CanhamoMAN
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Droga ou remédio? Em entrevista à CH On-line, neurocientista dinamarquesa fala sobre estudos que buscam compreender a ação do ‘ecstasy’ e de outros alucinógenos na química cerebral e no humor dos usuários e os potenciais benefícios de seu uso médico controlado. Fonte:http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2014/03/droga-ou-remedio Por: Sofia Moutinho, Ciência Hoje On-line Publicado em 10/03/2014 | Atualizado em 10/03/2014 O ‘ecstasy’ vem sendo alvo de pesquisas que propõem o seu uso em conjunto com a psicoterapia para tratar distúrbios psiquiátricos como o estresse pós-traumático. (foto: DEA/ Wikimedia Commons) Em 1914, pesquisadores alemães criaram uma pílula supressora de apetite para soldados em situação de fome em campos de batalha. O medicamento começou a mostrar que tinha efeitos sobre o humor e a consciência humana e passou a ser prescrito por psiquiatras como auxílio para terapias, até que se tornou ilegal em vários países a partir de década de 1980 sob a alegação de provocar dependência e problemas à saúde. Trata-se do ecstasy. Conhecida como a ‘droga do amor’ por deixar seus usuários felizes e empáticos, a substância, ilícita no Brasil, tem sido alvo de pesquisas que buscam reintroduzi-la no ambiente médico. Estudos que tentam compreender os possíveis efeitos benéficos desse e de outros alucinógenos vêm sendo conduzidos pela neurocientista dinamarquesa Gitte Knudesen, pesquisadora-chefe da Unidade de Pesquisa em Neurobiologia do Hospital da Universidade de Copenhague (Dinamarca) e representante da Fundação Europeia para Pesquisa do Cérebro Grete Lundbeck. Em entrevista à CH On-line, Knudesen comenta a possibilidade de uso médico do ecstasy e outras drogas – como a ayahuasca, bebida feita de plantas amazônicas cujo consumo está associado a algumas religiões no Brasil. Ela também fala sobre suas pesquisas mais recentes, que usam a neuroimagem para identificar a ação dessas substâncias no cérebro. A neurocientista Gitte Knusen. (foto: Andre Aron) Nos últimos anos, a senhora tem estudado a ação do ecstasy e de outras drogas alucinógenas no cérebro. Pode nos contar sobre sua pesquisa? Há indicações de que essas drogas podem ajudar pessoas que sofrem de depressão ou estresse pós-traumático, especialmente o ecstasy e o DMT, um dos compostos da ayahuasca, bebida bastante apreciada no Brasil. Encaramos essas substâncias como drogas recreacionais e não como relacionadas ao abuso de entorpecentes, pois elas não têm um efeito viciante forte. Estamos interessados em olhar para o seu potencial médico. Nos últimos anos, fizemos muitas pesquisas com usuários de ecstasy e agora estamos olhando para esses outros compostos alucinógenos. O ecstasy também atua como alucinógeno, mas de maneira muito leve. Sua principal ação é provocar a liberação de serotonina, um neurotransmissor associado à sensação de prazer, alegria e euforia. Como ele te faz sentir muito empático e inclinado a confiar em outras pessoas, os cientistas estão começando a olhar para seus potenciais benefícios. A maioria das pessoas pensa no ecstasy apenas como uma droga ruim. É claro que não é saudável para o cérebro tomar altas doses da droga, mas o que estamos interessados em olhar é o potencial benefício do uso controlado do ecstasy e de uma classe de componentes alucinógenos que se assemelham ao ecstasy, mas que não provocam a liberação de tanta serotonina. O que a senhora tem observado em suas pesquisas com o ecstasy? Quando você toma uma alta dose de ecstasy, uma quantidade muito grande de serotonina é liberada no seu cérebro, te deixando feliz, de maneira semelhante à ação de alguns antidepressivos. Mas o ecstasy também age sobre os receptores alucinógenos do cérebro chamados 5-HT2A, o que proporciona ‘experiências coloridas’ e a sensação de união com a natureza. Essas mudanças de consciência podem ser muito interessantes. Sabemos muito pouco sobre a consciência e sobre como o cérebro pode se aproveitar dos estados alterados de consciência. A literatura científica e a mídia geralmente focam mais os potenciais efeitos neurotóxicos do ecstasy e menos como ele funciona de verdade. Existe uma atitude muito política sobre o ecstasy, que acho que de certa forma se justifica, mas que tem sido exagerada. Existem muitos outros compostos, muitos deles lícitos, que são muito mais danosos ao cérebro que o ecstasy. Segundo a neurocientista Gitte Knusen, as drogas alucinógenas abrem caminho para o estudo da consciência e de seus estados alterados. (foto: Flickr/ nwe1iluminati – CC BY 2.0) Como esses efeitos do ecstasy poderiam ser aproveitados para fins médicos? Nossos estudos mostram que os usuários de ecstasy respondem de maneira mais ativa às emoções positivas que às negativas. Fizemos alguns testes em que demos imagens de expressões faciais a usuários de ecstasy e pedimos que eles as identificassem. Percebemos que eles se saíram melhor que o grupo controle (de não usuários de drogas) para reconhecer expressões positivas, como de alegria e de fantasia, e tiveram uma performance pior para identificar as expressões negativas, de raiva e desdém, por exemplo. Alguns cientistas pensam em combinar o ecstasy com a psicoterapia As pessoas reagem de modo diferente ao ecstasy, mas tudo tem a ver com a dosagem. Se você der a dose certa, a pessoa passa a responder mais a emoções positivas e confiar mais nas pessoas. Por isso, alguns cientistas pensam em combinar o ecstasy com a psicoterapia. Em uma sessão de psicoterapia, é muito importante que o paciente confie no pscioterapeuta e o ecstasy pode auxiliar nisso, ajudando o paciente a ter o sentimento certo para a terapia funcionar. Para fins de tratamento, a ação alucinógena do ecstasy poderia ser bloqueada, deixando apenas a ação da serotonina sobre o cérebro? Sim, podemos bloquear diferentes partes da droga ao combinar compostos diferentes. Mas o ecstasy não é tão alucinante quanto a ayahuasca, por exemplo. Ele é considerado um alucinógeno leve e não é conhecido por suas propriedades viciantes. Ele é, na verdade, um composto muito pouco viciante, diferentemente da cocaína, por exemplo. Então não precisamos nos preocupar com isso. O problema do ecstasy é que muitas vezes os seus usuários não usam somente essa droga, mas a combinam com álcool, maconha e outros – e essa não é uma boa mistura para o cérebro. Mas, de uma forma controlada, é absolutamente possível explorar os efeitos médicos do ecstasy. A senhora mesma comentou que o ecstasy é visto de forma negativa e não podemos negar que é uma droga que pode ter efeitos negativos no usuário. A senhora não enfrentou nenhum problema de ordem ética e legal para conduzir suas experiências? Eu, pessoalmente, só estudei usuários de ecstasy, não dei a droga a eles. Recentemente, conduzimos esse estudo para mapear a ação de compostos alucinógenos no cérebro de humanos, mas foram doses muito pequenas, cerca de 1,5 microgramas, só para ter a sua imagem no cérebro. Nós não tivemos nenhum problema com esse estudo. No meu país, não existe um entrave ético e, mesmo em outros países, como Reino Unido e Holanda, os pesquisadores têm recebido permissão dos comitês de ética para fazer isso, inclusive para dar ecstasy para pessoas em testes clínicos. Em relação às suas pesquisas sobre a atuação de outras drogas alucinógenas – como a ayahuasca – no cérebro, já há algum resultado? No momento, estamos conduzindo estudos de neuroimagem e tomografia para ver imagens do cérebro ao vivo e descobrir como essa segunda classe de drogas atua. Ainda é uma fase muito inicial, em que estamos simplesmente usando esses compostos alucinógenos como uma ferramenta para visualizar os receptores cerebrais. Por meio de exames de imagem, como tomografia, estamos tentando identificar a ação desses compostos no cérebro de pessoas que tomaram pequenas doses deles. É uma primeira etapa da pesquisa, em que temos que validar os compostos e descobrir como quantificá-los no cérebro e, para isso, precisamos criar alguns modelos de análise. Por meio de exames de imagem, como tomografia, estamos tentando identificar a ação desses compostos no cérebro de pessoas que tomaram pequenas doses deles Na segunda etapa, no mês que vem, vamos ver se esses compostos podem ser usados para medir mudanças nos níveis de serotonina no cérebro. Queremos saber se vai ser possível escanear o cérebro de uma pessoa que está tomando ayahuasca, por exemplo, e ver como as imagens cerebrais mudam quando essa pessoa está fazendo algum tipo de tarefa. Basicamente, ainda estamos desenvolvendo a ferramenta para analisar tudo isso e, quando tivermos validado nossos dados, vamos poder começar a usar em mais pessoas para ver como o cérebro delas está mudando. No Brasil, temos alguns grupos de estudo que também investigam a ação da ayahuasca como forma de terapia. A senhora tem algum contato ou pretende fazer algum tipo de colaboração com cientistas brasileiros? Ainda não, mas estamos pensando em estabelecer uma relação, porque o mais interessante sobre a ayahuasca é que é uma droga muito limpa, as pessoas que tomam não costumam usar outras drogas. Um dos maiores problemas que enfrentamos nos estudos sobre drogas é a grande dificuldade de achar pessoas que não combinem drogas. Na Dinamarca, por exemplo, parece haver dois tipos de pessoas que usam ecstasy. Um grupo são os jovens que tomam ecstasy e tudo mais que estiver à disposição. O segundo grupo, que geralmente usa o ecstasy em pó, toma menos de outras drogas, tem mais consciência do que a substância faz ao cérebro e a usa de forma mais espiritual. Mas sempre há mistura de drogas e fica difícil identificar em um estudo a ação de uma droga isolada se as pessoas combinam várias. Eu gostaria muito de trabalhar com pesquisadores brasileiros, eu ficaria feliz em oferecer esses métodos de neuroimagem que estamos desenvolvendo.
