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CanhamoMAN

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  1. Comissão de Direitos Humanos discute regulamentação do uso da maconha Da Redação | 13/10/2014, 10h08 - ATUALIZADO EM 13/10/2014, 10h37 http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/10/13/comissao-de-direitos-humanos-discute-regulamentacao-do-uso-da-maconha O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) abriu há instantes a sexta reunião da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) destinada a discutir sugestão popular (SUG 8/2014) que propõe a legalização do uso recreativo e medicinal da maconha. Participam do debate o padre Aníbal Gil Lopes, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, o psiquiatra Marcos Zaleski, a presidente da Associação Brasileira do Estudo do Álcool e outras Drogas (Abead), Ana Cecília Petta Roselli Marques, deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS) e Alexandre Sampaio Zakir, delegado de polícia corregedor do estado de São Paulo. Cristovam é relator da matéria na CDH e, após as audiências públicas, apresentará seu relatório favorável ou contrário à transformação da sugestão em projeto de lei. A reunião está sendo realizada na sala 2 da Ala Senador Nilo Coelho, no Senado.
  2. Portugal autoriza primeira plantação de cannabis destinada a medicamentos para o Reino Unido ROMANA BORJA-SANTOS 09/10/2014 - 07:15 http://www.publico.pt/sociedade/noticia/portugal-autoriza-primeira-plantacao-de-cannabis-destinada-a-medicamentos-para-o-reino-unido-1670750 Autorização foi dada pelo Infarmed e é a primeira do género. Destina-se a uma espécie de cannabiscom concentrações muito baixas de THC, a substância psicotrópica da planta. Portugal tem condições tanto de luz como de água muito favoráveis à plantação de cannabis DAVID MCNEW/GETTY IMAGES/AFP Portugal vai acolher, durante o período de pelo menos um ano, uma plantação de cannabis destinada à produção de medicamentos no Reino Unido. A autorização foi dada pela Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) e publicada em Diário da República. É a primeira concessão deste género, diz o Infarmed, que ressalva que a planta terá baixos níveis da principal substância psicotrópica associada à cannabis. A autorização foi concedida ainda em Setembro pelo regulador português no âmbito das suas funções e publicitada através do aviso n.º 10618/2014, em que se explica que o direito ao cultivo e à exploração de cannabis sativa foi dado a uma empresa pelo período de um ano, que pode ser renovável por igual período caso o Infarmed nada diga até 90 dias antes do fim do prazo. Questionado pelo PÚBLICO, numa resposta escrita, o Infarmed confirmou que “a sociedade Terra Verde, Lda. está autorizada para o cultivo de cannabis sativa em Portugal, para realizar um projecto de investimento que consiste na plantação de cannabis sativa e a sua transformação em pó que será exportado 100% para o Reino Unido e utilizado para a produção de medicamentos a utilizar no alívio da dor derivada da doença oncológica, na esclerose múltipla e na epilepsia”. A autoridade do medicamento garantiu, também, que “esta é a primeira autorização deste género” alguma vez dada, numa altura em que se está a tornar mais comum a utilização da cannabis para fins terapêuticos. O PÚBLICO tentou contactar a Terra Verde de várias formas ao longo de duas semanas, mas não foi possível. De acordo com a informação disponível na Internet, a empresa tem sede no Montijo e terá sido criada ainda em 2014, destinando-se à produção e comercialização de produtos farmacêuticos e componentes naturais para a indústria farmacêutica a partir de plantas naturais. Não há nenhum contacto de email ou telefónico disponível online, nem registado no serviço de informações de rede fixa, nem nas várias operadoras de rede móvel. Na sede da empresa, num prédio de habitação no Montijo, ninguém abriu a porta e na anterior empresa em que o sócio maioritário trabalhava nenhuma chamada foi atendida. Também não há nenhum telefone registado na residência de David Yarkoni, detentor de 4500 euros do total de 5000 euros de capital social da Terra Verde. Tentou-se, ainda, o contacto através da rede social Linkedin, mas o engenheiro agrónomo israelita que está em Portugal desde a década de 1980 não respondeu. Foram também enviadas questões para a sócia minoritária, a GW Pharmaceuticals PLC, mas não houve resposta. O laboratório do Reino Unido é detentor do medicamento Sativex, que de acordo com a bula disponibilizada em português pelo Infarmed é um “nebulizador bucal que contém extractos de cannabis chamados canabinóides”. Ainda sobre a plantação, o Infarmed sublinha, por seu lado, que a espécie decannabis alvo de autorização é a que tem “alto teor de canabidiol (CBD) e baixo teor (inferior a 2%) de tetrahidrocanabinol (THC)”, a “substância psicotrópica” da planta em causa. O THC é o responsável pelos efeitos psicomotores da cannabis e já existem situações em que a concentração chega aos 30%, sendo esta subida a principal fonte de preocupação das autoridades. Na mesma nota, o regulador recorda que é ao Infarmed que cabe esta decisão no âmbito das suas funções legalmente determinadas. Aliás, o Decreto-Lei n.º 15/93, de 22 de Janeiro, que estabelece o regime jurídico do tráfico e consumo de estupefacientes e psicotrópicos, determina que cabe a esta autoridade “estabelecer os condicionamentos e conceder autorizações” para casos como a plantação de cannabis “dentro dos limites estritos das necessidades do país, dando prevalência aos interesses de ordem médica, médico-veterinária, científica e didáctica”. Estas normas foram, posteriormente, explicitadas pelo decreto-regulamentar n.º 61/94, de 12 de Outubro que, entre outros assuntos, afirma que os excedentes que ultrapassem os 10% da produção autorizada têm de ser destruídos. Também em 1999 foi feito um aditamento ao decreto de 1994 que reforça que “a cultura de cânhamo industrial (cannabis sativa L) tem vindo a ser alvo de um crescimento exponencial nos países industrializados, não sendo alheio a tal facto as suas inegáveis vantagens ecológicas para além da sua rentabilidade” – sendo neste caso o destino a indústria têxtil. Considera-se reflexo disso “as variedades de sementes da referida planta que vêm surgindo, de baixo teor psicoactivo, de cultivo autorizado e, inclusive, subsidiado ao abrigo de regulamentação comunitária, com o objectivo de obtenção de fibra” – sendo a baixa concentração de THC uma garantia de que não devem existir usos indevidos da planta. Portugal tem, aliás, condições tanto de luz como de água muito favoráveis à plantação de cannabis, sobretudo a partir de Maio. Além do cultivo destinado à produção de medicamentos, o país pode também emitir autorizações para plantações que tenham como destino a indústria têxtil, visto que a planta também é conhecida pelas suas boas características para a criação de fibras naturais. Esta área já não depende do Infarmed mas sim de outras entidades. Em todos os casos, a luz-verde é apenas para a cannabis sativa, na versão menos potente desta droga.
  3. 11/10/2014 às 11h07 (Atualizado em 11/10/2014 às 14h20) Cremesp libera uso de derivado da maconha Médicos com registro profissional em SP poderão prescrever substância para bebês e crianças com epilepsia mioclônica grave, que causa crise não controlada por remédios disponíveis http://noticias.r7.com/saude/cremesp-libera-uso-de-derivado-da-maconha-11102014 Em São Paulo, os médicos podem prescrever canabidiol para tratamento de epilepsia mioclônica graveDivulgação O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) publicou nesta semana uma resolução que regulamenta a prescrição da substância canabidiol (CDB) - um dos princípios ativos da Cannabis sativa, a maconha. São Paulo é o primeiro Estado a regulamentar a substância. A resolução, publicada nesta quinta-feira (9) prevê que médicos com registro profissional em São Paulo poderão prescrever a substância para bebês e crianças que tenham epilepsia mioclônica grave, doença que se manifesta nos primeiros meses de vida e causa crises que não podem ser controladas pelos remédios hoje disponíveis. A medida se baseia em estudos que têm demonstrado o potencial do canabidiol em diminuir a frequência de crises convulsivas entre esses pacientes. O vice-presidente do conselho Mauro Aranha de Lima explica que a resolução se justifica porque os pacientes não têm outra opção de tratamento. — O Cremesp entende que a principal justificativa para seu uso é a não efetividade dos medicamentos convencionais nessa forma grave de epilepsia, o que acaba por levar os pacientes acometidos, depois de múltiplas crises convulsivas, a retardo mental profundo e até mesmo à morte. Ainda segundo o Cremesp, o uso do CDB "não induz a efeitos alucinógenos ou psicóticos, como também não tem efeitos inibitórios relevantes na cognição humana". Embora o canabidiol seja proibido no Brasil e ainda não tenha registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estudos têm mostrado sua eficácia no tratamento de doenças raras que apresentam entre suas características quadros graves de convulsão ou problemas de saúde que causam dores crônicas e fortes. A importação do canabidiol pode ser autorizada pela Anvisa por meio de uma solicitação excepcional para uso pessoal. Desde maio, quando a agência criou mecanismos para que as pessoas possam ter acesso a esses medicamentos sem demandas judiciais, a Anvisa já recebeu 167 pedidos de importação do canabidiol, cuja comercialização é aprovada nos EUA e em alguns países da Europa. O prazo médio das liberações pela Anvisa é de uma semana.
  4. Perfume nacional tem cheiro de maconha, dizem usuários http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/felipe-patury/noticia/2014/10/bperfume-nacional-tem-cheiro-de-maconhab-dizem-usuarios.html FELIPE PATURY E TERESA PEROSA 11/10/2014 11h30 Folha da canabis, a partir da qual é feita a maconha (Foto: Getty Images) A Natura enfrenta uma onda de reclamações sobre seu novo perfume masculino, o #urbano. Em redes sociais, como o Twitter, e o ReclameAqui acumulam críticas do mesmo teor: ele cheira a maconha. Alguns dizem que tiveram de dar explicações em casa e no trabalho sobre o odor que exalaram. A Natura diz que não existe similaridade química entre a matéria-prima do #urbano com notas que remetam a cheiros como fumo, fumaça e afins e que troca produtos, em caso de queixa. O #urbano na embalagem de 100 ml custa aproximadamente R$ 90.
  5. 10/2014 13h01 - Atualizado em 12/10/2014 13h03 Senador elabora parecer para apoiar regulamentação do uso medicinal da maconha Agência Brasil http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/2014/10/senador-elabora-parecer-para-apoiar-regulamentacao-do-uso-medicinal-da-maconha.shtml in Getty Images O primeiro passo concreto na direção da regulamentação do uso medicinal da maconha no Brasil deve ser dado logo após o segundo turno das eleições. A informação foi dada à Agência Brasil pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), relator da sugestão popular - que reuniu mais de 20 mil assinaturas - em favor de que o Congresso discuta uma proposta para regulamentar o uso medicinal e recreativo da maconha no Brasil. A missão do senador é elaborar um parecer para que um projeto nesse sentido seja apresentado e discutido posteriormente na Câmara e no Senado. Depois de cinco audiências públicas com a participação ativa da sociedade civil, para Cristovam não há mais dúvidas, a discussão sobre o uso medicinal é urgente e deve avançar. Brasil Ciência Maconha Medicina "Com o debate feito até aqui, eu já tenho argumentos suficientes para ver que é preciso, sim, aproveitar o poder medicinal que essa erva tem. Não dá para deixar tanta gente sofrendo por causa de um preconceito sobre o uso de uma droga", disse o senador, que ainda não tem uma posição sobre a regulamentação do uso recreativo da substância. O senador ainda deve promover, pelo menos, mais duas audiências públicas para discutir o assunto. Nesta segunda-feira (13) serão ouvidos os contrários à legalização da maconha. Entre os convidados estão Aníbal Gil Lopes, da Arquidiocese do Rio de Janeiro; o psiquiatra Marcos Zaleski e a presidente da Associação Brasileira do Estudo do Álcool e outras Drogas (Abead), Ana Cecília Marques. Para mães de pacientes que fazem tratamento com remédios a base de canabidiol e participaram da discussão em Brasília, Cristovam Buarque seria o nome mais indicado para levar a discussão adiante, mas ele já disse que não será autor de uma proposta sobre a regulamentação do uso medicinal da maconha. O senador, no entanto, não nega o interesse em ficar com a relatoria da matéria. Para Luciana Von Szilagyi, mãe de Vitor Bezerra, de 21 anos, que faz uso do canabidiol, o ponto mais difícil na discussão vai ser sobre a produção da matéria prima. Segunda ela, como esses remédios chegarão às famílias, se vai ser, por exemplo, por importação e se o governo vai subsidiar, são perguntas que precisarão ser esclarecidas na proposta. Outro ponto, na avaliação dela, diz respeito a participação do governo no subsídio da medicação. "Se o governo não subsidiar, vai permitir que as universidades federais e os grandes centros de pesquisas desenvolvam projetos nesse sentido? Acho complicado liberar para todo mundo produzir, não temos segurança jurídica e nem policial para isso", disse. Luciana faz parte de um grupo de 15 famílias da Paraíba que conseguiu importar o extrato de canabidiol (CBD) legalmente graças a uma decisão liminar concedida por meio da primeira ação coletiva movida pelo Ministério Publico Federal (MPF), que permitiu a importação do CBD a 16 pacientes com epilepsia refratária. Os defensores da causa medicinal sabem que a discussão será longa e dura, mas estão dispostos a enfrentá-la. "A gente sabe que a luta é grande e que tem os proibicionistas radiciais e os proibicionistas que não são tão preconceituosos e enxergam nesse uso medicinal uma saída. Eu vivo na pele o resultado positivo da medicação, vendo o meu filho com melhor qualidade de vida. Não vou me aquietar enquanto essa questão não estiver resolvida", disse Luciana. Editor Fernando Fraga
