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CanhamoMAN

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Tudo que CanhamoMAN postou

  1. ANVISA NÃO TEM CAPACIDADE... PROIBIU A SALVIA QUE NAO CAUSA DEPENDENCIA QUIMICA OU MENTAL. alias reduz dano e retira as pessoas do crack e heroina
  2. Ronaldo Laranjeiras! só baboseiras!... Se tem que proibir drogas comecem pelo alcool...e os remédios anti depressivos como voce diz; -Vai liberar mais 1? Essa 1 tira varias. Senhor Caganeiras! Entendo que tem gente com problemas senhor Besteiras!... Tem gente que tem que controlar o álcool... mas tirar 100% não deve ser certo, pois o que fariam as pessoas que comem por compulsão? O que tem que trabalhar no psico são outras coisas...priorização.
  3. O improvável uso da maconha Moléculas semelhantes às encontradas na planta são eficazes na proteção e regeneração de células do tecido dos rins e podem ter utilidade no tratamento de insuficiência renal, diz estudo brasileiro. Por: Everton Lopes Publicado em 10/08/2015 | http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2015/08/o-improvavel-uso-da-maconha Cientistas brasileiros apontam novas possibilidades para o uso dos endocanabinoides, substâncias fabricadas pelo nosso corpo com características semelhantes a compostos da Cannabis sativa. (foto: M. Martin Vicente / Flickr / CC BY 2.0) Motivo de controvérsias pelo mundo, o uso medicinal de compostos da planta Cannabis sativa ou, simplesmente, maconha já foi discutido para uma variedade de condições neurológicas e mentais, incluindo transtornos de humor, memória e apetite, além do alívio das dores. Uma pesquisa recente realizada no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBCCF/UFRJ), no entanto, abre portas para estudar sua aplicação em outra área do corpo humano: o sistema renal. Resultados preliminares in vitro demonstraram que substâncias próximas às da planta são capazes de proteger o tecido dos rins e controla o transporte de sódio em suas células, o que poderia ser um caminho para tratar problemas como as insuficiências renais e a hipertensão. O uso de substâncias presentes na maconha para o desenvolvimento de tratamentos médicos ganhou respaldo na comunidade científica após a descoberta do sistema endocanabinoide, um mecanismo presente nos mamíferos, incluindo os humanos, que interage com substâncias presentes na planta, os canabinoides. Com o avanço das pesquisas na área, descobriu-se que não só nosso corpo interage com os compostos daCannabis, como produz também substâncias semelhantes, que foram chamadas endocanabinoides. O uso de substâncias presentes na maconha para o desenvolvimento de tratamentos médicos ganhou respaldo na comunidade científica após a descoberta do sistema endocanabinoide A descoberta dos canabinoides endógenos mudou a forma convencional de se entender os transmissores químicos, conta Ricardo Augusto de Melo Reis, biólogo do IBCCF/UFRJ e um dos autores do estudo que relaciona essas substâncias ao transporte de sódio em células renais. Os endocanabinoides não são armazenados em vesículas químicas, como os neurotransmissores convencionais, mas sintetizados sob demanda, ou seja, quando necessários. Tanto os canabinoides quanto os endocanabinoides atuam na comunicação celular, ativando receptores químicos que desencadeiam determinados processos nas células. Um desses processos, descobriu-se, está associado à absorção de sódio, desencadeada pela interação entre endocanabinoides e o receptor CB1, que faz parte do sistema endocanabinoide. O trabalho foi aceito para publicação no British Journal of Pharmacology e já está disponível para consultas. Resultados inesperados Originalmente, a pesquisa do IBCCF/UFRJ investigava como algumas moléculas de gordura poderiam ajudar a proteger e regenerar o tecido renal. O grupo específico de moléculas estudadas era o dos lipídios bioativos isto é, lipídios que, além de desempenharem as funções já conhecidas de proteção da célula e armazenamento de energia, são capazes de se comunicar com outras substâncias e responder a sinais , no qual estão inseridos os endocanabinoides Anandamida e 2-Aracdonoil Glicerol. Os dois já haviam demonstrado, em estudos com animais, a capacidade de ajudar na regeneração do tecido renal. O estudo foi realizado em culturas de células com endocanabinoides sintéticos. (foto: Luciana Veneziani / IBCCF) A novidade trazida pela pesquisa recém-divulgada foi uma análise aprofundada da ação dos dois endocanabinoides em nível celular, realizada a partir de culturas de células dotúbulo proximal renal, o maior absorvedor de sódio em nosso corpo. Neste trabalho, mostramos pela primeira vez a modulação por endocanabinoides de uma proteína transportadora importantíssima para a fisiologia renal, que é a bomba de sódio e potássio, ressalta Marcelo Einicker Lamas, também biólogo do IBCCF/UFRJ. Essa bomba é a principal responsável pela reabsorção de sódio filtrado pelos rins e, por isso, tem uma função muito importante em eventos fisiológicos que atuam no controle da pressão arterial, por exemplo. A bomba de sódio e potássio é um mecanismo celular que permite o transporte ativo dessas substâncias para dentro (no caso do potássio) e para fora (no caso do sódio) da célula. Os endocanabinoides estudados são capazes de influenciar o funcionamento da bomba, aumentando a absorção de sódio. (imagem: Wikimedia Commons) Resumindo, o que a Anandamida e 2-AracdonoilGlicerol podem fazer é abrir ou fechar a célula à entrada e saída de sódio um mecanismo importante, pois do excesso de sódio no organismo decorrem vários problemas de saúde. Na prática, os dois endocanabinoides poderiam ser utilizados no desenvolvimento de novos tratamentos para a insuficiência renal ou perda de funções dos rins, causada por diabetes e hipertensão, entre outras condições clínicas. Vale ressaltar que o número de novos casos de insuficiência renal aumenta a cada ano e, com ele, os gastos do governo com hemodiálises, pontua Lamas. A insuficiência renal grave não tem cura e, para os pacientes graves, a única alternativa é o transplante. Uma hipótese que ainda precisa ser investigada é que o uso de canabinoides compostos presentes, estes sim, na maconha possa ter o mesmo efeito sobre o tecido renal. Lamas não descarta a possibilidade. Está demonstrado que o rim possui a maquinaria de síntese e degradação dos endocanabinoides. Sabemos, também, que a presença ou não dos endocanabinoides modula eventos celulares e fisiológicos que repercutem para todo organismo, então, quem sabe?, especula. Everton Lopes Instituto Ciência Hoje/ RJ
  4. No manifesto tinha que constar os clubes! quero ver os amigo. Quero ter um fumo curado por um longo período. acredito que o deposito deve ser bem maior, principalmente por ser uma opção de vida, temos uma cultura própria, temos necessidades de socialização como humanos que somos. Procuramos pessoas que compartilham de rapport. Aromabus temos que nos pronunciar... somos o Growroom. Sabemos que estamos falando. apesar de ter um pessoal aqui conservador, mas na lei quem acende um basedo junto com alguem é traficante...Certo Sano Um apreciador de vinho, ou num happy hour, procuramos estar junto das pessoas... Iceee o numero não está alto... o maior esta compatível, mas acredito que deve ser maior o ter em deposito.(Curas alongadas. Como Whisky) Mr. Grower infelizmente a lei é lenta, as pessoas são preconceituosas, não gostam do diferente, dizem proteger incluindo a minoria, mas é minha opção! O estado só deve se envolver com isso se um adulto estiver com menores.
