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CanhamoMAN

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Tudo que CanhamoMAN postou

  1. o caso é que o oleo de cbd tem thc... ai fica na mesma... e eles tem que resolver o caso da menina para a justiça...
  2. Drogas | 29/05/2014 07:39 Anvisa discute liberação de substância derivada da maconha http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/anvisa-discute-liberacao-de-substancia-derivada-da-maconha Os diretores devem decidir se o canabidiol poderá ser importado em forma de medicamento Anny Fischer toma canabidiol: substância serve para tratar convulsões Brasília - O futuro do canabidiol (substância derivada da maconha) no Brasil deve ser definido hoje (29), durante reunião da diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que começa às 10h. Os diretores devem decidir se a substância passará a integrar a lista de classificação C1, que permitirá a prescrição e a importação do composto em forma de medicamento. Nos últimos dias, o assunto da liberação da substância veio à tona, depois que a família da menina Anny Fischer, 6 anos, importou ilegalmente o canabidiol para tratar as convulsões da criança. Segundo os familiares, com o uso, as crises da menina passaram de 80 por semana para apenas três.
  3. Saúde12h44, 28 de Maio de 2014 http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=202311 Maconha medicinal: o Brasil quase lá Pressionada por pacientes, Anvisa sinaliza autorizar maconha medicinal no Brasil. Possibilidade de uso terapêutico da substância já é prevista em lei e, caso aplicada, beneficiará pacientes de diversas doenças graves. Morador da cidade de Socorro, no interior paulista, Douglas Godoi tem 19 anos e ouviu seu primeiro diagnóstico de câncer testicular quando tinha apenas 16. Com sessões de seis horas diárias de quimioterapia, a doença foi aparentemente vencida em alguns meses, mas pouco depois as dores nas costas voltaram. Implorando pela antecipação de uma tomografia agendada para dali a 60 dias, Douglas conseguiu realizá-la e foi diagnosticado que não só o problema voltara como agora de forma mais grave, espalhado por todo o corpo. Sem novas sessões urgentes de quimioterapia, ele morreria em cerca de 24 horas. Agora eram cinco dias, 24 horas de quimioterapia no primeiro e 13 horas nos outros. Eu ficava extremamente debilitado, sem condição nenhuma. Fiz seis ciclos, de agosto até janeiro, até ser submetido a um transplante de medula, que felizmente foi bem-sucedido, relata Douglas, participante do IV Simpósio Internacional da Cannabis Medicinal, realizado entre 15 e 17 de maio na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Com a presença de autoridades, pesquisadores, pacientes e ativistas da legalização das drogas, o evento apresentou diversos casos como o dele, a fim de discutir e transformar o papel legal do uso de maconha com fins medicinais no Brasil. Depois dos ciclos, eu ficava mais duas semanas sem comer nada, vomitava a cada duas horas no máximo e nenhum remédio nunca funcionou, eu falava pros médicos e eles só aumentavam a dose, mas nada, eu continuava vomitando o que não tinha, rememora o jovem, vestindo camisa xadrez e boné de aba reta bem típicos de sua idade. De repente, por algum instinto, eu nunca tinha ouvido falar nada, mas não estava mais aguentando, pensei que precisava levantar e fazer alguma coisa. Fui até o quarto do meu irmão, que sempre utilizou cannabis e estava trabalhando, peguei uma pontinha minúscula daquele prensado, olhei pro céu azul, acendi e pareceu que o céu me mandou uma energia forte, saí dali dando risada sozinho, continuou, emocionado. Estava muito feliz, pela primeira vez em todo o tratamento eu estava bem comigo mesmo, sem depender de algum fator, só de uma simples planta. Não tinha nada de náusea, voltei a sentir gosto na boca. Quando percebi que minha mãe estava perto, eu falei: mãe, eu como um boi, eu estou com fome!, e ela saiu correndo pra fazer algo pra mim, finalizou Douglas, que hoje se recupera bem e deixou de consumir maconha. Seu relato foi um dos diversos, e comoventes, apresentados por pacientes de doenças sérias como esclerose múltipla, epilepsia, dor neuropática e câncer durante o Simpósio, organizado por orientandos e discípulos do médico Elisaldo Carlini, precursor nos estudos sobre essa questão em nosso país. Para ele, começa a haver esperanças de um outro olhar nesse tema no Brasil, daqui pra frente não será mais do mesmo. Desproscrição, uma mudança simples? Defensor da legalização da maconha e crítico da hipocrisia presente na proibição das drogas, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) tem