  6. http://www.brasilpost.com.br/fernando-henrique-cardoso/cinco-maneiras-de-por-fim-a-guerra-das-drogas_b_5960828.html?utm_hp_ref=brazil Publicado: 09/10/2014 16:30 BRT Atualizado: 09/10/2014 16:34 BRT Cinco maneiras de por fim à guerra das drogas; comecem descriminalizando o uso de drogas Fernando Henrique Cardos Ex-presidente do Brasil Abordagens anteriores que priorizavam um paradigma de aplicação punitiva da lei falharam, enfaticamente. Elas resultaram em mais violência, maiores populações prisionais e a erosão da governança em todo o mundo. Os danos à saúde associados ao uso de drogas se agravaram, e não o contrário. A Comissão Global para Políticas de Drogas defende uma abordagem dessas políticas centrada na saúde pública, na segurança da comunidade, nos direitos humanos e no desenvolvimento. Abaixo, uma lista dos cinco caminhos para por fim à guerra das drogas recomendados pela Comissão Global de Políticas sobre Drogas, que eu presido. (Os outros membros da comissão, que vão de Kofi Annan a Paul Volcker ao ex-presidente mexicano Ernesto Zedillo, estão listados depois das recomendações.) 1. Colocar em primeiro lugar a saúde e a segurança da comunidade exige uma reorientação fundamental das prioridades políticas e dos recursos, passando da repressão punitiva fracassada a intervenções de saúde e sociais comprovadas. As metas declaradas das políticas de controle de drogas, assim como os critérios pelos quais essas políticas são avaliadas, merecem reformas. As metas e medidas tradicionais -- como hectares de plantações ilícitas erradicadas, quantidades de drogas apreendidas e o número de pessoas presas, processadas, condenadas e encarceradas por violações das leis de drogas -- deixaram de produzir resultados positivos. Muito mais importantes são as metas e medidas que enfocam a redução tanto dos prejuízos relacionados às drogas -- como overdoses fatais, HIV/Aids, hepatite e outras doenças -- assim como danos relacionados à proibição -- crime, violência, corrupção, violações dos direitos humanos, degradação ambiental, deslocamento de comunidades e o poderio das organizações criminosas. Os gastos em medidas de repressão contraproducentes devem ser abolidos, enquanto a prevenção comprovada, a redução de danos e as medidas de tratamento são intensificadas de acordo com as necessidades. 2. Garantir o acesso equitativo aos medicamentos essenciais, em particular remédios contra a dor à base de ópio. Mais de 80% da população mundial carregam um enorme peso de dor e sofrimento evitáveis, com pouco ou nenhum acesso a esses medicamentos. Essa situação persiste apesar do fato de que evitar doenças e o acesso aos remédios essenciais é um objetivo chave e obrigação do regime global de controle de drogas. Os governos precisam definir planos e prazos claros para remover os obstáculos internos e internacionais a esses dispositivos. Eles também devem alocar as verbas necessárias para um programa internacional -- supervisionado pela Organização Mundial da Saúde e desenvolvido em parceria com o Escritório da ONU sobre Drogas e Crime e o Conselho Internacional de Controle de Narcóticos -- para garantir o acesso equitativo a esses medicamentos onde não são disponíveis. 3. Parar de criminalizar as pessoas por uso e posse de drogas -- e parar de impor o "tratamento compulsório" a pessoas cuja única ofensa é o uso ou a posse de drogas. A criminalização do uso e da posse de drogas tem pouco ou nenhum impacto nos níveis de consumo de drogas em uma sociedade aberta. Entretanto, essas políticas encorajam comportamentos de alto risco, como injeções inseguras, levar pessoas que precisam de tratamento antidrogas a deixar de procurá-lo, desviar recursos policiais que se concentrariam em crimes graves, reduzir as verbas de pessoal e do governo que de outro modo poderiam ser usadas em um investimento positivo na vida das pessoas e sobrecarregar milhões de pessoas com as consequências negativas duradouras de uma condenação criminal. Usar o sistema de justiça criminal para obrigar as pessoas detidas por posse de droga a um "tratamento" muitas vezes causa mais mal que bem. É muito melhor garantir a disponibilidade de serviços de apoio diversificados nas comunidades. Essa recomendação, deve-se notar, não exige a reforma dos tratados internacionais de controle de drogas. Contar com alternativas ao encarceramento para participantes de baixo nível e não violentos em mercados de drogas ilícitas, como agricultores, transportadores e outros envolvidos na produção, transporte e venda de drogas ilícitas. Os governos dedicam recursos sempre crescentes à identificação, detenção e encarceramento de pessoas envolvidas em mercados de drogas ilícitas -- com pouca ou nenhuma evidência de que esses esforços reduzam os problemas relacionados a drogas ou impeçam que outros se envolvam em atividades semelhantes. Sanções baseadas na comunidade e outras não criminosas habitualmente se mostram muito menos caras e mais eficazes que a criminalização e a prisão. Agricultores de subsistência e trabalhadores diaristas envolvidos na colheita, processamento, transporte ou comercialização e que se refugiaram na economia ilícita meramente por razões de sobrevivência não deveriam ser submetidos a punição criminal. Somente os esforços de desenvolvimento socioeconômico de longo prazo que melhorem o acesso à terra e aos empregos, reduzam a desigualdade econômica e a marginalização social e aumentem a segurança poderão lhes oferecer uma estratégia de saída legítima. 4. Concentrar-se em reduzir o poder das organizações criminosas, assim como a violência e a insegurança resultantes de sua competição entre si e com o Estado. Os governos precisam ser muito mais estratégicos, prevendo as maneiras como determinadas iniciativas policiais, especialmente a repressão militarizada, podem exacerbar a violência criminal e a insegurança pública sem realmente conter a produção, o tráfego e o consumo de drogas. Desalojar a produção ilícita de drogas de um local para outro, ou o controle de uma rota de tráfico de uma organização criminosa para outra, muitas vezes causa mais dano que benefício. As metas da repressão pelo lado da oferta precisam ser reorientadas da inatingível erradicação do mercado para reduções possíveis em violência e distúrbios ligados ao tráfico. Recursos de repressão devem ser dirigidos para os elementos mais perturbadores, problemáticos e violentos do negócio -- juntamente com a cooperação internacional na repressão à corrupção e à lavagem de dinheiro. Militarizar os esforços antidrogas é raramente eficaz e muitas vezes contraproducente. É essencial uma maior responsabilização pelos abusos aos direitos humanos cometidos na aplicação da lei antidrogas. 5. Permitir e incentivar diversos experimentos na regulamentação legal de mercados para drogas atualmente ilícitas, a começar, mas não limitando-se à Cannabis, a folha de coca e certas novas substâncias psicoativas. Muito se pode aprender dos sucessos e fracassos na regulamentação do álcool, tabaco, drogas farmacêuticas e outros produtos e atividades que representam riscos para a saúde e outros para os indivíduos e as sociedades. Novos experimentos são necessários para permitir o acesso restrito mas legal a drogas que hoje só são encontradas de forma ilegal. Isto deve incluir a expansão do tratamento assistido contra a heroína para alguns usuários dependentes de longa data, que se mostrou tão eficaz na Europa e no Canadá. Em última instância, a maneira mais eficaz de reduzir os extensos danos do regime global de proibição às drogas e avançar para as metas de saúde pública e segurança é colocar as drogas sob controle por meio de uma regulamentação legal responsável. Aproveitem a oportunidade apresentada pela próxima Sessão Especial da Assembleia Geral da ONU em 2016 para reformar o regime de políticas globais antidrogas. A liderança do secretário-geral da ONU é essencial para garantir que todos os órgãos relevantes da ONU -- não apenas aqueles que se concentram na aplicação da lei, mas também na saúde, segurança, direitos humanos e desenvolvimento -- se envolvam plenamente em uma avaliação "Uma ONU" das estratégias globais de controle de drogas. O secretariado da ONU deveria urgentemente facilitar a discussão aberta, incluindo novas ideias e recomendações que se baseiam em evidências científicas, princípios de saúde pública, direitos humanos e desenvolvimento. As mudanças de políticas no sentido da redução de danos, o fim da criminalização dos usuários de drogas, a proporcionalidade de sentenças e alternativas ao encarceramento foram defendidos com sucesso nas últimas décadas por um número crescente de países # com base na latitude legal == on the basis of the legal latitude -- seria atitude ?? permitida sob os tratados da ONU. Uma nova exploração das interpretações flexíveis dos tratados sobre drogas é um objetivo importante, mas em última instância o regime global de controle das drogas deve ser reformulado para permitir a regulamentação legal responsável.
  7. Congresso eleito E o Mais Conservador from 1964, Afirma DIAP Nivaldo Souza e Bernardo Caram - O Estado de S. Paulo Nivaldo Souza e Bernardo Caram - O Estado de S. Paulo 06 Outubro 2014 | 19h 46 06 Outubro 2014 | 19h 46 Políticos conservadores se consolidaram como maioria, de acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) Políticos conservadores se consolidaram Como maioria, de a Acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) BRASÍLIA - Apesar das manifestações de junho de 2013 - carregadas com o simbolismo de um movimento popular por renovação política e avanço nos direitos sociais - o resultado das eleições do último domingo, 5, revelou uma guinada em outra direção. BRASÍLIA - Apesar das manifestations de junho de 2013 - carregadas com o simbolismo de hum Movimento Popular POR Renovação Política e Avanço Nos DIREITOS Sociais - o Resultado das Eleições fazer ÚLTIMO domingo, 5, revelou UMA guinada los outra DIREÇÃO. Parlamentares conservadores se consolidaram como maioria na eleição da Câmara, de acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Parlamentares conservadores se consolidaram Como na maioria eleição da Câmara, de a Acordo com Levantamento fazer Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). O aumento de militares, religiosos, ruralistas e outros segmentos mais identificados com o conservadorismo refletem, segundo o diretor do Diap, Antônio Augusto Queiroz, esse novo status. O aumento de Militares, Religiosos, ruralistas e To Us Link Segmentos Mais identificados com o conservadorismo refletem, Segundo o Diretor do DIAP, Antônio Augusto Queiroz, ESSE novo status. "O novo Congresso é, seguramente, o mais conservador do período pós-1964", afirma. "O novo Congresso E, seguramente, o Mais Conservador fazer Periodo Pós-1964", Afirma. "As pessoas não sabem o que fazem as instituições e se você não tem esse domínio, é trágico", avalia. "Como PESSOAS Localidade: Não Sabem O Que fazem como Instituições e se Voce Não Tem ESSE Domínio, E trágico", Avalia. Ele acredita que a tensão criada pelo debate de pautas como a legalização do casamento gay ea descriminalização do aborto deve se acirrar no Congresso, agora com menos influência de mediadores tradicionais, que não conseguiram de reeleger. He acredita Que a diante, Tensão criada Pelo debate de pautas Como a legalização do Casamento gay ea descriminalização do aborto DEVE se acirrar no Congresso, ágora com Menos Influência de Mediadores Tradicionais, Que Localidade: Não conseguiram de reeleger. "No caso da Câmara, muitos dos parlamentares que cuidavam da articulação (para evitar tensões) não estarão na próxima legislatura. Algo como 40% da 'elite' do Congresso não estará na próxima legislatura, seja porque não conseguiram se reeleger ou disputaram outros cargos. Houve uma guinada muito grande na direção do conservadorismo", diz. "No Caso da Câmara, muitos parlamentares DOS QUE cuidavam de da Articulação (Tensões evitar Pará) Localidade: Não estarão na proxima Legislatura. Algo Como 40% da 'elite' fazer CONGRESSO Nao estara na proxima Legislatura, SEJA porqué Nao conseguiram reeleger SE OU disputaram To Us Link cargas . Houve UMA guinada Muito grande na DIREÇÃO fazer conservadorismo ", Diz. O levantamento do Diap mostra que o número de deputados ligados a causas sociais caiu, drasticamente, embora os números totais ainda estejam sendo calculados. O Levantamento fazer DIAP Mostra Que o numéro de Deputados Ligados a Causas Sociais Caiu, drasticamente, embora OS Números Totais AINDA estejam Sendo calculados. A proporção da frente sindical também foi reduzida quase à metade: de 83 para 46 parlamentares. A proporção da Frente Sindical also was reduzida Quase à Metade: de 83 de para 46 parlamentares. Junto com a redução desses grupos, o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo ea descriminalização das drogas - temas que permearam os debates no primeiro turno da disputa presidencial - têm poucas chances de serem abordados pelo Congresso eleito, que tomará posse em fevereiro de 2015. Junto com a Redução Desses Grupos, o aborto, O Casamento Entre PESSOAS fazer MESMO sexo ea descriminalização das Drogas - Temas Que OS permearam os debates no Primeiro turno da Disputa presidencial - chances TEM poucas de Serem abordados Pelo Congresso eleito, that Tomara Posse los fevereiro de 2015. "Posso afirmar com segurança que houve retrocesso em relação a essas pautas. Se no atual Congresso houve dificuldade para que elas prosperassem, no próximo isso será muito mais ampliado. Houve uma redução de quem defendia essa pauta no Parlamento e praticamente dobrou (o número de) quem é contra", diz. "Posso AFIRMAR com Segurança Que houve a retroceder los Relação de essas pautas. Se não Atual Congresso houve dificuldade parágrafo Que ELAS prosperassem, nenhum Próximo ISSO Será, Muito Mais ampliado. Houve UMA Redução de Quem defendia ESSA pauta nenhum parlamento e Praticamente Dobrou (o numéro de ) QUEM E contra ", Diz. Parte consistente do conservadorismo, segundo Queiroz, virá da bancada evangélica. Parte consistente do conservadorismo, Segundo Queiroz, Vira da bancada evangélica. Ele estima que o número de religiosos desta corrente deve crescer em relação aos 70 deputados eleitos em 2010. "A bancada evangélica vai ficar um pouquinho maior, mas com uma diferença: nomes de maior peso dentro das igrejas para melhor coordenar e articular os interesses desse segmento junto ao Congresso", diz. He estima Que o numéro de Religiosos Desta Corrente DEVE Crescer los Relação EAo 70 Deputados eleitos los 2010 "A bancada evangélica Vai Ficar hum pouquinho Maior, mas com UMA Diferença: nomos de Maior Peso Dentro das Igrejas parágrafo Melhor coordenar e articular OS Interesses desse segmento Junto AO Congresso ", Diz. Entre essas lideranças, o Diap já identificou 40 bispos e pastores. Entre essas lideranças, o DIAP JÁ identificou 40 Bispos e pastores. Militares. O Diap também estima um aumento consistente de policiais e militares eleitos. Militares. DIAP O also hum estima aumento consistente de Policiais e Militares eleitos. Queiroz prevê que o aumento de parlamentares com este perfil deve chegar a 30%. Queiroz preve Que o aumento de parlamentares com this PERFIL DEVE chegar a 30%. "Esse grupo, necessariamente, vai fazer parte da 'bancada da bala', porque defende a defesa individual", diz, referindo-se ao lobby da indústria armamentista. "ESSE Grupo, necessariamente, vai Fazer Parte da" bancada da bala ", o Porque Defende A Defesa indivíduo", Diz, referindo-se AO átrio da Indústria armamentista. A ampliação desse grupo é uma onda que veio na contramão das manifestações populares de 2013. "Isso é produto da alienação. Quem foi para rua, em grande medida, foi pedindo mudanças. Mas sem ter uma liderança capaz direcionar e coordenar (o movimento). Era 'contra tudo o que está aí'." A ampliação desse Grupo E UMA onda Que Veio na contramão das manifestations Populares de 2013 "ISSO E PRODUTO da de alienação. QUEM FOI parágrafo rua, EM grande Medida, Mudanças pedindo FOI. Mas SEM ter UMA Liderança Capaz direcionar e coordenar (o Movimento) . Era 'contra Tudo O Que ESTA aí'. " Queiroz considera que, caso o candidato do PSDB, Aécio Neves, seja eleito, temas como a redução da maioridade penal, considerada uma proposta conservadora, podem avançar facilmente no Congresso. Queiroz que sejam considerados Que, Caso o Candidato do PSDB, Aécio Neves, SEJA eleito, Temas Como a Redução da maioridade penal, considerada UMA proposal conservadora, PODEM avançar fácilmente sem Congresso. "O PSDB perdeu em quantidade (reduziu de 12 para 10 o número de senadores), mas é uma bancada que se renova do ponto de vista qualitativo. Só que com viés conservador", diz. "O PSDB Perdeu los Quantidade (reduziu de 12, parágrafo 10 o numéro de Senadores), mas E UMA bancada Que se renova do Ponto de vista qualitativo. Só that com viés Conservador", Diz.