  5. O que aprender com os pais que trabalham na indústria da maconha legalizada dos EUA http://www.brasilpost.com.br/2015/08/09/pais-filhos-maconha-legalizada_n_7957858.html Brasil Post De Rafael Nardini E-mail Publicado: 09/08/2015 09:13 BRT Todd Mitchem, 44, é o cara por trás do High There!, o aplicativo dos descoladinhos dos Estados Unidos , que acabou popularizado como o Tinder dos maconheiros. Você bem sabe. A legalização da maconha em mais da metade dos estados americanos abriu um mercado enorme de negócios que tem feito muita gente ganhar até os tubos. Plantadores, governos (arrecadação generosa com impostos) e até desenvolvedores de apps — caso de Todd. Para além de suas funções de CEO, dos negócios, entrevistas, aparições aqui e acolá, ele é pai também. O empresário do Colorado faz questão de não deixar nada para trás. Se é assim que ele decidiu ganhar a vida, nada mais justo que os filhos estarem por dentro de como o pai ganha a vida, certo? “Meus filhos sabem de tudo”, contou à AP. “Meu filho de 11 anos é o professor do playground. Meus filhos sabem provavelmente mais de cannabis que a maioria dos adultos que não estão nos negócios. Nós conversamos sobre as notícias. Nós conversamos sobre ciência.” Como todo pai que mereça assim ser reconhecido, Todd sabe que boa parte do seu trabalho reside em impor certos limites aos rebentos. Ele, claro, faz a sua parte. Fumar perto dos filhos é uma coisa que ele não indica para ninguém e também não faz de forma nenhuma. Manter as crianças informadas inclui a parte de deixá-las bem longe da maconha. “Eles estão avisados de que há brownies de maconha na geladeira e que eles não têm permissão para tocar neles", adverte. Bruce Barcott tem 49 anos e uma invejável carreira no jornalismo. Como especialista nas questões ambientais, Bruce já assinou capas para The New York Magazine,National Geographic, Harper’s Magazine e Sports Illustrated. Ele está para lançar um novo livro, Weed People (“Povo da Erva”, em tradução livre. O título é um trocadilho com o famoso “We the People”, a frase daConstituição americana). O jornalista mora em Seattle, no estado de Washington, um dos poucos que já legalizou inclusive o consumo recreativo da droga. Mas assim como Todd, Bruce também mantém o filho de 13 anos e a filha de 16 distantes do seu vício. Sua grande preocupação está em informá-los da maneira mais honesta possível, quebrando os estigmas que forem possíveis, mas sem qualquer direcionamento para fumar maconha. Dentro do carro, no caminho para escola, ou no jantar, o que as crianças querem saber é respondido com responsabilidade. "Olha, esta é uma planta de maconha. Ela tem sido demonizada por 75 anos. Este é o lugar de onde a maconha vem. É apenas uma planta, para olhar, cheirar, tocar, sentir." Brandon Krenzler é outro jornalista que trabalha diretamente com a cobertura da legalização da droga. Diferentemente de Bruce, ele escreve para publicações segmentadas para usuários e interessados no assunto: Dope Magazine, Skunk Magazine e Cannabis Now Magazine. Além disso tudo, ele também ainda encontra tempo para o blog Cannadad. No caso específico de Brandon, a relação com a cannabis tem ligação direta com sua filhinha MyKayla Comstock, que fez uso de óleo de CBD durante o tratamento de um tipo raro de leucemia que enfrentou entre 2012 e 2013. Nesse trajeto, Brandon se tornou um fervoroso defensor do uso da maconha medicinal. "A MyKayla não fuma maconha como nós [Brandon e sua esposa]. Ela toma em diversas outras formas." Com a exposição que ganhou com a história de sua filha, Brandon decidiu abrir espaço para outras famílias que sofrem com problemas semelhantes e não podem falar abertamente da maconha nem dos tratamentos possíveis com componentes da planta. "O Parents4Pot não é um grupo. É uma ideia. É uma ideia que mora dentro de todos nós." Brandon quer dar voz e espaço para aqueles que ainda não chegaram lá. "Nós, como pais, tivemos a sorte de viver no Oregon quando escolhemos tratar a Mykayla com o óleo de cannabis. Devemos parar de chamar este país de Estados Unidos, já que nossos estados não estão realmente unidos. Vivemos em pequenos países separados dentro de um grande mapa. Quando se trata da maconha, isso depende de onde você vive." Um coisa, no entanto, une esses pais: o desejo tentar criar os filhos com mais liberdade nas relações, mais franqueza e sem hipocrisia.
  6. esquisadores encontram indícios de que Shakespeare fumava maconha 10/08/2015 http://www.dm.com.br/revista/2015/08/pesquisadores-encontram-indicios-de-que-shakespeare-fumava-maconha.html Cachimbos seculares encontrados no jardim da casa onde viveu William Shakespeare (1564-1616) apresentam vestígios de maconha, segundo um estudo da Universidade de Witwatersrand, de Johannesburgo. O estudo, publicado no South African Journal of Science, analisou 24 fragmentos de cachimbos achados em escavações na cidade do escritor, Stratford-Upon-Avon, na Inglaterra, alguns deles em sua antiga residência. Foram encontradas substâncias ligadas à maconha em oito deles, sendo quatro provenientes do jardim da casa de Shakespeare. Foi usada uma técnica sofisticada chamada espectrometria de massa de cromatografia em fase gasosa, segundo o jornal britânico The Telegraph. Evidências de cocaína peruana também constavam em outros dois fragmentos, mas estes não foram achados na mesma propriedade. Os pesquisadores ressaltam que, na época em que viveu o escritor, as folhas de maconha muitas vezes eram consumidas como se fossem tabaco, por engano. Por isso, o estudo sugere que Shakespeare pode ter escrito algumas de suas obras sob o efeito da erva.
  7. olha o material acima... Distinguir alcool, salvia, maconha é um absurdo. O movimento tinha que ser o alcool, o extrato de coca seja crack o cocaina, extrato de cafe, deveriam estar emparedados com quantidades per capita... se for para redigir uma lei que seja bem feita!
  8. Olha eu faço o BHO(sem riscos de explosão, lugar aberto, ventilado, sem energia elétrica, etc...), e pego 500g mes. logo uma cura de no minimo 6 meses 3KG para estar sem mexer(COMO BARRIL DE CARVALHO PARA BEBIDA)QUERO CLUB... QUERO FUMAR UMA CURA DE "X" ANOS +0,5kg da extração.... CLUB MEMBROS VEZES ISSO!!! nivel de membros nivel de envelhecimento anos de estoque curando. deposito tem que ser minimo de 3,5kg. deixem de ser proibicionistas. ONDE ENTRA OS EXTRATOS = a bud, igual o conceito de crack e coca do material abaixo? http://www.igarape.org.br/wp-content/uploads/2015/08/Nota-técnica-Igarapé-_08-2015.pdf tambem quero plantar salvia DIVINORUM e outras plantas proibidas!!!! poderei importar clones, sementes e extratos? usuarios sem habilidades e tempo não vão consumir drogas? quem irá fornecer a g aprovada? club? é uma planta..., proibir é o cumulo do absurdo... acesso pessoas jovens deve ser combatido... não meu acesso ao produto. como produto tem que ter um controle sanitário. quanta bebida guarda em casa? tem adega de 12 garrafas completa? pode matar viu... logo é um traficante, suicida e homicida? nem tudo mundo que fuma cigarro planta seu fumo de corda...ou fazem pinga, cerveja, wisky, etc... quero investir em canhamo também, maior produtor é a china e desconhecemos o tamanho do mercado! e pode inovação pois inovação de alimentos, construção passando por papel, tecido...
  9. valew mesmo!.importante para nos! pesquisa sobre temos que catalogar
  10. link do estudo: http://www.apa.org/pubs/journals/releases/adb-adb0000103.pdf poderia colocar as tags na noticia por favor, elas ficam linkadas, e fica facil por exemplo explorar noticias de "estudo", "pesquisa","adolecente" "saude", "cronico", "psicóticos", "mental" ... temos que buscar deixar o growrrom ser base de conhecimento brasileiro da cannabis, do cultivo à pesquisas...
  11. Maconha na adolescência não provoca problemas de saúde, diz estudo http://climatologiageografica.com/maconha-na-adolescencia-nao-provoca-problemas-de-saude-diz-estudo/ 5 de agosto de 2015 Leonardo Ambrosio De acordo com um estudo publicado pela Associação Americana de Psicologia, uso crônico da maconha por garotos adolescentes não parece estar ligado com nenhum problema físico ou mental como depressão, sintomas psicóticos e asma. Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Pittsburgh e da Universidade de Rutgers acompanharam 408 garotos da adolescência até os 30 anos em um estudo que foi publicado no jornal ‘Psychology of Addictive Behaviors’. De acordo com o líder da pesquisa, Jordan Bechtold, os resultados foram surpreendentes. “Não existe nenhuma diferença na saúde mental ou física por conta da frequência do uso de maconha na adolescência”, disse. Créditos: Creative Commons A pesquisa foi motivada pela popularização da droga nos Estados Unidos, que pouco a pouco vai liberando a utilização da cannabis em seus estados. E por conta de estudos anteriores, os pesquisadores estavam esperando encontrar resultados muito mais negativos. Os pesquisadores também não encontraram nenhuma ligação entre a utilização da maconha e depressão, ansiedade, alergias, dores de cabeça ou aumento na pressão sanguínea. O estudo começou a analisar os garotos no final dos anos 1980. Por 12 anos, os participantes foram entrevistados anualmente ou semianualmente, e uma nova entrevista foi feita em 2009/10, quando os participantes tinham 36 anos de idade. Não houve diferenças nos resultados com base na etnia dos participantes: 54% eram negros e 42% brancos. O restante pertencia a outras etnias. Os colaboradores da pesquisa foram divididos em quatro grupos: que não usavam ou usavam muito pouca maconha (46%); usuários crônicos desde cedo (22%); os que utilizaram a droga apenas na adolescência (11%) e os que começaram na adolescência e continuaram utilizando (21%). De acordo com os pesquisadores, fatores externos foram controlados, como a utilização de tabaco ou outras drogas ilícitas, além do acesso dos participantes a unidades de saúde. Já que o estudo abordou apenas homens, não existem resultados aplicáveis a mulheres. Um número muito pequeno de participantes desenvolveu sintomas psicóticos, diz o estudo. “Nós quereremos ajudar a informar o debate sobre a legalização da maconha, mas esse é um assunto muito complicado e um estudo não deve ser tomado de forma isolada”, disse Bechtold. A pesquisa está disponível neste link. Veja mais aqui http://climatologiageografica.com/maconha-na-adolescencia-nao-provoca-problemas-de-saude-diz-estudo/#ixzz3i7sWaF2f
  12. Atriz do vídeo Tapa na Pantera vem a Santos com espetáculo Peça mostra momento derradeiro da morte DE A TRIBUNA ON-LINE http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/teatro/atriz-do-video-tapa-na-pantera-vem-a-santos-com-espetaculo/?cHash=15179d6e3d4e1ca8edb59ba7a5628ffd 04/08/2015 - 13:49 - Atualizado em 04/08/2015 - 14:00 Maria Alice Vergueiro conheceu o sucesso popular na internet com o vídeo Tapa na Pantera No próximo sábado (8), às 20h, tem o espetáculo Why the horse? (Por que o cavalo?), com o grupo Pândega de Teatro, no Sesc Santos. Instigada pelo tema da morte e reconhecendo seu próprio e natural receio diante do fim, bem como a força artística que a envolve, a atriz Maria Alice Vergueiro convocou seus parceiros de grupo Pândega de Teatro para a criação de um espetáculo em que pudesse ensaiar seu derradeiro momento. Aos 80 anos e mais de 50 de palco, a atriz não pensa em parar: “com sorte pode ser que eu morra em cena. Se não, estaremos de volta no dia seguinte”. A atriz passou pelo Teatro de Arena, pelo Oficina e pelo Ornitorrinco, fez Ópera do Malandro, quando musical não era moda e também brilhou nas mãos de Gerald Thomas. Conheceu o sucesso popular na internet com o vídeo Tapa na Pantera, em 2006, encarnando de forma impagável uma velha consumidora de Cannabis. Ingressos a R$ 20,00; R$ 10,00 (meia) e R$ 6,00 (comerciário). O Sesc fica na Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida.
