONU), fortemente influenciadas pelos Estados Unidos, fazem com que os países sejam obrigados a tratar as drogas numa forma de proibição absoluta, sem prestar atenção às alternativas” Assim, uma coisa fica clara: quem quer usar maconha vai usar, legal ou ilegalmente, e quem não quer, não. Afinal, essa é a única forma de explicar a contradição entre liberação e diminuição da taxa de usuários; na verdade, com a legalização, muito da glamourização que envolve a droga é também eliminada, e isso afasta potenciais consumidores, jovens que idealizam na droga uma forma de parecerem mais atraentes e independentes (mais ou menos como se fez no século passado com o cigarro). No Brasil, não há distinção clara entre quantidades para diferenciar usuário de traficante, o que dificulta o tratamento específico e coloca no mesmo patamar duas figuras em diferentes níveis. Traficante O crime organizado obtém dinheiro para financiamento de armas principalmente através do tráfico de drogas ilegais, majoritariamente a maconha, cocaína e crack, no Brasil. Na maioria das vezes, as três substâncias são vendidas pelos mesmos indivíduos, o que justifica o senso comum de que a maconha é porta de entrada para drogas mais pesadas: ao entrar em contato com o traficante, é mais provável que o usuário busque experimentar drogas muito mais viciantes e nocivas que a maconha, como a debilitante cocaína e o mortal crack, muito mais lucrativas para o traficante e prejudiciais para o usuário, além de colocar a si mesmo em situações de risco ao travar contato com criminosos armados e violentos. Legalizando o consumo, esse problema seria eliminado, uma vez que o contato do usuário se daria diretamente com fornecedores, regulamentados pelo Estado, que, como com a venda de álcool e cigarros, teria uma porcentagem de impostos revertida sobre a venda da maconha. Talvez seguindo o exemplo do Colorado, que reverterá os primeiros U$ 40 milhões adquiridos para a construção de escolas públicas. Não seria essa, especialmente no Brasil, uma política mais lucrativa do que o entulhamento de cadeias com usuários, colocando-os em contato com traficantes e criminosos mais experientes? Lembrando as palavras do sociólogo Nildo, a estigmatização do usuário não mudará, mesmo com a legalização, o que impede que a mesma seja viável socialmente para o País. Mas e as opções intermediárias, como a legalização do plantio pessoal (como na Argentina) e do consumo médico (como nos EUA)? Em 14 países da Europa, o usuário foi descriminalizado, o que trouxe menores custos para o Estado no que se refere ao tratamento de usuários de drogas pesadas – o que não é o caso da maconha. Enquanto isso, no Brasil, a Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) revela que o Brasil gasta R$ 21 bilhões no tratamento de pacientes com doenças relacionadas ao cigarro, registrando 130 mil óbitos anuais, ou 350 mortes por dia. Enquanto isso, o consumo da maconha alivia a dor de pacientes de câncer terminais, não causa overdose, faz menos mal do que cigarro, álcool e cocaína, e ainda tem em sua planta as possibilidades de uso do cânhamo e de diversos óleos úteis para a saúde. A diferença entre eles, aparentemente, nada mais do que uma questão de costume.
  17. What’s worse: weed or alcohol? Posted: Monday, February 3, 2014 11:14 pm What’s worse: weed or alcohol? http://www.alligator.org/opinion/columns/article_dfe5d6b2-8d52-11e3-a758-0019bb2963f4.html The U.S. federal government is not known for always making the best choices. In some states, it’s legal to marry your first cousin but not a member of the same sex. However, one of America’s biggest flubs is the propagation of alcohol and the criminalization of marijuana. Ever since the end of Prohibition, alcohol has been legal in the U.S. First made available to anyone over the age of 18, Congress changed the national minimum drinking age to 21 in 1984. Marijuana, however, was deemed illegal in 1937 and has remained so ever since. From then on, more than 20 million Americans have been arrested and convicted of marijuana-related crimes. This is where the issues begin because the results of these laws changed the course of our history. Under the influence of alcohol, users become agitated, belligerent, ill, deluded and make incredibly poor decisions. This is because alcohol somewhat numbs the brain’s abilities by altering the chemical messages that control the body’s thought processes, behaviors and emotions. Because of this, users are more likely to get into a car while drunk, start a fight and vomit all over the sidewalks of Midtown right outside Pizza by the Slice. Aside from the damage it does to your brain, alcohol is incredibly corrosive to other parts of the body as well. Drinking large quantities of alcohol can permanently damage the liver, heart, pancreas and immune system and lead to cancers of the mouth, throat, esophagus and breasts. And this stuff is legal. Marijuana is a different animal. While smoking or eating pot still puts the user in a state of insobriety, the long-term effects are much less damaging to the body. The use of marijuana puts the user in an elevated state of relaxation and — let’s be honest — hunger. A person high on weed will never challenge a random person to a fight, won’t vomit from nausea all over Midtown in front of Pizza by the Slice and most certainly won’t have a hangover the next day. Smoking a large amount of weed may lead to a temporary loss of coordination, memory retention and, depending on the person, minor anxiety. Unless the marijuana is laced with other chemicals, the average pot user does not experience any negative side effects while getting high. Marijuana is not only used for getting high. Recent studies have shown that the use of marijuana helps with those suffering from epilepsy. It not only weakens the severity of seizures, but it also reduces the occurrence of them. Although the studies are limited, as marijuana becomes legalized in more areas of the U.S., more trials will be held. Marijuana has also been known to give cancer patients