  8. Maconha vicia menos que álcool e nicotina, mostra revisão de estudos AMPLO ESTUDO PUBLICADO EM 07/10/14 - 15h11 http://www.otempo.com.br/interessa/sa%C3%BAde-e-ci%C3%AAncia/maconha-vicia-menos-que-%C3%A1lcool-e-nicotina-mostra-revis%C3%A3o-de-estudos-1.928275 Pesquisador, conselheiro da Organização Mundial de Saúde, revisou literatura especializada no assunto dos últimos 20 anos para publicar trabalho Cannabis vicia significativamente menos do que o álcool e a nicotina. No entanto, dirigir sob o efeito da droga é perigoso, assim como há riscos para o desenvolvimento do feto no caso de grávidas que fumam a erva. Essas são as conclusões de uma revisão de estudos feita pelo professor da King's College London Wayne Hall, conselheiro sobre vício da Organização Mundial da Saúde (OMS). Hall analisou os estudos sobre maconha desde 1993 e publicou trabalho na revista científica “Addiction”. Segundo ele, foi feita uma revisão sistemática da literatura, com pesquisa nos maiores estudos sobre os efeitos colaterais do cannabis publicados entre 1993 e 2013. Foram vistos 165 artigos. Entre as conclusões, está o risco de que um em cada dez usuários contumazes fique dependente. O risco aumenta para um em cada seis, no caso de pessoas que fumam grandes quantidades desde a adolescência. Esses dados são diferentes de outros, da mesma compilação de estudos, que mostram 32% de risco de vício para usuários de nicotina; 23%, para heroína; 17%, para cocaína; 15%, para o álcool. Outra revelação de Hall é que o uso frequente do cannabis não produz overdoses fatais. Já quanto ao risco de acidentes de trânsito, o resultado aponta chances duas vezes maiores de ocorrerem acidentes se o motorista estiver sob o efeito da maconha. No entanto, o professor destacou que, em diversos casos, os envolvidos em acidentes tinham utilizado também o álcool, dificultando identificar qual substância teria contribuído mais diretamente. Quanto aos sintomas e transtornos psicóticos, aqueles que fumam regularmente dobram os riscos de eles surgirem. Para Hall, embora embora se tenha observado que adolescentes que usam a erva tenham piores resultados na escola e mais chances de consumir outras drogas ilegais, não é possível dizer que os efeitos negativos sejam diretamente associados à maconha.
  9. Quinta, 02 Outubro 2014 06:46 Pés de maconha mantidos com luz artificial são apreendidos em Itaúna Por G1 | Para: CBN Foz http://www.cbnfoz.com.br/editorial/brasil/minas-gerais/02102014-211283-pes-de-maconha-mantidos-com-luz-artificial-sao-apreendidos-em-itauna Um jovem de 20 anos foi preso com 12 pés de maconha plantados dentro de uma casa Rua Maria de Castro, no Bairro Nova Vila Mozar, em Itaúna. A Polícia Militar (PM) informou que para manter as espécies ele usava luz artificial e um ventilador instalados dentro de um quarto isolado com lona. Ainda segundo informações dos militares, testemunhas fizeram denúncia anônima informando que na casa ocorria tráfico de drogas. O suspeito foi preso em flagrante e levado para delegacia de Polícia Civil da cidade, onde prestou depoimento e foi liberado. Pés de maconha eram mantidos com luz artificial e ventilador (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
  10. Quantas pessoas já morreram de overdose de maconha no Brasil? http://www.brasilpost.com.br/2014/10/01/overdose-maconha_n_5916870.html Publicado: 01/10/2014 19:04 BRT Atualizado: 01/10/2014 19:35 BRT Rodolfo VianaFavoritarrodolfo.viana@brasilpost.com.br Thinkstock Desde que o Huffington Post aportou no Brasil, em janeiro deste ano, sob o nome de Brasil Post, publicamos diversos artigos e reportagens sobre maconha. Abordamos o consumo e a repressão, os supostos benefícios e malefícios; sobretudo, apontamos a necessidade de descriminalizar a cannabis. Em todo texto, somos questionados sobre mortes decorrentes do uso de maconha. A última vez que alguém usou overdose como justificativa ideal para não descriminalizar a erva foi no Facebook, ao divulgarmos o post DataPost: saiba quem a nossa redação elegeria Presidente da República. Confira nos comentários: Diante deste questionamento, sentimo-nos compelidos a investigar. Destacamos dois repórteres para o trabalho de relacionar as vítimas desta pesada droga. Segue a lista de pessoas que morreram por overdose de maconha no Brasil, desde 1500 até setembro de 2014: Pois é. Ninguém. Como publicado no io9, é praticamente impossível ter uma overdose de maconha. Em 1988, o juiz Francis Young, utilizando um relatório do DEA (órgão da Polícia Federal norte-americana que combate o tráfico de drogas), chegou à seguinte conclusão: As drogas usadas na medicina em geral levam o chamado LD-50. A classificação LD-50 indica a dosagem com a qual 50% dos animais de teste que receberam determinada droga morreram com resultado da toxidade induzida. Vários pesquisadores têm tentado determinar a classificação LD-50 da maconha em teste com animais, sem sucesso. Simplificando, os pesquisadores não conseguem dar aos animais maconha suficiente para induzir à morte. De acordo com os cálculos do relatório, para se ter uma overdose de maconha, o consumo deve ser de cerca de 680 quilos em, no máximo, 15 minutos. Isso dá entre 20 mil e 40 mil baseados. A propósito, hoje é quarta. Mais maconha no Brasil Post: Consumo Cerca de 8 milhões de brasileiros já experimentaram maconha. O dado é do segundo Levantamento Nacional de Álcool e Drogas, realizado pelo Governo Federal em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Dos 8 milhões que já fumaram a erva, aproximadamente 1,5 milhão faz isso diariamente. "Entrada para outras drogas"? A tese de que a maconha é uma porta de entrada para outras drogas pode não fazer sentido. Pelo menos, foi o que apontou um estudo da Universidade de Pittsburgh. Nele, 214 meninos com algum tipo de envolvimento com drogas legais ou ilegais foram acompanhados dos 10 aos 22 anos. No fim do experimento, não foi constatada nenhuma relação direta entre o consumo de maconha e o posterior uso de outras substâncias. Segundo cientistas, fatores como pouca ligação com os pais se mostraram mais influentes no envolvimento com drogas. Trabalhadores O consumo de maconha pode ser maior entre os jovens que trabalham do que entre aqueles que não o fazem. A tendência foi apontada num estudo da psiquiatra Delma de Souza, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). No trabalho, ela constatou que 8,6% dos jovens trabalhadores de Cuiabá já consumiram a droga - contra 4,4% entre aqueles que não trabalham. Participaram da pesquisa cerca de 3 mil estudantes com idades entre 10 e 20 anos. Crimes As taxas de crimes como assalto, assassinato e estupro não aumentaram nos 11 estados americanos que legalizaram o uso da maconha para fins medicinais entre 1990 e 2006. O dado é de um estudo realizado por médicos daUniversidade de Dallas. Com base em dados do FBI, o levantamento aponta que crimes como homicídio e assalto até diminuíram em alguns estados após a adoção da medida. Cérebro O consumo regular de maconha pode alterar a estrutura do cérebro. A constatação é de médicos da Universidade de Northwestern. Num estudo realizado por meio de ressonâncias magnéticas com 20 pessoas que usavam a droga pelo menos uma vez por semana e 20 que não usavam, eles constataram diferenças de tamanho e forma no órgão daqueles que eram consumidores de maconha. Segundo os cientistas, essas diferenças indicavam que o cérebro tenta se adaptar à exposição à droga. Memória A ideia de que fumar maconha afeta memória pode estar correta. Um estudo da Universidade de Northwestern com 97 participantes que já tinham consumido a erva diariamente por cerca de três anos indicou alterações cerebrais nas áreas do órgão responsável pela memória e mau desempenho em testes realizados pelos cientistas. Na época do estudo, todos os voluntários tinham parado de usar a droga havia aproximadamente dois anos. 1 QI Cerca de mil neozelandeses participaram de um estudo realizado pela Universidade Duke entre 1972 e 2012. De acordo com os pesquisadores, testes realizados aos 13 e aos 38 anos com voluntários que começaram a usar maconha na adolescência e prosseguiram durante a vida apontaram um declínio médio de 8 pontos no quociente de inteligência dessas pessoas. 1 Adolescentes A legalização da maconha para fins medicinais vigente hoje em 21 estados americanos e no distrito de Colúmbia não causou aumento do número de usuários adolescentes. O dado é de um estudo realizado pelo Hospital de Rhode Island. De acordo com o trabalho que envolveu informações fornecidas por estudantes ao longo de 20 anos em diversos levantamentos, a quantidade de jovens que afirmavam ter consumido maconha no último mês ficou sempre por volta de 20% - antes e depois da legalização. Grávidas Um levantamento realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) num hospital da zona norte de São Paulo com 1000 adolescentes grávidas mostrou que 1,7% delas admitia ter usado drogas como maconha e cocaína durante a gravidez. Estudos apontam que o consumo da droga durante a gravidez afeta a formação do bebê. Psicoses Distúrbios psicóticos (como alucinações, insônia severa e sensação de angústia intensa) são mais comuns entre pessoas que usam a maconha. A constatação é fruto de um estudo do Instituto de Psiquiatria de Londres. Nele, 1.900 pessoas entre 14 e 24 anos foram acompanhadas por cientistas por oito anos. No fim, verificou-se que a ocorrência de psicoses era mais comum entre quem usava ou já havia usado a droga do que entre quem nunca havia usado. Insetos Marcos Patrício Macedo é biólogo e agente da Polícia Civil no Distrito Federal. Por dois anos, ele analisou amostras de maconha à procura de restos de insetos. A partir deles, Macedo conseguiu determinar a origem da erva - que havia sido produzida no Mato Grosso e no Paraguai. O trabalho foi tema de sua tese de mestrado, defendida na Universidade de Brasília. Dependência O Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas dos EUA (NIH, em inglês) considera que a maconha pode causar dependência. De acordo com o órgão, 9% dos usuários da droga se tornam dependentes. Segundo o NIH, insônia, ansiedade e diminuição do apetite são alguns dos sintomas que pessoas que sofrem com dependência da maconha costumam sentir em períodos de abstinência. Câncer Um levantamento realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) apontou uma relação entre a maconha e a ocorrência de câncer nos testículos. De acordo com a pesquisa, 25% dos pacientes que chegam ao Instituto do Câncer com a doença assumem que consomem maconha regularmente. Gordura Quando você põe uma comida gordurosa na boca, sua língua envia ao cérebro um sinal que estimula a produção de endocanabinóides no intestino. A descoberta é de pesquisadores daUniversidade da Califórnia. A liberação de endocanabinóides ativa em nosso corpo os canabinóides, que são os mesmo receptores responsáveis pela sensação de "barato" gerada pela maconha. Tristeza A tristeza pode ser um fator que leva as pessoas a fumar maconha. Num estudo realizado por médicos do Hospital da Criança de Boston, 40 usuários da droga foram acompanhados via computador por duas semanas. Ao longo do dia e sempre que consumiam maconha, eles deviam responder questionários sobre como estavam. No fim, foi constatado que a maioria da pessoas informava ter sentido sensações negativas nas 24 horas Intoxicação O número de crianças que foram vítimas de intoxicação em estados americanos onde a maconha foi parcialmente legalizada cresceu 30% entre 2005 e 2011. Porém, esse número se manteve estável nos outros estados no mesmo período. A publicação científica Annals of Emergency Medicine publicou um estudo sobre o tema. A suspeita é de que a venda de produtos comestíveis contendo princípios ativos da erva justifique o fenômeno. Insônia Iniciar o consumo de maconha antes dos 15 anos de idade aumenta em duas vezes as chances de desenvolver insônia e outros problemas relacionados ao sono. A informação foi divulgada num estudo realizado por cientistas da Universidade da Pensilvânia com 1.811 pessoas que tiveram contato com a substância Cânhamo Cientistas da Universidade de Minnesotadescobriram traços no DNA que diferenciam o cânhamo da maconha. As duas plantas pertencem à espécie Cannabis sativa. Porém, o cânhamo possui uma concentração muito menor do princípio ativo THC (que gera os efeitos alucinógenos da droga) e, por isso, pode ser considerado um primo sóbrio da maconha — sendo usado na indústria têxtil em função de suas fibras. Hormônio A pregnenolona é um hormônio que reduz a atividade cerebral do receptor responsável pela sensação de "barato" gerada pela maconha. A descoberta dessa característica foi tema de um artigo publicado na revista Science. Em função desse aspecto, os cientistas estudam a possibilidade de usar o hormônio em métodos de tratamento para pessoas que sejam dependentes da droga. Acidentes Acidentes de trânsito envolvendo pessoas que consumiram maconha se tornaram mais frequentes no estado americano do Colorado após a legalização da erva para fins medicinais em 2009. A Universidade do Colorado fez um estudo sobre o tema. No primeiro semestre de 1994, 4,5% dos acidentes na região entravam nessa categoria. No último semestre de 2011, eles eram 10% do total. Esclerose Os espasmos gerados pela esclerose múltipla podem ser aliviados com auxílio da maconha. Pelo menos, é o que indica um estudo realizado por cientistas da Universidade da Califórnia. Num experimento com 30 pacientes com idade média de 50 anos, eles constataram o efeito benéfico entre aqueles que fumaram a erva durante o tratamento. Entretanto, mais estudos são necessários para confirmar a descoberta Esquizofrenia A maconha contém uma substância que pode atenuar alguns sintomas da esquizofrenia. Essa substância é o canabidiol e sua relação com a esquizofrenia é estudada por Antonio Zuardi, psiquiatra ligado à Universidade de São Paulo (USP). Ele lembra que o uso isolado de canabidiol não gera efeitos alucinógenos. Essa característica está associada a outras substâncias presentes na erva, como o Tetrahidrocanabinol ou THC (que gera alucinações e não é recomendado para esquizofrênicos). ss Epilepsia Em abril, a justiça brasileira autorizou que uma mulher importasse legalmente um remédio à base de canabidiol (CDB). Um dos 80 princípios ativos da maconha, o CDB é usado nos EUA em medicamentos para convulsões causadas pela epilepsia. Embora não cure a doença, ele alivia as crises. Entretanto, há dúvidas sobre possíveis efeitos nocivos causados pela substância em tratamentos prolongados. ssss Estrogênio Um estudo da Universidade de Washington com fêmeas de camundongo mostrou que elas eram 30% mais sensíveis ao efeitos do THC (principal componente alucinógeno da maconha) do que os machos. Segundo os cientistas, a razão disso seria a maior concentração nelas do estrogênio (hormônio ligado ao processo de ovulação e outras características femininas). Esse hormônio as tornaria mais sensíveis ao THC. sss Casais Os casos de violência doméstica são menos frequentes entre casais que fumam maconha. A constatação é fruto de um estudo com 634 casais realizado pela Universidade de Buffalo, nos EUA. De acordo com o levantamento, quanto mais frequente era o consumo da erva, menos frequente se tornavam as agressões. sss Pulmões Fumar maconha de duas a três vezes por mês não faz mal aos pulmões. A constatação é de um estudo assinado por oito médicos e divulgado na publicação científica Journal of the American Medical Association. Para o artigo, cinco mil americanos entre 18 e 30 anos de cinco cidades diferentes foram submetidos a questionários sobre o uso da erva e sobre suas capacidades físicas. sss Twitter Mais de 2.320 tuítes com referências à maconha publicados entre maio e dezembro do ano passado foram alvo de uma análise por parte de cientistas da Universidade de Washington. Nela, eles constataram que 82% das mensagens sobre a erva eram positivas, 18% eram neutras e apenas 0,3% exibiam opinião expressamente negativa em relação à droga. sss Música Mais de 950 estudantes participaram de um estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh. Nele, foi constatado que o número de usuários de maconha entre jovens que escutavam músicas que faziam alusão à erva era duas vezes maior do que a quantidade de usuários da droga que ouviam canções de músicos que nunca citavam a maconha em suas letras. ss Filhos Filhos de pais que fumaram maconha têm duas vezes mais chances de serem usuários da droga do que a média. A constatação é de um levantamento realizado por pesquisadores daUniversidade de Houston. O estudo reuniu dados de 655 pais e 1.277 filhos coletados entre 1977 e 2004. sss Separação Filhos de pais que se separam têm mais chances de se tornarem usuários de maconha. A constatação é fruto de um estudo com mais de 3.000 mães e seus filhos realizado pelaUniversidade de Queensland entre 2001 e 2004. De acordo com o levantamento, filhos de pais separados têm 2 vezes mais chances de se tornarem usuários da erva do que filhos de pais casados. sss Diploma Um estudo realizado na Austrália com 3.765 pessoas de até 30 anos constatou que quem começa a fumar maconha diariamente antes dos 17 anos tem 60 por cento de chances de não concluir o ensino médio ou uma faculdade. Realizado por pesquisadores da Universidade de New South Wales, o trabalho foi publicado na revista Lancet Psychiatry. sss Religião Cientistas da Universidade de Zurique fizeram entrevistas com 5.387 homens de cerca de 20 anos. Nelas, eles deveriam responder perguntas relacionadas à religião e consumo de substâncias como cigarro e maconha. O estudo constatou que cerca de 20% dos entrevistados que tinham alguma religião já haviam consumido maconha. Já entre os ateus, esse índice era de 36%. sss Genoma Em 2011, a empresa holandesa Medical Genomics sequenciou e publicou na internet o genoma da maconha. Ao todo, os pesquisadores reuniram 131 bilhões de bases de DNA. A partir dos dados obtidos com o trabalho, os cientistas pretendiam descobrir novas propriedades terapêuticas da erva.