ficado menos solitário entre seus pares na defesa de outro enfoque para a questão. Em relação ao uso medicinal, ele diz se tratar de uma mudança simples, praticamente inquestionável. Depoimentos como os que escutamos aqui nos levam a perguntar por que nos custa tanto tempo debater um tema tão óbvio!, declarou. De fato, se uma mudança profunda do paradigma proibicionista das políticas de drogas brasileiras requer discussões parlamentares e, de preferência, um engajamento sério do Poder Executivo, como acontece no Uruguai, o uso de substâncias proibidas, como a maconha, para fins medicinais já está previsto na atual lei de drogas (11.343/2006), necessitando apenas ser regulamentado e implementado. A lei não especifica quais substâncias são proibidas, o que cabe à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que as classifica em listas que têm maior ou menor grau de controle e restrição. Participante da mesa de abertura do Simpósio, Luiz Carlos Klaussman, da Anvisa, trouxe otimismo à plateia ao afirmar que um parecer de técnicos da agência já foi enviado para a direção da mesma, recomendando que componentes da maconha com uso medicinal sejam retirados da lista F2 e movidos para a C1, o que significa que deixariam de estar listados como proscritos, passando agora à categoria de controle especial podendo ser receitados por qualquer médico. Já temos trabalhos concluídos que comprovam a eficiência, segurança e eficácia desses produtos, é preciso tirar o estigma deles, porque são muito mais seguros do que diversos que estão no mercado. Temos condição de fazer o controle e garantir a segurança de uma boa droga para os usuários que necessitam, apontou Klaussman, para quem essas substâncias, caso registradas, representarão um avanço no arsenal terapêutico disponível hoje. Em entrevista publicada pela Folha de S.Paulo, Dirceu Barbano, presidente-diretor da Anvisa, confirmou que a mudança pode ocorrer já no próximo encontro da direção da entidade. A diretoria colegiada da Anvisa se reunirá novamente em 29 de maio, e tudo indica que tomará ali a decisão que permitirá o uso medicinal de componentes da maconha. Como explica Klaussman, o porte e o consumo de maconha seguirão proibidos, sendo apenas desproscrita a importação de componentes como o CBD (canabidiol) para uso medicinal. Se entrarmos na discussão do uso da espécie vegetal, da erva, vamos entrar numa quantidade enorme de empecilhos que vão inviabilizar essa disponibilidade do ponto de vista sanitário. Se entrarmos na ótica dos princípios ativos, nós temos toda a condição de bancar isso. A utilização da erva vai jogar pra discussão da lei antidrogas, aí não passa por normativo de vigilância sanitária, é discussão do Legislativo. Segundo Elisaldo Carlini, a liberação da importação de medicamentos como o britânico Sativex, feito à base de maconha e já permitido em países como Estados Unidos, Espanha, Canadá, República Tcheca, Dinamarca, Suécia, Áustria, Itália,Suíça, Finlândia, Israel, Noruega e Polônia, representa um importante passo não só pela necessidade dos pacientes, mas porque, a partir de sua disponibilidade inicial no mercado, poderia ser discutida também sua produção em solo brasileiro, o que certamente baratearia o acesso ao produto. Por dignidade e qualidade de vida Maria Antônia Goulart tem 65 anos e é uma das vozes mais conhecidas na defesa do uso medicinal de maconha no Brasil. Paciente de fibromialgia, doença que gera dores musculares intensas e difusas, ela começou a usar a erva celebrada pelo movimento rastafári quando teve câncer, posteriormente tendo percebido seus bons efeitos também para sua atual enfermidade. Hoje, tem uma página no Facebook que reúne usuários medicinais, participa de diversos eventos em defesa da causa e ainda compõe o Bloco Medicinal da Marcha da Maconha de São Paulo. Depois que tive câncer, comecei um ativismo pra falar sobre como a maconha ajuda no tratamento, e estudando vi que ela também poderia ajudar na fibromialgia, relata Maria Antônia. O tratamento convencional é horrível, remédio pra dormir, remédio pra acordar. Junto com meu médico nós fomos substituindo o medicamento convencional, aos poucos, pelo uso da maconha, e isso me deu um resultado superpositivo. Hoje, tenho qualidade de vida, a maconha reduziu completamente os efeitos colaterais que tinham os outros remédios, atesta. Qualidade de vida. Dignidade. Termos utilizados por Maria Antônia mas também por diversos outros pacientes presentes no evento, como a mineira Juliana Paolinelli, que sofre de uma anomalia congênita chamada Espondilolistese. Seu grau é o mais alto possível, o que leva