relief from nausea due to treatment and increase their appetites. Researchers have isolated strains from the marijuana plant, allowing specific dosages to be given to patients with predictable outcomes. A few of these strains have even been approved by the Food and Drug Administration. Some supporters even claim consuming marijuana inhibits the growth of tumors. Overall, it seems there is no clear precedent regarding what makes substances legal and what does not. Both alcohol and marijuana have their pros and cons yet are enjoyed by millions every day. Promoting alcohol and shunning marijuana is a ridiculous notion and a decision our government should re-evaluate. Preventing the population from accessing a substance that can change people’s lives for the better and allow users to have a positive non-sober, non-violent experience, is the real crime here. Legalizing and taxing marijuana will not only make the selling and growing of weed much less dangerous, but it will also add major tax revenue. In a controlled environment, we can work toward controlling substance abuse. I urge you to keep an open mind and remain informed about the uses and abuses of both alcohol and marijuana. Enjoy responsibly. [Rachel Kalisher is a UF anthropology and classics junior. Her columns appear on Tuesdays. A version of this column ran on page 7 on 2/4/2014 under the headline "What’s worse: weed or alcohol?"] ARTICLE: High and Mighty: Vendetta against drugs is misguided ARTICLE: Medicinal marijuana will appear on Florida ballot ARTICLE: Man arrested during traffic stop with 37 pounds of marijuana ARTICLE: Fake IDs contribute to future drinking disorders, study says ARTICLE: Locals show little concern about wine shortage ARTICLE: Experts to debate marijuana ARTICLE: Marijuana legalization debate reaches new high ARTICLE: Students rally for legal marijuana
  18. PM prende dois e recolhe dois pés de maconha em Campo Grande do Idest, JWC | 04.02.2014 | 10h38 | Fonte: http://www.idest.com.br/noticia-2,pm-prende-dois-e-recolhe-dois-pes-de-maconha-em-campo-grande,51972.htm Foto: Divulgação PM Dois indivíduos que comercializavam e cultivavam maconha no Conjunto Aero Rancho, em Campo Grande, foram presos pela Polícia Militar (PM), na noite desta segunda-feira (03). Segundo informações da PM, os policiais chegaram até o ponto de venda de entorpecentes devido às denúncias da população que apontavam um indivíduo como traficante e proprietário de alguns pés de maconha plantados às margens do córrego na avenida Presidente Ernesto Geisel, próximo à avenida Rachel de Queiróz. A PM localizou um tablete de maconha na casa de um dos autores e com um amigo dele algumas porções da droga. No local citado nas denúncias, os policiais encontraram dois pés de maconha que estavam sendo cultivados em meio ao mato alto como forma de disfarçá-los. Os dois indivíduos presos foram encaminhados à Depac e o entorpecente apreendido à Denar.
  19. 27/1/2014 às 09h59 Marcelo D2 diz que está na paz: "Tudo pra mim era na base da porrada" A jornal, cantor também falou sobre a legalização da maconha: "O importante é detonar o tráfico" Do R7 http://entretenimento.r7.com/musica/marcelo-d2-diz-que-esta-na-paz-tudo-pra-mim-era-na-base-da-porrada-27012014 Marcelo D2Thiago Duran / AgNews Nos próximos dias 31 de janeiro e 1º de fevereiro, Marcelo D2 vai gravar o primeiro DVD ao vivo da carreira dele. O palco escolhido é o Audio Club, em São Paulo, e o cenário envolverá grafite, skate, música, entre outros detalhes... como umas "brincadeiras de quermesse" bem no estilo D2, como cantor revelou à coluna Direto da Fonte, do Estado de S. Paulo. — Vai ter o Jogue o Baseado na Boca do D2, por exemplo. Sabe aquela brincadeira da bola na boca do palhaço? Pois é... Vai ter também o Martelo do D2, com a minha discografia, desde Usuário até Nada Pode me Parar. E mais fliperama, pinball e uma loja. A gravação do DVD também vai abrigar uma pista de skate para profissionais e quem quiser se aventurar na modalidade. Aos 46 anos, o cantor contou à publicação que vai deixar essa parte de lado, pois tem o "joelho de vovozinho". Outra coisa que mudou com a idade foi a maturidade de D2. — Há 20 anos eu era um moleque, né? Agora tenho família, sou um cara mais maduro... quer dizer, minha mulher não acha! Mas, falando sério, minha visão da música mudou, o entusiasmo da juventude se transformou em paixão de verdade. Outra coisa que mudou é que, antes, eu odiava tudo e todos; agora, sou odeio tudo. Na entrevista ao Estadão, D2 também fala abertamente sobre uso de maconha e que não proibiu o filho de fumar, já que ele dá o exemplo. Ele acredita que logo menos a legalização da droga chega ao Brasil, como está acontecendo em outros países. — A legalização é uma tendência mundial. Não é mais questão de "se" vai legalizar, mas de "quando" vai legalizar. Só que, primeiro, os EUA vão ter de fazer isso... Só depois a gente vai falar sobre o assunto. O importante, na minha opinião, é detonar o tráfico. Não que o fim do tráfico vá acabar com a violência. A violência é uma questão inerente à cidade grande, independe das drogas. Da fase pré-auge do Planet Hemp, que rendeu a ele até mesmo uma prisão por apologia às drogas, D2 relembra o amigo, quando questionado sobre os 20 anos da morte do amigo Skunk. Ele associa ao parceiro o homem que se tornou hoje. — Eu acabei vivendo o sonho do cara, né? Essa amizade foi muito importante. A gente foi amigo só dois anos, mas é incrível como ele ainda está presente na minha vida. Às vezes, eu sonho com o Skunk e acordo com aquela sensação de que preciso ligar pra ele... Caraca! Tudo que a gente viveu naqueles dois anos eu trago comigo até hoje. Talvez a paz que eu carregue agora tenha sido obra dele também. Porque eu era briguento demais, andava armado, tudo pra mim era na base da porrada. Quando fui morar no Catete, na zona sul, foi ele que me chamou e disse: "Mermão, aqui tu não pode agir dessa forma. Tem de segurar a onda, senão tu vai acabar preso!" Foi o Skunk que me mostrou o caminho da paz, nunca vou me esquecer dele.