  13. CanhamoMAN

    Descriminalizar

    Descriminalizar 4/8/2015 http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=476199 O uso de maconha é uma realidade que precisa ser encarada sem dogmatismos, tão pouco valer-se da ideia de que descriminalizá-la seria a solução. É preciso basear-se em argumentos mais sólidos na abordagem do tema. Defender a descriminalização da maconha é “dar um tapa” na prática conservadora brasileira, que se vale de paradigmas religiosos para taxar os usuários de drogas como bandidos perigosos que deveriam estar atrás das grades. Imagina que você está fumando seu cigarro ou bebendo a sua cerveja numa boa pela rua e de repente você é abordado pela polícia que lhe faz passar constrangimento, te insulta, te agride e ainda por cima lhe algema e te leva à delegacia, seria um tanto quanto constrangedor e turbulento, não acha? Pois é assim que os usuários de maconha são reprimidos. Hoje com a Lei Antidrogas já há um avanço no que tange a identificação de usuário e traficante, mas ainda não sustenta a tese de liberdade para decidir o que fazer do seu corpo. É necessário tratar o consumo de drogas como caso de saúde pública e investir em políticas de redução de danos. Não é admissível simplesmente taxar os usuários de maconha como marginais infratores. Fóruns permanentes de debates sobre o tema, uma eficaz e efetiva política de redução de danos e campanhas informativas em todos os níveis de governo seriam fundamentais para uma quebra de paradigmas e preconceitos. Os recursos utilizados hoje em campanhas de prevenção e conscientização são meramente proibiscionistas e deveriam ser destinados a ações de prevenção e acompanhamento de usuários. É preciso avançar no que tange o método de abordagem e diálogo com a sociedade, da mesma maneira como o avanço em pesquisas nesta área é de utilidade pública. Se a maconha for legalizada, o usuário não vai precisar ir a uma “boca” para consumir seu vício, não terá contato com o crime organizado e não irá contribuir para a manutenção dos métodos ilegais do narcotráfico. VALOR TERAPÊUTICO-MEDICINAL Todos os atos médicos estão baseados no binômio risco-benefício e a maconha não é uma exceção. Apesar do THC (tetra-hidro-canabinol) ser o princípio ativo mais estudado, existem outros componentes com possíveis usos terapêuticos, como o canabidiol. O possível uso terapêutico dos canabinoides está baseado em análises científicas rigorosas. Assim, é possível especificar algumas utilidades da maconha, como analgesia, tratamento de transtornos neurológicos, estimulante de apetite etc. Estima-se que hoje existem no Brasil cerca de 800 mil hectares de pés de cannabis, todos cultivados de maneira ilegal, que deve gerar uma receita de R$ 10 milhões por mês. PABLO RODRIGO é editor de Política
  14. http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2015/08/04/noticia_saudeplena,154487/canabidiol-oferece-alivio-para-pacientes-com-rotina-de-convulsoes-e-es.shtml Canabidiol oferece alívio para pacientes com rotina de convulsões e espasmos Em vários países, pacientes com diversos problemas têm conseguido usar a substância presente na folha da maconha como remédio. No Brasil, quem precisa importá-la esbarra na burocracia da Anvisa Zulmira Furbino Publicação:04/08/2015 12:00Atualização:04/08/2015 13:00 Juliana Paolinelli sofre de dores crônicas e, para aliviá-las, usa canabidiol e fuma maconha líquida Dos 25 anos até hoje, Juliana Paolinelli, 36, sobreviveu a dois “grandes desastres”, como ela mesma define. O primeiro foi sua segunda cirurgia na coluna lombar, que teve graves consequências neurológicas, resultando em síndrome da cauda equina. Depois, passou quatro anos com uma bomba de infusão de morfina implantada no abdomen, ligada ao sistema nervoso central, o que debilitou sua saúde e a tornou dependente química. Apesar de não haver relatos na literatura mundial de gravidez com bomba de morfina, Juliana engravidou enquanto o mecanismo estava implantado em seu corpo. Ao se recusar a fazer um aborto “terapêutico” (uma gestação era incompatível com seu estado de saúde), seu clínico da dor a abandonou como paciente. Juliana passou por várias crises de abstinência até o completo desmame da infusão de morfina. O uso da maconha medicinal a ajudou a livrar-se da dependência. A cirurgia, para tratar de um deslizamento da vértebra L5 sobre S1, com esmagamento dos nervos da medula, resultou numa inflamação crônica, levando a uma meningite local. Por causa disso, ela tem inúmeras dificuldades em sua vida cotidiana. Entre elas, espasmos que fazem suas pernas baterem, o que a obriga a amarrar os pés ou uma perna na outra e contar com a ajuda de alguém para colocar um peso para controlar os movimentos. Além disso, Juliana, uma moça tão bonita que poderia ser modelo fotográfico, sofre com constantes convulsões abdominais, tem bexiga e intestino neurogênicos e dores insuportáveis a cada crise, que podem chegar a 12 convulsões ao dia. Nem mesmo o fato de fazer todo tipo possível de tratamento – usou todos os anticonvulsivantes e combinações de anticonvulsivantes – controlou o problema. Foi graças à cannabis que ela se livrou da morfina e hoje consegue suportar as dores angustiantes e convulsões cotidianas, que não acabaram, mas foram bastante reduzidas e estão mais suportáveis com o uso da maconha fumada (THC) e do CBD, extrato rico em canabidiol, o mesmo utilizado no controle da epilepsia refratária. Juliana Paolinelli precisa da maconha para viver. O problema é que, quando seu remédio acaba, não pode ir até a farmácia para comprar outro como fazem a maior parte das pessoas. “Da mesma forma que alguém pode consumir analgésico, acredito que o tenho direito de usar maconha para me medicar. Não quero continuar a viver de sobras, de restos, sem credibilidade no meu tratamento. Quero ser reconhecida como paciente de maconha medicinal. É o que sou. Somos muitos e estamos nos mobilizando”, sustenta. A identificação e o isolamento dos compostos da maconha, que levaram à descoberta da existência de canabinoides como o 9 delta tetrahidrocannabinol (THC), associado ao efeito psicoativo da maconha, e o CBD, livre desses efeitos, foi feita na década de 60, pelo médico búlgaro radicado em Israel, Raphael Mechoulam. Professor da Escola de Medicina da Universidade Hebraica Hadassah, Mechoulam e seu grupo identificaram os receptores de ligação dos canabinoides nas células nervosas humanas, consolidando assim o sistema endocanabinoide. De lá para cá, esses receptores foram isolados em diversas células do sistema imunológico e de alguns tipos de câncer, o que abre um universo de aplicações que vão do combate ao câncer ao controle das doenças degenerativas autoimunes. Exemplo disso são as pesquisas realizadas em diversas universidades ao redor do mundo, inclusive no Brasil, em nível experimental, que estudam o tratamento e a cura de tumores malignos de mama, próstata, pulmão, sistema nervoso central, doenças degenerativas, genéticas e autoimunes – como esclerose