a muitas convulsões e dores, dificultando consideravelmente a busca por um cotidiano saudável. Eu fumo maconha o dia inteiro, e mesmo assim morro de dor, até porque a gente fuma coisas horríveis e nas doses erradas, aponta Juliana. Com seus cabelos loiros e curtos e seu tranquilo sotaque mineiro, Juliana conquista seus interlocutores rapidamente com sua simpatia, mas sua fala transparece indignação pela falta de acesso legal ao único paliativo que encontrou para suas dores. Preciso da maconha pra ter qualidade de vida, eu sou mãe, tenho duas filhas, cuido de uma casa, dirijo, levo, busco, faço faculdade, preciso da maconha pra fazer isso tudo. Usei todo tipo de medicação disponível no Brasil, todo tipo mesmo. Eu tinha muito espasmo generalizado, meu corpo chicoteava, meu joelho batia na boca, eu ia de ambulância pro hospital sendo contida, era muito forte. Usei bomba de morfina durante quatro anos, cheguei a usar 26 frascos de morfina de uma vez, rememora, apontando que chegou ao limite com o excesso de morfina, o que a levou a buscar essa outra solução, bem mais eficiente. É um remédio mágico, que faz milagre pra muita gente, até crianças, e a gente ainda está atrasado, avalia Gilberto Carvalho, de 40 anos, paciente de esclerose múltipla que defende um reconhecimento desse medicamento: até hoje não conseguimos olhar pra uma planta e enxergar uma planta lá? A gente olha e vê um monstro que pode engolir as pessoas e temos que chamar a polícia pra incinerar, contesta. Mágico? É mais do que isso, mágico ainda é pouco, a gente precisa disso, resume Douglas Godói. Secretário vê mudança com muito bons olhos De acordo com o deputado Paulo Teixeira, avanços concretos em relação ao uso medicinal de maconha no Brasil hoje estão no horizonte sobretudo por conta da mobilização dos pacientes e de seus familiares. Esse debate precisa ser resolvido já, não podemos esperar resolver o tema de todas as drogas. Precisamos abrir os canais inicialmente pra importação, e depois avançar para a produção nacional e abrir a porta para discutir os outros métodos e formas de uso medicinal das substâncias proibidas, apontou, complementando que uma etapa mais avançada da discussão deveria incluir também a questão do plantio de maconha. Também presente no Simpósio, o ex-defensor público Vitore Maximiano, secretário Nacional de Políticas sobre Drogas, fez uma intervenção favorável à liberação do uso medicinal de maconha, mesmo ressaltando ser esta uma decisão que cabe rigorosamente à Anvisa. Esse é um passo importantíssimo a ser dado, não é possível brigarmos com a ciência. Se ela indica que há resultados e uso terapêutico seguro, não há sentido. Nós vemos esse movimento da Anvisa com muito bons olhos, é uma nova etapa da política brasileira e para a superação de mitos e tabus na ciência, defendeu o secretário. Ativista do chamado movimento antiproibicionista, o advogado carioca Emílio Figueiredo assessora mães de crianças com epilepsia a estruturarem uma associação em defesa da regulamentação do uso medicinal de maconha. Além disso, ele participa há anos do Growroom, fórum de internet que iniciou reunindo amantes do cultivo de cannabis, mas hoje também constitui uma importante frente de informações sobre o uso medicinal da planta. Diversos dos participantes do simpósio declararam ter obtido suas primeiras informações sobre maconha medicinal através dos tópicos de discussão do Growroom. Para ele, o momento é de os usuários medicinais saírem do armário e pressionarem as autoridades médicas, jurídicas e políticas do país a se posicionarem sobre o tema. Sou favorável a pedir o máximo, pedir pra União fornecer. Enquanto não tiver produção, enquanto o Estado não regulamentar a questão medicinal, então que banque a importação. Precisa ser algo acessível, se não puder ser com produção brasileira, que seja pago pelo poder público, que é dever dele bancar a saúde do cidadão, propõe. Maria Antonia, Gilberto, Douglas, Juliana e tantos outros usuários ilegais dessa erva medicinal assinam embaixo ansiosos pela canetada que pode mudar suas vidas. Com a palavra, a Anvisa. Fonte: Fórum Semanal
  4. Essa merece ser marcada junto com Δ9-Tetrahydrocannabinol Prevents Methamphetamine-Induced Neurotoxicity.
  5. ¨%$¨%$¨$, to falando que a planta é santa... OTIMA NOTICIA deve ter efeito contra o crack tambem
  6. cobaia é ter que pegar no mercado negro... sou uma cobaia do traficantes...sou cobaia da guerra as drogas.... ele acha esse efeito colateral justo?
  7. e alguns desses jovens querem fumar maconha no caminho para a entrevista”, declarou Comey na reunião anual do White Collar Crime Institute. dejavu...