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Stf Deve Julgar Neste Semestre Descriminalização Do Porte De Drogas
topic respondeu ao dine de CanhamoMAN em Notícias
To falando que esse negocio eles estão empacando -
Rolling Stone: "Maconha No Brasil: Será Que O País Está Pronto Pra Mudar De Idéia?"
topic respondeu ao planta de CanhamoMAN em Notícias
Tenho fé que vai! -
01.03.2014 | 10h15 - Atualizado em 01.03.2014 | 10h15 http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=262&cid=190268 Maconha, álcool e hipocrisia No Uruguai, já foi descriminalizada a qualquer cidadão A maconha vai ser liberada no Brasil, ou melhor ela já é liberada em qualquer esquina, colégios, boates e lugares públicos. Num futuro próximo ela vai ser fumada sem a perseguição policial daqui a alguns meses ou anos. Há uma tendência mundial neste sentido. A erva do diabo, o cigarrinho do capeta, a marijuana é consumida por quatro ou cinco por cento da população, conforme estimativas oficiais. No Uruguai, já foi descriminalizada e qualquer cidadão pode comprar em farmácia. O que mudou no Uruguai com essa nova concepção? Mudou a concepção de como a droga deve ser encarada e comprada como o álcool, e descrita como qualquer estimulante moderado, que segundo os defensores, faz menos mal a saúde que o álcool e o tabaco dos cigarros industriais. Se olharmos no tempo, foi nos EUA que começou toda essa onda de proibição a Canabis Sativa, e como os Estados Unidos impõe sua política ao seu quintal latino americano, a coisa pegou nos trópicos e o aparato repressor baixou na América Latina. E o pau comeu na casa de Noca. "São conhecidos os países considerados narcotraficantes, em especial o Paraguai, grande plantador e exportador de maconha prensada" O tempo passou e a velha frase de tudo que é proibido é mais gostoso pegou, o latino fumou, plantou e exportou para toda a América. São conhecidos os países considerados narcotraficantes, em especial o Paraguai, grande plantador e exportador de maconha prensada. O comércio das drogas movimenta bilhões de dólares todo ano. O crescimento financeiro destes cartéis, chamou a atenção de governos que atentos as cifras astronômicas, veem com outros olhos a venda e consumo da maconha. Nos EUA já plantam e vendem legalmente em lojas especializadas, em alguns Estados de forma livre, em outros apenas de forma medicinal. De novo a tendência vai se repetir. O que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil. Desde 2012, existe o projeto de lei, do Senador José sarney, que segue a tendência Uruguaia, com adaptação para o nosso território. A mudança de concepção com a política das drogas prende-se a algumas questões relevantes da sociedade mundial e brasileira. A primeira dela diz respeito à ação repressora do estado. (Dos quinhentos e 550 mil presos no Brasil 20% estão ligados as drogas). Ela se tornou inócua, e sem resultados positivos, hoje há o aumento de mais de cento e dez por cento da violência só ligada a entorpecentes. O aparato de corrupção policial e judiciário é outro fator a ser analisado. O livro “O abusado” do jornalista Cacos Barcellos, ilustra de forma clara como funciona o comércio ilegal das drogas, e a participação de nossas autoridades de forma não muito republicana. Outra questão, é a concepção do imaginário da sociedade que começa a mudar. Antes o fumador de maconha, conhecido pelo jargão de maconheiro, era visto como bandido. Aquele que fuma para praticar assaltos e assassinatos. Hoje já há uma visão que o entremeia como viciado, doente e aqueles que fumam de maneira recreativa, por pura festa. O medo de muitos leva a ignorância, o que traz como consequência a falta de discursão crítica. A crise econômica fez os EUA procurar saída e viu também no comércio da marijuana, uma forma de colher frutos do mercado. Agora quem está em crise é o cartel da maconha, pois ela pode ser adquirida por qualquer cidadão de forma livre e pagando impostos. Em últimas pesquisas de opiniões sobre o uso da maconha nos EUA, ela já não aparece como vilã social. Uma frase interrogativa me chama a atenção sobre o uso ou não da maconha. Qual a diferença entre a droga e o remédio? A resposta está na quantidade da dose. Tome todos os seus comprimidos para dormir de uma vez, e verás o que acontece. E dentro dessa visão, ninguém pergunta ou regula a quantidade de álcool que você usa todo dia, basta ter dinheiro, não é mesmo? Está saindo a visão repressora das drogas e começa o surgir a visão de tratamento, uma concepção de saúde para os usuários. Quanto vai custa o seu “Beck” daqui para frente? O debate está posto na sociedade, qual sua opinião? PEDRO FÉLIX é escritor em Cuiabá
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Israel Autoriza Uso Terapêutico De Maconha Contra A Epilepsia Infantil
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06/03 às 14h48 - Atualizada em 06/03 às 14h50 Israel autoriza uso terapêutico de maconha contra a epilepsia infantil Fonte: http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2014/03/06/israel-autoriza-uso-terapeutico-de-maconha-contra-a-epilepsia-infantil/ O Ministério da Saúde de Israel aprovou o uso medicinal da maconha para tratamento de crianças que sofrem de crises extremas de epilepsia. A autorização, entretanto, só é válida caso outras drogas não sejam eficazes. Estima-se que, no país, cerca de 200 crianças sofram atualmente convulsões graves de diferentes graus. Nestes casos, a crise epiléptica é acompanhada de outros sintomas, seja por razões genéticas ou devido a problemas de desenvolvimento neurológico. O Ministério da Saúde de Israel publicará um documento oficial detalhando as condições do uso da maconha para crianças que sofrem crises epilépticas, bem como os médicos que estarão autorizados a fazer a prescrição. Esse tratamento ainda não é uma unanimidade na classe médica israelense; enquanto alguns defendem o uso, outros argumentam que a cannabis pode causar danos neurológicos em crianças e só deve ser utilizada em adultos. Um estudo realizado pelo Departamento de Neurologia da Universidade Stanford, nos EUA, publicado em dezembro de 2013, mostrou que a maconha foi mais eficaz do que outras drogas no tratamento de crianças com epilepsia. -
Jamil Issy, Legalização Da Maconha, Credeq E Sugestão Ao Governo Marconi Perillo
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Jamil Issy, legalização da maconha, Credeq e sugestão ao governo Marconi Perillo Diário da Manhã Barbosa Nunes http://www.dm.com.br/texto/166516 21-02-2014 Em 28 de abril de 1997, fui presenteado pelo toxicologista, farmacêutico, escritor e professor da Faculdade de Farmácia da UFG, Jamil Issy, com o livro de sua autoria, Drogas, causas, efeitos e prevenção. O conceituado estudioso diz e em todas as edições posteriores, inclusive na última de sua vida, por mim prefaciado com muita honra,"a maconha quando fumada,atinge o cérebro e seus efeitos eufóricos, no seu pico são atingidos no prazo de 20 a 30 minutos, desaparecendo de 2 a 4 horas. Entretanto, podem acontecer a partir daí deficiências na habilidade de acompanhar estímulos em movimento. Testes feitos têm confirmações que isso pode acontecer até 10 horas após cessar o efeito euforizante e tal ponto leva o usuário a cometer erros graves, principalmente quando dirige veículos, pois tem uma falsa noção de espaço, quando se julga de posse de suas capacidades normais. O fato é que o princípio ativo da maconha o THC (Tetrahidrocanabinol) permanece muito tempo no organismo, retido em órgãos ricos em gorduras como o cérebro, os pulmões, os testículos, os ovários e outros, e essa permanência pode durar até 45 dias. Sintomas podem ser observados como aceleração dos batimentos cardíacos, aumentos da pressão arterial, vermelhidão nos olhos, inibição da glândula salivar. O sentido de tempo e de espaço ficam distorcidos com a pessoa em dificuldades de tomar decisões", além de outros males detalhados na publicação científica de Jamil Issy. Mas a maconha foi oficializada com festas e comemorações no vizinho Uruguai. Agora o Senado Brasileiro, palco de tantos escândalos, inclusive com seu presidente usando avião da FAB para deslocamento,visando implante de 10 mil fios de cabelo em clínica de Maceió, inicia a discussão para legalização do consumo da maconha no Brasil. A sugestão foi recebida com assinaturas de mais 20 mil pessoas, sugere a regulação do seu consumo recreativo, medicinal e industrial. A proposta prevê o uso da maconha, como já ocorre com bebidas alcoólicas e cigarros, permitindo o cultivo caseiro, o registro de clubes de cultivadores e o licenciamento de estabelecimentos de cultivo e de venda. A sugestão foi apresentada por André Kiepper, analista de gestão em saúde da Fundação Osvaldo Cruz. Já se encontra com o relator Senador Cristóvão Buarque. Serão realizadas audiências para ouvir os diversos segmentos da sociedade, como religiosos e comunidades científicas. Jamil Issy faleceu em 14 de novembro de 2010. Foi pioneiro na prevenção primária ao uso de drogas em Goiás. Todos os movimentos, grupos, campanhas, seminários, sempre foram orientados por ele. Jornais, rádios e emissoras de televisão, quando discutiam o assunto drogas, Jamil era o primeiro a ser convidado. Foi pró-reitor da UFG, fundador dos Conselhos Regionais de Farmácia de Goiás e do Mato Grosso. Com ele, na administração do Grão-Mestre José Ricardo Roquette, fundamos o Programa Maçonaria A Favor da Vida, do qual foi diretor técnico e científico enquanto viveu. Produzi a revista pesquisa que norteia a linha e o compromisso da maçonaria em desenvolver esta ação cristã, educativa, conscientizadora do debate com serenidade, sem fanatismo e alarmismo. Foisubmetida ao Conselho Estadual de Entorpecentes de Goiás, à época presidido pelo Secretário de Segurança Pública, maçom Joneval Gomes de Carvalho. Jamil Issy como relator, apresentou voto aprovado por unanimidade. Jamil Isso,grande passageiro da vida durante 87 anos, extraordinária história cultural, científica e familiar. Filho de libaneses, casado com Maria Stela Nasser. Nasceu em Vianópolis, cidade que tem hoje como prefeito o sobrinho Issy Quinan Junior. Sua companheira Stela é sobrinha de Alfredo Nasser, grande político, jornalista, tribuno respeitadíssimo que chegou ao cargo de Primeiro Ministro do Brasil. Minha vida é marcada por uma convivência muito próxima com o mestre Jamil Issy, embora somente por 13 anos. Juntos percorremos dezenas e dezenas de cidades goianas e vários estados brasileiros. Guardo comigo longas conversas. Conheci sua bondade, mansidão, humildade, sofrimento resignado e enfrentamento heroico, em nenhum momento reclamando durante os 7 anos últimos de sua vida, submetendo-se com disciplina santa, às sessões de hemodiálise. Senhor Governador Marconi Perillo, os meus dois primeiros artigos para o Diário da Manhã, publicados em 5 e 12 de fevereiro de 2011, enfocavam a criação dos Credeq-Centro de Referência e Excelência em Dependência Química, que defendi e defendo como proposta humana de sua administração. Será um porto seguro para famílias sofridas sem condições de gastos com clínicas. Aí entrará o Credeq, com o poder público fazendo a sua parte e oferecendo condições de recuperação. O primeiro Credeq, dos outros 4 em Quirinópolis, Goianésia, Caldas Novas e Morrinhos, será inaugurado,no próximo mês de junho,conforme sua declaração, em Aparecida de Goiânia. O senhor conheceu Jamil Issy. É uma história que não deve ser esquecida. Sua lacuna ainda não foi preenchida por qualquer outro estudioso dedicado e disponível. Faz muita falta à comunidade goiana. Assim é que a maçonaria goiana e brasileira, representada pelo Grande Oriente do Estado de Goiás, Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás, Programa Maçonaria A Favor da Vida, Loja Maçônica João XXIII, a qual pertenceu Jamil Issy e o Grande Oriente do Brasil, por mim representado como Grão-Mestre Geral Adjunto, estamos empenhados. Os Grão-Mestres Luis Carlos de Castro Coelho, Ruy Rocha de Macedo, Coordenador Alberto Alves de Oliveira, venerável Mestre Reno Julius de Mesquita,com certeza, todos os grupos, ex-alunos e amigos, sugerem que o primeiro Credeq seja oficialmente apresentado à família goiana em sua inauguração, com o nome de "Centro de Referência e Excelência em Dependência Química Jamil Issy". Ficaremos na expectativa de uma audiência, para com o maior número de maçons e amigos de Jamil Issy, oficialmente apresentamos ao Ilustre Governador, esta sugestão. Concluo este artigo na certeza de que esta a proposta está amparada no apreço a um cidadão maçom que pode ser sintetizado nesta frase: "Há homens que são bons por natureza.Nascem assim pacíficos,bondosos.Há outros que se tornam bons por educação e formação.Aprendem a ser bons.Há no entanto outros que são biologicamente bons.A bondade está na essência da sua vida biológica.Esses,nem que queiram ser maus,não conseguem.Assim foi Jamil Issy. Transmitiu bondade através de sua obra e um exemplo de vida.Foi um verdadeiro mestre,conforme os preceitos maçônicos." Jamil Issy. Um homem bom. (Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil) -
Eua: Venda De Cannabis No Colorado Gera Receita Fiscal 3,5 Milhões
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EUA: Venda de cannabis no Colorado gera receita fiscal 3,5 milhões 11-3-2014 http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=212062 As vendas de cannabis geraram uma receita fiscal de 3,5 milhões de dólares (2,5 milhões de euros) para o Estado do Colorado em janeiro, primeiro mês de comercialização autorizada ão de marijuana para fins não médicos. O Colorado foi o primeiro Estado norte-americano a legalizar, em 01 de janeiro passado, a produção, venda e consumo de cannabis sem motivos médicos, aplicando uma taxa de 15% sobre o consumo e 2,9% sobre as vendas. «O primeiro mês em que a cannabis para fins recreativos esteve em venda livre correspondeu às nossas expetativas», indicou a diretora de departamento de receitas fiscais do Colorado, Barbara Brohl. No fim de mês de janeiro, 59 retalhistas declararam à administração fiscal estadual receitas resultantes da venda de cannabis. Depois do Colorado, os consumidores do Estado de Washington, no noroeste dos EUA, também vão poder comprar legalmente cannabis para fins recreativos, durante este ano. Até agora, 21 Estados autorizam o consumo de cannabis com fins médicos, mas continua a ser considerada uma droga ilegal pelas autoridades federais. Diário Digital com Lusa -
10/03 às 19h49 - Atualizada em 10/03 às 19h51 Câmara de Florença descriminaliza uso da maconha Agência ANSA http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2014/03/10/camara-de-florenca-descriminaliza-uso-da-maconha/ "Superar os limites da proibição que caracteriza a legislação italiana". Foi com esse objetivo que a resolução apresentada pelos conselheiros do Partido Democrático (PD) foi lançada nesta segunda-feira (10) pela Câmara Municipal de Florença. A medida visa a descriminalização do consumo, do cultivo para uso pessoal e pela cessão do direito a pequenas quantidades de maconha e seus derivados. Andrea Pugliese (PD), ao apresentar a resolução para a assembleia, lembrou algumas novidades da lei nos últimos tempos. "A primeira é a sentença da Corte constitucional que declarou inconstitucional a lei "Fini-Giovanardi", que equiparava drogas pesadas a drogas leves", declarou Pugliese. Após essa fala, Pugliese falou sobre a intervenção de Umberto Veronesi [oncologista e político] que "explica como a liberação e a educação são instrumentos de ensino - não a proibição". Ele continuou lendo as observações de Veronesi. "É absurdo renunciar a um potente analgésico por ter "culpa" de usar uma substância surpreendente". Pugliese ainda lembrou à Câmara "outra a decisão de sexta-feira (07) do Conselho dos Ministros de não impugnar a lei da região de Abruzzo sobre o uso terapêutico da maconha". Segundo ele, "essa decisão foi muito sábia e importante sob o ponto de vista terapêutico, jurídico e político", finalizou Pugliese.