múltipla, síndrome de Parkinson, lúpus, doença de Chron, artrite reumatoide, glaucoma e até diabetes. Isso para não falar das aplicações mais conhecidas como alívio de náuseas e vômitos provocadas pela quimioterapia e antivirais (Aids), redução de dores e espasmos na esclerose múltipla, controle de convulsões causadas por diferentes tipos de epilepsia. Clique na imagem para ampliá-la e saiba mais Maria Cristina Fleury com o filho, José Maurício, que teve problema ao nascer e tem usado o canabidiol para controlar convulsões Gêmeos Maria Valentina e José Maurício têm dois anos e 9 meses e são irmãos gêmeos nascidos de uma gravidez normal. Os dois nasceram bem, embora de 7,5 meses, A chegada do casal de gêmeos ao mundo tinha tudo para desembocar numa história familiar comum, a não ser pelo fato de José Maurício ter nascido com uma pequena dificuldade de respirar, o que é natural para um bebê que veio ao mundo antes do tempo. Com uma infecção diagnosticada, a criança foi para a Unidade de Terapia Intensiva, onde foi entubada. No segundo dia de vida, sofreu duas paradas cardiorrespiratórias, que culminaram em uma paralisia cerebral por falta de oxigênio. De lá para cá, o destino dos dois irmãos aos poucos caminhou em sentidos opostos. Ela, saudável e muito desenvolvida. Ele, com atrasos no desenvolvimento, começou a fazer fisioterapia aos cinco meses. Nesse período, Mauricinho começou a apresentar movimentos estranhos, que os pais desconfiaram que fossem convulsões. Internado, ele saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tomando anticonvulsivantes e mais tarde foi diagnosticado com a síndrome de West, uma forma devastadora de epilepsia em crianças. De lá até maio deste ano, foram vários medicamentos pesados na tentativa de controlar as crises, com intensos efeitos colaterais, como queda da imunidade – que impossibilita a criança de sair de casa –, desorganização total do eletroencefalograma, perda de parcial ou total da visão, risco iminente de morte. “Isso sem contar que um dos medicamentos o deixou dopado por completo e que Meu filho perdeu todos os ganhos duramente conquistados com a fisioterapia. Nessa fase, Mauricinho nem sequer levantava um braço para pegar qualquer coisa”, explica a publicitária Maria Cristina Fleury Furtado, mãe do garoto. Em meio a esse desespero, o canabidiol CBD), uma substância derivada da maconha (sem os efeitos psicoativos) entrou na vida do pequeno Maurício, o que ocorreu graças à própria Maria Cristina, responsável por convencer o neurologista do filho a testar o medicamento, a exemplo do que outros pais já vêm fazendo no Brasil e no mundo. “Desde maio estamos ministrando em doses mínimas, mas a resposta foi imediata. No segundo dia de uso, notamos melhora na comunicação com o olhar. O nível de atenção mudou, a comunicação e a emissão de sons também se modificaram completamente. Mauricinho tornou-se um menino risonho do novo. Ele está entendendo tudo o que se passa. E as crises já começaram a reduzir. Ainda não chegamos a controle total da epilepsia, mas há espaço de sobra para aumentar a dose porque estamos usando uma dosagem mínima”, comemora a mãe da criança. Hoje, a maconha é usada em vários países para alívio da dor e sofrimento de pacientes com doenças crônicas, mas no Brasil seu uso esbarra na falta de regulamentação do medicamento, o que dificulta, encarece e muitas vezes impede o tratamento. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite a importação de uma única substância derivada da erva – são mais de 80 no total –, com base em pedidos médicos. O medicamento importado é vendido fora do Brasil como suplemento alimentar. A agência já recebeu 892 pedidos de autorização excepcional de importação de produtos à base de canabidiol, mas os pacientes se queixam das dificuldades de acesso e do alto preço do medicamento. Por que meu filho usa maconha medicinal “Meu filho Rodrigo Drummond, de 38 anos, nasceu sem problemas, mas tinha a moleira fechada. Com quatro meses e meio fez uma cranioestenose e teve um pós-operatório difícil. A aparência dele sempre foi inteiramente normal, mas ele é hiperativo. Hoje, mede 1,96 m, calça sapatos número 48, pesa 106 kg e tem a maturidade de uma criança de três anos. Não sabemos por que ele ficou assim. Quando nasceu, os aparelhos de tomografia não detectaram nenhum problema. Rodrigo sempre foi muito agressivo. À medida que ficou mais velho, passou a tomar medicamentos e a agressividade diminuiu. Hoje são sete ao dia. O problema é que quando a agressividade diminuiu, ele passou a ter convulsões muito intensas. O tremor é tão forte que Rodrigo chega a ser jogado na parede, sem perder a consciência. É como se recebesse um choque elétrico no cérebro. Isso dói e provoca reações involuntárias. Nesses dois anos, tratamos o problema com anticonvulsivantes como o Divalproato de sódio e Topiramato, que têm efeitos colaterais como a formação de gazes no estômago e prisão de ventre. Esses medicamentos, ao mesmo tempo em que aumentam o apetite, prendem os gazes no estômago e por isso ele tem o abdomen muito estendido. Mesmo aumentando a dosagem dos medicamentos, as convulsões continuaram. Compramos o canabidiol antes que fosse liberado pela Anvisa, vendido por uma família que adquiriu para dar ao filho, mas desistiu de usar depois de apenas três doses, optando pela operação, que acabou não dando resultado. Sou engenheiro e conheço química, por isso não tive problemas morais em usar o canabidiol. Meu filho tinha quatro convulsões violentas ao dia. Em 15 dias, depois do início da primeira bisnaga, elas caíram para zero. Mas a pasta acabou e comprei o canabidiol em gotas, com uma concentração era menor do que dizia a embalagem e a concentração faz toda a diferença no tratamento. Com isso, ele voltou a ter uma convulsão ao dia. Essa empresa está sendo fiscalizada pela FDA ( Food and Drug Administration), nos Estados Unidos e nós vamos trocar de fabricante. O processo para trazer a pasta é tão burocrático que achei mais confiável mandar buscar lá fora, informalmente. É mais seguro do que depender da burocracia do estado porque não pode haver interrupção no tratamento”. Júlio César Drummond, engenheiro, 67 anos, pai de Rodrigo, que aos 38 anos tem idade mental de três e sofre convulsões violentas desde 2013. ACESSO, PREÇO E IMPORTAÇÃO DIFÍCEIS Atualmente, a maconha é usada em vários países para alívio da dor e sofrimento de pacientes comdoenças crônicas, mas no Brasil o uso esbarra na falta de regulamentação do medicamento, o que dificulta, encarece e, muitas vezes, impede o tratamento. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite a importação de uma única substância derivada da erva – são mais de 80 no total –, com base em pedidos médicos. O medicamento importado é vendido fora do Brasil como suplemento alimentar. A agência já recebeu 892 pedidos de autorização excepcional de importação de produtos à base de canabidiol, mas os pacientes se queixam das dificuldades de acesso e do alto preço do medicamento.