  20. Debate sobre descriminalização da maconha não cabe no STF, diz ministro Após a revogação de sentença de juiz do DF que absolveu traficante, o magistrado Marco Aurélio Melo, do STF, afirma caber só ao Legislativo deliberar a respeito do tema. Ministro Luís Roberto Barroso defende debate sobre descriminalização do entorpecente Diego Abreu Publicação: 03/02/2014 11:10Atualização: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/brasil/2014/02/03/interna_brasil,487472/debate-sobre-descriminalizacao-da-maconha-nao-cabe-no-stf-diz-ministro.shtml a semana em que a legalização da maconha voltou a ser debatida após a divulgação de uma polêmica decisão de um juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), alertou que cabe somente ao Poder Legislativo deliberar sobre o tema. Em dezembro, Luís Roberto Barroso, outro ministro da Suprema Corte, havia defendido a realização de um debate público sobre a descriminalização do uso do entorpecente. A decisão que fez o tema voltar ao centro das discussões foi tomada pelo juiz Frederico Ernesto Cardoso Maciel. Ele absolveu um homem que tentou entrar no Complexo Penitenciário da Papuda com 52 porções da droga no estômago. Na quinta-feira, depois de analisar um recurso do Ministério Público, a 3ª Turma Criminal do TJDFT revogou a sentença e anulou a absolvição do traficante. Na avaliação do ministro Marco Aurélio Mello, “a introdução em uma penitenciária de quantidade substancial de maconha configura tráfico”. De acordo com o magistrado, o debate em torno da descriminalização do entorpecente não será realizado na Suprema Corte. “Isso é tarefa das duas casas legislativas. Precisamos, no Supremo, atentar para a autocontenção. Não podemos invadir nada que é atribuição de outro poder, no caso, o Legislativo. Temos que ficar dentro de nossos limites”, disse Marco Aurélio ao Correio. Em dezembro, durante julgamento conjunto de recursos apresentados por condenados por tráfico de drogas, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que a maconha “não torna as pessoas antissociais”. Ao votar, ele sugeriu penas menores para acusados de portar pequenas quantias, desde que tenham bons antecedentes criminais.
  21. Sottili pede fim de hipocrisia e debate sobre descriminalização das drogas Em entrevista à RBA, secretário de Direitos Humanos de São Paulo pede que Estado siga evolução da sociedade, reitera críticas a ação da Polícia Civil na 'cracolândia' e pede que erro não se repita por Redação RBA publicado 03/02/2014 09:26, última modificação 03/02/2014 12:32 http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/02/sottili-pede-fim-de-hipocrisia-e-debate-sobre-descriminalizacao-das-drogas-5888.html Em entrevista à RBA, secretário de Direitos Humanos de São Paulo pede que Estado siga evolução da sociedade, reitera críticas a ação da Polícia Civil na 'cracolândia' e pede que erro não se repita Gerardo Lazzari/RBA Para Sottili, operação Braços Abertos está se tornando referência internacional na política sobre drogas São Paulo – Gaúcho de Veranópolis, Rogério Sottili deixou a aridez atmosférica de Brasília no final de 2011 para enfrentar a aridez moral de São Paulo. De secretário-executivo da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para titular da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da gestão Fernando Haddad (PT), recebeu um quadro complicado: a cidade estava encolhida após oito anos de gestões que abandonaram o diálogo social. Hoje, no começo do segundo ano de mandato, figura como o responsável por uma das áreas de maior destaque nesta primeira metade da gestão. Abriu frentes de conversa com jovens, imigrantes, idosos e a população LGBT, começou a debater as feridas aberturas da ditadura numa das principais capitais da repressão e se juntou a outros secretários para enfrentar a questão da “cracolândia” sob o ponto de vista da ação social, e não da repressão. Comandar um orçamento pequeno e um tema eternamente visto com desconfiança numa cidade conhecida por ter setores tradicionalmente refratários a mudanças não é tarefa fácil. Ainda mais quando, de dentro de uma pequena secretaria municipal, lida-se com questões que dizem respeito a outras esferas de governo. Neste sentido, nada mais emblemático que a repressão policial, tema eternamente na pauta de debate sobre os direitos humanos, e em torno do qual Sottili pode enviar pedidos, e não ordens. Pedidos muitas vezes tímidos, na tentativa de não criar arestas entre o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e Haddad, que claramente evita confrontos políticos com o titular do Palácio dos Bandeirantes. Uma exceção na seara retórica é o programa Braços Abertos, desenvolvido deste o começo deste mês na região da Luz, no centro da capital. A “cracolândia” virou o tema central para a gestão municipal, e nesse sentido a repressão comandada pela Polícia Civil, sob comando de Alckmin, logo após o início do projeto, pegou mal entre os secretários de Haddad. “O governo (estadual) deu uma resposta na imprensa muito recentemente dizendo que aquela ação foi uma ação legítima. É da competência do governo do estado, cabe a ele assumir a responsabilidade por aquele ato, mas eu não concordo. Acho que foi uma ação irresponsável”, reitera o secretário, que, porém, segue a visão do prefeito e especula que o erro não será repetido. A operação policial tem certa simbologia sobre a resistência que o projeto desperta. Dar