  8. DF é o primeiro do Brasil a receber importação legal de remédio feito com componente da maconha 11/05/2014 | 09h10min http://www.paraiba.com.br/2014/05/11/14511-df-e-o-primeiro-do-brasil-a-receber-importacao-legal-de-remedio-feito-com-componente-da-maconha O primeiro lote do medicamento CBD (canabidiol), componente ativo da Cannabis Sativa, a planta da maconha, chegou ao DF. Esta é a primeira importação legal do Brasil, que aconteceu a pedido da família de Anny de Borloti Ficsher, de seis anos, que tem uma doença genética, a síndrome CDKL5, e precisa do remédio para tratamento. Anny está usando o medicamento desde novembro do ano passado. Como o remédio é ilegal no Brasil, os pais Noberto e Katiele de Bortoli Ficsher entraram com uma ação na Justiça Federal de Brasília, pedindo o direito de importar a substância legalmente dos Estados Unidos. O lote, que chegou na última quarta-feira (30), teve a autorização judicial no dia 3 de abril. Depois da autorização da Justiça,os pais de Anny mantiveram contado frequente com a Anvisa. Como o caso é o primeiro do Brasil, foi necessária a criação de um protocolo para a importação. Com o lote, Anny poderá receber o tratamento por três meses. A ordem judicial garante a medicação em um determinado período. Depois eles precisam fazer novamente o pedido e é necessário um novo processo de liberação junto a Anvisa. Katiele afirma que mudança para a importação legal traz a sensação de alivio por não fazer nada contra a lei. — Você saber que está fazendo uma coisa ilegal, ter a consciência e mesmo assim precisar fazer é uma situação muito desconfortável. A síndrome que Anny possui não tem cura. Segundo os pais da criança, o medicamento, que não é fabricado no Brasil e portanto precisa ser importado, garante a melhora da qualidade de vida da menina. Antes de iniciar o tratamento, ela chegava a ter 80 convulsões mensalmente e, atualmente, esse número chegou a diminuir para duas convulsões por mês. Através de um grupo nas redes sociais, os pais de Anny, descobriram que o uso do CBD poderia trazer bons resultados para a filha. A mãe esclarece que o médico da criança não receitou o uso do medicamento. — Nós ficamos sabendo do remédio, comunicamos a ele e perguntamos se poderia acompanhar a Anny. Ele disse que acompanharia, mas não poderia prescrever e nem dosar. Somente depois da ordem judicial que ele se sentiu confortável para receitar. O CBD é em forma pastosa dentro de uma seringa sem agulha. Anny está usando uma seringa de dez gramas, que custa U$ 500. Katielle, a mãe de Anny, diz que o tratamento da filha mudou a vida de toda a família, que agora não vive mais a tensão de a qualquer momento ver a criança passar por uma crise. — Ela consegue comer, ganhou peso, faz alguns barulhinhos e até sorri. Com CBD ela teve uma série de ganhos. Continua a ser uma criança extremamente comprometida, mas com uma qualidade de vida melhor. Outro caso Com a divulgação da liberação da importação do CBD para Anny, Camilla Guedes, 33 anos, mãe de Gustavo Guedes, de um ano e três meses também foi atrás para conseguir o mesmo direiito para o filho. Gustavo tem uma mutação genética que caracteriza uma síndrome chamada Dravet. Camilla teve conhecimento da história de Anny no dia 27 de março e uma semana depois saiu a decisão judicial para a família da menina conseguir a importação legal. Gustavo também sofre com convulsões. Pesquisando sobre a doença do filho, Camila descobriu que o uso medicinal do CBD é uma chance para diminuir as crises, então no dia 3 de abril procurou a Anvisa. Oito dias depois foi protocolado o pedido para a importação do CBD para o Gustavo. — Uma história leva a outra. A mãe da Anny me levou a isso e eu já conversei com outra mãe sobre o assunto. Vi que era uma coisa que ela conseguiu fazer aqui em Brasília com a filha dela, então eu também ia poder fazer com o meu filho. O remédio para Gustavo já está no Brasil, mas ainda não chegou a Brasília. Camilla deve receber o remédio nos próximos dias. Liberação da Anvisa No dia 4 de abril, a Anvisa divulgou uma nota orientando as famílias sobre o pedido de medicamentos sem registros no Brasil. Segundo informações da Anvisa, os pedidos devem ser protocolados, onde serão analisados pelos técnicos da Agência. Por se tratar de um procedimento administrativo, tratado com a Anvisa, não é necessária autorização judicial. Os interessados podem conseguir o formulário pelo site portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/home . R7
  9. Produtores de tabaco acham incongruente maconha no Uruguai Produtores consideram incongruente o fato de que o país legalize a droga e ao mesmo tempo adote uma severa legislação contra o tabaco Legalização | 13/05/2014 http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/produtores-de-tabaco-acham-incongruente-a-legalizacao-da-maconha-no-uruguai Reuters/Andres Stapff Uruguaios se aglomeram em frente ao Congresso, em Montevidéu, onde o governo aprovou a legalização e regularização da maconha Rio de Janeiro - Os produtores de tabaco de todo o mundo, reunidos a partir desta terça-feira em um evento na cidade de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, consideram incongruente o fato de que o Uruguai legalize a maconha e ao mesmo tempo adote uma severa legislação contra o tabaco. "Para mim é o exemplo mais taxativo do