  11. Panfletagem em Copacabana defende uso medicinal da maconha http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-09/pais-fazem-ato-para-facilitar-acesso-propriedades-medicinais-da-maconha Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil Edição: Talita Cavalcante 28/09/2014 17h49 Rio de Janeiro Pais e parentes de pessoas que poderiam ser tratadas com medicamentos derivados da maconha promovem, na tarde de hoje (28), um ato em prol do acesso aos remédios, com a legalização das substâncias pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, a importação de medicamentos sujeitos a controle especial, sem registro no país, por pessoa física, é possível por meio de pedido excepcional de importação para uso pessoal. O grupo distribuiu cartilhas que abordam casos em que os remédios podem auxiliar o tratamento de algumas doenças e conversou com as pessoas que passavam, pela orla de Copacabana, sobre os argumentos em defesa de medidas que facilitem o comércio e diminuam os preços. Segundo o engenheiro Marcos Fernandes, de 31 anos, a liberação da importação para uso pessoal não resolve o problema, pois o gasto que se tem com a compra é muito elevado para grande parte dos brasileiros. "O importante é regulamentar não só o uso medicinal, mas também o plantio e a produção dos derivados da maconha. Gasto R$ 1 mil por mês importando. A maioria das pessoas não tem a condição de pagar, e a gente pode conseguir baratear plantando no Brasil", defendeu. Ele conta que sua filha, de 6 anos, sofre de síndrome de Rett e parou de ter convulsões fortes desde que começou a tomar o canabidiol. Antes, as crises eram constantes: "Ela está melhorando muito", comemora. A empresária Deolinda da Rocha Rodrigues, de 49 anos, também conseguiu autorização de uso pessoal para importar o remédio para a filha de 23 anos, que sofre convulsões de difícil controle há 20 anos. Desde que o remédio passou a ser administrado, há menos de um mês, a jovem não teve mais consulsões: "Minha filha não conseguia ir ao banheiro sozinha." Por dia, ela chegava a ter de 30 a 50 crises convulsivas. "Ela é especial, estava chateada e se sentia prisioneira." Durante os 20 anos com tratamentos convencionais, ela conta que a filha sofria com queda de cabelo, perda de apetite, enjoo e outros efeitos colaterais. "Quando as pessoas ouvem que é derivado da maconha, elas se assustam, mas quando você explica, elas entendem. O importante é explicar", argumenta ela, que defende que o governo federal custeie a importação do canabidiol, enquanto não regulamenta a produção em território nacional.
  12. HOJE às 12:16 Sobremesa, vai querer? Leite-creme, arroz doce…ou uma barra de cannabis? http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=733704 Já pode ter ouvido dos «space cakes» (bolos feitos com cannabis), ou até mesmo das pizzas com a mesma substância, mas e se no final de uma refeição dessem a hipótese de escolher para sobremesa uma barra de chocolate com erva? É verdade. Já está disponível na Califórnia, um dos primeiros Estados a legalizar o consumo de cannabis para fins medicinais. Na senda, a empresa californiana Kiva acaba de lançar uma barra de chocolate com cannabis, alegadamente «para pacientes com um palato refinado e amantes de chocolate». A empresa garante que o chocolate é feito de forma artesanal com os melhores ingredientes, incluindo açúcar mascavado, persistindo um toque aveludado no palato. E, obviamente, asseguram que a pessoa fica entorpecida. As barras são vendidas em duas modalidades: com 15 mg de THC ou 60 mg.
  13. FUMAR MACONHA DIMINUI RISCO DE DIABETES Estudo publicado The American Journal of Medicine concluiu que pessoas que fumam maconha regularmente têm menor risco de desenvolver diabetes; os pesquisadores descobriram que pacientes que fumam a erva regularmente têm níveis menores de insulina em jejum em comparação aos que nunca fumaram 28 DE SETEMBRO DE 2014 ÀS 20:32 http://www.brasil247.com/pt/247/saudeebemestar/155063/Fumar-maconha-diminui-risco-de-diabetes.htm 247 - Estudo publicado The American Journal of Medicine concluiu que pessoas que fumam maconha regularmente têm menor risco de desenvolver diabetes. Os pesquisadores descobriram que pacientes que fumam a erva regularmente têm níveis menores de insulina em jejum em comparação aos que nunca fumaram. Eles analisaram dados obtidos noNational Health and Nutrition Surveyentre 2005 e 2010 e estudaram os dados de 4.657 pacientes que completaram um questionário sobre uso de drogas. Destes, 579 eram usuários de maconha, 1.975 já tinham usado a droga no passado, mas não eram usuários e 2.103 nunca tinham usado a droga. Os estudiosos analisaram a quantidade de insulina em jejum de nove horas e a glicose por meio de amostras de sangue. Os usuários de maconha apresentaram níveis 16% menores de insulina em jejum em comparação aos pacientes que nunca tinha usado a droga na vida, conforme matéria do UOL. Um dos pesquisadores do estudo, Murray Mittleman, da Unidade de Pesquisa de Epidemiologia Cardiovascular do Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston, disse que pesquisas anteriores já haviam encontrado taxas de obesidade e diabetes mais baixas em usuários de maconha em comparação com pessoas que nunca usaram maconha. Embora as pessoas que fumem maconha geralmente consumam mais calorias do que os não usuários, dois estudos anteriores também descobriram que eles apresentam menor índice de massa corporal (IMC), outro fator que está associado ao risco de diabetes. Joseph Alpert, professor de Medicina na Universidade do Arizona College of Medicine, afirmou ao jornal Daily Mail que as observações do estudo são notáveis e apoiadas por outros estudos que encontraram resultados semelhantes. "Precisamos desesperadamente de uma grande quantidade de pesquisa clínica a curto e longo prazo dos efeitos da maconha em uma variedade de situações clínicas, tais como câncer, diabetes e fragilidade nos idosos", completa Alpert à publicação
  14. 24/09/2014 16h23 - Atualizado em 24/09/2014 17h21 Atropelado por tri da Nascar estava sob efeito de maconha, aponta exame Tribunal exime tricampeão da Nascar Tony Stewart de culpa por morte de piloto de 20 anos. Níveis de maconha eram suficientes para "prejudicar o discernimento" da vítima Por GloboEsporte.comCanandaigua, EUA http://globoesporte.globo.com/motor/noticia/2014/09/atropelado-por-tri-da-nascar-estava-sob-efeito-de-maconha-aponta-exame.html Laudo apontou presença de maconha no sangue do piloto Kevin Ward Jr. (Foto: Reprodução / Facebook) Um júri de Canandaigua, no Condado de Ontario, interior do estado de Nova York, decidiu isentar o tricampeão da Nascar Tony Stewart de qualquer culpa pela morte do piloto Kevin Ward Jr., de 20 anos, ocorrida durante uma corrida noturna da Empire Super Sprint Car Series, no dia 9 de agosto. De acordo com o procurador Michael Tantillo, o relatório toxicológico apontou que a vítima estava sob influência de maconha na noite do acidente. A droga foi detectada em níveis suficientes para "prejudicar o discernimento" do jovem piloto. SAIBA MAIS IMAGENS FORTES: veja o vídeo do acidente de Stewart e Ward Jr. Stewart lamenta morte de Ward: "Não há palavras para descrever a tristeza" Abalado, pai de piloto morto quer tri da Nascar na prisão: "Não há explicação" Tri da Nascar anuncia retorno às pistas após morte de piloto rival de 20 anos Stewart e Ward Jr. se tocaram quando disputavam uma posição no circuito de meia milha do Canandaigua Motorsports Park. O carro do jovem acabou tendo um dos pneus furados ao acertar o muro. Irritado, Ward saiu do carro e foi para o meio da pista esperar uma nova passagem do rival para reclamar. Stewart não conseguiu desviar de Ward e acertou o adversário, lançando-o a cerca de 10 metros. O piloto foi declarado morto ao chegar em um hospital perto da pista. O laudo apresentado no tribunal indicou que a morte foi causada por uma lesão traumática aguda. - O júri teve acesso aos testemunhos de mais de 20 pessoas, incluindo pilotos, funcionários do autódromo, médicos e policiais. Além disso, o júri analisou uma série de fotografias e gravações de vídeo, bem como outras provas documentais. Depois de ouvir e questionar todas as testemunhas e analisar todas as provas, o júri determinou que não há base para responsabilizar Tony Stewart por quaisquer crimes - afirmou o comunicado de Michael Tantillo. Kevin Ward Jr. morreu com apenas 20 anos, após trágico acidente que chocou os EUA (Foto: Youtube) A polícia americana descartou uma acusação criminal contra Stewart ao analisar as circunstâncias da tragédia. Entretanto, o pai da vítima, Kevin Ward, questionou a acirrada disputa travada entre os dois competidores no pequeno oval de terra e o estilo de pilotagem do veterano de 43 anos. Nas redes sociais, alguns usuários chegaram a chamar o tricampeão da Nascar de "assassino de sangue frio". Abalado pela morte do adversário, Stewart se dispôs a colaborar com as investigações e ficou três etapas (Watkins Glen, Plymouth Speedway e Bristol) sem participar de corridas da Nascar. Após o trágico episódio, o tricampeão intensificou a campanha por melhorias nos equipamentos de segurança nas diversas categorias do automobilismo americano. Por meio de um comunicado divulgado após a decisão do júri, o piloto afirmou que está passando por um dos momentos mais difíceis de sua vida. - Esta tem sido a experiência mais difícil e emocionante da minha vida, e vai fazer parte de mim para sempre. Eu sou muito grato por todo o apoio que recebi e continuo a receber. Respeito os esforços empregados na investigação e, após este processo tão longo e difícil, todos podem conhecer os fatos em torno do acidente. Embora grande parte da atenção tem sido direcionada a mim, é importante lembrar que um jovem perdeu sua vida. A família e os amigos de Kevin Ward Jr. estarão sempre em meus pensamentos e orações - disse Stewart. O veterano Tony Stewart foi eximido de culpa pelo acidente que causou a morte de Ward Jr. (Foto: Getty Images)
  15. FALAMOS COM O REPÓRTER DO ALASCA QUE DEIXOU O EMPREGO NA TV AO VIVO PARA EXECUTAR UM WEED DISPENSÁRIO Por Patrick McGuire 22 de setembro de 2014 Ontem à noite, depois de sediar um segmento sobre o esforço para legalizar a erva daninha no Alasca, âncora KTVA locais Charlo Greene deixou o emprego em verdadeira " foda-se, foda-se, você é legal "fashion. Charlo saiu roteiro e disse à sua audiência do Alasca, ao vivo na TV, que ela possuía único clube cannabis do Alasca e que ela estaria deixando o mundo da notícia por trás- a fim de colocar toda a sua energia no sentido de apoiar o movimento de legalização da maconha no Alasca. Com efeito imediato, Charlo começou uma nova vida advogando para o movimento, continuando a executar o único dispensário de plantas daninhas no estado natal de Sarah Palin. Antes de assinar fora, ela também acrescentou: "Foda-se, eu desisto." Sem surpresa, o mix de ervas daninhas, jurando inesperado no noticiário local ao vivo, ea emoção de alguém parar seu trabalho de estilo de terra arrasada, resultou na transmissão final de notícias da Charlo vai viral. Então, nos encontramos com ela mais cedo hoje para falar sobre sua decisão de resgatar a vida glamourosa de reportagem local, seu clube de cannabis, eo movimento pró-legalização no Alasca. VICE: Então, quando você começou o clube cannabis? Charlo Greene: Nós compramos uma licença de negócio em 2014/04/20! Como está o negócio vem acontecendo? Está indo muito bem! Bem o suficiente para me sentir confortável em andar longe de uma carreira que eu passei toda a minha vida adulta edifício. Por que você decidiu parar de fumar de maneira tão extravagante? [Risos] Para chamar a atenção para a questão. Você, como jornalista, sei que todos nós somos substituíveis. As pessoas não estão realmente vou sentir falta de você, ou eu, ou qualquer repórter aleatório para a maior parte. Então, por que não usar a posição que foi colocado em ter certeza de que meu próximo capítulo é apenas aberta para mim? Qual foi o rescaldo como no estúdio? Graças a Deus que foi num domingo à noite, quando a maioria das pessoas estavam no estúdio no andar de baixo. Eu estava fazendo o meu hit ao vivo no andar de cima, então eu não vejo nada acontecendo na própria redação atual, mas havia um par de ups mais altos que estavam no chão do meu que foram meio que pirando-a pouco em pânico. Os telefones estavam tocando fora do gancho, e foi escoltado para fora. Era isso. E não houve precipitação desde então? A estação levou meu bio e todas essas coisas, mas ninguém entrou em contato comigo. Isso é bom. Viu seu Twitter dizendo que você tinha terminado ? [Risos] Sim. [Risos alguns mais] Eu vi isso. Isso foi estúpido. Os espectadores, sinceramente pedimos desculpas pela linguagem inadequada usada por um repórter KTVA no ar hoje à noite. O empregado foi encerrada. - KTVA 11 News (ktva) 22 de setembro de 2014 É muito rico, eu acho. [Risos] Sim, e em seguida, o fato de que há muito apoio ... se você acabou de ir e olhar para o tweet que fez, você vai ver a resposta é: "Não, vocês entenderam errado. Ela acabou de sair.Ouvimo-lo. Vimo-lo. " É muito legal ver quantas pessoas estão reunindo por trás disso. Eu meio que fiz uma coisa que todos