comida, trabalho e aluguel a cerca de 300 dependentes químicos é uma iniciativa de alto risco por lidar com uma população instável e com um tema-tabu para a sociedade. Neste sentido, Sottili considera que é hora de dar o próximo passo. “Nós temos que tratar isso sem hipocrisia, vamos enfrentar o debate, vamos discutir a descriminalização da maconha, o uso da droga. Isso tem que ser feito.” De seu gabinete, no quinto andar de um prédio na Rua Líbero Badaró, Sottili observa, de um lado, o Vale do Anhangabaú e, de outro, a prefeitura. À moda antiga, a sala tem mais papel que aparatos eletrônicos. Sobre uma estante com livros, uma bandeira da causa LGBT e uma outra representando a comunidade boliviana, que ganhou espaço nos últimos dois anos e recebeu, pela primeira vez, incentivo público para a organização de uma de suas festas mais tradicionais, a de Alasitas, no último dia 24, que agora integra o calendário oficial da cidade. Em entrevista a João Peres e Vitor Nuzzi, da RBA, e a Michelle Gomes, da TVT, Sottili falou também sobre os desafios da luta contra os preconceitos de criar uma cultura de paz num país nascido e crescido sobre uma cultura de violência – inclusive a violência contra a memória e a verdade, como abordado no bloco anterior desta entrevista. Aparentemente a política da prefeitura para a “cracolândia” é bastante diferente da do governo estadual. Como diferenciar essas políticas? É possível conciliá-las? Mais importante do que tentar ficar identificando as diferenças é a gente afirmar cada vez mais a nossa política de enfrentamento ao problema da drogadicção. que é grave. O fundamento da nossa intervenção é o cuidado com a pessoa, o desenvolvimento psicossocial dessa pessoa e tentar dar a ela dignidade. A política de enfrentamento ao crack na cidade de São Paulo, conhecida como Braços Abertos, vê no usuário uma pessoa que precisa de ajuda, de dignidade, de desenvolvimento social, de trabalho, de moradia, de comida. Não acreditamos que a internação compulsória seja uma boa medida. As pessoas podem buscar os seus cuidados psicossociais, os seus tratamentos, mas tem de ser uma iniciativa do próprio usuário. A resposta que tivemos nesses poucos dias é altamente positiva. É até maior do que imaginávamos, na medida em que os beneficiários estão recebendo extremamente bem essa intervenção, estão querendo trabalhar, sentindo-se empoderados com a possibilidade de receber o salário, ter sua casa. Estão cuidando da casa, limpando os hotéis onde habitam, cuidando dos filhos como nunca antes cuidaram. A parceria com o governo do estado é imprescindível. É um tema que não podemos levar de forma solitária, temos de tratar de forma pactuada do ponto de vista da federação. Sem o apoio do governo federal não teríamos condições de enfrentar este problema, como também precisamos do apoio da polícia do estado, na medida em que o combate ao tráfico precisa ser efetivamente enfrentado. Essa pactuação foi necessária e promoveu o resultado que estamos colhendo. Como foi a negociação para pensar nesse programa? A prefeitura está preparada para um eventual desgaste que possa surgir? Estamos trabalhando em torno desse programa há mais de seis meses, discutindo com o governo. Tínhamos o entendimento de que essa não pode ser uma política de responsabilidade de apenas uma secretaria. O prefeito Fernando Haddad nos deu comando a partir de experiências importantes já vivenciadas por outros municípios. Eu estive pessoalmente com o secretário Arthur Chioro discutindo (hoje ex-secretário de Saúde de São Bernardo do Campo, recém-nomeado ministro da Saúde) a experiência de São Bernardo. Foi muito rica a troca de opiniões, de informações, de sugestões a respeito do enfrentamento do crack. Todas as secretarias estão atuando de forma igualitária com um programa muito bem claro como política de governo, como política do prefeito Haddad. A outra determinação que fundamentou toda a nossa intervenção é de que nós não poderíamos fazer isso sem a participação da sociedade civil. Todo esse tempo em que o Estado esteve muito ausente do processo de enfrentamento dessa situação, ou quando esteve presente de forma equivocada, quem enfrentou o problema foi a sociedade civil. Estamos executando esse trabalho de forma transversal, com política de governo e com a participação social. Houve alguma resposta da Polícia Civil em relação àquele episódio? O recado da parte da prefeitura de São Paulo foi muito forte repreendendo e condenando a ação da polícia civil na “cracolândia” naquela oportunidade. É inaceitável que uma ação de forma desarticulada, no momento que está se desenvolvendo um programa que nunca foi desenvolvido e estava dando resultados, entre prefeitura, governos estadual e federal, um setor do estado, de forma solitária, resolve tomar frente de uma ação de repressão, colocando em risco o sucesso do programa. O prefeito Fernando Haddad ligou para o governador Geraldo Alckmin e repudiou a ação da Polícia Civil naquela oportunidade e os vários secretários manifestaram a mesma opinião. O governo deu uma resposta na imprensa muito recentemente dizendo que aquela ação foi uma ação legítima. É da competência do governo do estado, cabe a ele assumir a responsabilidade por aquele ato, mas eu não concordo. Foi uma ação irresponsável e não ajudou. Ela até pode ter ajudado, sim: a unificar muito mais a ação da rede social da prefeitura de que essa experiência não pode