  15. Da guerra ao comércio de maconha por Marcelo Pellegrini — publicado 28/07/2015 04h06 Colorado, nos EUA, é uma prova das vantagens da legalização da erva http://www.cartacapital.com.br/revista/859/da-guerra-ao-comercio-7458.html Vlademir Alexandre/ Estadão Conteúdo O Colorado arrecadou 27 milhões de dólares em sete meses O debate sobre a liberação da maconhaganhou uma nova perspectiva. O cultivo legal da erva, revelam os dados mais recentes do estado do Colorado, o primeiro a autorizar o uso recreativo nos Estados Unidos, pode tornar-se uma nova e interessante fonte de receita, empregos e impostos. Segundo a organização Drug Policy Alliance, de janeiro a julho do ano passado, a cadeia produtiva dacannabis gerou mais de 10 mil postos de trabalho e recheou os cofres públicos estaduais com 27 milhões de dólares em tributos. Estima-se que o comércio da droga em todo o país, apesar de não existir uma permissão federal para o plantio e o consumo, tenha movimentado 2,7 bilhões de dólares em 2014. Os dados levam a uma pergunta: não seria mais inteligente legalizar e controlar o comércio do que deixá-lo sob o domínio dos narcotraficantes? Ao menos 5% da população mundial, calcula a Organização das Nações Unidas, recorre ao submundo para conseguir drogas. A maconha seria a terceira substância psicoativa mais consumida do planeta, com 117 milhões de usuários. Detalhe: é a única ilegal entre as três primeiras colocadas. As outras são o álcool e o tabaco. O potencial econômico da maconha não está limitado ao seu efeito químico sobre o corpo. As aplicações são variadas, a depender da composição de cada espécie. Estudos indicam que uma variedade rica em canabinoides, uma das substâncias naturais da planta, apresenta relevantes resultados medicinais. Outros tipos, com baixos níveis consideráveis de canabinoides ou THC (a substância psicoativa), têm aplicação na indústria têxtil e de alimentos. Tênis e óleos estão entre os produtos possíveis. No outro extremo emergem os gastos com a repressão aos entorpecentes. Nos últimos 20 anos, a chamada guerra às drogas consumiu mais de 1 trilhão de dólares somente nos Estados Unidos, sem maiores efeitos sobre o consumo. Não estão contabilizados os custos do aumento da população carcerária e os efeitos da violência sobre o sistema de saúde. O fim da repressão, calcula o Instituto Cato, levaria a uma economia de 41 bilhões de dólares anuais apenas nos EUA. No Uruguai, há 2,6 mil " fazendeiros" . Créditos: Theo Stroomer/ Getty Images /AFP Os benefícios ao Brasil com a legalização ou a regulação seriam igualmente substanciais. A começar pela economia na repressão. Atualmente, 27% dos presos no País respondem pelo crime de tráfico. Sancionada em 2006, a Lei de Drogas produziu um efeito contrário ao desejado. Desde a sua entrada em vigor, o número de detentos por comércio ilegal saltou de 31 mil para 164 mil, aumento de 520%. O motivo, aponta a Secretaria Nacional de Drogas, está na distinção entre usuário e traficante. Ao contrário de outros países, o critério adotado pelo Brasil é subjetivo e leva em conta a quantidade de droga apreendida, o local, as circunstâncias sociais e pessoais do detido e seus antecedentes criminais. Isso cria situações como a condenação a quatro anos e dois meses de detenção por tráfico de drogas de um suspeito que carregava 1 grama e meio de maconha. O fato ocorreu em São Paulo neste ano. Um estudo do International Drug Policy Consortium mostra que, se o critério espanhol, para citar um caso, fosse aplicado no Brasil, 69% dos presos por tráfico de maconha estariam livres. Se a base fosse a legislação norte-americana, o porcentual cairia para 34%. Quando se cruzam as informações do Departamento Nacional Penitenciário com os investimentos em segurança pública, chega-se a um valor aproximado dos gastos anuais com esse tipo de detenção: 1,3 bilhão de reais. Em São Paulo, estado responsável por 35% da população carcerária brasileira, os custos em 2011 chegaram a 885 milhões de reais. Se a Lei de Drogas fosse corretamente aplicada, o governo paulista pouparia 270 milhões anualmente. Fonte: DEPEN “Esta não é uma guerra contra drogas, contra coisas. Como qualquer outra, é contra seres humanos”, afirma Maria Lucia Karam, juíza aposentada e presidente da Associação de Agentes da Lei contra a Proibição. Karam e diversos cientistas, políticos, policiais e representantes de movimentos sociais participaram recentemente de um seminário organizado pela Fiocruz para discutir o tema. Todos foram unânimes: a legalização só traria benefícios sociais e econômicos. “O alto lucro deve-se à ilegalidade de seu comércio e produção, que, além de não resultar em impostos, enriquece facções criminosas e corrompe agentes públicos”, afirma a economista Taciana Santos. A legalização, acredita, diminuiria a violência e aumentaria a arrecadação de impostos, mas não geraria tantos empregos. “A cadeia de comércio e distribuição existe, assuma o governo ou não.” De olho nesse mercado de potencial bilionário, 26 países descriminalizaram o uso da maconha nos últimos anos, além dos estados americanos que o legalizaram e do Uruguai que o regulou. Recentemente, o Chile autorizou o plantio em pequenas quantidades. Na contramão dessa tendência, o Brasil figura ao lado de países islâmicos e asiáticos, que resumem sua política à pura e simples repressão, alguns até com a pena de morte para traficantes. Ainda assim, pequenos avanços acontecem. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, após forte pressão de uma parcela da sociedade, a importação de canabidiol para fins medicinais. Atualmente, 809 pacientes importam legalmente o extrato para tratamento médico. Cada frasco custa 75 dólares e auxilia no tratamento de gente como Sofia, de 6 anos. “Ela sofre de epilepsia grave, por isso toma uma dosagem relativamente alta para controlar suas crises de convulsão. Eu preciso de dez vidros por mês para tratá-la, são mais de 2,2 mil reais ”, conta a advogada Margarete de Brito, mãe de Sofia. “São preços só para a classe média e alta.” A demora em legalizar a cannabis afeta ainda as pesquisas científicas nacionais. “A maconha será uma das drogas mais importantes do mundo para o tratamento de doenças, em substituição a substâncias lícitas e medicamentos. Com a criminalização no Brasil, as pesquisas ficam comprometidas e largamos atrasado nessa revolução científica”, afirma Sidarta Ribeiro, neurocientista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Enquanto negligenciamos as possibilidades científicas, o Uruguai está atento a esse potencial. Segundo Julio Calzada, ex-secretário-geral da Junta Nacional de Drogas e um dos idealizadores da regulação do comércio, o país pretende se tornar um polo de pesquisa. “Existem condições e propostas de empresas e laboratórios químicos e farmacêuticos interessados em investir.” Atualmente existem 2,6 mil “fazendeiros” registrados no país vizinho. Até o fim do ano, 240 farmácias estarão aptas a vender maconha. Uma proposta semelhante à uruguaia tramita no Congresso Nacional. O projeto do deputado Jean Wyllys, do PSOL-RJ, cria regras para o plantio, comércio e consumo. Os lucros obtidos com a regulação, propõe o parlamentar, financiariam políticas públicas para o tratamento de dependentes químicos e bolsas de pesquisas científicas sobre aplicações medicinais do produto. “Hoje se adquirem drogas em praticamente qualquer esquina, ou seja, na prática o comércio já é liberado”, avalia Wyllys. “A diferença é que esse dinheiro, em vez de beneficiar o Estado, vai para os bolsos de máfias e corrompe funcionários públicos.” l
  16. Jornalista ameaçado: máfia italiana e colombiana são unidas http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/jornalista-ameacado-mafia-italiana-e-colombiana-sao-unidas,52822939aaa82e9eec9b0345a9e125a7eeb9RCRD.html Roberto Saviano destacou que vínculos foram criados há 50 anos 3 AGO2015 17h50 Roberto Saviano, o jornalista italiano que revelou os segredos do grupo mafioso Camorra, assegurou neste domingo (02) que os vínculos entre a máfia de seu país e a que existe na Colômbia têm mais de 50 anos de história. "As Farc, mesmo sem nunca ter tido uma relação direta com a máfia italiana, se beneficiaram dela", destacou Roberto Saviano Foto: Twitter Em entrevista à revista "Semana", o escritor afirmou que esses vínculos nunca foram quebrados, mesmo com o passar dos anos. Questionado pelo periódico se a máfia colombiana e italiana são unidas, ele não titubeou e disse um "sim" com firmeza. "Sim. A relação entre Colômbia e Itália tem 50 anos e por ela sobrevive a criminalidade colombiana. Não é por acaso que muitos italianos se refugiam na Colômbia. As Farc, mesmo sem nunca ter tido uma relação direta com a máfia italiana, se beneficiaram dela", destacou o jornalista. As autoridades locais já disseram em várias ocasiões que as conexões entre ambos os grupos são de longa data, incluindo as épocas de esplendor do cartel de Medellín, sob o comando de Pablo Escobar. Precisamente, no ano passado, Roberto Pannunzi foi preso em Bogotá. Ele era um dos líderes da 'Ndrangheta - a máfia da Calábria - e era considerado um dos homens que estabeleceu os contatos entre Escobar e os mafiosos de seu país para poder levar cocaína até a Europa. Saviano sustenta que quem, realmente, estabeleceu as conexões entre a 'Ndrangheta e os traficantes colombianos foi o ex-chefe paramilitar Salvatore Mancuso. "Ele é filho de uma família de Sapri, uma cidade que fica em uma região disputada pela Camorra e pela 'Ndrangheta e foi o primeiro colombiano que estabeleceu vínculo com esta última máfia", destacou. Para ele, as "AUC [Autodefesa Unida da Colômbia] vendiam drogas para pessoas na Calábria mediante compromissos de palavra. Não era necessário pagar antecipadamente. Os italianos e as AUC tinham uma relação mais familiar que de negócios". Saviano falou deste e de outros temas também em seu último livro "ZeroZeroZero", uma denúncia sobre o tráfico mundial de cocaína. Sobre a nova publicação, o autor de "Gomorra" afirmou que mesmo com as restrições de segurança, ele conseguiu viajar para vários lugares do mundo onde fez centenas de entrevistas e obteve documentação que o permitiram entender que o tráfico de cocaína é um assunto global que permite compreender o mundo contemporâneo. "A estrutura da máfia e do narco-capitalismo não podem ser contados apenas através da Itália e seus pontos na Colômbia. Investigar globalmente significa poder encontrar a prova de que este não é um problema local de Bogotá, de Caracas, de Nápoles ou de Ciudad Juárez, mas sim do planeta", disse. Ao que parece, com sua nova publicação, Saviano vai de novo contra a corrente de que as drogas sintéticas parecem ter destronado a cocaína e outras substâncias elaboradas a partir das plantas. "O que distingue a cocaína das drogas sintéticas é que a primeira te deixa funcionar. As sintéticas não te deixam viciado na vida como faz a cocaína. A coca é a droga rainha", destacou.