nós, pelo menos em algum ponto ou outro, sempre desejei que pudéssemos fazer. Como, "Foda-se, eu sou feito. Isso é estúpido. Vou fazer outra coisa. Eu vou ser o meu próprio patrão. Eu vou fazer a diferença, porque eu tenho a oportunidade de fazê-lo. " Então por que não falar sobre essa oportunidade. Como você entrou na cannabis, em primeiro lugar? Eu sou do Alasca. Alasca fumar maconha. Ele só é o que é. Mas eu tentei primeiro quando eu estava na escola, e eu não gosto nada disso, então eu parei completamente e eu só bebia como, uma tonelada, que também é realmente um grande problema aqui no Alasca. Chegou a um ponto em que eu estava na faculdade que eu tinha bebido tanto que eu acabei não indo para a aula, eu falhei de um semestre inteiro e eu levei uma carga horária muito pesada. Fora de sete aulas, eu não todos eles, com exceção de ginásio, e isso é só porque ele sentiu pena de mim. Eu sabia que o álcool, como um vício, não ia permitir que eu me tornasse a pessoa que eu estava destinado a ser. Então eu precisava de alguma coisa para fazer que talvez não fosse tão prejudicial, e eu peguei de fumar maconha. Eu fui de deixar um semestre inteiro, para o próximo semestre, e cada semestre, depois disso, estar na Lista do decano. Formei-me cum laude ... E isso é porque eu estava fumando maconha! Sentei-me a minha bunda em casa e fiz o que precisava fazer, e eu nunca acordou com uma ressaca por causa dele, ou tenho o volante e atropelou uma família ou qualquer coisa por causa disso. Charlo, cercado por verde.Foto via Facebook. Você tem razões medicinais para fumantes ou é tudo recreativo? Acho recreativa é um termo engraçado, porque quem vai dizer que você se sentar e fumar um charro, e ter um efeito relaxante sobre você, é diferente de você tomar uma Zoloft? Você não chamaria estalando um recreativo-bem Zoloft, você provavelmente ... Eu sei o que você quer chegar, porém. Então, a minha é médica. Eu acho que quase todo mundo que fuma erva daninha está fazendo isso medicamente. Para as pessoas que não estão em cima da situação no Alasca, o que é o mais recente no esforço para legalizar lá? Polling está mostrando que o apoio está escorregando, é por isso que me afastei da minha carreira. Caso contrário, eu teria sido apenas nos bastidores [na mídia] o tempo todo, apenas certificando-se fautor o medo, e os não-fatos eles colocaram lá fora que os jornalistas nunca quer fazer o trabalho que realmente fato verificar-se-eu ter ficado lá para ter certeza que é uma luta justa. Mas polling vem mostrando que o medo-mognering está funcionando, então eu tive que afastar para se certificar de que Alasca saber o que realmente está em jogo. E a oportunidade que está à nossa frente. Você é otimista? Oh sim. Se você estava a olhar para as nossas mensagens no Facebook, e os nossos comentários e os e-mails que estamos recebendo, são as pessoas que nunca se importaram de votar. Como, "Você tem bolas, e eu estou registrar para votar, vamos ir e fazer isso. Eu estou atrás de você. "Nós já sabemos que estamos mudando as coisas de volta para o lado direito de onde deveria estar, e recebendo o apoio por trás legalização da maconha no Alasca, em 04 de novembro. Ótimo! Você tem uma cepa favorita? A tensão favorito ... Eu vou ir com Jack. Jack Herer. É um clássico. Com certeza é. Então, eu presumo que o seu clube cannabis é tudo filiação privado agora? É. Por enquanto, até que votar para legalizá-la. O médico lado sempre vai estar em execução.Estamos pensando em ramificando-se e entrar em varejo, é claro. Mas precisamos garantir que nossos pacientes de maconha medicinal não são ferrou quando esta votação é passado. Esta iniciativa não faz diferenciação entre a maconha medicinal e recreativo. Os eleitores de Alaska decidiu legalizar a maconha medicinal em 1998 , e 16 anos mais tarde, o Estado não criou qualquer estrutura para que eles sejam capazes de obtê-lo-para permitir que qualquer dispensários. Eles foram ferrou então. Este esforço, esta medida eleitoral, não pode apertá-los uma segunda vez. Eu não vou deixar isso acontecer. Certo. Você tem algum conselho para quem quer parar seu trabalho de forma espetacular? Fazê-lo grande. Se você estiver indo para sair do seu trabalho, fazê-lo grande. Porque não? Seu trabalho provavelmente suga, então vá em frente e conseguir tudo o que você pode sair dela. Se o seu trabalho dá-lhe acesso a informações que possam ajudar onde quer que você está indo para ir junto, então, fazer isso! Se você é apenas uma engrenagem desta máquina enorme, e você sabe que você é substituível, e você é tratado dessa maneira. Em seguida, substituí-los. Seja corajoso. Seja corajoso. E certifique-se que você vai ficar bem depois. Siga Patrick McGuire no Twitter .
  16. Google tradutor KTVA repórter sai no ar, revela-se como proprietário do Alasca Cannabis Clube Laurel Andrews 21 de setembro de 2014 Share on emailEmailPrint Tamanho do texto-A + A Reporter Charlo Greene parar no ar durante dez horas noticiário da KTVA-TV domingo, revelando-se como o dono do negócio da maconha medicinal Cannabis Alaska Clube e dizendo aos espectadores que ela estaria usando toda sua energia para lutar pela legalização da maconha no Alasca. Greene havia informado sobre o Alasca Cannabis Clube durante a transmissão de domingo à noite, sem revelar sua ligação com ele. No final do relatório, durante um tiro ao vivo, ela anunciou que estava o dono do clube e seria desistir. RELACIONADOS: VÍDEO: KTVA repórter revela que ela é proprietário do Alasca Cannabis Clube Alaska Cannabis Clube espera fornecer acesso à maconha medicinal "Agora tudo o que você já ouviu falar é porque eu, o proprietário real do Alasca Cannabis Club, será a dedicar toda a minha energia para a luta por liberdade e justiça, que começa com a legalização da maconha aqui no Alasca", disse ela. "E, como para este trabalho, bem, não é que eu tenho uma escolha, mas, foda-se, eu desisto. " E com isso, ela se afastou da câmera. Alaska Cannabis Clube instou seus seguidores do Facebook para entrar em sintonia com a transmissão domingo à noite. Atingido depois, Greene disse KTVA não tinha idéia que ia sair, ou que ela estava ligada ao Alaska Cannabis Club. Perguntado por que ela saia de forma tão dramática, ela disse: "Porque eu queria chamar a atenção para esta questão. E a questão é a maconha medicinal. Ballot Measure 2 é uma forma de tornar a maconha medicinal de verdade ... a maioria dos pacientes não conhecer o estado não definir o quadro para que os pacientes os medicamentos. " "Se eu ofendi alguém, peço desculpas, mas eu não me arrependo da escolha que fiz", disse ela. Em um comunicado publicado na página do Facebook da KTVA noite de domingo, diretor de notícias Bert Rudman disse: "Pedimos sinceras desculpas para a linguagem inadequada usada por um repórter KTVA durante sua apresentação ao vivo no ar hoje à noite. O empregado foi encerrada." Iniciado em abril, o Alaska Cannabis Clube conecta portadores de cartões de maconha medicinal com outros titulares que estão crescendo cannabis. Os produtores são oferecidos "doações" a título de reembolso dos custos de cultivo de maconha, o clube disse em entrevista ao Alasca Despacho Notícias em agosto. O clube disse que espera aumentar o acesso aos pacientes de maconha medicinal, apesar de operar em uma área cinzenta legal dentro das leis de maconha medicinal turvas do Alasca. Os clipes de vídeo da transmissão foram rapidamente enviados para o YouTube e compartilhado no Reddit domingo à noite. Maconha grupo legalização oposição "Big Maconha. Big Mistake. Votar No dia 2 ", postou em sua página de Twitter" #KTVA repórter que cobre referendo 2 perde a cabeça, confessa ser um proprietário do clube de cannabis e sai, enquanto no ar. " Eleitores do Alasca vai decidir em 4 de novembro se para legalizar o uso recreativo da maconha no estado, como Colorado e Washington têm
  17. Uso terapêutico da maconha: campanha e criação de agência reguladora refletem debates Desde que as pacientes Anny Fisher e Juliana de Paolinelli conseguiram o direito de importar medicações à base de derivados da maconha, as discussões avançaram Carmen Vasconcelos (carmen.vasconcelos@redebahia.com.br) 14/09/2014 08:24:00Atualizado em 14/09/2014 12:30:56 http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/uso-terapeutido-da-maconha-campanha-e-criacao-de-agencia-reguladora-refletem-debates/?cHash=decaaeaacec39eb37b2e3b3faaefa0d2 A pequena Anny nasceu com uma doença neurológica severa, uma espécie de epilepsia que levava a garota a apresentar até 80 convulsões por dia. Desesperados com o estado de saúde da filha, os pais Norberto e Katiele Fisher, residentes em Brasília, buscaram na Justiça o direito de importar uma medicação pastosa à base de canabidiol (CBD), uma das mais de 60 substâncias presentes na maconha (cannabis sativa). “A primeira dose da medicação foi ministrada e chorávamos porque tínhamos muita esperança nos efeitos”, conta Katiele que, junto com outras famílias, vem travando uma campanha para que o Brasil passe a ser um dos países que permitem a importação de medicações à base de canabinoides, ampliando as chances de assistência para os portadores de neuropatias, esclerose múltipla, glaucoma, doenças neurológicas diversas, Mal de Alzheimer,além de pacientes oncológicos. No caso de Anny, desde que começou o tratamento, as convulsões desapareceram e a criança passou a comer normalmente, ter mais força para realizar a fisioterapia e a responder aos estímulos do ambiente, como olhar para os pais quando eles chamavam por seu nome. Embora a iniciativa ainda encontre inúmeras resistências da sociedade, inclusive de setores médicos, a situação de melhora na qualidade de vida desses pacientes vem forçando um debate em toda sociedade. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por exemplo, vem facilitando, inclusive, o chamado de “pedido excepcional de importação” para uso pessoal que possibilita a compra dessas medicações, sem a necessidade de que o solicitante precise de autorização judicial. Até o final de agosto, a Anvisa havia autorizado 50 dos 72 pedidos de importação dos medicamentos à base do canabidiol encaminhados à agência. O Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, que funciona no Departamento de Medicina Preventiva da Universidade Federal de São Paulo ( Unifesp), também vem defendendo a oficialização de uma Agência Brasileira da Cannabis Medicinal para regular e controlar o cultivo medicinal da cannabis sativa, esclarecer a população sobre os benefícios e riscos que advêm do tratamento e zelar pela abordagem racional do uso medicinal da maconha e seus derivados. REGULAÇÃO Segundo Elisaldo Carlini, psicofarmacologista, professor da Faculdade Federal de Medicina de São Paulo, (Unifesp), diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) e membro do comitê de peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre álcool e drogas, o uso terapêutico da maconha, no entanto, não se presta a tratar qualquer dor ou problema e está longe de ser um produto milagreiro ou novo. "O uso dos canabinoides não se presta a tratar de dores como as de queimadura ou a de uma dor de dente, eles têm um uso específico que são as neuropatias”, explica. O perito também faz questão de ressaltar que o uso dessas medicações à base do Tetra hidrocanabinol (THC) ou Canabidiol (CBD) não traz os mesmos efeitos do chamado uso recreativo, onde o consumidor pode apresentar reações como taquicardia, secura na boca e vermelhidão nos olhos, além de apresentar sensações que variam da euforia aos delírios e alucinações. “O uso terapêutico não é desmedido e tem pouca chance de trazer dependência igual à folha da maconha fumada”, esclarece. Hoje, mais de 32 países permitem o uso controlado das medicações à base de canabinoides - sintéticas ou naturais. No mercado, os Estados Unidos, por exemplo, usam a Marinol, cuja a apresentação vem em cápsula gelatinosa. No Reino Unido, a medicação é o Sativex, produto em forma de spray bucal, exportado para mais de 20 países para uso clínico. O Canadá usa um derivado sintético, o Nabiloni, e, na Holanda, o próprio órgão governamental da saúde é responsável por plantar, processar e distribuir a planta para as farmácias. Como atualmente a solicitação precisa vir acompanhada de um laudo e a prescrição médica, o Conselho Federal de Medicina (CFM) recebeu, em julho deste ano, em sessão plenária em Brasília, os médicos e pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), José Alexandre de Souza Crippa e Antônio Waldo Zuardi, que há mais de 35 anos pesquisam os avanços do composto, e solicitou que os pesquisadores encaminhem expediente apontando para o uso em medicina em que doses seguras, quais efeitos adversos, quais interações medicamentosas possíveis, para quais patologias podem ser liberadas, quais continuariam como experimentais e para as quais não se aplicaria em hipótese alguma para que seja avaliado pela Comissão de Novos Procedimentos Médicos do CFM e levado ao plenário para aprovação. Em nota, o Conselho Federal de Medicina se manifestou defensor das pesquisas com quaisquer substâncias ou procedimentos para combater doenças, desde que regidos pelas regras definidas pelo Sistema de Ética em Pesquisa.