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O caminho do dinheiro Por Carlos Brickmann em 11/03/2014 na edição 789 http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed789_o_caminho_do_dinheiro Alguém acredita que o chefão do tráfico more numa casa até melhorzinha, mas no meio de uma favela, sem saneamento básico, sem serviços públicos, com esgoto correndo nas proximidades, convivendo com mau cheiro, ratos e baratas, pisando na poeira ou na lama? E ande com aquela bermuda mulambenta, sem camisa, calçando havaianas? Que não faça uma viagem sequer de turismo, que jamais vá a um restaurante de luxo, que se contente com as mulheres da vizinhança – e, aliás, sabendo que só as tem por ameaças e uso da força bruta? Pode ser que isso exista – mas é improvável. No mundo inteiro, os grandes chefes criminosos vivem no luxo, gastando à vontade para satisfazer seus caprichos, por extravagantes que sejam. Por que, no Brasil, seriam tão espartanos? O colega deste Observatório Luciano Martins Costa cita o juiz Walter Fanganiello, para quem uma operação policial espetacular é apenas um espetáculo. Tem razão: apreende-se uma grande quantidade de droga, que depois, segundo nos informam, é incinerada, e mesmo assim o consumo se multiplica no país. O Conselho Internacional de Controle de Narcóticos da ONU informou, há uma semana, que o consumo de cocaína dobrou no Brasil em menos de dez anos; e hoje já o quádruplo da média mundial. Os meios de comunicação adoram cobrir as grandes operações. O perrelaço, operação em que o helicóptero pertencente ao deputado Gustavo Perrela, do Solidariedade, foi apreendido com meia tonelada de cocaína, valeu muitas matérias. A apreensão de 300 quilos de cocaína na sede da escola de samba de uma torcida organizada do Palmeiras também valeu muitas reportagens. Faltou responder a duas perguntas fundamentais, daquelas que deveriam estar no lead: 1. O piloto do deputado Perrela recebeu a cocaína de alguém, com a incumbência de levá-la a algum lugar. Quem a entregou? Em que lugar a entregaria, e para quem? 2. O pessoal de torcidas organizadas não chega a pertencer a elites econômicas. Quem tinha comprado tanta cocaína? De quem? Cocaína, caro leitor, é produto caro, pago a vista, em dinheiro. A inadimplência costuma ser punida com a morte. Ou seja, o comprador sabe de quem comprou. Se a polícia não acha os responsáveis, que tal algum veículo de comunicação designar bons repórteres para investigar o caso? E não é preciso correr os riscos do grande Tim Lopes. Seguindo as sábias instruções do Garganta Profunda aos repórteres que revelaram o caso Watergate, “siga o caminho do dinheiro”. É aí que está o veio da reportagem – aliás, se tivéssemos policiamento competente, seria este o grande veio da investigação. Prender um traficante, apreender uma ou duas toneladas de drogas, expulsar drogados de uma determinada região, tudo isso equivale a matar formigas. É bobagem: quem quiser acabar com as formigas tem de alcançar a rainha do formigueiro. E, no caso, é seguir o caminho do dinheiro, para estrangular financeiramente o esquema e prender os grandes articuladores, os organizadores do tráfico. O caminho da política E há outro excelente caminho para boas matérias – um caminho difícil porque está totalmente minado por fundamentalismos ideológicos, mas que é preciso desbravar. Quando Evo Morales chegou à presidência da Bolívia, a produção de coca do país tinha sido muito reduzida, com a colaboração da DEA (Drug Enforcement Agency) americana. Nada que tenha afetado o abastecimento internacional: outros países ampliaram a produção de cocaína e se responsabilizaram pelo fornecimento aos grandes mercados, especialmente o americano. Evo permitiu um grande aumento na produção boliviana de coca. De 25 toneladas de pasta-base de cocaína por ano, quando tomou posse, a Bolívia passou a 300 toneladas anuais. E surgiu um problema sério: os mercados tradicionais da Bolívia já tinham novos fornecedores. Houve então amplo trabalho para transformar o Brasil, antes apenas um caminho para o escoamento das drogas, em destinatário final. Isso explica o rápido crescimento do consumo, percebido pela ONU. É reportagem cara, que exige viagens, exige pesquisa documental, exige uma imensa paciência com os patrulheiros que acusarão o repórter de ser da zelite e de desconhecer o importante aspecto cultural do cultivo da coca na Bolívia. OK, o argumento pode ser ótimo – mas o que se discute é o uso da cocaína no Brasil, não a importância cultural do cultivo da folha de coca na Bolívia. E, claro, é essencial discutir como enfrentar a epidemia de drogas. A tática de guerra, hoje utilizada, mostrou-se exigentíssima em recursos e em sangue, e deu resultados pequenos. Haverá outra maneira de enfrentar o problema? Será a liberação das drogas uma resposta à criminalidade, que extrai da ilegalidade os fundos que a sustentam? Haverá alguma solução diferente dessas? É outro bom tema de reportagem, até agora tratado apenas com declarações pró e contra. Mas como, numa época de recursos contados, partir para reportagens de alto custo? Ser mulher E pensar que no sábado (8/3) se comemorou o Dia Internacional da Mulher! Pois a presidente Dilma Rousseff recebeu o presidente Lula no Palácio da Alvorada, para discutir o relacionamento do governo com o PMDB e traçar rumos para a campanha da reeleição. Lula estava com aquela gravata vermelha velha de guerra que já usou sabe-se lá quantas vezes, um terno que podia ou não ser novo, os sapatos de sempre, a camisa De Tommasi que a primeira-dama baiana, Fátima, esposa do governador Jaques Wagner, lhe envia periodicamente. E qual é o título da coluna de um dos mais importantes e competentes jornalistas políticos do país? “Dilma repete blusa ao receber Lula no Palácio da Alvorada”. É inacreditável que, hoje em dia, alguém se preocupe com isso. Pior, se Dilma usasse roupas novas a cada evento em que é fotografada, estaria sendo criticada por gastar demais em vestuário. O Brasil é um país curioso: aqui a elite inteira é altamente evoluída com relação a costumes, mas continua tratando mulheres como seres à parte. Quando esteve no Congresso Nacional para a sabatina regulamentar, a ministra Ellen Gracie Northfleet, que tinha sido indicada para o Supremo, teve de ouvir infindáveis elogios à sua elegância e a seu porte – e, no entanto, estava lá para que os senadores avaliassem sua capacidade para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal. E, numa ocasião, a cena foi constrangedora: velhos senadores babando diante da belíssima atriz holandesa Sylvia Kristel, famosa pelo papel de Emmanuelle. A moça era bonita – mas, no Senado, seria apenas uma visitante, não fosse a atitude ridícula daqueles senhores que definitivamente não se davam ao respeito. Menos, menos. Este colunista não consegue imaginar a imprensa política alemã discutindo as roupas da primeira-ministra Angela Merkel. Isso fica para o Bild ou outros jornais de escândalos e fofocas. A imprensa israelense jamais comentou os figurinos da primeira-ministra Golda Meir e da chanceler Tzipi Livni. E alguém imaginaria o The New York Times discutindo a estética das roupas da possível candidata Hillary Clinton? Dúvida Neste Carnaval, o número de mortes nas estradas voltou a crescer em São Paulo: foram 37 contra 27, em 2012. O aumento do número de mortos coincide com a redução das operações da Polícia Militar para fiscalizar o cumprimento da Lei Seca. A queda foi de 69%. OK, a notícia saiu direitinho, bem escrita, sem problemas. Mas este colunista, talvez por falha na leitura dos jornais, não tinha visto nenhuma informação sobre a redução das operações da PM para fiscalizar a Lei Seca. Alguém fez alguma reportagem sobre este assunto, entrevistando o comandante da PM, o secretário da Segurança, eventualmente até o governador do estado? A ligação entre o álcool ao volante e os acidentes está firmemente estabelecida. Como justificar, então, a queda no número de operações? Desculpem nossa falha Foi engraçado: a apresentadora Patrícia Poeta, do Jornal Nacional, ao noticiar que o papa Francisco disse ter se apropriado do crucifixo do corpo de um padre, afirmou que ele cometera um dos Sete Pecados Capitais. Não, não cometera: os Sete Pecados Capitais são a Gula, a Avareza, a Luxúria, a Ira, a Inveja, a Preguiça e o Orgulho. O papa, no máximo, violou um dos Dez Mandamentos; o Sétimo, “Não Roubarás”, na doutrina católica. Valeu a pena assistir ao pedido de desculpas de William Bonner ao papa Francisco: profissionalíssimo, competente, correto. Reconheceu o erro do jornal sem tentar reduzir sua importância e transformou a correção da falha de informação numa demonstração de bom jornalismo. A propósito, este colunista tem dúvidas a respeito até da violação do mandamento “Não Roubarás”. Não houve a intenção do papa de enriquecer ilicitamente, mas apenas de guardar consigo a lembrança de um amigo morto; e de manter o crucifixo em ação, em vez sepultá-lo. Ah, se todos os furtos fossem assim! O mundo como ele é Existe uma posição no governo federal que não é disputada pelos partidos, que não dá visibilidade a seus integrantes, mas lhes dá uma carga gigantesca de trabalho. Nesta posição, os erros têm consequências gravíssimas e dos acertos ninguém ficam sabendo. Gabinete de Crises, de José Alberto Cunha Couto e José Antônio de Macedo Soares, conta como funciona este compartimento essencial do governo. Ambos chefiaram o gabinete de crises por 12 anos, em três governos: Fernando Henrique, Lula e Dilma. O livro narra acontecimentos reais (os que podem ser contados), como foram analisados, como foram encaminhados. Temas como manifestações de rua, com certeza, vão para o gabinete de crises; mas também o congestionamento de caminhões para carga e descarga nos portos, e os principais temas de política externa. O mundo está conectado; uma compra maciça de vacinas nos Estados Unidos pode significar que o país espera um ataque com armas biológicas. Significa ou não? Aí depende de outros acontecimentos que o gabinete de crise também vai analisar, para traçar os cenários do futuro. Interessantíssimo. Se houver dificuldade em encontrá-lo, o caminho é procurar o editor: higor.oliveira@facamp.com.br O mundo como ele era Este colunista é do tempo em que comunista estudava. Não apenas estudava: tinha de estar a par de todo o movimento cultural. Precisava ter lido Ulysses, de James Joyce, na tradução de Antônio Houaiss; precisava ter lido Júlio César, de Shakespeare, na tradução de Carlos Lacerda, para poder falar mal. Filmes como Morangos Silvestres, ou O Ano Passado em Marienbad, eram essenciais. Era difícil enfrentar comunistas numa discussão: sempre estavam preparadíssimos. E, claro, conheciam Napoleão Bonaparte. Sabiam tudo de seu sobrinho Luís Bonaparte, o Napoleão 3º, personagem de O 18 Brumário, de Marx. Jamais diriam, como o comunista moderno e governista Aldo Rebelo, tentando explicar o atraso das obras da Copa, que Napoleão Bonaparte “reconquistou a França em cem dias”. Não, Napoleão reconquistou a França em muito menos tempo: 12 dias, o suficiente para marchar triunfalmente de Golfe Juan, na costa francesa, até Paris. Os cem dias foram o período em que governou novamente o império francês, até ser derrotado em Waterloo pelas tropas do Duque de Wellington. Se João Amazonas e Maurício Grabois, os ícones do PCdoB, ouvissem Rabelo, certamente o obrigariam a fazer uma bela autocrítica. E indicariam alguém mais adequado para evitar confusões nas obras da Copa. Como... De um grande portal de notícias: ** “(...) havia adquirido um câncer que se espalhou (...)” Quanto terá pago o paciente para adquirir o câncer? ...