  17. FIM DO RECESSO | STF deve julgar neste semestre descriminalização do porte de drogas O Supremo Tribunal Federal retoma hoje (3), após período de recesso, os trabalhos do segundo semestre, com vários processos polêmicos previstos para julgamento http://www.acritica.net/editorias/geral/stf-deve-julgar-neste-semestre-descriminalizacao-do-porte-de-drogas/152960/ Segunda, 3 de Agosto de 2015 - 07:36 Reprodução O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma hoje (3), após período de recesso, os trabalhos do segundo semestre, com vários processos polêmicos previstos para julgamento. Além dos inquéritos da Operação Lava Jato que envolvem políticos, os ministros devem julgar a questão da descriminalização do porte de drogas para uso próprio e o pagamento de perdas da caderneta de poupança com planos econômicos instituídos nas décadas de 80 e 90. A descriminalização do porte de drogas para uso próprio será julgada por meio de um recurso de um detento que foi condenado a dois meses de prestação de serviços à comunidade, por porte de maconha, encontrada dentro de sua cela. A Defensoria Pública de São Paulo alega que o porte de drogas, tipificado no Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006), não pode ser configurado crime, por não gerar conduta lesiva a terceiros. “A incriminação ofende direitos e garantias fundamentais do cidadão, especialmente a intimidade e a liberdade individual. Não é possível aceitar que uma norma infraconstitucional ofenda o ápice do ordenamento jurídico, considerando crime uma conduta que está devidamente amparada por valores constitucionalmente relevantes”, argumentam os defensores públicos. A Corte aguarda manifestação do ministro Luiz Edson Fachin para voltar a julgar perdas da caderneta de poupança com planos econômicos instituídos nas décadas de 80 e 90. Por falta de quórum, o julgamento das ações está suspenso desde o ano passado. Em junho, antes de tomar posse no STF, o ministro afirmou que decidirá em agosto se participa do julgamento. Fachin atuou como advogado em um processo que questionou o prazo prescricional dos planos no Superior Tribunal de Justiça (STJ). De acordo com o regimento interno do Supremo, ele pode se declarar impedido de julgar a ação por ter atuado como advogado em processos sobre o mesmo assunto. A continuidade do julgamento depende da decisão de Fachin. Os ministros Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Luiz Fux já se declararam impedidos. A sessão que abre os trabalhos do segundo semestre no STF está prevista para começar às 14h. Os ministros vão decidir se o princípio da insignificância pode ser aplicado em casos de reincidência. A Corte vai analisar três habeas corpus de acusados que foram condenados pelo furto de dois sabonetes, um par de sandálias e 15 bombons.
  18. VIOLAÇÃO DE PRERROGATIVAS Representação policial não pode impedir advogado de atuar em processo 22 de julho de 2015, 8h31 http://www.conjur.com.br/2015-jul-22/representacao-policial-nao-impedir-advogado-atuar Por Jomar Martins Juiz não pode afastar o advogado do processo por conta de representação da polícia, ainda mais se o Ministério Público não vê risco no exercício da profissão. Com este argumento, a desembargadora Rosaura Marques Borba, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, concedeu liminar em Mandado de Segurança impetrado em favor de um advogado. Ele havia sido impedido de advogar para uma família acusada de tráfico por ordem do juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Gravataí. O advogado foi acusado de fraude processual, ao providenciar endereço falso para deslocar o processo de execução penal de um dos seus cientes. A acusação, na prática, o tornou suspeito de ligação com o crime de tráfico de drogas, já que advoga para os principais acusados presos numa megaoperação policial. Além de considerar a medida do juiz ‘‘excessiva e desproporcional’’, a desembargadora lembrou, na decisão monocrática, que o advogado possui prerrogativas profissionais. Apesar de a denúncia ser grave, apontou, a suposta fraude deve ser apurada segundo ‘‘as normas de competência’’, não sendo possível a aplicação de pena antecipada por parte do juízo de origem. A relatora do recurso citou trecho do parecer da promotora de Justiça Raquel Marchiori Dias: ‘‘O Ministério Público entende descabida a aplicação da medida, já que não se encontra consentânea com os pressupostos indicados no artigo 282 do Código de Processo Penal. Entretanto, deverá o fato ser comunicado à Ordem dos Advogados do Brasil, encaminhando-se cópia da presente representação policial, a fim de que adote as medidas disciplinares cabíveis’’. Deferida a liminar, a relatora mandou notificar o juiz da vara, para que preste informações em 10 dias. Após, o Mandado de Segurança estará apto para o julgamento de mérito na 2ª Câmara Criminal do TJ-RS. A decisão monocrática foi lavrada na sessão do dia 15 de julho. O caso Em 25 de junho, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou a operação clivium, que cumpriu 107 mandados de prisão temporária e 86 mandados de busca e apreensão nos municípios de Gravataí, Cachoeirinha, Sapucaia do Sul e Porto Alegre. No final, a investigação comandada pela 1ª Delegacia Regional Metropolitana, de Gravataí, com o apoio de 619 agente, culminou com 60 prisões, além da apreensão de drogas, armas, munição e veículos. Conforme a inicial do Mandado de Segurança, o principal alvo desta operação era atingir uma família de Gravataí, tida como núcleo da liderança da organização criminosa voltada para a prática de diversos delitos, especialmente o tráfico de drogas. O líder do grupo já havia sido preso há mais de dois meses. No curso de todo este imbróglio, segundo a defesa, o advogado foi pego nas escutas da Polícia Civil em conversas com o cunhado de do líder do grupo, condenado e já cumprindo pena. Advogado da família há mais de oito anos, para as mais diversas causas jurídicas, ele tratava da transferência do seu Processo de Execução Penal de Gravataí para Porto Alegre, informando endereço fictício. Por essa razão, a autoridade policial pediu a suspensão do exercício da advocacia. A aplicação da medida cautelar é prevista no artigo 319, inciso VI, do Código de Processo Penal (CPP). O juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Gravataí, aceitando a representação, decretou o “impedimento” do advogado nos casos em que os investigados na operação clivium figurem como parte. Constrangimento ilegal A defesa do profissional alegou que a sanção não encontra amparo legal, uma vez que as causas de impedimento de advogado vêm expressas no artigo 30 do Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94). Logo, somente a OAB detém competência para tanto. Assim, a medida constituiu-se em flagrante constrangimento ilegal, ‘‘decorrente de intolerável criminalização da advocacia, que violou direito líquido e certo’’. Segundo o pedido, o impedimento também feriu o devido processo legal. É que a medida cautelar, além de não prevista em lei, não diz respeito ao objeto da investigação policial, não havendo qualquer conexão ou continência apta a justificá-la. Porque, afinal, não é possível acautelar um processo dentro de outro. ‘‘E afora o fato de que o apenado daquele Processo de Execução Criminal também seja investigado na Operação Clivium, não há qualquer outro fato que vincule aquele imputado ao impetrante à referida operação – a não ser o fato de a interceptação telefônica ter se dado nestes autos, o que não torna tal crime conexo aos demais investigados’’, arrematou a peça de defesa. Clique aqui para ler a inicial do Mandado de Segurança. Clique aqui para ler a decisão liminar.
  19. 22/7/2015 às 15h44 Festival de culinária italiana em Londres oferece espaguete de cannabis http://entretenimento.r7.com/pop/festival-de-culinaria-italiana-em-londres-oferece-espaguete-de-cannabis-22072015 Por Pamela Barbaglia LONDRES (Reuters) - Qualquer italiano dirá que massa é boa para a saúde e causa bem estar. Mas e espaguete feito de cannabis? Agricultores do sul da Itália que exibiram suas criações em um festival de culinária italiana em Londres nesta semana dizem que sua massa de cânhamo, óleo e pão não deixa ninguém alucinado, mas realmente é uma alternativa saudável e saborosa à variedade tradicional feita de trigo. "A comida de cânhamo é verdadeiramente orgânica", afirmou Marzio Ilario Fiore, de 30 anos, cuja fazenda na região de Molise produz óleo e farinha de cânhamo. "O cânhamo não exige pesticidas, fertilizantes e só uma quantidade moderada de água." A cannabis é associada principalmente aos efeitos psicoativos da maconha, mas algumas cepas da planta também podem ser cultivadas para produzir alimentos. O cânhamo, uma variedade de crescimento rápido e que contém níveis insignificantes da substância tetrahidrocanabinol (THC), vem sendo usado há tempos em alimentos e outros produtos. A Itália suspendeu uma proibição ao cultivo da planta em 1998. "Minha colheita é verificada regularmente por inspetores da polícia italiana para ter certeza de que o THC está dentro do limite legal", explicou Fiore, um de cerca de 200 chefs italianos presentes à capital inglesa para a Expo Bellavita. Além do espaguete feito com farinha de cânhamo, ele levou amostras de taralli --biscoitos saborosos do sul da Itália-- de cânhamo e óleo da mesma substância, que tem um sabor único semelhante ao da noz. As sementes de cânhamo são uma das fontes mais ricas de proteína vegetal, com altas concentrações de ácidos graxos de ômega, dizem seus cultivadores.