nível irracional ao qual chegou o debate sobre o tabaco. Dizer que a maconha não causa danos e tentar proibir o cigarro não faz sentido", disse à Agência Efe o diretor-executivo da Associação Internacional de Cultivadores de Tabaco (ITGA, na sigla em inglês), o português Antonio Abrunhosa. Os produtores consideram ainda mais incongruente que vários setores aplaudam a legalização da maconha no Uruguai ao mesmo tempo em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz esforços para restringir cada vez mais o consumo de tabaco. "Duvido que algum estudo científico demonstre que fumar maconha não traz danos e que fumar cigarros, sim", acrescentou. Para o diretor da ITGA, a situação no Uruguai é tão surrealista como a de Amsterdã, onde cafés especializados permitem aos clientes fumar maconha, mas proíbem o consumo de tabaco. "É algo que não passa pela cabeça de alguém que tenha um mínimo de bom senso", declarou. O executivo disse considerar que o presidente do Uruguai, José Mujica, foi mal assessorado a respeito e que se transformou em vítima da informação enganosa divulgada por interesses comerciais. "Acho que Mujica se deixou levar por argumentos nos quais realmente não acredita", afirmou. Para o representante da ITGA, os esforços para proibir o tabaco são impulsionados por empresas da indústria farmacêutica interessadas em oferecer alternativas aos cigarros. "Trata-se de uma guerra comercial. Uma guerra da indústria farmacêutica que quer vender seus produtos. Muitas das campanhas contra o tabaco são financiadas por empresas que há anos tentam vender substitutos ao tabaco e para isso necessitam que o tabaco seja proibido", comentou. Segundo Abrunhosa, o mais grave é que uma agência da ONU como a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha caído nessa armadilha. "É uma campanha promovida com argumentos de saúde, mas quando sai uma decisão como esta de Mujica (de legalizar a maconha) se mostra que realmente não é a saúde o que lhes preocupa", assegurou. Os membros da ITGA discutirão até quarta-feira na cidade de Santa Cruz do Sul sua posição perante a Sexta Conferência das Partes (COP-6) dos países assinantes do Convênio Marco para o Controle de Tabaco da OMS que será realizado na Rússia em outubro. Na COP-6 serão discutidos os artigos 17 e 18 do Convênio Marco que preveem a redução dos cultivos de tabaco. O Uruguai, um dos assinantes do Convênio Marco, anunciou medidas para restringir a promoção do tabaco na semana passada que coincidiram com a entrada em vigor da regulamentação que autoriza o cultivo e a comercialização da maconha no país. O governo alega que as medidas adotadas fazem parte das determinações da Convenção Marco da OMS, com as quais o Uruguai se comprometeu. O Uruguai, ao mesmo tempo, enfrenta desde 2010 em um tribunal de arbitragem do Banco Mundial um processo contra o Estado apresentado pela tabacaria Philip Morris e que questiona algumas das medidas antitabaco adotadas sob o governo do ex-presidente Tabaré Vázquez (2005-2010). Após o encontro que teve ontem com o presidente americano, Barack Obama, em Washington, Mujica afirmou que na reunião não se falou nada sobre a maconha, mas sobre a política antitabaco do Uruguai. "Estão morrendo oito milhões de pessoas ao ano por fumar no mundo; isto supera a Segunda Guerra Mundial e a Primeira, é um assassinato em massa. No Uruguai estamos em uma briga dura, duríssima, e temos que lutar contra interesses muito fortes", disse Mujica em entrevista coletiva conjunta com Obama. Maconha 8 países que podem legalizar a maconha depois do Uruguai O pioneirismo do Uruguai pode ser apenas o começo de uma nova onda global para repensar a questão da cannabis Sinais de fumaça Getty Images São Paulo - Nessa semana, o presidente uruguaio José Mujica fez história ao assinar uma lei que criava um mercado legal de maconha no país. Considerando que a criminalização da droga e o combate ao tráfico são ineficazes, o Uruguai foi o primeiro país no mundo a legalizar a erva e colocar o controle da produção e venda nas mãos do Estado. Com a decisão, a discussão sobre a cannabis voltou ao centro das atenções - e outros governos já começam a pensar a respeito, indicando que novos mudanças na questão podem vir em um futuro próximo. Recentemente, o site Weed Blog postou um mapa colaborativo onde pontua, no Google Maps, mais de 40 países que
  10. Quer investir em maconha legalmente? Agora já é possível Muitas empresas norte-americanas e canadenses do "setor de maconha" já abriram capital e estão despertando a atenção de muitos investidores, dentro e fora do país http://www.infomoney.com.br/onde-investir/acoes/noticia/3342959/quer-investir-maconha-legalmente-agora-possivel Por Arthur Ordones |9h45 | 13-05-2014 Nos Estados Unidos já foi criado até um índice para o 'novo setor': Marijuana Index (REUTERS/Rick Wilking) SÃO PAULO – No início deste ano, dois estados norte-americanos, Colorado e Washington, legalizaram a maconha para uso recreativo. Com isso, visto que, em outros locais dos Estados Unidos e no Canadá a planta já era utilizada para uso medicinal, diversas empresas já estão vendendo o produto e fornecendo equipamentos, consultoria e serviços para quem vende ou usa a substância, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo. Muitas dessas empresas já abriram capital e estão despertando a