é... De um tradicional jornal impresso: ** Título: “Sem descer do salto” ** Legenda: “A desinibida sambou sem sapato” ** Texto: “Mesmo com o salto quebrado, (...) mostrou garra e seguiu (...) E no ritmo!” Em resumo, a moça dançou sem sapato, sem descer do salto, mesmo com o salto quebrado. É Carnaval, tudo é possível. ...mesmo? De um tradicional jornal impresso: ** “Ovo feito em casa custa seis vezes menos” Vale a pena: não apenas sai de graça (já que, se custasse uma vez menos, o custo já seria zero) como ainda alguém vai nos pagar o valor de mais cinco ovos. A matéria só não informa quem é o benemérito que vai liberar o pagamento. A não notícia Este é um tipo especial de não notícia: não há receio de ferir ninguém, de ser processado, nada. E a informação é pública: basta fazer um pequeno esforço e apanhar o material quentinho, absolutamente preciso. Mas há o vício. E aí: ** “Casoy teria pedido R$ 100 mil em ação contra Kajuru” A informação está no próprio processo, disponível a todos. Afinal de contas, pediu ou não pediu? Frases >> Do cantor Martinho da Vila: “No Brasil, parte-se do pressuposto de que, sempre que ocorre um roubo, desde que não seja de dinheiro público, um negro é suspeito.” >> Do jornalista e economista Ricardo Amorim: “A facilidade dos mensaleiros em coletar recursos só não surpreende porque foi exatamente por ela que eles foram presos.” >> Do jornalista Cláudio Humberto: “É fácil obter uma trégua na Ucrânia: o senador Suplicy canta e Fidel Castro faz um de seus discursos.” >> Do empresário Renato Kasinsky: “Em breve, formar quadrilha exigirá CPF, identidade, título de eleitor e foto tamanho 171 x 171.” >> Do leitor da Folha Luiz Thadeu Nunes e Silva: “A continuar nesse ritmo, a ex-quadrilha vai acabar processando o STF, alegando lucro cessante.” E eu com isso? O caro colega acredita que ainda há profissionais bonzinhos o suficiente para achar que um artista “mostra demais”, ou “mostra o que não devia”, simplesmente por ter se distraído? Que aquela moça que sai de casa sem calcinha, com saia curta, acaba sendo fotografada “sem querer” com tudo de fora? E que o resultado do desfile das escolas de samba vai agradar ao público em geral? Pois é. Mas o produto final é uma delícia: jornalismo sem tragédias, com todo mundo feliz. ** “Ronaldinho Gaúcho conversa ao pé de ouvido de morena” ** “Heidi Klum e Seal são flagrados se beijando em Beverly Hills” ** “Marcelo Flores curte praia na Bahia depois do Carnaval” ** “Tom Brady se diverte com o filho em praia de Los Angeles” ** “Transexual se empolga em desfile e mostra demais na avenida” ** “Emma Watson termina namoro com colega de faculdade” ** “Famosos não gostam do resultado da apuração no Rio” ** “David Beckham passeia de moto pelas ruas do Rio” ** “Alessandra Ambrósio toma sorvete com a filha” ** “Sarah Jessica Parker diz que nunca usa meias” ** “Chico Buarque embarca no aeroporto Santos Dumont” ** “Pharrell Williams acha que Miley Cyrus foi generosa com ele” ** “Bárbara Borges diz o que é mais estranho na gravidez” ** “Kate Middleton curte férias nas Maldivas com William” O grande título Há um título notável nesta semana – não por sua redação, mas pela declaração que o motivou. ** “Se for candidato, Barbosa será adversário, diz presidente do PT” Vejamos: neste momento, a candidata do PT à Presidência da República é Dilma Rousseff. Se houver mudanças, por qualquer motivo, o candidato será Lula. Ou seja, Joaquim Barbosa será adversário – ou ele, ou o caro leitor, ou quem quer que saia candidato por outro partido. Está certo que o presidente do PT, Rui Falcão, tem uma gana especial por Joaquim Barbosa; mas não foi o que disse. E há um grande título, que deve ser analisado por dois aspectos. Primeiro, porque muda o nome de um personagem que conhecemos desde crianças por Sininho. Segundo, porque muda a história também: ** “Novo filme da fada Tinker Bell traz Capitão Gancho jovem, com as pernas” Tinker Bell, naturalmente, é Sininho. Mas, ao que se saiba, o crocodilo tinha comido uma das mãos do Capitão Gancho. Em que parte da história terá comido também suas pernas? *** Carlos Brickmann é jornalista, diretor da Brickmann&Associados Comunicação
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Maconha Legal Nos Eua Põe Em Xeque Política Antidrogas No Continente
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Maconha legal nos EUA põe em xeque política antidrogas no continente Pablo Uchoa Da BBC Brasil em Washington Atualizado em 10 de março, 2014 - 06:33 (Brasília) 09:33 GMT http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/03/140309_maconha_legal_eua_pu_fn.shtml Para analistas, legalização de maconha em Estados dos EUA e no Uruguai retrata mudança de atitude no hemisfério No Estado de Washington, quase na fronteira entre EUA e Canadá, um farmacêutico chamado Sean Green, cujo nome criou um trocadilho que a imprensa americana não deixou passar, recebeu na semana passada a primeira licença estadual para vender maconha com fins recreativos. Menos de dois meses antes, 11 mil quilômetros ao sul do continente, o Uruguai se tornava o primeiro país do mundo a embarcar na experiência de legalizar e regulamentar o mercado da marijuana "limpa". Para analistas, não são coincidências, mas elementos que retratam a mudança de atitude dos países do hemisfério ocidental em relação às drogas. Eles acreditam que outro elemento importante neste cenário – a oposição americana a permitir a legalização de drogas para fins recreativos em acordos internacionais – também possa mudar à medida que a legalização avance dentro dos próprios EUA. "O fato de o país estar vivenciando uma grande mudança interna nas suas políticas para as drogas já está claramente afetando a maneira como os EUA lidam com outros países", disse à BBC Brasil John Walsh, diretor do programa de drogas da organização Escritório de Washington para a América Latina (Wola, na sigla em inglês). "Por muito tempo – décadas – outros países corretamente entenderam que seriam criticados pelos EUA se tomassem medidas para liberalizar as suas leis. Mas no caso do Uruguai, os EUA se deram conta de que não estão na posição de criticar abertamente o governo uruguaio, e de fato não criticaram." Mudança de atitude O sucesso inicial da venda de cannabis para fins recreativos no Estado do Colorado reforçou a posição dos que defendem um mercado regulamentado para esta substância. O governo estadual prevê que a taxação de 12,9% sobre maconha legal engordará os cofres públicos em US$ 100 milhões neste ano fiscal. Dinheiro suficiente para enriquecer o Estado e implantar programas de saúde para mitigar os efeitos de abusos, argumenta o governo. Estimativas contidas no orçamento do Executivo estadual indicam que a indústria local alcance US$ 1 bilhão por ano, com as vendas para fins recreativos respondendo por mais de 60% disto. No Estado de Washington, as vendas de maconha com fins recreativos começará em junho. Os defensores da legalização acreditam poder conseguir algum tipo de liberalização também no Alasca, Arizona e Oregon, e talvez uma espécie de referendo nos próximos anos na Califórnia. 'Irresponsável' Porém, o avanço destas iniciativas ainda é polêmico e está longe de ser considerado irreversível. Na semana passada, Thomas Harrigan, vice-diretor do departamento antidrogas americano, DEA, pediu durante uma audiência na Câmara que os parlamentares "não abandonem a ciência em favor da opinião pública". Ele disse que os experimentos de legalização da maconha são "irresponsáveis". Os que defendem mercado regulamentado destacam o sucesso inicial da venda de maconha no Colorado A legislação federal americana proíbe o uso de maconha, considerada uma droga perigosa e sem valor medicinal. "Ela cria dependência e requer tratamento, além de abrir a porta para o uso de outras drogas, problemas de saúde, comportamento delinquente e direção perigosa", sustentou um porta-voz da DEA na época da legalização da maconha no Uruguai. Porém, o governo do presidente Barack Obama já anunciou que o Executivo federal não vai tentar impedir as experiências estaduais no campo da legalização. Para John Walsh, esta posição coloca a Casa Branca em um "dilema". "Considerando a mudança evidente de atitude do público interno, estamos nos distanciando de uma lógica proibicionista", opina o especialista. "Mas vai demorar para que a lei nacional reflita a mudança que está acontecendo. Os EUA permanecerão nesta posição desconfortável por algum tempo." 'Hipocrisia' O dilema já cria tensões entre os EUA e seus aliados da região na luta contra as drogas, segundo o general que está à frente do comando do Exército americano na fronteira sul, John F. Kelly. "Há 25 anos incentivamos estes países a encampar a guerra contra as drogas", disse Kelly, durante uma audiência no Congresso. "A maioria não consegue crer que estejamos indo, na opinião deles, nessa direção (da legalização)." "Eles são muito educados comigo, mas às vezes, quando a conversa não é tão educada, o termo 'hipócrita' entra na discussão." A legalização e regulamentação de narcóticos já foi defendida por líderes (ex e atuais) de vários países da região, como México, Colômbia, Guatemala e Brasil. Um dos principais argumentos sugere que a regulamentação secaria uma importante fonte de renda dos cartéis do tráfico. Essas organizações obtêm em torno de 30% dos seus lucros com exportação de drogas da venda de maconha, disse à BBC Brasil o co-diretor de pesquisas sobre o tema da consultoria RAND, Beau Kilmer. Os EUA produzem grande parte da maconha que consomem, mas existe grande demanda pelo produto mexicano, colombiano e jamaicano. Kilmer pondera que a legalização pode eliminar a competitividade do produto ilegal, potencialmente reduzindo a um quinto o preço da marijuana, que hoje custa entre US$ 1.500 e U$ 2.000 a libra peso (450g) dependendo de onde se esteja nos EUA. "No momento, o preço que um usuário pega pela droga é inflacionado para compensar todo mundo ao longo da cadeia de fornecimento pelo risco de ser preso", disse Kilmer. Produzido em escala industrial, o mesmo volume de marijuana poderia ser barateado para menos de US$ 50 a libra, diz o especialista. Debate inconcluso Mas o debate sobre os cartéis permanece inconcluso, porque essas organizações têm demonstrado que são capazes de compensar os lucros menores em uma atividade com a expansão para outras. Um exemplo recente é a ofensiva para tomar o "mercado" de imigrantes ilegais na Guatemala e no México dos chamados "coiotes". Além disso, as discussões sobre liberalização atualmente só dizem respeito à maconha. Continuariam as políticas de combate ao abuso de cocaína, heroína e outros narcóticos. O debate está atrelado aos efeitos colaterais de décadas de uma abordagem contra as drogas que privilegiou a ação armada, requereu bilhões de dólares e resultou em dezenas de milhares de mortos dos Andes ao México. Outro resultado, segundo analistas, foi o salto na proporção de encarcerados nos EUA: 480 por cada 100 mil habitantes em 2012, uma proporção que cresceu exponencialmente nos últimos 30 anos, coincidindo com a chamada "guerra às drogas". Para John Walsh, ao flexibilizar sua política sobre as drogas, os EUA estariam "passando uma mensagem" mais focada em reprimir os grupos mais violentos e evitar punições excessivas e desnecessárias. -
Estreia Nos Eua Campanha Contra Consumo De Maconha E Direção