  20. 20-07-2015 às 14:39 http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=782693 Planta da cannabis pode ajudar a tratar fracturas, diz estudo A cannabis sativa foi utilizada para fins medicinais por pessoas de todo o mundo durante séculos. Mas o uso terapêutico da planta foi proibido na maioria dos países nas décadas de 1930 e 1940, devido a uma crescente consciencialização dos perigos do vício. Os benefícios médicos significativos para aliviar os sintomas de doenças como parkinson, cancro e esclerose múltipla, só recentemente voltaram a serem alvos de pesquisa. Um novo estudo publicado pelo Journal of Bone and Mineral Research, da Universidade de Telavive e de pesquisadores da Universidade Hebraica, explora outra nova aplicação médica promissora para a planta. De acordo com a pesquisa, a administração do componente não-psicotrópico, que não actua no cérebro, canabidiol (CBD) ajuda significativamente a curar fracturas ósseas. O estudo, realizado em ratos com fracturas no fémur, descobriu que o CBD melhorou significativamente o processo de cura do osso em apenas oito semanas. A mesma equipa, num trabalho anterior, descobriu que os receptores de canabinóides dentro dos nossos corpos estimularam a formação e inibiram a perda óssea. Isso abre o caminho para o futuro uso de drogas feitas com cannabis para combater a osteoporose e outras doenças relacionadas com os ossos. De acordo com Gabet, «só respondemos à cannabis porque possuímos compostos e receptores que podem ser activados por substâncias da planta». Os pesquisadores descobriram que o próprio esqueleto é regulado por canabinóides. Mesmo a adição de um composto não-psicogénico fora do cérebro pode afectar o esqueleto.
  21. Obama foi parar na capa da High Times, a revista de maconha mais antiga dos EUA De Rafael Nardini 20/07/2015 23:15 BRT http://www.brasilpost.com.br/2015/07/20/obama-maconha-high-times_n_7837240.html É uma montagem. A qualidade nem é das melhores, na realidade. Mas cá está o presidente americano Barack Obama segurando um bong na capa daHigh Times, a mais antiga revista de cultura canábica dos Estados Unidos. Para a edição de agosto, a revista pedia uma posição oficial do governo Obama, já que a legalização, regulamentação e comercialização da maconha espalha rapidamente nos estados. Já são quatro os estados com legalização, inclusive, do uso recreativo. "Parafraseando o grande reverendo Martin Luther King: "Nós temos um sonho". E o nosso sonho é que um presidente dos Estados Unidos legalize a cannabis". É assim que começa o pedido do editor-chefe da High Times, Dan Skye, Ele prossegue: "É por isso que tomei a liberdade de colocar você (Barack Obama) em nossa edição de agosto de pé num jardim de maconha, segurando um bong vermelho, branco e azul e dando "thumbs up!" à planta. Esse é o nosso sonho!". Mas Dan fala sério também. "A guerra que o governo tem travado contra os seus cidadãos para proibi-los de usar a maconha tem sido trágica e cara: 15 milhões de detenções, uma população carcerária subindo, famílias destruídas, milhares de milhões de dólares de impostos desperdiçados". E sinaliza: "Neste momento, de acordo com a Controlled Substances Act, a maconha é uma droga de Classe I: com alto potencial de abuso e sem aceitação médica nos EUA". Bem, e não é que a Casa Branca decidiu responder ao questionamento? "A Administração Obama está comprometida com o desenvolvimento de políticas baseadas na ciência e na investigação, o Governo Federal tem financiado e revisto estudos para compreender melhor os efeitos da maconha sobre os indivíduos, saúde pública e segurança". Depois das apresentações vem o balde água fria: "Este governo se opõe a legalização (federal) da maconha, e nossa abordagem política centra-se na melhoria da saúde pública e segurança através da prevenção, tratamento, apoio para a recuperação e estratégias inovadoras de justiça criminal para quebrar o ciclo de uso de drogas e crime". A Casa Branca diz estar interessada ​​nos componentes da maconha que podem socorrer pessoas diagnosticadas com certas doenças graves. "É por isso que apoiamos as investigações em curso para avaliar quais componentes da planta de maconha pode ser utilizada como medicamento". Pelo jeito não será Obama o presidente americano a realizar o sonho da High Times - e de boa parte do país.
  22. Google remove aplicativo de maconha medicinal da Play Store Da Redação 21 de julho de 2015 - 14h17 http://idgnow.com.br/mobilidade/2015/07/21/google-remove-aplicativo-de-maconha-medicinal-da-play-store/ Conectando pacientes e plantadores, Loud Cannabis infringe norma que impede a venda de medicamentos prescritos. O Google removeu da Play Store o aplicativo Loud Cannabis, que permitia aos moradores da Califórnia comprarem maconha medicinal direto dos plantadores. A Green Exchange, desenvolvedora responsável, informou que o Google havia aprovado o app e que o programa esteve disponível por meses antes de ser retirado do ar. O serviço permitia que os cultivadores entregassem a erva medicinal aos “pacientes necessitados”. Segundo a empresa, o número de downloads do Loud Cannabis aumentou após o software ser premiado no começo de julho, o que poderia ter resultado na análise mais minuciosa do Google. A política de desenvolvimento de aplicativos do Google proíbe programas que promovam atividades ilegais e a venda de medicamentos prescritos é explicitamente mencionada. Para a Green Exchange, o Loud Cannabis não infringiu essa regra por operar somente na Califórnia, onde o uso de maconha medicinal é regulamentado para uso médico sob receita. A interpretação feita pela empresa da lei estadual vai além, acusando o Google de violar o direito dos pacientes a receber tratamento médico. De fato, as pessoas têm o direito a receberem cuidado ininterrupto de médicos e instituições de saúde, mas nada menciona a recepção desses serviços via sites ou aplicativos móveis. A Green Exchange apelará da decisão do Google, solicitando a reinserção do app na Play Store. Até lá, a empresa orienta os usuários Android a usarem seu site. Mesmo com a remoção do Loud Cannabis, outros aplicativos semelhantes ainda podem ser baixados na Play Store, como o Nestdrop (fornece o serviço a cidades da Costa Oeste como Seattle e Portland) e o Meadow (abastece São Francisco).