atenção de muitos investidores, dentro e fora dos países em questão, visto que, apesar de oferecerem alto risco, pelas ações terem baixo valor e grande liquidez, podem trazer um enorme retorno, afinal, analistas acreditam que um boom está por vir. O risco se torna ainda maior pelo fato de que muitas delas não têm resultados auditados e nem são supervisionadas pela SEC (CVM norte-americana), no entanto, se o investidor procurar bem, existem algumas companhias mais estruturadas, como a GW Pharmaceuticals, que é até listada na Nasdaq. Já para as demais empresas do “setor”, foi criado um índice, chamado de “Marijuana Index”, que, apesar de muito volátil, já triplicou de valor em um ano. Para os investidores brasileiros qualificados e arrojados, que investem em ações no exterior, é uma boa oportunidade para se aproveitar de um possível boom, mas é preciso ficar atento com o extremo risco.
  11. Senado vai convidar Pepe Mujica e FHC para discutir consumo de maconha Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) montou uma série de audiências públicas para debater a regulamentação sobre o uso recreativo e medicinal da substância no Brasil iG http://odia.ig.com.br/noticia/brasil/2014-05-13/senado-vai-convidar-pepe-mujica-e-fhc-para-discutir-consumo-de-maconha.html 13/05/2014 08:38:36 Brasília - O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) já montou a série de audiências públicas para debater a regulamentação sobre o uso recreativo e medicinal da maconha no Brasil. Entre os convidados para participar das discussões estão o presidente do Uruguai, Pepe Mujica - primeira autoridade na região a aprovar uma lei que regulamenta o consumo da substância fora da esfera criminal -, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que participa da Comissão Latino-Americana de Drogas e Democracia, entidade contrária à “guerra às drogas”. A proposta, de iniciativa popular, foi apresentada à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado. Cristovam se comprometeu a avaliar o que pensam diversos setores da sociedade sobre o assunto para formular projeto. Senador criou uma audiência para ouvir atores sociais contrários a qualquer tipo de liberação da maconha Foto: Reuters A primeira delas deve ser realizada no próximo dia 2, para debater as experiências internacionais de descriminalização. Foram convidados o secretário Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Calzada; o representante no Brasil do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Rafael Fanzini Batle; a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, Maria Luísa Lopes da Silva; e o secretário Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça, Vitore Maximiano. Outras sete reuniões também estão programadas, para tratar das políticas públicas e a legislação brasileira, as visões a partir da ciência e da saúde pública, as políticas de redução de danos e o debate social em torno delas, os possíveis impactos no judiciário e no sistema penal, a expectativa de resultados na redução da violência, além da análise das experiências internacionais. Modelo uruguaio O senador pedetista criou uma audiência para ouvir atores sociais contrários a qualquer tipo de liberação. Recentemente, os deputados Eurico Júnior (PV-RJ) e Jean Wyllis (Psol-RJ) apresentaram projetos para regulamentar a produção e o consumo de maconha no País. O Uruguai tem servido de inspiração aos defensores da ideia. De olho também no financiamento legal Um vídeo se tornou trunfo do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração para afastar o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) da relatoria do novo Código de Mineração. Nele, o parlamentar afirma ser "legalmente financiado" pelo setor. O argumento é que um deputado não pode relatar projetos de interesses de seus financiadores, mesmo com a legalidade das doações. A restrição está no Código de Ética e Decoro da Câmara. A representação foi enviada para a Mesa Diretora. Na tribuna, o parlamentar afirmou que as mineradoras representam 20% da arrecadação para sua campanha. Ele não vê conflito de interesses. Marco regulatório da sociedade civil Entidades da sociedade civil promovem hoje um twitaço pela aprovação na CCJ da Câmara do PL-7168, marco regulatório do setor. A proposta, relatada pelo deputado Décio Lima (PT-SC), foi um compromisso de campanha de Dilma com o setor. Apesar da simpatia da presidente, o marco teve algumas resistências dentro do governo. A comissão é a última antes da análise do tema pelo plenário. A votação está prevista para hoje ou amanhã. Para Abong, projeto combate a corrupção Para a presidente da Abong, Vera Masagão, o marco regulatório vai homogeneizar as parcerias entre as entidades e os três níveis da administração pública. A nova lei prevê a colaboração em políticas públicas e a possibilidade fomento para o controle social. Outro ponto importante é o aumento da transparência, com a obrigatoriedade de chamamentos públicos e a exigência de idoneidade e experiência da contratada. “Estamos vigilantes. Não vamos admitir que coloquem o nosso partido em um pacote com nosso adversário histórico apenas para alcançar o poder” - Mauro Mariani, deputado federal (PMDB-SC), contra a possibilidade de seu partido ao lado do PP na chapa pela reeleição do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD).