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Colorado | 10/03/2014 09:34 Estreia nos EUA campanha contra consumo de maconha e direção Semelhante às ações contra álcool e volante, os filmes alertam sobre possíveis multas a quem for pego dirigindo sob influência da droga Jacqueline Lafloufa, de http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/estreia-nos-eua-campanha-contra-consumo-de-maconha-e-direcao Reprodução/YouTube Campanha contra direção sob efeito de maconha: vídeo tem como objetivo conscientizar sobre a perda ou a lentidão dos reflexos de quem está sob influência de maconha São paulo - Começa a ser exibida hoje na rede televisiva do Colorado, nos EUA, a primeira grande campanha contra o consumo de maconha por motoristas, que chega pouco depois da legalização do consumo recreativo de maconha no estado. A medida é similar às propagandas que alertam sobre direção e consumo de álcool, e tem como objetivo conscientizar sobre a perda ou a lentidão dos reflexos de quem está sob influência de maconha. Divulgada pelo departamento de transportes do Colorado, a campanha contará com três filmes de 30 segundos, que mostram pessoas tentando realizar tarefas simples do cotidiano depois de fumarem unzinho. O slogan ‘Drive High, Get a DUI’ (algo como ‘dirija drogado, leve uma multa’) é explícito o suficiente – qualquer motorista flagrado com mais de 5 nanogramas de THC, o principal psicotrópico da maconha, por milímetro de sangue poderá ser multado pela polícia local. No entanto, especialistas ficaram incomodados com a legislação, já que alegam não haver evidência de que 5 nanogramas de THC levem uma pessoa a ter seus reflexos reduzidos. Os policiais americanos foram instruídos a ficarem atentos a ‘sintomas’ do consumo de maconha, como pupilas dilatadas e pequenos tremores corporais. Os spots tentam ser divertidos, mas na verdade acabam soando meio abobados – os personagens aparecem tentando instalar uma TV em um suporte de parede, ligar uma churrasqueira e fazer uma cesta em um jogo de basquete, mas são mal sucedidos em todas as atividades. Em todo caso, na dúvida é melhor não fumar maconha e dirigir, em especial se você estiver no Colorado. -
Parte Dos Brasileiros Aprova Liberação Da Maconha, Mas Com Ressalva
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Parte dos brasileiros aprova liberação da maconha, mas com ressalva Dos 1.259 participantes, 38% defendem a legalização para fins terapêuticos e outros 19%, para lazer 11-3-2014 Perfil. Quase metade dos entrevistados informou conhecer parentes ou amigos que fumam maconha PUBLICADO EM 03/03/14 - 03h00 Jáder Rezende Tramita no Congresso Nacional projeto de regulamentação do uso da maconha nos moldes do cigarro e de bebidas alcoólicas. Relator do projeto, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) levou o debate para o seu perfil no Facebook, declarando que se sentiu “desafiado” e, por isso, decidiu promover assembleias para discutir a questão. Uma pesquisa feita recentemente no país sobre o assunto reflete o que pensa parte da população: a maioria é favorável à legalização, mas com ressalva. Levantamento feito pela empresa Expertise em janeiro deste ano com 1.259 brasileiros constatou que 38% defendem a liberação apenas para uso medicinal e outros 19%, para fins recreativos. Quase metade dos entrevistados admitiu ter parentes ou amigos próximos que fumam. Já aqueles que discordam do comércio formal da droga representam 37%. O público participante foi de ambos os sexos, de todas as classes sociais e com idades de 18 a 59 anos (veja resultado no quadro ao lado). Para Daniele Aguiar, professora do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Brasil levará pelo menos uma década para comprovar os reais efeitos medicinais da erva. Estudiosa das substâncias da droga com o intuito de contornar problemas provocados pelo THC (componente químico da maconha), Daniela se declara contrária à legalização. “Acredito que a utilização da planta para fins terapêuticos vai ser difícil no país. Há muitos trabalhos na literatura revelando que o uso da maconha por adolescentes precipita vários transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia”, afirma a pesquisadora, ponderando que o tema deve ser amplamente debatido antes de partir para a legalização. O que mais chamou a atenção de Christian Reed, da Expertise, foi a diferença das respostas entre quem já fumou uma vez na vida (26%) e quem nunca teve curiosidade em experimentar (69%). “Fica claro que as opiniões são muito divergentes e que o assunto ainda é polêmico. Não há um consenso entre a população, o que só comprova que está mais do que na hora de se iniciar um amplo debate sobre o tema”, diz. Proposta. Conforme a assessoria do senador Cristovam Buarque, o projeto é uma sugestão de iniciativa popular apresentada por meio do Portal e-Cidadania do Senado. Foram colhidas 20 mil assinaturas na ação. A expectativa é concluir um relatório com as manifestações colhidas nos debates até novembro deste ano. Cenário A conta-gotas. A maconha foi legalizada para fins medicinais em Turim (Itália), na França, em Nova York, em Washington e em 18 Estados norte-americanos. O Uruguai liberou o comércio. Médicos indicariam mais se uso não fosse ilegal Em uma das mais abrangentes pesquisas realizadas entre cancerologistas pela Universidade de Harvard (EUA), em 1991, 60% declararam não recomendar o uso ilegal da maconha para fins terapêuticos enquanto 40% aconselhavam. No entanto, a posição mudou levando em conta outro cenário. Se o uso da droga fosse legalizado, 70% dos médicos recomendariam o uso. Especialistas defendem que os efeitos medicinais da maconha beneficiam sobremaneira pacientes portadores do vírus HIV, assim como de glaucoma, câncer e esclerose múltipla. Nesses casos, os medicamentos à base da droga podem ser ministrados na forma de supositório ou de goma de mascar. -
Onu Sugere Pela Primeira Vez A Descriminalização Do Consumo De Drogas
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ONU sugere pela primeira vez a descriminalização do consumo de drogas 10-3-2014 http://www.verdade.co.mz/saude-e-bem-estar/44638-onu-sugere-pela-primeira-vez-a-descriminalizacao-do-consumo-de-drogas A ONU admite num documento elaborado para uma reunião esta semana em Viena que os objetivos na luta mundial contra as drogas não foram cumpridos até agora e sugere pela primeira vez a descriminalização do consumo de entorpecentes. "A descriminalização do consumo de drogas pode ser uma forma eficaz de 'descongestionar' as prisões, redistribuir recursos para atribuí-los ao tratamento e facilitar a reabilitação", afirma um relatório de 22 páginas do Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC). A UNODC não quis fazer comentários sobre o conteúdo do documento, mas várias fontes diplomáticas especializadas em política de drogas concordaram que é a primeira vez que o organismo menciona a descriminalização de forma aberta. A descriminalização do consumo pessoal, já aplicado em alguns caso no Brasil e vários países europeus, supõe que o uso de drogas seja passível de sanções alternativas ao encarceramento, como multas ou tratamentos. No caso específico Uruguai foi legalizada a compra e venda e o cultivo da cannabis sativa (vulgarmente conhecida em Moçambique pelo nome de soruma), e estabelecida a criação de um ente estatal regulador da droga. Em qualquer caso, a descriminalização não representa uma legalização nem o acesso liberado à droga, que segundo os tratados só pode ser usada para fins médicos e científicos, mas não recreativos. Portanto, o consumo seguiria sendo sancionável (com multas ou tratamentos obrigatórios), mas deixaria de ser um delito penal. A UNODC assegura no relatório que "os tratados encorajam o recurso a alternativas à prisão" e ressalta que se deve considerar os consumidores de entorpecentes como "pacientes em tratamento" e não como "delinquentes". Na próxima quinta-feira em Viena, a comunidade internacional avaliará na Comissão de Entorpecentes da ONU a situação do problema das drogas e se foram cumpridos os objetivos pactuados em 2009 num roteiro para uma década, quando em 2014 já se percorreu a metade do caminho. Em 2009, os Estados da Comissão adotaram uma Declaração Política que previa que se "elimine ou reduza consideravelmente" a oferta e a demanda de drogas até o ano 2019, um ambicioso objetivo que por enquanto está longe de ser cumprido. Para o debate deste ano, a UNODC elaborou este relatório, assinado por seu diretor executivo, o russo Yury Fedotov, no qual avalia a situação atual da luta contra as drogas. O relatório aponta progressos "desiguais", mas reconhece que "a magnitude geral da demanda de drogas não mudou substancialmente em nível mundial", o que contrasta com os objetivos fixados em 2009. Apesar de a UNODC ressaltar que o mercado da cocaína e o da cannabis reduziram, reconhece que o aumento dos estimulantes sintéticos, mais difíceis de detectar, e a recente aparição de centenas de novos entorpecentes de última geração enfraquecem esses avanços. A prevalência mundial do consumo de drogas continua assim "estável" em torno de 5% da população adulta, e as mortes anuais causadas por seu consumo se situam em 210 mil pessoas. A UNODC admite as dificuldades para precisar as tendências globais das drogas pela carência de dados fidedignos sobre o narcotráfico, o dinheiro lavado dos entorpecentes e a fabricação de substâncias sintéticas, entre outros aspectos. A queda do consumo de drogas nos países ricos se viu compensada com um aumento nos países em desenvolvimento, que não estão tão preparados nem têm recursos suficientes, lamenta a UNODC. Também se indica que "o tráfico de drogas desencadeou uma onda de violência" na América Latina e que em "alguns países da América Central se registraram os índices de homicídio mais elevados do mundo, frequentemente com números de mortos superiores aos de alguns países afetados por conflitos armados". Em seguida, se destaca que alguns líderes latino-americanos chamaram atenção para os enormes recursos que movimentam os narcotraficantes e solicitaram, segundo a UNODC, que "se examinem os enfoques atuais do problema mundial da droga". O relatório assinala que "é importante reafirmar o espírito original dos tratados, que se centra na saúde. O propósito dos tratados não é travar uma 'guerra contra as drogas', mas proteger a 'saúde física e moral da humanidade'". O documento insiste que a legislação internacional sobre drogas é flexível o bastante para aplicar outras políticas, mais centradas na saúde pública e menos na repressão. No entanto, a UNODC adverte que menosprezar as leis internacionais contra as drogas piorará a situação, já que "um acesso não controlado às drogas" ajuda "o risco de um aumento considerável do consumo nocivo de entorpecentes". Além disso, salienta a importância da prevenção e do tratamento, e ressalta que os direitos humanos devem ser respeitados sempre na hora de combater as drogas e critica a aplicação da pena de morte por delitos de tráfico ou consumo de entorpecentes. -
Marcha Da Maconha De São Paulo Deste Ano Já Tem Data Marcada