dar errado. Mais do que isso, uma preocupação que tínhamos em relação a isso foi praticamente esclarecida. A nossa preocupação era de que o beneficiário não ia entender exatamente aquela ação colocando todo o Estado em um mesmo patamar. Os beneficiários entenderam nas nossas várias ações, conversas, atividades de formação, oficinas, que aquilo não tinha absolutamente nada a ver com a gente. Isso foi importante, porque não abalou o nosso programa e, ao mesmo tempo, unificou. Gerardo Lazzari/RBA Secretário promete sistematização de demandas sociais para facilitar execução e acompanhamento No que diz respeito a redução de danos, a prefeitura já avaliou se existe possibilidade juridicamente para criar espaços seguros para o consumo de drogas, como há em outros países? Está mais do que na hora de enfrentar o debate sobre a questão da droga no nosso país, como o Uruguai já enfrentou, como os outros países já enfrentaram. Eu sei que é um debate muito difícil, mas é hipocrisia achar que vamos continuar vivendo com a mesma compreensão, até porque a sociedade não vive isso, a sociedade está discutindo isso, a sociedade está enfrentando isso, e o Estado tem de enfrentar esse debate. Você tem países onde as doenças caíram de forma extremamente significativa e o consumo da droga também, a partir do momento em que o próprio Estado começou a fornecer as drogas para que houvesse a redução de danos. Isso aconteceu no Canadá, acontece nos Estados Unidos, acontece na Holanda, na Dinamarca, Portugal. O Estado oferece seringas e a própria droga para que a pessoa possa fazer uso da substância até ao ponto de ir diminuindo. Isso tem diminuído de forma drástica mortes por várias doenças provocadas pelo uso de seringas, pelo uso inadequado da droga e assim por diante. E tem caído o consumo. Qual é o nosso objetivo? Enfrentar o problema do consumo inadequado da droga que causa mal à saúde, que causa mal à pessoa. Consumir ela vai, de forma maior ou menor. Nós temos de tratar isso sem hipocrisia, enfrentar o debate, vamos discutir a descriminalização da maconha, o uso da droga. Isso tem de ser feito. Na questão da “cracolândia”, estamos muito longe disso, mas acho que a experiência que está sendo realizada pode provocar uma reflexão maior sobre isso. O que está acontecendo na “cracolândia” hoje está virando referência nacional e também tenho certeza que tem repercussão internacional. Isso vai trazer reflexões. Nós estamos pensando em realizar nos próximos meses, em parceria com o Ministério da Saúde, um seminário nacional, talvez internacional, para discutir as experiências do Brasil e internacionais na questão do enfrentamento da drogadicção. O senhor já falou que o prefeito e o governador conversaram a respeito disso. Não existe receio, pela prefeitura, de que uma ação como aquela possa se repetir? A prefeitura tem alguma garantia de que, se isso acontecer, vai estar informada, pelo menos? Eu sou uma pessoa muito otimista e acho que não interessa a ninguém uma ação daquela. Pode interessar a alguns grupos muito minoritários. Mas, de certa forma, não interessaria ao governo do estado, à prefeitura, à sociedade civil que seja desestabilizado um processo que pode dar certo. Não estou dizendo que vai dar certo. A minha vontade é que dê certo. Pela primeira vez na história do enfrentamento àquela estamos vendo resultados positivos, tendo a liberdade como a questão central da intervenção. Isso é importante. Eu não acredito que o governo do estado ou a própria polícia possa cometer uma intervenção daquela novamente sem ter uma reflexão maior sobre isso. Eu aposto que isso não vai ocorrer e se tiver qualquer necessidade de uma intervenção maior por conta do tráfico, será debatida, conversada e refletida conjuntamente com os entes federados. Qual a política de cultura de paz aplicada e desenvolvida pela secretaria? Essa é uma pergunta relativamente fácil porque tudo que a gente faz é por uma cultura de paz. Todos os nossos problemas estão voltados para isso. Nós lançamos durante esse ano programas importantíssimos para a gente. Eu vou citar alguns. Lançamos em outubro o Juventude Viva, que visa a enfrentar o problema do homicídio contra a juventude negra na periferia. O programa articulação mais de 60 ações, com recursos de R$ 200 milhões, em territórios mais vulneráveis da cidade de São Paulo. Essas ações são de afirmação dos direitos humanos, não apenas ações de resistência. Nós acreditamos que o enfrentamento da violência vai se dar pela afirmação dos direitos da pessoa, no caso a juventude negra na periferia. Na periferia o estado é praticamente ausente, a presença do estado se dá pela polícia. Nós queremos levar a presença do estado pela cultura, pela educação, pelo esporte e pelo acompanhamento psicossocial. Vamos também levar pontos de cultura, praças com wi-fi e outras ações importantes para que a juventude possa ocupar os espaços públicos daquela comunidade. Outro programa, o Direito à Cidadania, Direito à Cidade, define como nós vamos ocupar a cidade. Nós temos uma cidade fechada para a cidadania, uma cidade em que se fazem bancos e praças em que as pessoas não possam deitar, não possam sentar, não possam juntar e conversar. Muitas praças e parques estão cercados, não têm sequer bancos. Muitos parques e praças não têm iluminação. Nós vamos trabalhar para que esses espaços possam ser adequados e ocupados pela população, ocupados pelos coletivos de