  12. Drogas são o verdadeiro mal do século XXI http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=161634 EDITORIAL Notícia da edição impressa de 14/05/2014 As drogas estão de tal maneira disseminadas que não há mais segmentos sociais livres dessa autêntica praga do mal do século XXI. Não que tenha começado agora, mas jamais se traficou, consumiu e prendeu tantas pessoas envolvidas com drogas de todos os tipos. Nos laboratórios, ano após ano, são produzidas substâncias cada vez mais alucinógenas e que causam efeitos terríveis. Na mente e no corpo, provavelmente gerando assassinos em série como ocorre nos Estados Unidos, uma sociedade enferma. No Brasil, as mortes violentas por arma de fogo, segundo a polícia, geralmente envolvem disputas por pontos de venda de drogas ou acertos de contas entre traficantes e consumidores com dívidas. É um círculo vicioso terrível, parece, sem fim. Cabe à família monitorar o comportamento dos filhos adolescentes, tendo em vista a amplitude que está tomando o consumo de drogas na sociedade, dos mais pobres aos abastados. E o álcool é uma droga. Com o alto valor das drogas e o que se paga para quem as transporta de um país a outro, inclusive cruzando oceanos, torna-se fácil recrutar gente para se arriscar. Com muitos desocupados, a falta de estrutura familiar e de estudo, a tentação é muito grande para centenas ou mesmo milhares de pessoas. Além disso, a interpretação legal no Brasil é um primor de impunidade. Por exemplo, uma marroquina foi presa no Aeroporto Internacional de Guarulhos com 4,7 quilos de cocaína na mala, mas acabou sendo absolvida após alegar que a bagagem com a droga não era dela. Simples, não? Da geração em que a grande infração contra os mais velhos e os padrões sociais impostos era fumar cigarros e tomar uma “cuba libre”, pulamos para drogas como a maconha e, rapidamente, para a cocaína, além daquelas químicas, das quais a mais popular foi o LSD. Hoje, há o terrível crack. Fácil de ser obtido e muito barato para ser vendido. As crises financeiras escancaram as portas para a marginalidade em mentes e corpos não muito sadios. Não se justifica com a pobreza alguém enveredar pela marginalidade, mas que, em parte, explica, é uma verdade. Além disso, o abuso no consumo de álcool no Brasil supera a média mundial e apresenta taxas superiores a dezenas de países. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que alerta que 3,3 milhões de mortes no mundo em 2012 foram causadas pelo uso excessivo do álcool, 5,9% de todas as mortes. Segundo a entidade, não apenas a bebida pode gerar dependência, mas também poderia levar ao desenvolvimento de outras 200 doenças. Entre os 194 países avaliados, a OMS chegou à conclusão de que o consumo médio mundial para pessoas acima de 15 anos é de 6,2 litros por ano. No caso do Brasil, os dados apontam que o consumo médio é de 8,7 litros por pessoa por ano. Esse volume caiu entre 2003 e 2010. Há dez anos, a taxa era de 9,8 litros por pessoa. O pior é que as meninas, que antes refugavam beber mesmo em festas, agora, nas chamadas baladas, fumam e bebem. No caso brasileiro, a diferença entre o consumo masculino e feminino ainda é profundo. Entre os homens, a taxa chega a mais de 13 litros por ano. Para as mulheres, ela é de apenas 4 litros, sendo 60% do consumo de cerveja e apenas 4% do consumo pelo vinho. A droga é o verdadeiro mal do século XXI.