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Marcha da Maconha de São Paulo deste ano já tem data marcada Redação em 7 de março de 2014 às 15:51 http://catracalivre.com.br/2014/03/07/marcha-da-maconha-de-sao-paulo-deste-ano-ja-tem-data-marcada/ A tradicional manifestação acontece em 26 de abril reprodução <img class=" wp-image-261277 " alt="reprodução" src="http://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2012/05/marcha_da_maconha_contra_a_hipocrisia-450x337.jpg" width="405" height="303"/> Movimento pede dialogo aberto pela legalização da maconha A Marcha da Maconha de São Paulo já tem data marcada para este ano: será no dia 26 de abril, a partir das 14h. A já tradicional manifestação pela legalização da erva terá concentração no Masp, como nos últimos anos, e o tema “Cultivar a liberdade para não colher a guerra”. “Enquanto drogas legais são regulamentadas e controladas, crimes relacionados a drogas ilícitas são os que mais encarceram pessoas no Brasil. O consumo não é afetado, o abuso não é bem tratado e o povo é pessimamente informado sobre os potencias benéficos e maléficos destas substâncias”, diz a descrição do evento. A organização da Marcha da Maconha faz reuniões abertas para decidir como será a manifestação. Suas datas são divulgadas na página do evento do Facebook. -
Documentário traz retratos de usuários da maconha no Brasil e aborda questões como a lei, o tráfico e o plantio Leonardo Blecher em 19 de fevereiro de 2014 às 12:32 http://catracalivre.com.br/2014/02/19/documentario-traz-pontos-de-vista-de-diferentes-tipos-de-usuarios-sobre-a-maconha/ O doc "Usuários" trata do uso medicinal e do religioso, além do cultivo próprio da erva Pedro Mariani <img class=" wp-image-577351 " alt="Pedro Mariani" src="http://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2014/02/usuarios-450x300.jpg" width="360" height="240"/> Um dos personagens de “Usuários” é AllDoors, que cultiva sua própria erva em casa A discussão sobre o uso da maconha está em alta e é comum ver médicos, políticos, sociólogos e outros profissionais dando entrevistas com suas opiniões sobre o assunto. O curta documentário independente “Usuários” veio mostrar um outro lado da história, de quem entende muito da erva, embora não tenha um diploma para comprovar o conhecimento. O filme mostra a realidade de três usuários de maconha: AllDoors, que cultiva sua própria erva; Lucas Melo, rastafari que a utiliza de maneira religiosa; e Maria Antonia, que usa para aliviar os efeitos da quimioterapia. Nas entrevistas, eles falam sobre sua relação com a cannabis e as dificuldades geradas pela sua proibição. “Fiz o documentário porque percebi as poucas vias que a sociedade oferece para os usuários se expressarem”, conta Pedro Mariani, diretor do filme. “Quando esse assunto do uso da maconha ganha importância, as palavras sempre surgem das bocas de especialistas”. Resultado de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de jornalismo da PUC-SP, feito com Maurício Souza, Ronie Meireles e Jeferson Stader, “Usuários” é o apenas o primeiro projeto de Mariani sobre o assunto. Ele pretende aprofundar mais a questão em novos documentários. “Eu quero mostrar que o consumidor de maconha não é um criminoso, sobretudo aquele que cultiva”, afirma. Confira o documentário “Usuários”: documentário “Usuários”:
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09 de Março de 2014• 12h11 Maconha pode ajudar a diminuir ansiedade, diz estudo Diversas pesquisas já mostraram que a maconha pode trazer benefícios à saúde e a mais nova descoberta dos cientistas é que a droga pode ajudar a reduzir os níveis de ansiedade. As informações são do Daily Mail. Pesquisadores da Vanderbilt University, nos Estados Unidos, concluíram que a maconha é capaz de regular a ansiedade e também a forma como o corpo reage a ela. Os cientistas descobriram que existem receptores através dos quais a erva exerce seus efeitos em um centro emocional do cérebro. Estes receptores foram identificados em ratos na região das amígdalas, a parte do cérebro que ajuda a regular a ansiedade. O estudo, liderado por Sachin Patel, também mostrou, pela primeira vez, como as células nervosas desta parte do cérebro produzem e liberam seus próprios endocanabinoides, cujo sistema regula a ansiedade e a reação ao estresse, amortecendo os sinais no cérebro. Pesquisas anteriores mostravam que uma pessoa continuamente exposta ao estresse ou a um trauma emocional pode apresentar redução na produção de endocanabinoides naturais, o que resulta no aumento da ansiedade. O uso crônico da maconha, porém, pode, paradoxalmente, aumentar a ansiedade conforme reduz a eficiência dos receptores de canabinoide no cérebro, além de, eventualmente, levar ao vício. Esta descoberta também contradiz uma pesquisa anterior, que associou a droga à ansiedade, depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar.
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Caribe Tenta Pactuar Estratégia Sobre Regulação Da Maconha
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11 de Março de 2014• 00h32 Caribe tenta pactuar estratégia sobre regulação da maconha http://noticias.terra.com.br/mundo/america-latina/caribe-tenta-pactuar-estrategia-sobre-regulacao-da-maconha,90fda489f1ca4410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html Os 15 países-membros da Comunidade do Caribe (Caricom) começaram a estudar nessa segunda-feira os efeitos da descriminalização da maconha com fins medicinais na delicada economia da região, entre outras possíveis estratégias para potencializar a reativação econômica. Para isso contaram com um relatório elaborado por um grupo de analistas que apoia a ideia de descriminalizar seu consumo, pelo menos com fins medicinais, e argumenta que o Caribe tem uma "vantagem competitiva" em relação a outras regiões do planeta na hora de cultivar essa planta. "A região deveria explorar qualquer benefício comercial de uma potencial indústria de bilhões de dólares, inclusive a pesquisa e o desenvolvimento, assim como a produção de produtos de maconha médica", afirma o relatório divulgado hoje entre os presentes na cúpula. O presidente da Caricom e primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, anfitrião da cúpula, propõe desde o ano passado que a organização territorial impulsione uma estratégia comum com relação à descriminalização da maconha e se ponha assim em uma posição avançada em relação a uma tendência que ganha cada vez mais força no continente. Por enquanto a Jamaica já anunciou que neste ano descriminalizará a posse de pequenas quantidades de maconha para consumo recreativo e que legalizará sua distribuição com fins médicos. "Embora a Jamaica não cumpra com esse objetivo, avançou rapidamente e não tenho nenhuma dúvida que todos estes eventos estão tendo um impacto na região", disse Gonsalves em entrevista à imprensa durante a cúpula. No entanto, reconheceu que em seu país não existe um clima claramente propício, da mesma forma que em Granada, cujo primeiro-ministro, Keith Mitchell, deixou claro que por enquanto "o cultivo e consumo de maconha é ilegal" em seu país. Barbados também mostrou sua oposição. Em qualquer caso, e segundo o relatório que estudam os membros da Caricom (em maioria ex-colônias britânicas, e também francesas e holandesas) adverte que seria possível obter uma grande quantidade de dinheiro através da descriminalização e aponta que em Washington e Colorado sua legalização poderia representar US$ 2,1 bilhões em receita por impostos durante os próximos cinco anos. "Um dos problemas que prevejo é que se não nos ocupamos disto, e inclusive se não nos ocupamos já disto, existe o perigo que nos próximos dez anos vamos estar comprando dos Estados Unidos produtos farmacêuticos relacionados com a maconha", disse Gonsalves, a respeito de um "potencial comércio além da fronteira que nos situaria em desvantagem". O líder reconheceu que procura uma opinião comum na Caricom porque "é muito difícil fazê-lo sendo um só Estado, principalmente um Estado tão pequeno como São Vicente e Granadinas". "Se fizermos como Caricom, mesmo que nem todos façam ao mesmo tempo, tudo será mais fácil", declarou, após recomendar que se siga a liderança que tomou a Jamaica, um dos países mais identificados em nível mundial com a maconha e que começou a dar os passos para relaxar sua proibição. Outro dos temas mais controvertidos sobre a mesa desta cúpula de dois dias da qual participam 14 chefes de Estado e do governo dos 15 países que integram a Caricom é a reivindicação de indenizações pelos danos da escravidão. A Caricom tem a intenção de reivindicar compensações às antigas potências coloniais pelos "danos" derivados da escravidão. Essas reivindicações poderiam ir contra Reino Unido, Holanda, França, Espanha, Portugal, Noruega, Suécia e Dinamarca. Entre os membros da Caricom há 12 ex-colônias britânicas, portanto não é de estranhar que pretendam começar com o Reino Unido, precisamente o primeiro país do mundo a abolir o comércio de escravos. Com a ajuda de uma companhia britânica preparam uma demanda que reivindicará "danos" derivados da escravidão como pobreza, analfabetismo e doenças. -
Pesquisadores Brasileiros Se Dedicam A Estudos Sobre Efeitos Terapêuticos Da Maconha
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Pesquisadores brasileiros se dedicam a estudos sobre efeitos terapêuticos da maconha Planta pode auxiliar no tratamento de doenças como ansiedade, depressão, obesidade e câncer http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/03/10/noticia_saudeplena,147854/pesquisadores-brasileiros-se-dedicam-a-estudos-sobre-efeitos-terapeuti.shtml Notícia Luciane Evans Publicação:10/03/2014 12:12Atualização:10/03/2014 12:24 Os acidentes de trânsito não aumentaram. As pessoas não saíram enlouquecidas pelas ruas. A criminalidade e a violência não cresceram nem diminuíram. Pouca coisa mudou nos países que passaram a usar maconha para uso medicinal. O Canadá foi o primeiro país a permiti-la para uso terapêutico e, mais de 10 anos depois, a planta, conhecida como Cannabis sativa, ganhou espaço em outros lugares do mundo como aliada dos tratamentos médicos. Mas no Brasil, onde 1,5 milhão de pessoas usam a erva diariamente, ela ainda é vista como "fora da lei". Porém, por trás de toda a fumaça, a medicina brasileira já levanta a principal questão encarada mundo afora: quais seriam os benefícios e malefícios da maconha para a saúde? Não se trata de defender o consumo nem de sacudir a bandeira contra a erva. Segundo os pesquisadores, a intenção é estudar e comprovar os usos e efeitos terapêuticos de algumas substâncias que a compõem. Para isso, há um esforço conjunto de grandes centros acadêmicos e da indústria farmacêutica no mundo inteiro. Mas, por aqui, as pesquisas na área estão mais lentas. "Ao colocar a Cannabis e seus derivados no mesmo nível de proibição, a legislação brasileira dificulta a obtenção desses produtos para a pesquisa. O uso medicinal de derivados da planta poderia ser liberado no Brasil, sendo esse uso regulado por uma agência brasileira da Cannabis medicinal", palpita o psiquiatra e professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade Federal de São Paulo (USP), Antônio Zuardi. Planta ganhou espaço em vários lugares do planeta como aliada dos tratamentos médicos Sem entrar na discussão que ronda o Senado brasileiro sobre a descriminalização da droga, o Estado de Minas entrevistou médicos e pesquisadores do Brasil sobre os efeitos que a Cannabis pode causar. Muitos estudos já comprovaram que ela pode não ser um bicho de sete cabeças. Tanto é que, do ponto de vista científico, ainda não está claro que a maconha pode provocar dependência química e não existe consenso popular da existência dessa dependência. Por outro lado, em pacientes com glaucoma – mal que pode levar à