juventude. Esse programa vai ter um edital que vai apoiar os coletivos urbanos da cidade de São Paulo com até R$ 40 mil para pequenas intervenções urbanas, sejam elas de grafite, teatro, assim por diante. Isso constrói uma cultura de paz. Nós acreditamos que contar a verdade sobre a nossa história constrói uma cultura de paz, por isso o programa Direito à Memória e à Verdade quer fazer uma investigação profunda e ajudar na apuração de todos os casos de assassinato da época da ditadura. Ajuda a construir uma cultura de paz, porque ajuda que essa história não se repita. Nós vamos mudar os nomes das ruas, nomes das praças, dos viadutos em um processo construído com a população. Você não pode mudar o nome de uma rua que tem 100 moradores de forma aleatória e autoritária. Você tem que envolvê-los e explicar quem é o Sérgio Fleury para as pessoas que moram nessa rua. Elas precisam saber que Sérgio Fleury foi um dos maiores torturadores da história do Brasil e, por isso, ele não merece nome de rua. Vamos trabalhar na identificação dos mortos e desaparecidos políticos. Nós temos 1.044 ossadas de Perus depositadas no ossário de Araçá para que seja feito todo o trabalho de identificação. Se nós fizermos este trabalho, nós estamos contando a história não contada e construindo um território de paz. A gente pode se sentir muito contemplado no dia de hoje que a gente está em uma linha certa. Já que o senhor falou de ocupação dos espaços, logo no começo do governo Haddad, nos primeiros dias, houve aquele episódio envolvendo a Guarda Civil e skatistas na praça Roosevelt. Aí se iniciou um processo de diálogo com a Secretaria de Segurança para tentar mudar a filosofia e as práticas da Guarda Civil. Isso avançou? Avançou muito, por vários motivos. Primeiro, porque o prefeito tem essa determinação. Ele quer criar uma nova cultura de paz na cidade de São Paulo, ele quer criar uma política fundada nos direitos humanos e, portanto, a Guarda Civil deve ser porta-voz de uma nova prática, de uma nova abordagem considerando o respeito às pessoas. Uma grande meta que nós temos nestes quatro anos de governo é que ao final do mandato possa perceber que a Guarda está diferente. Essa é a nossa meta. Existem desvios, mas esta não é a política do Estado. Estes desvios nós vamos corrigir com um processo continuado de acompanhamento, de respeito aos direitos humanos e de valorização da guarda. Fundamentalmente isso, você não pode construir uma nova cultura se você não valorizar a guarda desde a questão profissional, salarial, condições de trabalho, autoestima... você não pode exigir dela cuidado se você não cuidar dela e respeitar ela valorizando o seu trabalho. Quanto ao preconceito, das áreas em que, à medida que aumenta o combate a ele, aumenta também a resistência. Como construir uma cultura de paz num país que tem uma cultura de violência? É essa a questão. É uma questão muito difícil porque nosso país, eu costumo dizer isso, nosso país foi fundado na violação dos direitos humanos, foi primeiro uma invasão dos portugueses, um genocídio indígena, depois vem a escravidão, em que dizimou milhões de negros, e que até hoje a gente carrega as marcas do preconceito da escravidão. E passamos por duas ditaduras, uma do Getúlio e outra do regime militar em 1964. Eu não acho que existe hoje mais homofobia do que existia antes, o que existe hoje é uma afirmação, e uma apropriação de direito de ser o seu gênero, seu direito de orientação sexual muito mais explicita. E isso é muito importante, e isso é muito bom, e como você disse, isso promove reações muito fortes, que resultam em violência. O que nós temos que fazer, nós temos que inibir, coibir a violência de forma muito forte, nós temos que lutar para que se amplie os direitos das pessoas de terem a orientação que quiser né, que quiserem, e nós temos que lutar para que essas afirmações aconteçam cada vez mais, como está acontecendo no nosso país. Nós temos, respeitando o Estado de direito, de coibir essas violações, com leis, com prisões, com o que for preciso, mas acima de tudo com educação, com educação em direitos humanos, nós não podemos assim aceitar, sinceramente, foi uma grande bobagem aquela discussão em torno do chamado kit gay. É fundamental que as pessoas possam ter materiais para que as escolas trabalhem a questão de orientação da sexual. É obrigação do Estado. Se o material está adequado ou não é outro papo. Quantos materiais inadequados a gente vive? Eu me formei cantando o hino nacional todo dia 31 de março, para comemorar a ditadura militar, existe material e orientação pedagógica mais inadequada como essa? Agora, não pode por uma questão eleitoral, por uma questão de pressão de determinados setores da sociedade você não fazer as mudanças estruturantes necessárias que tem que fazer, você tem que ter muito mais coragem, muito mais determinação para fazer essas mudanças de cultura, que podem promover uma mudança de cultura em nosso país. O que senhor pensa de black blocs e rolezinhos? São fenômenos que trazem um cunho nos movimentos sociais? A postura da prefeitura em relação aos ‘rolezinhos’ foi diferente da postura que ela teve inicialmente com as manifestações de junho? Tem dois parâmetros importantes que devem balizar a nossa compreensão e a nossa posição sobre qualquer manifestação pública. Primeiro, é fundamental que não haja violência de ninguém, nem da parte do Estado, fundamentalmente da parte do Estado