  23. Entrevista - Paulo Cesar Fraga http://www.cartacapital.com.br/sociedade/brasil-produz-40-da-maconha-que-consome-3589.html "Maconha brasileira abastece 40% do mercado nacional" por Marcelo Pellegrini — publicado 21/07/2015 04h44 Pesquisador relata funcionamento do chamado "Polígono da Maconha", onde agricultores pobres do sertão nordestino fornecem matéria-prima para organizações criminosas Polícia Federal faz a queima de um plantio de maconha escondido entre a caatinga O Brasil não é mais somente uma rota do tráfico internacional de narcóticos. Hoje, o País é o maior consumidor de drogas da América do Sul e também um dos maiores produtores, em parte graças às plantações no chamado "Polígono da Maconha", na região sertaneja do Nordeste. "Há um mito de que a maconha consumida no Brasil venha do Paraguai, de que não é um problema nosso", afirma o sociólogo Paulo Cesar Fraga, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). "Na verdade, a agricultura familiar e tradicional do sertão nordestino já produz 40% da maconha consumida no País", diz. Formado por 13 cidades (Salgueiro, Floresta, Belém de São Francisco, Cabrobó, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, Petrolina, Carnaubeira da Penha e Betânia, todas em Pernambuco, e Juazeiro, Curaçá, Glória e Paulo Afonso, na Bahia), o Polígono da Maconha surgiu graças a uma confluência de fatores, no topo das quais está o baixo investimento dos governos no desenvolvimento da região. Para Fraga, o governo deveria rever sua política de repressão ao plantio, o que poderia ajudar no desenvolvimento dos municípios afetados pela produção e também os pequenos agricultores, que acabam submetidos às regras do crime organizado. Dados da Polícia Federal mostram que 1kg de maconha rende para um agricultor da erva cerca de 150 a 200 reais, enquanto que a maconha é vendida nas capitais entre 600 e mil reais. Leia a entrevista: CartaCapital: A maconha cultivada no Polígono da Maconha é responsável pelo abastecimento de qual fatia do mercado nacional? Paulo Fraga: Há um mito de que a maconha consumida no Brasil venha do Paraguai, de que não é um problema nosso. No entanto, estima-se que a maconha do Vale do São Francisco abasteça cerca de 40% do mercado nacional, ficando restrita às capitais, às regiões metropolitanas e ao interior do Nordeste. A maior parte da maconha consumida no Brasil vem do Paraguai e abastece os principais mercados como Rio, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e as regiões metropolitanas e as cidades de médio e pequeno porte dos estados do Sul e Sudeste. O Brasil é considerado o quinto maior produtor de maconha das Américas, mas sua produção não consegue abastecer todo o mercado nacional. Somos grandes consumidores. CC: É possível estimar os valores envolvidos nesta cadeia produtiva? PF: Não arriscaria valores, pois não há fontes ou projeções muito seguras. O que se pode dizer é que houve época em que os recursos do plantio tinham muito impacto nas cidades locais. Isso mudou e hoje o impacto é menor. Apesar de não se ter uma política agrária consistente para a região, os programas sociais e ações de desenvolvimento nos últimos anos tiveram impactos mais relevantes. A crise que se avizinha pode significar um quadro como o que víamos o final do anos 1990, em que a pobreza extrema era muito presente na região, a violência era alarmante e a migração da violência do tráfico migrava para outras criminalidades mais facilmente. No final dos anos 1990, das 10 cidades com maior taxa de homicídios no país, três ficavam na região do Polígono da Maconha. CC: O que explica o plantio de maconha na região do Nordeste denominada Polígono da Maconha? PF: A presença da maconha na região vem de longa data, mas o cultivo se intensifica com o surgimento de um mercado no País. Esse surgimento estava atrelado à contracultura nos anos 1970 e teve produção recorde a partir da década de 90. No entanto, a explicação para o plantio de maconha na região do Vale do São Francisco não está apenas relacionada a um fator histórico ou de um mercado consumidor. O deslocamento de agricultores para a construção de hidrelétricas no rio e o crescimento do agronegócio também têm uma parcela significativa na explicação deste fenômeno. O agronegócio, ao mesmo tempo que criou rotas de escoamento, não foi uma alternativa viável de emprego para os trabalhadores rurais. Se somarmos a isso as péssimas condições para o desenvolvimento dos produtos agrícolas tradicionais, em uma região de seca e de baixíssimo investimento governamental, temos os elementos propícios para o crescimento dos plantios ilícitos de cannabis. CC: O senhor disse que, além dos elementos econômicos e sociais, historicamente o cultivo de maconha sempre esteve presente nesta região. É isso mesmo? PF: Há registros da presença de cannabis na região desde a segunda metade do Século XIX. O inglês Richard Burton, navegando pelo Rio São Francisco, identificou a planta e chamou a atenção para o fato de o clima e da vegetação serem propícios ao desenvolvimento de seu cultivo para ser usado comercialmente, na indústria têxtil. Já nos anos 1930, Jarbas Pernambucano, estudioso de questões sociais envolvendo o uso da maconha, revela a presença de plantios para fins de abastecimento dos incipientes mercados de Salvador e Recife. Nos anos 1950, em seu livro O Homem do Vale do São Francisco, Donald Pierson descreve situações de uso coletivo da maconha e de plantio em, pelo menos, cinco localidades. Nesta mesma época, já há preocupação das autoridades brasileiras com a repressão do plantio nessa região. O Polígono da Maconha compreende 13 cidades do sertão pernambucano e baiano. Mais ao norte, desponta outro polo produtor no Maranhão e Pará CC: A repressão ao plantio de maconha ocorre desde os anos 80. Por que ela não foi capaz de acabar com essa prática? PF: Não adianta reprimir sem dar maiores alternativas ao plantio ilícito. É preciso ações como um maior financiamento do pequeno produtor, apoio ao escoamento da produção, integrar as áreas produtivas com os mercados consumidores, amenizar o convívio com a seca e mudar a nossa política de repressão às drogas. Estamos no século XXI e não podemos mais utilizar a desculpa de que a seca é um flagelo. Nessa mesma região, o agronegócio prospera. O problema, com certeza, não é a falta de água. CC: Há interesse de grupos familiares ou de políticos regionais em manter essa atividade, que é altamente lucrativa? PF: Enquanto houver esses problemas de infraestrutura para a agricultura local, haverá o plantio de cannabis. Mas é lamentável que o Brasil não reveja suas leis sobre a produção de cannabis e essa região não possa se transformar em um polo legal para fins medicinais do uso de cannabis, por exemplo, ou de produção têxtil e, mesmo, para fins recreativos. Sei que a questão não é simples, mas precisamos enfrentá-la. Em um possível cenário em que a maconha seja liberada, esta região poderia ser aquela que teria o monopólio da produção, notadamente, no sistema de agricultura familiar. A maconha, então, traria melhores condições de vida para o sertanejo. Porque vamos ainda colocar trabalhadores rurais na cadeia ou na vida do crime? Quem ganha com isso? Com certeza, não é o pequeno agricultor. Quem mais se beneficia não é o pequeno agricultor, mas o atravessador e o "patrão", como na agricultura tradicional. CC: Qual é o perfil do trabalhador envolvido neste plantio? PF: O trabalhador envolvido no plantio da cannabis não se diferencia do agricultor tradicional. São agricultores pobres, que não têm muitas condições de uma vida mais digna de consumo e bem estar fora do plantio ilícito. Muitos deles em uma época do ano plantam o produto tradicional como o algodão, o pimentão, o tomate e, em outra parte do ano, se envolvem no plantio de cannabis. Ou seja, utilizam o plantio de cannabis como forma de complementar sua renda. Outros se dedicam mais intensificadamente e estão mais atrelados à rede criminosa. Mas é importante frisar que a grande maioria dos agricultores locais não têm qualquer relação com o plantio de cannabis. CC: O plantio envolve a família toda? PF: Nos anos 1990 era mais comum ver jovens, adolescente e até criança no plantio. Os programas governamentais implementados nas últimas décadas tiveram um impacto positivo de expor menos esse público às condições de trabalho, na maioria das vezes, penosas. Hoje, quando se utiliza força de trabalho infanto-juvenil é mais na hora da colheita, pois ela precisa ser rápida para evitar roubos de outros grupos ou não ser apanhados pela polícia, que prefere agir na repressão no momento da colheita para aumentar o prejuízo. Muitos jovens, filhos e netos de agricultores atingidos pelas barragens do Rio São Francisco tiveram sua primeira experiência agrícola no plantio de cannabis. CC: É um plantio organizado em grandes propriedades ou em agricultura familiar? PF: Não há latifúndio ou plantios em áreas muito extensas porque isso facilitaria bem mais as tarefas de identificação das polícias, principalmente a Polícia Federal, que hoje já faz um trabalho mais eficiente de identificação de plantios por imagem de satélites. Ademais, plantios muito extensos são de mais difícil organização, planejamento e controle. CC: Então, como os trabalhadores se envolvem neste plantio? PF: Os trabalhadores se envolvem, geralmente, de três formas. A primeira é como assalariado. Sendo contratado por um período, para plantar, cuidar e colher. Pode ser, também, no sistema de meeiro, quando cuida de uma porção de terra e depois divide o produto com quem chamam de "patrão", uma pessoa que geralmente nem conhecem. A terceira forma é como agricultura familiar. Em qualquer um dos três modos, o pequeno agricultor envolvido não tem controle do preço final do produto e se insere de maneira subalterna, em um elo de produção e venda em que há mais atores. O agricultor é o elo mais frágil da cadeia e é quem mais sofre com a repressão porque está na ponta do processo e mais desprotegido. CC: Em quais terras ocorre a produção de maconha? PF: Devido ao fato da legislação brasileira prever terras para desapropriação para fins de reforma agrária em áreas onde forem encontrados plantios ilícitos, as plantações se fazem, geralmente. em terras abandonadas, de propretário desconhecido ou em áreas públicas, inclusive de preservação, como a caatinga. No entanto, com a intensificação das ações de erradicação dos plantios nos últimos anos, volta-se a utlizar plantios em pequenas proriedades, em quantidades de covas reduzidas, para evitar a identificação, e nas ilhas do Rio São Francisco. CC: O plantio acontece o ano todo? PF: Sim, é possível plantar o ano todo, pois não há muita variação e a cannabis é uma planta bem adaptada. O que se busca é variar o período para se evitar as ações de erradicação de plantio. CC: Existe relação entre o uso de agrotóxicos nessas plantações e uma maior frequência das incursões da polícia nesta região? PF: Agrotóxico, no sentido do defensor agrícola para evitar pragas, não. Mas, em relação a uso de produtos para acelerar a produção, sim. Historicamente o plantio de cannabis na região era feito sem a utilização de adubos químicos para evitar o aumento do preço de custo da produção. No entanto, o aumento da eficiência das ações de erradicação das polícias, prevendo ações em períodos de colheitas de quatro meses, levou à utilização de adubos químicos para acelerar o tempo da colheita. Hoje é possível ter ciclos de dois meses.
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