  18. SEXTA, 12/09/2014, 10:09 Poder público e especialistas testam alternativas diversas para lidar com o crack em SP http://cbn.globoradio.globo.com/sao-paulo/2014/09/12/PODER-PUBLICO-E-ESPECIALISTAS-TESTAM-ALTERNATIVAS-DIVERSAS-PARA-LIDAR-COM-O-CRACK-EM-SP.htm#ixzz3D7tKMuDe As cracolândias se espalham pela capital paulista e a dúvida também: qual a melhor forma agir com o dependente? Dar oportunidades ou investir na internação compulsória? Roubos, furtos, prostituição. Essas são realidades vividas nos arredores das cracolândias e que, infelizmente, se espalharam pela cidade de São Paulo. Após a nossa reportagem percorrer, ao longo da semana, alguns locais que viraram espaços para o comércio e o consumo de drogas, um questionamento também se faz necessário: qual a melhor maneira de lidar com a população dependente e que vive nas ruas? Avenida Senador Teotônio Villela, Viaduto Jabaquara, Parque Dom Pedro, Parque do Ibirapuera, Avenida Rebouças. Todos estes endereços têm em comum a presença do tráfico e o consumo de entorpecentes. Aos poucos a paisagem desses locais ganhou pequenos barracos, e a vizinhança começou a conviver com a existência de prostituição e de delitos como furtos, roubos e arrombamentos. Moradores e comerciantes expõem a frustração de ver seu bairro passando por uma degradação constante. Do outro lado, usuários de drogas afirmam que permanecer nas ruas e no vício é uma opção. Em São Paulo, um programa da prefeitura, chamado 'De Braços Abertos' propõe uma alternativa aos dependentes de crack e moradores de rua da região da Luz. O projeto começou em janeiro. Oferece vagas em hotéis do Centro, três refeições diárias, participação em uma frente de trabalho, duas horas de capacitação e renda de R$ 15 por dia. Mas só participa da iniciativa quem quer. Já o governo do estado defende uma abordagem diferente, que inclui internação compulsória de dependentes do crack. As duas políticas estão em andamento na região da Luz. Só que, ao invés de se complementarem, elas entram em colisão. O professor de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo é um dos apoiadores do programa municipal. Dartiu Xavier da Silveira acredita que a medida da prefeitura é a mais acertada e que ela pode sim ser expandida na cidade. Já a pesquisadora da Unifesp e do Instituto Nacional de Pesquisa do Álcool e outras drogas tem uma visão diferente. Para Clarice Madruga, que atua também no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas do Governo do Estado de São Paulo, a política de redução de danos é limitada quando a droga em questão é o crack. Um estudo feito pela Fiocruz, sob encomenda da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas, revelou que, diferentemente de drogas como a cocaína e a maconha, 80% dos usuários de crack usam essa substância em espaços públicos, com aglomeração de pessoas.
  19. Campanha contra legalização da maconha repercute no Senado http://www.cenariomt.com.br/noticia/387552/campanha-contra-legalizacao-da-maconha-repercute-no-senado.html Publicado Quinta-Feira, 11 de Setembro de 2014, às 21:40 | CenárioMT com Agência Senado Uma campanha do movimento Brasil sem Drogas, contra o uso recreativo da maconha, repercutiu na segunda-feira (8), na quarta audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) sobre a regulamentação da substância. A série de anúncios foi veiculada em jornais de grande circulação do Ceará . “Você teria coragem de ser operado por um médico que acabou de fumar um baseado?”, diz uma das peças. “Você entraria num avião cujo piloto acabou de fumar um bagulho?”, questiona outra. As mensagens terminam com a resposta “se a maconha for legalizada, isso será normal”. Os anúncios acabaram virando meme nas redes sociais. Meme refere-se a uma parodia ou ideia bem-humorada que se espalha pela web. O primeiro a comentar a campanha foi o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que é relator de sugestão popular neste sentido (SUG 8/2014). - Eu vi uma página no jornal do Ceará que pergunta se você gostaria de ser operado por um médico que tenha fumado maconha. Acho que deveria colocar também por um médico que tenha tomado uísque – disse Cristovam. O senador, aliás, cogitou a possibilidade de propor uma espécie de “exame antidoping” para médicos, pilotos e outros profissionais. - Será que não deveríamos colocar uma lei antidroga, medindo se o médico, quando for entrar na sala de operações, fumou ou bebeu? Os jogadores de futebol não fazem exame antidoping? Deveriam fazer com médicos. Deviam fazer com pilotos. Deviam fazer com professores. Deviam fazer com profissionais de todas as áreas – teorizou Cristovam. Preocupação Moradora de Fortaleza, Diva Araripe, mãe de ex-usuário de drogas, manifestou preocupação com a possibilidade de pilotos atuarem sob efeito de maconha. - Já imaginou chegarmos agora ao aeroporto, pegarmos um avião e o piloto, por algum motivo- ou de frustração ou de alegria - faz uso da maconha. Qual é o risco? – questionou. Em resposta, Cristovam Buarque sustentou que o uso de qualquer substância pode acarretar riscos à segurança de passageiros e de pacientes, no caso de cirurgias. - Com o piloto bêbado, a senhora subiria no avião? – indagou o senador. Para o promotor público Sérgio Harfouche, diferentemente do álcool, os efeitos da maconha seriam menos “visíveis” nesse caso. - No argumento 'Você seria operado por um médico que estivesse usando maconha?`, o senador perguntou 'E o uso do álcool?`. Bom, quem usa álcool, na primeira golada tem um bafo que dá para saber. A maconha não tem o mesmo efeito. A maconha não tem a mesma visibilidade que o álcool, vamos ser honestos – disse. Próximo debate O próximo debate da CDH sobre o tema deve ocorrer no dia 22 de setembro e reunir o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ayres Britto; o diretor da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, Joaquim Falcão; a subprocuradora-geral da República Rachel Dodge; e a pesquisadora Maria Gorete Marques de Jesus, do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP).
  20. http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2014/09/jovem-faz-diario-em-foto-e-video-para-exibir-online-plantacao-de-maconha.html 12/09/2014 12h39 - Atualizado em 12/09/2014 14h16 Jovem faz diário em foto e vídeo para exibir online plantação de maconha Perfil narra em imagens o desenvolvimento das ervas desde o plantio. 'Não compre, plante', prega o jovem investigado por tráfico em Campinas. Do G1 Campinas e Região A Polícia Civil de Campinas (SP) abriu investigação sobre o perfil em uma rede social que divulga uma espécie de diário, em fotos e vídeos, sobre o desenvolvimento de uma plantação de maconha. Nas imagens, o jovem narra fatos sobre a evolução do plantio das ervas desde as mudas até a transferência e crescimento em um terreno maior. O responsável pelo perfil prega na página o lema "Não compre, plante", mas será investigado por tráfico de drogas, além de incitação ao crime. O perfil público foi criado no Facebook em junho deste ano e tem mais de mil seguidores. O administrador da página chega a posar para fotos ao lado das plantas, que ele chama de "meninas". Por meio de vídeo, o jovem narra também alguns contratempos na plantação. "Essa aqui o boi tinha pisado em cima, eu falei que não ia tirar ela, e ela sobreviveu, dividiu em duas. Vamos ver como que vai ficar. Tô dando um talento aqui porque a chuva foi forte", conta enquanto filma, sem aparecer, um pé de maconha pequeno no terreno. Jovem faz diário na internet para registrar online plantação de maconha(Foto: Reprodução / EPTV) Em um vídeo postado em 3 de setembro, ele se orgulha de um dos maiores pés da plantação mantida por ele em um esconderijo não revelado na página. "Agora, a maior felicidade nossa é essa aqui. Olha quantas cabeças. Coisa linda! É canabis que não acaba mais", e encerra com uma provocação à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O delegado da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) Luiz Fernando Marucci afirmou que a polícia trabalha na tentativa de identificar e localizar o administrador da página, que deverá responder po tráfico de drogas. "Pelo material que estamos investigando já, demonstra que há uma quantidade grande de droga. E isso indica que essa droga que ele planta tem fins de tráfico, qual seja vender para outras pessoas com objetivo de lucro", afirmou. De acordo com Marucci, além disso, o responsável pelo perfil e todos os seguidores que compartilharam o conteúdo serão investigados pelo crime de incitação ao crime. "As pessoas que tomaram conhecimento desse conteúdo não precisam de fato plantar a droga para que o crime fique consumado. Basta a divulgação. À medida que você divulga ou incita a prática de algum crime, esse tipo penal já fica configurado", conclui. A pena para o crime de incitação pode variar de três a seis meses de detenção e a do tráfico pode chegar a 15 anos de prisão. A direção do Programa de Prevenção às Drogas informou que entrará com um pedido de retirada da página da rede.
  21. Mundo 14h34, 11 de Setembro de 2014 http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=209494 Brasil contesta críticas da ONU sobre aumento de índios presos EPA Em reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, governo brasileiro contesta críticas sobre prisões O Brasil contestou críticas da ONU sobre o forte aumento do número de índios presos no país. As críticas foram feitas em um relatório sobre o Brasil apresentado em um encontro no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, que discute o problema da detenção arbitrária no mundo. O documento aponta para problemas como a superlotação dos presídios brasileiros, o "uso excessivo" da privação de liberdade como punição, mesmo em crimes sem violência, além do elevado número de pessoas detidas sem terem sido julgadas. De acordo com os autores, um grupo de trabalho da ONU que visitou prisões brasileiras no ano passado, o número de índios detidos no Brasil cresceu 33% nos últimos anos. "Os índios são frequentemente discriminados, seja com a aplicação de medidas preventivas ou com a punição imposta, que geralmente envolve penas severas", declarou Mads Andenas, presidente e relator do grupo de trabalho sobre detenção arbitrária. A delegação brasileira que participou da reunião, realizada no âmbito da 27ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, declarou que "é incorreto dizer que o número de índios presos aumentou 33% em um passado recente". Citando dados do Ministério da Justiça, a embaixadora do Brasil nas ONU em Genebra, Regina Dunlop, disse que "o número de índios presos aumentou apenas 13% entre 2010 e 2012". "Se for levada em conta a população total do Brasil, os índios presos representam apenas 0,16%. Há uma legislação penal especial para os índios que concede um regime diferenciado e protetor", argumentou Dunlop. Foi a primeira vez que o Brasil se pronunciou sobre as conclusões do grupo de trabalho da ONU sobre detenção arbitrária. O relatório da ONU já havia sido divulgado, mas foi oficialmente apresentado para debates na 27ª sessão do Conselho de Direitos Humanos, iniciada na quarta-feira. Privação de liberdadeOs especialistas visitaram, em março de 2013, prisões em Brasília, Campo Grande, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo, antes de crises como a do presídio de Pedrinhas, no Maranhão, que não consta do documento. "O Brasil tem uma das maiores populações carcerárias do mundo, com mais de 550 mil pessoas. O que é mais preocupante é o fato de que 217 mil presos aguardam julgamento cumprindo prisão preventiva", afirmou o presidente do grupo de trabalho. "Em alguns casos, o número de presos atinge o dobro da capacidade do local", diz Andenas. Segundo o documento, a pena de privação de liberdade no Brasil "está sendo usada como primeiro recurso em vez do último, como estipulam as convenções internacionais de direitos humanos". Na reunião, a delegação brasileira não comentou as críticas em relação à aplicação sistemática de penas de prisão ou à superpopulação dos presídios, apenas "lamentou" que o grupo de trabalho da ONU não tenha levado em conta as observações feitas pelos representantes do governo. Internação compulsóriaA delegação brasileira contestou outro elemento do relatório, que aponta "problemas" em relação à internação compulsória de viciados em drogas, "reforçadas por ocasião da Copa do Mundo e da Olimpíada" e que tem resultado em "detenções indiscriminadas", segundo Andenas. "O relatório comete um erro ao afirmar que a hospitalização compulsória de usuários de droga é algo comum no Brasil", rebateu a embaixadora Regina Dunlop. "Os viciados não são detidos por um longo período sem nenhum direito de recorrer", disse Dunlop, acrescentando que em São Paulo, desde o início do programa, há um ano, apenas quatro pacientes foram hospitalizados por decisão judicial e a pedido das famílias. Ela também disse "lamentar generalidades no relatório sobre o sistema judiciário do país e a política penal referente aos menores de idade e também criticou que alguns dados do documento não especificavam as fontes de informações consultadas.