e nem da parte da sociedade civil. Não podemos aceitar violência em hipótese alguma, nem da sociedade civil, muito menos do Estado. O Estado tem a obrigação de não cometer violência alguma. É fundamental a manifestação, uma manifestação pública, mas eu não posso aceitar a violência. O movimento dos black blocks é uma manifestação legitima da sociedade, quando ela se sente não contemplada, quando ela sente que sua demanda está longe de ser cumprida, quando ela se sente desrespeitada. Devemos compreender melhor a sua natureza, o seu estilo, para podermos nos relacionar com ela, para podermos dialogar com ela. Mas, ao mesmo tempo, eu não posso aceitar que um movimento, seja black blocks ou não, seja um movimento que deprede o espaço publico, que deprede o espaço privado, ou o que quer que seja. Nesse sentido eu acho que, já entrando na questão dos ‘rolezinhos’, eu não acho que o governo agiu de forma diferente. Em junho houve uma reação primeiro muito atordoado, legítima da parte da prefeitura, no que diz respeito de como estava lidando com aquelas manifestações em torno das passagens, que mobilizou milhares e milhares de pessoas, depois se alastrou por todo país. Ninguém estava entendendo direito o que estava acontecendo, a gente sabia que aquilo não poderia ser só por vinte centavos, que aquilo era um movimento muito maior de insatisfação, de outras coisas que não tinham absolutamente nada a ver com a prefeitura, então a prefeitura agiu de uma forma muito esquisita, porque ninguém tinha clareza do que estava acontecendo. E o ‘rolezinho’ é um outro tipo de manifestação importante, ninguém pode tirar o direito de liberdade de qualquer movimento, de qualquer classe social, muito menos de qualquer classe social, de se manifestar, ou de visitar, ou de se expressar, seja através do consumo, seja através da música, seja através de qualquer atividade cultural, seja através de qualquer espaço, seja publico ou privado. Primeiro teve uma questão assustada dos shoppings centers, de uma parte da população houve uma preocupação aí, carregada de preconceito. Porque não poderia conceber a hipótese de que a população da periferia, de uma outra classe social, viesse em massa para o shopping. Aprendemos um pouco com o que aconteceu nesse ano de manifestações, de um novo momento. A nossa administração também está se construindo na sua forma, no seu jeito, no seu dia a dia. Uma administração democrática é aquela que está aberta a cada minuto para prender do seu dia, sobre como lidar com situações complexas que a cidade criou. Como o senhor avalia a importância dos conselhos participativos do ponto de vista dos direitos humanos? Os conselhos participativos são um grande conquista da sociedade civil. É um entendimento que estamos construindo desde o inicio, de ter o governo participativo como método de gestão. Não existe nenhum governo que seja extremamente eficaz, nenhuma política pública realmente eficaz, se não contar com a participação da sociedade civil, porque ela sabe quais são as demandas e sabe muitas alternativas e respostas para essas demandas. É evidente que o estado tem a obrigação de pegar aquela proposta e adequar de acordo com seus fluxos, seu orçamento, suas possibilidades, e também com as diretrizes políticas para as quais o governo foi eleito. Essa linha direta com a população vai se expressar pelo Sistema Municipal de Participação Social que estamos criando, com envolvimento de mais de uma dezena de secretarias. O que é esse sistema? Estamos fazendo um diagnóstico do que existe de canais de participação social – conselhos, comissões, conferências... Vamos mapear o que já está sendo feito, como se organiza, qual é paritário, qual não, quem tem estrutura, quem não têm, quais têm caráter deliberativo ou caráter consultivo. E vamos criar uma política para isso, para que esse sistema seja uma política de governo, para receber e organizar as demandas sociais. De modo que quando um movimento social seja recebido por um administrador, por um secretário e há uma pactuação, temos de atender. Tem de haver monitoramento dessas demandas, para que daqui a um ano, dois anos, o movimento social não tenha de ir a uma audiência com a mesma reivindicação. Por isso que há muitos movimentos que estão de saco cheio. Eles fazem o movimento na rua. Mas o prefeito só está há um ano no governo, e a demanda foi apresentada há 10, 15 anos. Esse sistema está praticamente fechado com a equipe técnica. Quando o processo estiver concluído, deve ser assinado um decreto regulamentando-o. O Conselho Participativo é a mais forte presença do entendimento de que a participação social é fundamental. É motivo para uma grande comemoração, ainda mais quando, pela primeira vez na história do Brasil, os imigrantes terão direito a voz e a ser votado para algum órgão representativo da cidade de São Paulo. A conferência municipal que foi realizada no final do ano passado, a primeira Conferência Municipal de Imigrantes da nossa cidade, tirou como um dos pontos principais o direito de voto dos imigrantes. Essa decisão será levada agora para a Conferência Nacional, que deve acontecer em maio, em São Paulo. Quando o voto do imigrante tiver valor ele começará a ser respeitado de maneira diferente. Quando o prefeito assina um decreto estabelecendo o direito ao voto dos imigrantes para o Conselho Participativo, sinalizando essa importância do voto, para o imigrante e para a gestão.