perda da visão –, a erva ajuda a reduzir a pressão ocular. Auxilia também no alívio da dor crônica, combate náuseas e vômitos em pacientes que enfrentam quimioterapia contra o câncer e ajuda a estimular o apetite em pessoas que têm o vírus HIV. Há também quem diga que substâncias da planta podem controlar o Alzheimer e auxiliam no tratamento da depressão (veja quadro com pesquisas mundiais). Será que os benefícios sobrepõem os malefícios? O principal pulo da ciência para o assunto veio com as descobertas das substâncias que compõem a Cannabis, entre elas o THC (tetrahidrocanabinol), princípio ativo da planta, descoberto na década de 1960. Em 1990, um grupo de farmacologistas dos Estados Unidos clonou, pela primeira vez, um receptor canabinoide do cérebro. A esse feito seguiu-se a descoberta dos endocanabinoides, compostos gordurosos produzidos por neurônios e capazes de ser reconhecidos pelos mesmos receptores da maconha, posicionados na membrana de outros neurônios. COMPOSTOS Segundo destaca Zuardi, foi na década de 1970, pouco tempo depois que os principais componentes da Cannabis foram identificados, que um grupo brasileiro liderado pelo professor Elisaldo Carlini passou a estudar esses compostos na Escola Paulista de Medicina (Unifesp). "Uma das primeiras descobertas foi que um dos componentes da planta, o canabidiol (CBD), que não produzia os efeitos típicos da erva, tinha efeito antiepiléptico em animais, o que foi posteriormente verificado pelo mesmo grupo em humanos", diz. Nessa época, como parte do doutorado de Zuardi, começou-se a estudar a interação entre esse componente e o THC, que é o responsável pelos efeitos mais conhecidos da Cannabis. "Verificamos que doses elevadas de THC produziam muita ansiedade e alguns sintomas psicóticos. Porém, quando os voluntários tomavam o THC junto com o CBD, esses sintomas eram atenuados, sugerindo que o CBD poderia ter efeitos ansiolíticos e/ou antipsicóticos." Estudos posteriores na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto confirmaram, em animais e humanos, os efeitos ansiolíticos e antipsicóticos do CBD. "Recentemente, publicamos um estudo preliminar, mostrando que pacientes com a doença de Parkinson e que apresentavam sintomas psicóticos tinham esses sintomas atenuados pelo CBD." Ainda de acordo com o psiquiatra, atualmente já é sabido que no sistema nervoso central há uma forma de neurotransmissão que usa canabinoides produzidos pelo próprio organismo. "Esse sistema está envolvido na regulação de um grande número de funções, o que justifica o uso de canabinoides produzidos pela Cannabis com finalidade terapêutica. Dessa forma, muitos efeitos benéficos para a saúde podem ser obtidos com os canabinoides. A dificuldade é que a planta produz mais de 80 substâncias e algumas delas com efeitos opostos, como é o caso do THC e do CBD. A concentração relativa desses canabinoides vai depender da parte da planta que está sendo usada (flores, folhas ou galhos), do solo onde essa planta foi cultivada, da temperatura, entre outros." Ainda segundo Zuardi, os efeitos da maconha obtida na rua são muito pouco previsíveis e ela não deve ser usada com finalidade terapêutica. "Há evidências de que amostras da planta, muito ricas em THC, podem produzir alucinações, delírios e outras manifestações indesejáveis. O uso pesado de ervas desse tipo, especialmente na adolescência, aumenta o risco para quadros psicóticos mais duradouros", alerta. Lucas, faz uso medicinal da maconha para o TDAH - Qualidade de vida Sofrendo de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Lucas, que não divulga o sobrenome, conta que recebeu o diagnóstico da doença quando tinha 17 anos. Quando soube pela internet sobre o uso medicinal da maconha para o TDAH, Lucas pesquisou tudo a respeito "Receitaram-me remédios, como a ritalina. Tomava 10 comprimidos por dia, com autorização médica. Tive insônia e ficava muito nervoso." Quando soube pela internet sobre o uso medicinal da maconha para o TDAH, Lucas pesquisou tudo a respeito. "Na proporção certa, balanceando o THC e o CBD, vaporizo a planta até que atinja o ponto de ebulição, para que ela não perca seus princípios ativos. Assim, a uso com a aspiração. Melhorou a minha vida", conta. Sem uso diário, a Cannabis, segundo ele, lhe trouxe qualidade de vida. "Minha hiperatividade diminuiu. Estou menos ansioso", diz. Porém, para a falta de foco, sintoma típico do TDAH, Lucas afirma que a Cannabis não o ajudou e conta com acompanhamento psicológico. À base de ervas Atualmente, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pesquisadores estão debruçados sobre seis projetos – com a colaboração de outras universidades federais – que têm como objetivo o desenvolvimento de medicamentos à base da maconha. "Há efeitos do THC que podem ser terapêuticos, como são aqueles para o tratamento de dor, epilepsia e depressão. Porém, o THC tem sequelas negativas, como a perda da memória e de coordenação motora. A ideia é desenvolver medicações que não trazem esses efeitos negativos", comenta o pesquisador e professor do Departamento de Farmacologia da UFMG Fabrício Moreira, ressaltando que há registros que mostram que, desde as civilizações mais antigas, os chineses e outros povos usaram a erva para tratamentos de doenças. Fabrício diz que o THC faz alterações no funcionamento do cérebro e, se usado por muito tempo e por várias vezes, pode haver alterações nas células, o que pode levar a doenças e transtornos psiquiátricos. No caso da dependência, ele explica que é como se o cérebro fosse se acostumando com essa presença do THC. "Quando a pessoa começa a usar, elA vai se adaptando. Todo medicamento tem dois lados, sempre. Não quer dizer que a maconha vá ser indicada para determinado tratamento. O que vai justificar seu uso é o contexto desse paciente." POTENCIAL "Por outro lado, há regiões específicas do cérebro em que o THC pode modular o estado de humor e, com isso, auxiliar no tratamento de doenças como ansiedade e depressão." Entre 2005 e 2007, o biólogo Rodrigo Guabiraba fez mestrado, pela UFMG, em canabinoides e inflamação, com o objetivo de pesquisar o potencial de drogas que atuam nos mesmos sítios de ação do THC. "Usamos dois compostos fornecidos por uma indústria farmacêutica que bloqueavam os efeitos da maconha. Eles se 'ligam' aos mesmos receptores a que se 'liga' o THC, porém com mais intensidade", relata. Ao ativar ou bloquear esses receptores, Rodrigo concluiu que, além do controle da inflamção em camundongos, foi possível diminuir as dores e, em casos de câncer, controlar o crescimento de tumores. "Mas é possível entender quais as etapas das respostas e onde o THC e os canabinoides podem ser ativados porque, ao ativar esses receptores, há riscos de efeitos psicológicos", diz Rodrigo, que hoje mora na França e conta que, por lá, as discussões em torno da erva usada em prol da saúde têm menos preconceito em nível científico do que no Brasil. Estudos pelo mundo apontam benefícios da erva para doenças como: » OBESIDADE Dois componentes da folha da maconha podem aumentar a quantidade de energia queimada pelo corpo humano. A descoberta pode fazer da Cannabis sativa um remédio contra doenças ligadas à obesidade, segundo informações do jornal britânico The Telegraph. » DORES Pesquisadores da Universidade de Oxford concluíram que a maconha pode reduzir o incômodo da dor. O THC seria o responsável por tornar a dor mais suportável. No entanto, o alívio não foi comprovado em todos os pacientes analisados. Os resultados foram publicados no jornal científico Pain. » DEPRESSÂO Um estudo realizado no Centro Médico da Universidade de Utrecht, na Holanda, mostrou que o consumo de maconha pode ajudar no tratamento da depressão. Os resultados da pesquisa mostraram efeito benéfico do THC em regiões de processamento de emoção. » TRAUMAS Pesquisa brasileira, feita na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mostrou que um componente químico da maconha pode ajudar no tratamento das sequelas emocionais deixadas por traumas. » ESCLEROSE MÚLTIPLA Estudos no mundo têm comprovado que o extrato da maconha possibilita atenuar a rigidez muscular em pacientes afetados por esclerose múltipla. No entanto, outra pesquisa elaborada pela Escola de Medicina Peninsular, de Plymouth (Sul da Inglaterra), mostrou que o consumo de Cannabis não reduz a progressão da esclerose múltipla, mas alivia alguns sintomas. » CÂNCER DE MAMA Pesquisadores da Universidade Autônoma de Madri (UAM), da Universidade Complutense de Madri e do Centro Nacional de Biotecnologia acreditam que os componentes ativos da maconha e seus derivados poderiam reduzir o crescimento do câncer de mama e a aparição de metástases. Eles constataram que os canabinoides podem deter e acabar com as células derivadas de tumores de mama. -
Legalização Da Maconha No Brasil Divide Comunidade Científica
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10/3/2014 às 15h47 Legalização da maconha no Brasil divide comunidade científica Cigarro e álcool provam que permitir uso da droga será prejudicial ao País, diz psiquiatra Kamilla Dourado, do R7, em Brasília http://noticias.r7.com/brasil/legalizacao-da-maconha-no-brasil-divide-comunidade-cientifica-10032014 Psiquiatra compara maconha a drogas lícitas como álcool e cigarroAgência Brasil Após a legalização da maconha no estado americano do Colorado e no Uruguai, a discussão chegou com força ao Congresso Nacional neste ano — a formulação de um projeto de lei está nas mãos do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Se nas ruas o tema encontra a aprovação de alguns segmentos da sociedade, a comunidade científica ainda bate cabeça “nos laboratórios”. Radicalmente contrário aos argumentos favoráveis à legalização da droga, o psiquiatra Valdir Campos, que é especialista em Dependência Química pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), argumenta que a maconha tem mais de 400 substâncias nocivas à saúde. — Se pega uma substância em si, bruta [da maconha], são drogas de abuso que só vão produzir doenças. Pode trazer problemas de memória e câncer. Pessoas que têm predisposição à esquizofrenia podem desenvolver o transtorno. Ela [usuário] não está fazendo uso medicinal de nada. A população não pode cair nessa lábia para a legalização. Além do risco de dependência, Campos ainda cita que a legalização da maconha pode gerar na sociedade os mesmos problemas causados pelas drogas consideradas lícitas — como o álcool e o cigarro. — Hoje pagamos um preço altíssimo, já que o cigarro matou mais pessoas no século passado do que guerras. Os maiores gastos com saúde pública são consequências do consumo do álcool e do tabaco. Vamos legalizar a maconha para depois ficarmos com a mesma guerra. Tem também o risco dos inúmeros acidentes de trânsito causado por pessoas sob efeito da maconha. Ao invés de criar uma solução, legalizar seria gerar um novo problema. Sou contra porque vai ser uma fábrica de causar doenças. Por outro lado, entre os defensores da legalização da maconha, está o neurocientista da UnB (Universidade de Brasília) Renato Malcher. Para ele, a proibição do consumo de maconha causa mais males do que a legalização para fins medicinais e recreativos. — A regulamentação é a coisa mais humana. Ao contrário do álcool, a maconha não tira a consciência de ninguém. A maconha deixa as pessoas mais pacatas, relaxadas e não as torna inconscientes. Com a legalização, o mercado paralelo fica enfraquecido, sem contar que a maconha oferecida no mercado negro tem excesso de THC [princípio ativo da droga]. Soma-se aos argumentos do professor da UnB o benefício do uso da maconha para pessoas que tenham doenças crônicas que provocam dor. — A maconha pode amenizar o tratamento de crianças com formas severas de dor e epilepsia. No caso de câncer, tem um efeito além de tratar a dor, porque evita a proliferação e a metástase, inibe a náusea que faz as pessoas emagrecerem e aumenta o prazer que a pessoa tem de comer. Todas as percepções são mais agradáveis, como o olfato e a visão. A única ressalva do neurocientista é que há grupos de pessoas com restrições para o consumo, como jovens, com idade entre 18 e 20 anos. Segundo Malcher, esse grupo ainda está em fase de formação e, por isso, o consumo da maconha nessa idade pode, a longo prazo, causar problemas como depressão. -