  22. Jovem que postou foto com maconha é preso; policiais são criticados Farol Blumenau 11-09-14 Jovem de 19 anos posta foto ostentando 21 pés de maconha é preso. Policiais tiram uma segunda foto com o flagrante e são criticados Jovem posta foto com pés de maconha e Policiais curtem (Reproduçâo/Facebook) Um jovem de 19 anos decidiu ostentar pés de maconha na internet, mas a casa caiu quando a Polícia Militar rastreou sua localização dando flagrante por tráfico de drogas. O caso teria acontecido na quarta-feira (10) e o jovem foi levado ao Presídio da Canhanduba, em Itajaí Ao todo, 21 pés de maconha e materiais com anotação do tráfico foram apreendidos pelos agentes. As imagem do antes e depois se tornaram um viral na internet com muitos comentários parabenizando a atitude dos policiais, mas com outros criticando a forma de abordagem. Em entrevista ao clic RBS, o comandante do 1ª Batalhão da PM em Itajaí, tenente-coronel Clayton Marafioti Martins, reprovou o procedimento. “Não se coloca as pessoas em situação de desrespeito e a PM não segue esse caminho para mostrar que está trabalhando. O que estiver fora do padrão vai ser apurado em inquérito ou sindicância”, finalizou. Leia mais no Farol Blumenau http://www.farolblumenau.com/2014/09/jovem-que-postou-foto-com-maconha-e-preso-policiais-sao-criticados/
  23. A marijuana traz dinheiro, mas nem todos estão contentes http://www.publico.pt/mundo/noticia/a-marijuana-traz-dinheiro-mas-nem-todos-estao-contentes-1667876 30-08-14 MARC FISHER No Colorado estão a promover o turismo de marijuana, acusa um xerife de um condado do Nebrasca. Só em Denver há já 340 lojas que vendem erva para fins medicinais e recreativos. PUB Um homem velho com uma barba branca debruça-se na casa portátil onde fica a única loja de erva da zona Leste do Colorado. Usa um macacão por cima de uma T-shirt branca e tem um sorriso gigante. É um agricultor do Nebrasca de 78 anos. Quanto é que posso ter por 100 dólares?, pergunta. Ray sem apelido, disse, nervoso compra alguns gramas, atravessa a rua para mostrar à mulher quanto conseguiu e corre de volta para a caixa registadora. Esqueceu-se de alguma coisa?, pergunta o empregado, um professor que passa o Verão a vender marijuana. Mais erva!, gritou de alegria. Tem fumado desde os 12 anos e irá continuar até ao dia em que morrer, diz. E agora Ray prepara-se para voltar para o seu camião e transportar a sua primeira compra legal ao longo de 520 quilómetros em direcção a leste, de regresso à sua quinta no Nebrasca. A viagem iria fazer dele um criminoso porque, apesar de a marijuana se ter tornado legal no Colorado este ano, decerto que não o é no outro estado. Em Goodland, Kansas, a cerca de 30 quilómetros do Colorado, quatro dos 18 homens na prisão do xerife Burton Pianalto estão lá porque trouxeram marijuana do outro estado. Em finais de Abril, Pianalto gastou metade do seu orçamento de refeições para o ano inteiro. Ele não tem a certeza de como irá pagar a comida até Dezembro. Custa-lhe uns 45 dólares por dia acolher um miúdo do Minnesota ou Illinois que comprou erva legalmente no Colorado e pôs-se na estrada interestadual 70 em direcção a Leste para a vender aos amigos. Em Chappell, no Nebrasca, a 20 quilómetros da loja de marijuana em Sedgwick, o xerife Adam Hayward rebentou com o orçamento para as horas extraordinárias e aumentou três vezes os gastos da prisão em três anos quase tudo por causa do aumento das detenções por marijuana. Não muito longe, no condado de Scotts Bluff, também no Nebrasca, o xerife Mark Overman diz que o Colorado está a exportar problemas para os seus vizinhos. Estão a promover o turismo de marijuana, disse. A mensagem é: venham ao Colorado, fumem marijuana. E depois as pessoas levam alguma para casa. Não vamos atrás dela não temos ninguém sentado na fronteira , mas esta marijuana do Colorado é muito potente, muito aromática e tropeçamos nela frequentemente se alguém está em excesso de velocidade e os mandamos parar. As fronteiras entre os estados podem ser símbolos de divisões de valores e culturas. O aborto foi legal em alguns estados mas não noutros. Fogo-de-artifício é permitido de um lado da fronteira mas banido noutro, um quilómetro à frente. As leis que regulam a venda de álcool variam imenso de estado para estado. Por isso não deveria chocar que, à medida que as atitudes em relação à marijuana mudavam, novas divisões fossem aparecendo ao longo das fronteiras. Em Great Plains, a leste de Rockies e a três horas da profusão de lojas de marijuana em Denver a última contagem dava 340 com fins medicinais e recreativos , a experiência social ousada do Colorado confunde os pais que têm de explicar aos filhos por que é que esta substância atraente mas problemática é legal ao fundo da rua, no estado vizinho. As mesmas políticas que libertaram os fumadores de erva do Colorado estão a encher prisões minúsculas no Kansas, Nebrasca e Wyoming. Cada vez que paramos alguém, significa que tenho de perder o meu tempo de xerife com a tua erva do Colorado, diz Overman. Temos de pagar horas extras, pagar ao juiz, pagar para os prender, para a sua defesa se forem indigentes. O Colorado está a taxá-lo, mas todos estão a pagar um preço por isso. Um centro comercial de marijuana Quando o vento sopra na direcção certa, toda a Baixa de Sedgwick cheira a erva, um sinal de que as receitas fiscais estão a crescer nas traseiras do reboque que acolhe a loja de erva de Mike Kollarits, a Alternative Relief (Alívio Alternativo). Num par de meses, quando Kollarits acabar de renovar a antiga mercearia na Main Avenue, o segundo maior edifício na cidade, vazio há uma geração, irá tornar-se um enorme centro comercial de marijuana com uma frente lustrosa em vidro. Nessa altura, vai livrar-se do reboque e pôr lá três estufas onde o seu produto irá crescer. Quando estiverem concluídas, as operações de Kollarits ocuparão tanto espaço quanto os outros negócios na cidade juntos. Kollarits, 45 anos, que construiu casas nos subúrbios de Chicago até a recessão matar todo esse esforço, comprou a sua propriedade a Lupe Pena-Casias em Sedgwick. Casias é proprietária do edifício bancário do outro lado da rua, um grande bloco de pedra antigo que converteu num encantador bed and breakfast com 15 quartos e o único buffet de comida mexicana no raio de uma hora de carro. Os quartos custam 25 dólares por noite e só aceitam dinheiro. Casias foi uma das primeiras em Sedgwick a verem ouro na erva. Quando estava no conselho da cidade, acreditou durante muito tempo que Sedgwick 147 habitantes, um bar e um cabeleireiro poderia voltar a florescer. A cidade, um sítio que se destacava numa região de agricultores e caçadores conservadores, é abrigo de uma pequena colónia de budistas, descendentes de imigrantes japoneses que ajudaram a construir o caminho-de-ferro transcontinental e refugiados de esquerda da zona da Denver. No século XIX, o condado de Sedgwick era um ponto de encontro para índios e cowboys, conhecidos pelos saloons barulhentos e as casas de jogo. Mas em 2012, quando no Colorado 55% votaram a favor e 45% contra a legalização da marijuana para fins recreativos (o estado já tinha aprovado a marijuana para fins medicinais em 2000), o condado de Sedgwick votou 797 contra 522 para rejeitar a ideia. 55% dos habitantes do Colorado votaram a favor e 45% contra a legalização da marijuana para fins recreativos em 2012 A minúscula cidade de Sedgwick, com o peso de um défice de 28 mil dólares e uma taxação-base minúscula, tinha uma ideia diferente. Quando a erva se tornou legal no estado, cada município do Colorado podia decidir se queria juntar-se à experiência. Em Abril, numa reunião especial da cidade, os residentes votaram 27 contra 4 para permitir a venda de marijuana recreativa, com uma taxa de 5 dólares por transacção para a cidade. Sou muito certinha, disse Casias, 60 anos, que passou a maior parte da sua carreira a ensinar inglês às crianças falantes de espanhol. Mas somos uma pequena cidade rebelde e não tínhamos dinheiro para pavimentar a estrada ou contratar um novo professor. Perdemos a nossa escola, o nosso posto de correios está fechado metade do tempo. Estávamos a morrer. Só pensei que tínhamos de fazer qualquer coisa, mesmo que eu não fumasse marijuana nem nunca fumei. Casias tem agora planos para renovar um dos seus edifícios e abrir um café em frente à loja de erva. Mesmo assim há alturas em que se sente um pouco desconfiada. Construí uma parede entre a minha sala e a fachada da pousada porque me preocupa os estranhos que agora aqui chegam, diz. Talvez deva colocar um cadeado na porta da frente. Não sei. A quantidade de dinheiro que as pessoas aqui estão a gastar em erva é impressionante. Sedgwick vai tornar-se grande, vão ver. Ah, por favor! É o antigo xerife do condado, Rick Ingwersen, que por acaso é o novo namorado de Casias e que acaba de entrar na pousada para um copo de sumo de maçã e groselha. Ingwersen, que se queixa das pessoas que um dia pôs na cadeia acusadas de ter marijuana e que hoje se tornaram empresários de marijuana legal, não tem assim tanta confiança na renascença de Sedgwick trazida pela erva. Mas, enquanto um dos maiores proprietários da cidade, vê a situação de ambos os lados. Tenho demasiados edifícios emparedados, diz. Depois, uma gargalhada: Tenho esperado pacientemente que a erva chegue e salve a cidade. Comprou propriedades nos anos 1980 quando a conversa sobre a legalização do jogo trouxe uma onda de optimismo a Sedgwick. Mas o jogo nunca chegou. A cidade continuou a decrescer. A marijuana, que cresce de forma selvagem em muitas das quintas da zona os locais chamam-lhe erva de estrada , é uma forma de vida aqui, claro, mas irá ter as suas consequências ao longo do tempo, diz Ingwersen. Toda a gente aqui está demasiado interessada em ficar pedrada. Acho que me vou manter firme e lutar por uns tempos. Imediatamente depois, ele e Casias seguem para o RD, o bar em Sedgwick, duas portas a seguir à loja de erva e o único sítio na cidade onde as pessoas saem à rua depois de anoitecer. O bebedouro, escuro e húmido, serve cerveja cerveja com pouco álcool. Sedgwick pode estar à vontade com erva, mas imperiais com espuma a toda a força não são permitidas aqui. O RD é o único bar na pequena cidade de Sedgwick NIKKI KAHN/THE WASHINGTON POST Nos primeiros quatro meses deste primeiro ano de venda de marijuana para fins recreativos, o Colorado recebeu 11 milhões em impostos e 7 milhões de vendas de erva para fins medicinais. O dinheiro vai para a construção de escolas e para ajudar a localidade. Mas nem um centavo foi para Deuel porque o condado de Deuel é apenas a norte da fronteira estatal, no Nebrasca. É perto o suficiente para permitir que os filhos de Cori Koehler peguem nas suas bicicletas e vão à loja de erva de Sedgwick. Sinceramente, qualquer miúdo que queira quase que pode ir a pé até lá, diz. Koehler, 34 anos, tem um cabeleireiro na rua principal em Chappel, condado de Deuel. Desde que a marijuana se tornou legal do outro lado da fronteira, ela assistiu a um aumento da droga na Estrada interestadual 80, pessoas a serem algemadas e a ficarem de pé nas valas ao longo do leito do Nebrasca. Vejo Intervention e todas essas séries sobre droga na televisão, e é interessante, mas não quero que isso chegue aqui, diz Koehler. Os seus filhos ainda são pequenos, e jogamos à bola ali em Sedgwick, eles vão ver erva ou ouvir falar dela, e depois perguntam o que é e ficam curiosos. Porque é que tenho de passar por isso? O meu mais velho tem 13 anos, e quando se tem 13 anos não se deve saber essas coisas. Eles não se vêem a cometer um crime É por pessoas como Koehler que o xerife Hayward quer que se faça alguma coisa sobre o choque de leis ao longo da fronteira estadual. Os seus três polícias sempre fizeram apreensões de erva, mas o número e o tipo mudaram substancialmente este ano. No ano passado, os polícias prenderam 30 condutores acusados de posse de marijuana, todos na auto-estrada (apenas 1800 pessoas vivem no condado); este ano, até Junho, já houve 32 detenções deste tipo. No ano passado, foram detidas 15 pessoas por conduzirem sob influência de marijuana. Este ano já foram detidas 12, três vezes mais do que as detenções por condução sob álcool. A marijuana que transportam agora é quase toda do Colorado as embalagens têm frequentemente as etiquetas das lojas de erva de Denver (Plantado em Colorado/Compre sempre no Colorado) em vez das dos cartéis mexicanos. A erva do Colorado é agora o centro do mercado negro dos estados vizinhos, dizem as autoridades. Os xerifes no Kansas e Nebrasca dizem que poderiam fazer muito mais detenções do que aquelas que fazem. Os agentes patrulham a interestadual apenas cinco horas por semana. Mesmo aí, dizem, não estão a fazer qualquer esforço para farejar a erva do Colorado. Por que é que uma pessoa vai a 140 à hora quando leva sacos cheios de erva é algo que me ultrapassa, mas as pessoas fazem-no, diz Hayward. O xerife Adam Hayward, do condado de Chappell, Nebrasca, aumentou o número de detenções por posse de marijuana vinda do ColoradoNIKKI KAHN/THE WASHINGTON POST Joel Jay, o único advogado de defesa no condado de Deuel, descobriu que muitas pessoas que trazem marijuana para o Nebrasca só o estão a fazer porque está disponível. Eles não se vêem a cometer um crime, diz. Claro que sabem que é ilegal, porque de outra forma para que é que iriam ao Colorado? Ao fim de alguns dias lá, perde-se a perspectiva. Está mesmo ao lado da loja de donuts e começa-se a pensar: Isto não pode ser assim tão mau. A marijuana tornou-se uma constante no trabalho de Jay, e não apenas nas detenções na auto-estrada. Este mês, no tribunal de jovens, ele e o juiz lutaram para tentar perceber se o Nebrasca deveria ficar com a custódia de uma criança a cujos pais foi ordenado que não consumissem drogas ilegais. Os pais mudaram-se para o Colorado, onde fumavam marijuana legal ali, mas uma violação da ordem do juiz no Nebrasca. Ao contrário dos vizinhos de Plains, o Nebrasca fez parte da onda dos 11 estados nos anos 1970 que descriminalizaram a posse de pequenas doses de marijuana. As pessoas com menos de 30 gramas recebem uma multa e pagam multa até 300 dólares. Mas a lei do Nebrasca não poderia antecipar o mercado que se iria desenvolver no Colorado, onde as muito populares barras de chocolate com marijuana pesam o suficiente para fazer com que alguém apanhado no Nebrasca com meia dúzia de doces facilmente atinja o tecto de 30 gramas a partir do qual se é acusado de distribuir, o que é crime. Há algumas semanas, os agentes de Hayward pararam um carro onde três homens foram encontrados com 90 gramas de sementes de marijuana e 500 gramas de um creme para as mãos à base de cannabis. Só com as sementes, os viajantes teriam ido embora com uma multa. Mas o creme que continha pequenas quantidades de THC, o químico responsável pelos efeitos psicológicos da marijuana pesava mais do que 30 gramas, por isso o xerife podia tê-los acusado da intenção de distribuição e prendê-los. Deixei-os em paz porque era creme e registei-o apenas como delito, disse o xerife. Não posso encher a cadeia com estes casos. Hayward, 34 anos, quer que o Nebrasca aumente as multas por posse de 30 gramas ou mais de marijuana, mas os políticos mostraram pouco interesse na ideia. Ele e outros xerifes ao longo da fronteira também querem que o Colorado ajude a pagar os custos adicionais da aplicação das leis da marijuana. Uma legisladora do Colorado, Amy Stephens, republicana que se opôs à legislação, concorda que o seu estado deve alguma recompensa aos estados vizinhos. Propôs que parte das receitas fiscais da venda de erva fosse para ajudar os outros estados que enfrentam agora custos de aplicação da lei. A sua proposta não foi a lado nenhum. Mas precisamos de ter esta discussão, disse Stephens. Corremos para isto tão depressa que não pensámos na segurança das crianças ou no impacto nos nossos vizinhos, diz. Corremos para isto tão depressa que não pensámos na segurança das crianças ou no impacto nos nossos vizinhos." Amy Stephens Até os xerifes do Colorado que concordam com Stephens sobre a erva legal ter sido uma má ideia não estão muito inclinados a enviar dinheiro para outros estados. Estamos a ver substancialmente mais condutores sob efeito de drogas aqui, também, diz o xerife do condado de Sedgwick, Randy Peck, e precisamos de pagar a despesa dessas detenções antes de pensarmos noutros estados. A minutos do Colorado, um homem que distribui comida congelada traz o seu camião para o condado de Sherman, para a garagem da prisão de Kansas que funciona como sala de recreio dos prisioneiros. Cada pilha de jantares representa um rombo no orçamento do xerife Pianalto. A marijuana legalizada representou o dobro das prisões por posse de marijuana neste condado de 6 mil pessoas. Pianalto, 51 anos, viu a marijuana descarrilar adolescentes promissores, mas também se deixou comover por histórias do alívio que provoca a doentes com cancro. Repare, eu vejo que a proibição não funciona, diz. Mas também sei que a liberdade total de deixar que as pessoas façam o que querem também não funciona. Não sei qual é a resposta. O problema é que agora falo com as crianças na escola sobre marijuana e elas deixam-me de cabeça perdida. No mês passado, tinha um miúdo do 1.