  22. Maconha legal é debate que assusta presidenciáveis Quem tem medo da descriminalização da maconha? Os presidenciáveis, pode-se dizer; de Dilma Rousseff (PT) a Eduardo Campos (PSB), somente Aécio Neves (PSDB) tocou recentemente no tema, afirmando ser contra a legalização da canabis 05/01/14, 10:28 http://www.jornaldeluzilandia.com.br/txt.php?id=28352 P ode-se tapar os ouvidos, fechar os olhos, calar a boca e, sobretudo, apertar o nariz, mas o fato é que nunca esteve tão aceso no mundo, como agora, o debate sobre a descriminalização e a legalização do uso da maconha. No Brasil, porém, o tema é tabu entre os principais presidenciáveis. Líder nas pesquisas para a reeleição, a última vez que a presidente Dilma Rousseff tocou no assunto foi em julho de 2010, ao responder a uma pergunta de repórter quando concorria pela primeira vez ao cargo. "Uma droga nunca anda sozinha", disse Dilma, manifestando posição contrária à legalização. Do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não se tem igualmente declaração recente sobre o tema. O chefe do PSB, no entanto, tende a se manifestar contrário à liberação, uma vez que é visto como um forte repressor da droga em seu Estado, conhecido como o principal produtor da erva no País. Pelo PSDB do ex-presidente Fernando Henrique, líder nacional da posição favorável à descriminalização da canabis, o pré-candidato Aécio Neves também é contra mexer na atual legislação que aponta o usuário ou como traficante ou como viciado. Ele sustenta que o uso de drogas consideradas leves, como a marijuana, pode levar ao uso de drogas mais nocivas à saúde. Apesar da verdadeira ojeriza dos presidenciáveis ao tema – que, de resto, já derrubou o prestígio de políticos em todo o Brasil, especialmente do então candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Henrique, em 1985 -, gostem eles ou não o fato é que o assunto está na ordem do dia pelo mundo. E não apenas no Uruguai. Nos Estados Unidos, após plebiscitos realizados nos Estados de Colorado e de Washington, em novembro, a maconha foi liberada para uso "recreativo". Em outros 18 Estados a mesma erva já tem autorização para ser usada para fins medicinais. Pesquisa nacional entre a população americana apontou que 49% dos habitantes do país são favoráveis à sua descriminalização. "Não é uma das nossas prioridades", respondeu o presidente Barack Obama quando perguntado sobre se achava importante reprimir o uso dessa droga. "Consideramos como uma infração de trânsito, temos coisas mais importantes a combater", disse, durante seu mandato, o agora ex-prefeito de Nova York Michel Bloomberg. No Brasil, muito em razão do medo disseminado por donos de espaços na mídia tradicional e familiar, o debate sobre a descriminalização da maconha vem sendo interditado por ano a fio. E continuará sendo, caso ninguém se apresente formalmente para levá-lo, consistentemente, adiante. FHC está discreto quanto a isso, mas o ministro do STF José Roberto Barroso pede uma discussão profunda e responsável sobre o assunto. Pelo jeito, os presidenciáveis preferem manter a discussão longe da campanha – mas e você? Não acha que é hora de discutir essa incômoda verdade de frente? Fonte: JL/247
  23. Dutch mayors want legal home grown weed Published time: February 03, 2014 20:06 Fonte http://rt.com/news/netherlands-marijuana-petition-mayors-593/ Сannabis plants (AFP Photo / Alain Jocard) Tags 35 Dutch municipalities are asking the government to let them grow cannabis. Dutch laws on marijuana allow people to smoke it legally but a recent global spate of pro-weed legislation is leaving the Dutch lagging behind some other countries. Dozens of mayors and experts from 35 Dutch towns and cities including Amsterdam, Rotterdam and Utrecht gathered last Friday in Utrecht arguing that the current laws, which allow the sale but not the cultivation of marijuana, mean that Dutch coffee shops, which sell the drug, have to get it from illegal gangs, encouraging organized crime and wasting valuable police time. Ahmed Aboutaleb, the mayor of Rotterdam, said that cannabis cafes had to rely on “murky worlds” and that the current situation in Holland was unsustainable, according to the public broadcaster RTV. As a result of the meeting a manifesto addressing the government has been penned. However, the Dutch government disagrees and argues that any change in the law would not be welcomed by neighboring countries, which could see Dutch grown weed in their own backyard. “We agree that crime and nuisance have to be fought, but we disagree on the right instrument,” said Ivo Opstenten, the Security and Justice Minister as cited by The Independent. Utrecht's alderman for public health, Victor Everhardt who hosted the meeting of mayors has been pushing the proposal since 2011 of the creation of cannabis clubs where the THC content of cannabis plants could be properly regulated, but his suggestion has been rebuffed by the Dutch government. But now the international tide is turning as the world gradually becomes more weed friendly. The United States, which for decades has operated a tough no tolerance approach to drug use branded the “War on Drugs”, has legalized cannabis shops in Colorado with Washington State look set to follow. Colorado now allows the regulated growth of marijuana, which is taxed, for recreational use.While in South America Uruguay became the first nation to fully legalize pot. Since the 1970’s Holland has been one of the few countries in the world where you can have a joint without worrying about getting busted as the possession of small amounts of cannabis has been legal. Dutch cities have become favorite destinations for weed hungry tourists. As a result a so called wietpas policy, which in English translates as ‘weed pass’, came into effect in the Netherland’s three southern most provinces on May 1st 2012. The law was to prevent foreigners from legally purchasing cannabis in coffee shops, but Dutch citizens and expats with residence cards were able to sign up for the ‘weed pass’. The policy proved unpopular with communities in the southern cities where it became law complaining of a rise in the number of street dealers. Many locals also refused to sign up for the pass out of fear that their names would appear on a government list or that their employers may get wind of their recreational habits. The ‘weed pass law’ was due to be introduced nationally on January 1st 2013 but in November 2012 it was repealed. Each city in Holland is now able to regulate the sale of marijuana as they choose. “It’s not like tourists are going to say OK, there’s no cannabis here anymore. Instead they’re just going to try and find it on the streets, leading to a larger black market, more disputes with dealers, no control over its quality and all the other problems we used to have,” said Eberhard van der Laan, Amsterdam’s liberal mayor as quoted by DailyMail. Research from Intraval, an independent agency that carries out social scientific research showed the number of coffee shops decreasing from 1999 to 2011 by 22 percent.
×
×
  • Criar Novo...