Legalização da maconha, uma pauta permanente nas redes sociais Lei proíbe uso e plantio da droga, mas projeto da Câmara quer endurecer punição a traficante Kamilla Dourado, do R7, em Brasília Fonte:http://noticias.r7.com/brasil/legalizacao-da-maconha-uma-pauta-permanente-nas-redes-sociais-10032014 10/3/2014 Assunto domina discussões no Facebook e divide opiniõesGetty Images Os argumentos contrários e favoráveis à legalização da maconha no Brasil já vêm sendo defendidos nas redes sociais com páginas que atraem milhares de seguidores. Favorável ao uso da maconha para fins medicinais, a página “Eu uso Maconha Medicinal” — criada há cerca de uma semana no Facebook — já tem 2.535 seguidores. Por outro lado, as principais páginas que procuram coibir o consumo ilegal da droga e, portanto, a legalização têm dezenas de milhares de seguidores. A página da psicóloga Marisa Lobo, uma das principais ativistas contra o uso da droga tanto para fins medicinais como para recreativos, soma mais de 20 mil seguidores. A página reúne vídeos de palestras e argumentos para convencer que o uso da droga é prejudicial à saúde em ambos os casos — tanto para o uso medicinal como recreativo. Jás os organizadores da página “Eu uso Maconha Medicinal” defendem que “a finalidade da página é reunir depoimentos de usuários de Maconha Medicinal Brasileiros, e exigir os nossos direitos”. Como é hoje? No Brasil, a Lei Antidrogas (Lei 11.343/2006) proíbe o uso de substâncias entorpecentes, “bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas”. De acordo com a legislação, “quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar”, está sujeito à penas de advertência, prestação de serviços à comunidade e à medida educativa de comparecimento a programas ou cursos. Cabe ao juiz determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal. Já os traficantes podem ser condenados a pena de cinco a 15 anos de prisão, mais pagamento de multa. Induzir alguém ao uso indevido de droga é crime punível com até seis anos de detenção. Quem oferece drogas com o objetivo de lucro pode ser punido com até um ano de prisão. Um projeto em tramitação no Congresso quer aumentar o tempo de prisão para traficantes de drogas. De autoria do deputado Osmar Terra (PMDB-RS), o projeto de lei 7663/2010 trata da intensificação das penalidades para traficantes de drogas e deixa em aberto qual a quantidade limite que separa o criminoso do usuário. A lei já foi aprovada na Câmara e agora está parada no Senado.
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Mg: Mulher É Presa Após Desenhar Símbolo De Maconha Em Cabelo De Bebê
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proibam furar orelhas de crianças, pois na Inglaterra eles acham um absurdo furarem já no hospital qnd nasce... parem com a circuncisão... como o amigo disse, se fosse Dreads será que teriam tirado o direito da criança estar com a mãe? uma hora sem sentido para a maioria das pessoas. se a mãe ficasse enbriagada(Apenas alegre...) rotineramente, sem abusar do bem estar da criança será que teriam se envolvido? qual o problema delegado e sociedade? DEIXA EU COM MEUS HABITOS -
merece ficar em destaque... essa e a do HIV
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Marijuana Legalization Raises Fears Of Drug Cartels- Audio Na Fonte
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http://hereandnow.wbur.org/2014/02/21/marijuana-drug-cartels Friday, February 21, 2014 Marijuana Legalization Raises Fears Of Drug Cartels Sam Walsh sets up marijuana products at 3-D Denver Discrete Dispensary on Jan. 1, 2014 in Denver, Colorado. (Theo Stroomer/Getty Images) The legalization of recreational marijuana sales in Colorado may be a win for the state’s tax revenue, but it is also edging out the illegal marijuana markets, including the Mexican and Colombian drug cartels. According to a 2012 study by the Mexican Institute of Competitiveness, legalization in Colorado will cost cartels $1.425 billion annually. While Washington state’s legal market is burgeoning, the study says it would cost cartels $1.372 billion. The legalization in these two states would push the cartels’ annual revenues down 20 to 30 percent, and cut revenue to the Sinaloa Cartel by 50 percent. On Nov. 21, federal agents raided more than a dozen legal medical marijuana facilities and two private homes. The Denver Post reported these raids have possible ties to the Colombian drug cartel. Tom Gorman, director of the Rocky Mountain High Intensity Drug Trafficking Area, believes legal marijuana shops are at risk of being targeted by Mexican and Colombian drug cartels. He joins Here & Now’s Robin Young to explain. How foreign cartels could get involved with legal marijuana sales “This is the perfect storm, because from the Mexican cartel standpoint, you have a quasi-legal business operating in the United States, which is illegal in other places, so there’s a real high demand for Colorado marijuana throughout the United States. One of the primary weapons of a cartel they use to make money is, one, selling drugs, and the other one is extortion. So it’s real easy for them to come in and look at these retail stores that are making hundreds of thousands of dollars and say, ‘We want a piece of the action.’ That’s one concern. The other one is using some of these organizations to take marijuana. Well, you don’t have to worry about crossing the border, but sending east, where most of our marijuana goes to — using these as a vehicle for doing that. So that’s our big concern.” How foreign cartels might intimidate legal U.S. pot sellers “They’re treacherous, and there’s no way when they show me a picture of my little girl walking to school that I am going to go to law enforcement, worrying about my family or my safety or blowing up my shop or whatever it is. I mean, they’re just treacherous. They have no morals. They do what they need to do to make money, so how do I combat that? I’m not gonna go to the cops. There’s no way I’m gonna go to the cops.” On the amount of marijuana that previously passed through Colorado “In 2012, we tracked interdictions that are reported, and that’s voluntary reporting, and we were able to identify about three and a half tons of marijuana that was going out of Colorado to other states, particularly east states. So that has to be some of what they’re counting for, and you have to assume, of the three and a half tons, how much did we miss? The estimates are we probably missed about 80 percent, whatever, because stops are random.” -
Fundação De George Soros Dará Us$ 500 Mil Para Estudos Com Maconha No Uruguai
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19 de Fevereiro de 2014• 16h52 Fundação de George Soros dará US$ 500 mil para estudos com maconha no Uruguai Diversos grupos políticos e sociais do Uruguai protestaram desde que o presidente José Mujica se reuniu em setembro com o multimilionário http://noticias.terra.com.br/mundo/america-latina/fundacao-de-george-soros-dara-us-500-mil-para-estudos-com-maconha-no-uruguai,692ce94f85a44410VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html A Open Society Foundation, do multimilionário George Soros, divulgou nesta quarta-feira que financiará com US$ 500 mil organizações não-governamentais e universidades do Uruguai que estudam o impacto da legalização do consumo de maconha no país. Soros ofereceu toda a ajuda possível para que o processo iniciado no Uruguai possa avançar com maior facilidade Foto: Reuters "Nossa doação busca em apoiar esforços independentes de monitoramento e avaliação para construir a melhor evidência possível sobre o impacto da implementação da lei", disse à agência Efe Pedro Abramovay, diretor regional para a América Latina e o Caribe da fundação. Diversos grupos políticos e sociais do Uruguai protestaram desde que o presidente José Mujica se reuniu em setembro, durante sua participação na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, com o multimilionário George Soros, fundador da Open Society Foundations,e surgiu a ideia do estudo. Soros ofereceu a Mujica toda a ajuda possível para que o processo iniciado no Uruguai possa avançar com maior facilidade diante da opinião, partilhada por eles, de que a política geral atual em relação às drogas não tem resultados positivos. Abramovay explicou que a organização apoia a Fundação Friedrich Ebert/FESUR, que contratará um terceiro para realizar em março e abril uma pesquisa sobre o consumo de drogas no Uruguai. "Esta será similar às enquetes feitas em últimos anos pela Junta Nacional de Drogas", acrescentou. "Acreditamos, dada a nova situação de legalidade, que esta próxima (pesquisa) nos dará um relatório mais fiel sobre o uso atual da maconha". Segundo o porta-voz, a anterior, feita pelo Estado há dois anos, quando a venda e distribuição da maconha eram ainda ilegais e, portanto, a discussão pública da droga podia ter sido mais estigmatizada em alguns setores. "Adicionalmente, apoiamos a Flórida International University e a Universidad Católica do Uruguai para que os pesquisadores façam uma pesquisa com os consumidores habituais de maconha", assinalou Abramovay. "Na área da educação, apoiamos um novo diploma na Universidade da República, que será uma capacitação especializada e profissional em política de drogas e uma carreira especializada em políticas de drogas que fará parte do novo Mestrado em Políticas Públicas da Universidad Católica", continuou. "Por último, demos um apoio inicial a ICEERS (Centro Internacional para Educação, Pesquisa e Serviço Etnobotânico) para a preparação de um ensaio clínico, atualmente em fase de projeto, que avaliará o uso da maconha para aliviar sintomas da retirada do uso de pasta base (de cocaína)", assinalou o porta-voz. O ICEERS é um grupo sem fins lucrativos que informa sobre as qualidades terapêuticas de ervas tradicionais. Este ano, a Open Society Foundation financiará com meio milhão de dólares "estes diversos esforços no Uruguai, fundos que se dirigem não ao governo, mas diretamente a organizações não-governamentais e universidades", disse Abramovay. "Por exemplo, através da FESUR, apoiaremos algumas reuniões do comitê científico que ajudará a vigiar os sistemas de monitoramento e avaliação da implementação da lei da maconha". "Em grande parte o trabalho deste grupo (que será composto por especialistas nacionais e internacionais) será ad honorem", acrescentou. "Os assessores não farão só comentários sobre metodologia e ferramentas utilizadas na pesquisa com famílias da FESUR, mas também revisar e fazer comentários sobre os indicadores propostos pelo governo para medir o progresso da implementação da lei da maconha", concluiu.