º ciclo a argumentar comigo, a dizer que não fazia mal nenhum. Ele andava a usar os mesmosslogans que os anúncios de televisão no Colorado pela legalização. Fins medicinais Mike Kollarits precisava começar do zero e o Colorado oferecia essa oportunidade. O seu negócio de construção e de limpeza de neve em Chicago foram afectados pela recessão e um amigo falou a Kollarits sobre o negócio em expansão da marijuana medicinal à volta de Denver. Há quatro anos, Kollarits, a mulher e os dois filhos adolescentes mudaram-se. Kollarits não fumava erva desde os 26 anos; a sua mulher que pediu para não ser identificada porque é uma professora do ensino especial cujo empregador pode desaprovar o facto de ela vender erva nos intervalos nunca foi adepta da marijuana. A loja deles de erva para fins medicinais num subúrbio de Denver lançou-se com um grande arranque, atraindo gente maioritariamente mais velha. Quando começaram a ouvir os clientes dizer que estavam a consumir marijuana para se livrarem da dependência dos comprimidos contra as dores, acreditaram que não estavam apenas a gerir um bom negócio, estavam também a fazer algum bem. Mike Kollarits está a renovar uma antiga mercearia em Sedwick para abrir uma loja com venda de marijuana para fins medicinais NIKKI KAHN/THE WASHINGTON POST Depois, Kollarits ouviu falar de Sedgwick e da oportunidade de investir na única loja de erva na metade leste do estado. Situada entre as duas auto-estradas interestaduais que levam 15 mil carros diariamente ao Colorado, Sedgwick tinha tudo menos interacção social, diz Kollarits. Afirmar que a cidade é calma não está propriamente correcto; as vacas mugem durante a noite e os arrulhos das pombas asseguram que maior parte das pessoas começa o dia cedo. Isto não é Chicago. Kollarits tem estado demasiado ocupado para se preocupar com o isolamento. Passa pelo menos metade do seu tempo na aldeia, a construir a nova loja, a encher o reboque. Contratou sete pessoas incluindo duas mulheres reformadas de Denver que são budistas, adoram erva e deliciam-se com o facto de serem chamadas as senhoras da erva quando visitam o restaurante perto da interestadual. Kollarits espera duplicar a sua equipa este Outono. E está em vias de quadruplicar as receitas fiscais da cidade. Mas numa cidade em que a chegada de um estranho a um bar é motivo para um grupo ficar especado, Kollarits teve de acalmar alguns receios. O comissário do condado de Sedgwick, por exemplo, preocupa-se com o facto de a loja afectar a reputação da zona. Há muita gente aqui que não muda de ideias, diz Glen Sundquist. Mas, quando a sua irmã estava a morrer de cancro, alguém lhe trouxe bolinhos de marijuana; ela não chegou a comê-los, mas ele acha que não teria sido assim tão mau se os tivesse comido. Ainda assim, as lojas não lhe parecem bem. As pessoas dizem que estão a ser cada vez mais aceites, mas eu não tenho de gostar só porque alguém faz alguma coisa. Alguns dos seus novos vizinhos acham que a marijuana destrói vidas e foram muito claros a esse respeito, diz o vendedor. Mas eu sou um empresário com família. Cresci na igreja Baptista. As pessoas ficam surpreendidas por eu não andar pedrado ou ser um traficante de droga inveterado. Um a um, nota-se uma mudança gigante de atitude; agora vêm ter comigo ao bar e perguntam-me como está a correr. Tem tido clientes dos 50 estados; bem mais de metade têm 50 anos ou mais. Os seus primeiros clientes foram um casal de reformados do Iowa que perguntaram se poderiam ter desconto (desculpem, mas não). Cerca de um terço dos compradores vem do Nebrasca e quase dois terços são de outros estados. Insiste que o seu objectivo não é vender aos habitantes do Nebrasca. O objectivo é vender a todas as pessoas que vêm de Nova Iorque ou Chicago. Uma mulher em Sedgwick queixou-se a Kollarits que não quer que os filhos pensem que foi a marijuana que salvou esta cidade. O lojista não mostra arrependimento. Antes era ilegal, disse-lhe. Agora não é. É assim que as coisas são. Ele sabe que alguns pais ao longo do estado o acusam de ter complicado as suas vidas. Mas, se eles falarem mais cedo com os filhos, isso é uma coisa boa, diz. Na minha casa, dizemos-lhes tudo. Agora, eu sei que o meu filho de 19 anos fuma erva. Ele disse-me. Mas temos regras não se fuma em casa. Todos os pais deviam ter regras. Na minha casa, dizemos-lhes tudo. Agora, eu sei que o meu filho de 19 anos fuma erva. Ele disse-me. Mas temos regras não se fuma em casa. Todos os pais deviam ter regras." Mike Kollarits No mês passado, Kollarits foi ao Nebrasca encontrar-se com Hayward, o xerife. Falaram durante uma hora e meia. Kollarits disse-lhe que estava a focar-se nas pessoas que entram no Colorado e não nas que saem do estado. Hayward não ficou impressionado. Quer os compradores entrem ou saiam, a loja em Sedgwick dirige-se a pessoas fora do estado e isso não está certo, disse. O xerife concorda que a erva que tem confiscado é sobretudo da área de Denver; os seus subordinados detiveram apenas uma pessoa com marijuana de Sedgwick. Não faz sentido alguém vir a Sedgwick para comprar um stock para vender na sua terra, argumenta Kollarits. A verdade é que é possível comprar marijuana ilegal em qualquer parte dos Estados Unidos mais barata do que aquela que eu vendo. Mas ele está empenhado em capitalizar a sua localização. Vamos ser a próxima Amesterdão, diz. O nosso modelo de negócio é tornarmo-nos a primeira loja que se encontra quando se entra no Colorado. É isso que irrita o xerife. O que interessa é o dinheiro, eu percebo. Aquele tipo criou empregos na comunidade e agora tem uma base fiscal. Mas ele está a trazer pessoas do Nebrasca e do Leste. Ele fá-los desviarem-se de Denver quatro horas e depois são apanhados como se fossem criminosos. O que estão a fazer em Sedgwick é hipotecar o futuro dos miúdos. Exclusivo PÚBLICO/The Washington Post fotos na fonte http://www.publico.pt/mundo/noticia/a-marijuana-traz-dinheiro-mas-nem-todos-estao-contentes-1667876
  24. Na ONU, Brasil ignora prisão psiquiátrica paulista e contesta crise carcerária 'O país perdeu uma oportunidade de reconhecer o problema e debatê -lo ou apontar novos caminhos de atuação', lamenta representante de organização de direitos humanos. por Sarah Fernandes, da RBA publicado 10/09/2014 17:48, última modificação 10/09/2014 18:43 http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2014/09/na-onu-brasil-ignora-prisao-psiquiatrica-paulista-e-contesta-crise-carceraria-6047.html DANILO RAMOS/RBA Para ONU, Brasil usa o encarceramento como principal medida de segurança pública e sugere penas alternativas São Paulo – A embaixadora do Brasil em Genebra, Regina Maria Cordeiro Dunlop, representou o país na 27º sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, hoje (10), em que um grupo de trabalho da ONU apresentou um relatório sobre as condições degradantes de detentos no país. A participação dela, que sequer citou as conclusões de uma vistoria realizada pela entidade na Unidade Experimental de Saúde, órgão do governo paulista que viola a Constituição ao deter por tempo indeterminado jovens infratores que não cumprem pena nem recebem tratamento médico, causou mal-estar entre especialistas da área: apesar das informações recentes e verificadas sobre a situação irregular do equipamento, a embaixadora demonstrou ignorar o problema. "O Brasil perdeu a oportunidade de reconhecer o problema e debatê-lo ou apontar novos caminhos de atuação. A existência da Unidade Experimental de Saúde é inconstitucional e viola os pactos de direitos humanos de que o país é signatário. O Estado brasileiro não pode criar novas estruturas ao se bel-prazer, sem respeitar as bases legais", diz Rafael Custódio, coordenador do Programa de Justiça da Conectas Direitos Humanos, organização que terá uma fala na sexta-feira (13), na sessão da ONU. "O país tem regras específicas para a internação de adolescentes, mas a unidade as quebra e instala um modelo de exceção." A embaixadora chegou a falar sobre os presos com problemas psiquiátricos no país, um dos temas abordados no relatório. Em uma fala dura, ela afirmou que o assunto não poderia constar no documento, uma vez que o grupo de trabalho não teria visitado hospitais psiquiátricos e reafirmou que o país é uma "democracia plural e participativa". "Nós lamentamos o parágrafo inconclusivo sobre o confinamento de pessoas com problemas mentais. O relatório tampouco especifica as fontes consultadas", ressaltou Regina Maria. "Qualquer pessoa que tenha contato com o sistema carcerário sabe que existem muitos presos com problemas psiquiátricos que não deveriam estar lá, mas estão. Isso é uma deficiência da nossa Justiça", diz Custódio. O grupo de trabalho, que visitou a unidade em 2013, diz no relatório estar "preocupado" com as detenções sem bases legais e sem revisão judicial. "Os adolescentes foram inicialmente detidos por crimes graves e perigosos, cumpriram a sentença máxima de três anos descrita na lei e foram transferidos para a Unidade Experimental de Saúde, onde estão interditados sem um processo legal", aponta o texto. "O grupo de trabalho está preocupado com a detenção dos seis adolescentes na Unidade Experimental de Saúde em São Paulo e com a ausência de bases legais para essas prisões, particularmente pela falta de clareza de um prazo para as detenções. Além do mais, não houve nenhuma revisão judicial efetiva dos casos", completa. O grupo de trabalho esteve no Brasil entre 18 e 28 de março de 2013 e realizou visitas a sete locais de privação de liberdade em Brasília, Campo Grande, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo, quando a Unidade Experimental de Saúde foi inspecionada. Na época da visita eram seis internos. De lá para cá, um deles conseguiu liberdade. Os internos do "hospital", localizado na Vila Maria, na zona norte de São Paulo, são egressos da Fundação Casa que cometeram atos infracionais considerados graves e que foram supostamente diagnosticados com transtorno de personalidade antissocial, apesar de os laudos médicos serem considerados "duvidosos" por instituições pró-direitos humanos. Eles já cumpriram medidas socioeducativas previstas em lei e, sem ter praticado novos crimes, continuam detidos de forma "preventiva". O representante da Conectas Direitos Humanos em Genebra, Paulo de Tarso Lugon, defenderá na sua fala, na sexta-feira (14), que a Unidade Experimental de Saúde é "inconstitucional" e que sua simples existência "agride os direitos humanos", de acordo com o texto, adiantado no site da instituição. A sessão da ONU, que reúne autoridades de 47 países, teve início na segunda-feira (8) e segue até o próximo dia 26. Sobre a prisão de imigrantes ilegais, outro ponto criticado no relatório, a embaixadora se limitou a dizer que a lei de imigrações está em revisão no Congresso, que o país recebe muitos imigrantes e que é incorreto dizer que o sistema judicial os trate como um problema. A postura também foi criticada pela Caritas. "O Brasil tem uma legislação muito ultrapassada, da época da ditadura, que vê os imigrantes como um incômodo. É evidente que isso traz problemas", afirma Custódio. Sobre a prisão compulsória de usuários de drogas e o número excessivo de pessoas presas por tráfico de drogas, mais dois pontos de crítica ao Brasil no relatório, a embaixadora afirmou que a nova lei de drogas, aprovada em 2006, representou um "grande avanço para o país" – interpretação que difere das entidades especializadas nesse tema. "Falta uma dose de realidade. Este modelo, repressivo e criminalizador, fracassou. As cadeias estão cheias de jovens réus primários que não são traficantes presos como se fossem e de dependentes químicos que vendiam pequenas quantidades para manter o vício", diz o especialista do Conectas. "O país apresentou uma postura mais preocupada em dizer que os problemas não existem do que em abrir o diálogo e apresentar propostas para resolvê-los, como outros países fizeram. Essa imagem que está tudo bem é muito distante da realidade." A unidade experimental A Unidade Experimental de Saúde foi criada pelo governador Cláudio Lembo (então no DEM, hoje no PSD), que governou São Paulo de abril a dezembro de 2006, e mantida por seus sucessores, José Serra (2007-2010) e Geraldo Alckmin (2011-2014), ambos do PSDB. Até 2007, o equipamento estava sob a responsabilidade da antiga Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor (Febem), atual Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Casa). Naquele ano, o então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), transferiu o imóvel para a Secretaria de Estado da Saúde, pelo Decreto 52.419. Esta é a segunda inspeção da ONU na Unidade Experimental de Saúde. A primeira, realizada em 2011, foi feita pelo Subcomitê de Prevenção da Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes. O relatório final recomenda que a unidade seja desativada. No ano passado, irregularidades como a falta de médico de plantão, de projeto terapêutico e de regimento interno motivaram a Procuradoria da República de São Paulo, entidades pró-direitos humanos e o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo a moverem uma ação civil pública exigindo o fechamento da unidade. O pedido será julgado pela Justiça Federal porque eventual condenação internacional do país por violações aos direitos humanos recai sobre a União. “O tratamento que tem sido dispensado a esses jovens é medieval. São encarcerados sem o devido processo legal, por tempo indeterminado, em estabelecimento que não lhes proporciona tratamento adequado aos distúrbios de que são portadores”, diz a petição inicial do processo. “Além de estarem sendo responsabilizados duas vezes pela prática de um mesmo fato, a internação na UES se dá por tempo indeterminado, como se fosse perpétua.” Metas do Milênio A posição polêmica da diplomacia brasileira tem, como pano de fundo, a disputa que o país empreende atualmente pela definição das novas Metas do Milênio da ONU. O último conjunto de objetivos, que elenca ações para diversas áreas do serviço público, foi aprovado pelas Nações Unidas em 2000 e tem prazo final até 2015, ano em que tem início um novo ciclo de metas e atividades até 2030. Atualmente, as Nações Unidas discutem a redação final do texto, e um ponto coloca em atrito as nações em desenvolvimento, entre as quais o Brasil, e os países desenvolvidos: o item sobre paz e governança, cujo conteúdo forçaria os países signatários a empreender esforços consideráveis na reforma do Poder Judiciário, do código e do processo penais e das políticas públicas para a segurança, bem como o sistema prisional – justamente a área onde a embaixadora buscou negar problemas estruturais durante a reunião de hoje, apesar das fartas evidências. Para as nações em desenvolvimento, o enfoque em questões de governança é uma pauta que retira peso das questões de combate à pobreza e pela sustentabilidade ambiental, metas que não foram cumpridas pela maior parte dos signatários do documento atual. Os brasileiros afirmam ainda que seria impossível estabelecer metas que não envolvessem assuntos para os quais não há consenso, como a política de intervenções militares dos Estados Unidos. Além disso, havia acordo para que a base das novas Metas do Milênio fosse o documento final da Rio+20, realizada no Brasil em 2012 e cuja redação final é considerada pelo governo uma vitória da diplomacia brasileira. O texto cita apenas brevemente questões de governança, justiça e paz.
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