  13. Casal encontra maconha dentro de hambúrguer e quer recompensa Americanos alegaram ter ingerido a erva danada enquanto comiam um lanche Do R7 http://noticias.r7.com/esquisitices/casal-encontra-maconha-dentro-de-hamburguer-e-quer-recompensa-14052014 14/5/2014 às 00h18 — Eita que essa lanche vicia!Reprodução/UPI Um casal de Iowa (EUA) alegou ter ingerido maconha em um dos lanches servidos pela rede de fast food McDonald's. De acordo com Brittany Songer e Cory Long, eles deram uma mordida no lanche e acharam o gosto ruim. A mulher pensou ser por conta do forte perfume que estava na mão do marido. Mas, segundo ela, ao abrir o hambúrguer ela percebeu que a carne estava coberta por queijo e umas ervas esquisitas. — Só podia sentir o cheiro de maconha, disse ela. O Departamento de Polícia de Ottumwa declarou que vai analisar os ingredientes estranhos. Autoridades disseram que não dá pra saber a quantidade da possível droga e se alguém colocou lá propositalmente ou não. Disse também que a lanchonete vai cooperar com tudo durante a investigação. As vítimas não precisaram de cuidados médidos, mas caso o resultado dê positivo para a erva danada, eles vão processar o estabelecimento.
  14. No próximo domingo será realizada a 1ª Marcha da Maconha Maceió Maceió 16h51, 13 de Maio de 2014 http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=201253 Divulgação No próximo domingo será realizada a 1ª Marcha da Maconha Maceió Neste domingo (18/05), com concentração às 14h20 no estacionamento do Alagoinhas, será realizada a 1ª Marcha da Maconha Maceió, manifestação com objetivo de ampliar o debate sobre a atual política de drogas vigente e cobrar, em particular, a legalização da Maconha (Cannabis). A Marcha sairá em direção ao Posto 7, onde arte e cultura serão porta-vozes das reivindicações. “O atual modelo de guerra às drogas tem trazido como consequência o massacre de uma população jovem, negra e das periferias. Nós somos a favor de uma nova forma de lidar com as drogas, baseado na plena informação da sociedade, na redução de danos e no fim do tráfico”, explica Ana Carolina, do Coletivo da Marcha da Maconha Maceió. O movimento traz a visão de uma nova perspectiva social, mas não somente: os ganhos para a medicina, para a indústria têxtil e outros também são levantados. Um debate que vem se afirmando e ganhando a sociedade é o do uso da Cannabis como porta de saída para outras drogas, contrariando todo o discurso proibicionista de que a planta seria uma “porta de entrada” (lugar ocupado majoritariamente pelo álcool). Em diversos países, como é o caso da Argentina, centros de saúde mental têm usado a maconha terapêutica para resgatar usuários viciados em crack ou mesmo nicotina (cigarro comum). Em preparação ao evento de domingo, será realizado nesta quarta-feira (14/05), às 17h ao lado do Restaurante Universitário da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), uma oficina e roda de discussão sobre os temas ligados à atual política de drogas. O movimento político-cultural do próximo domingo conta com apoio e apresentações de Macaco Soundsystem, Família 33 e Biografia RAP. A Marcha da Maconha é um evento que se propõe à expansão do debate em torno das políticas sobre drogas no Brasil. Com base na decisão do STF quando do julgamento da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 187 em 2011, tem crescido em número de cidades organizadas e mobilizadas para as discussões e mudanças na lei. Fonte: Ascom
  15. Exposição em São Paulo conta a história da maconha Peças de museu holandês são exibidas pela primeira vez fora da Europa 09/05/2014 - 17H05/ atualizado 17H0505 / por Ana Freitas http://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2014/05/exposicao-em-sao-paulo-conta-historia-da-maconha.html (Foto: divulgação) A partir de terça-feira, 13, os paulistanos vão poder conhecer um pedaço do Hash & Marijuana Museum, museu da história da maconha com unidades em Amsterdã e em Barcelona. A exposição "A História da Cannabis: Uma Planta Proibida" traz a São Paulo peças que ajudam a contar a história do uso da cannabis como produto industrial, planta medicinal e da sua recente proibição, no início do século 20. "Queremos contribuir para um debate fundamental sobre as leis sobre maconha no seu país, como fizemos décadas atrás na Holanda", disse à GALILEU Ben Dronkers, fundador do Hash & Marijuana Musem e dono de outras duas empresas que têm a maconha como matéria prima - a Sensi Seeds e a Hemp Flex. É a primeira vez que o Hash & Hemp Museum expõe fora da Europa, e os itens variam entre cordas e velas de barcos antigos feitos com fibra de cânhamo, vidros de maconha medicinal do fim do século 19 e peças modernas, feitas de plástico de fibra de maconha, por exemplo. Por causa da legislação brasileira, nenhuma peça exposta pode conter THC, o princípio ativo da planta (que dá o "barato"). Também serão exibidos filmes como Quebrando o Tabu e Cortina de Fumaça. A mostra é exclusiva para maiores de 18 anos. Além das peças expostas, a mostra terá debates sobre as políticas brasileiras sobre maconha, além de exibir documentários que esclarecem fatos científicos sobre a planta. Leia a entrevista completa com o Dronkers: Por que o Brasil foi escolhido como o primeiro país a receber essa exposição fora da Europa? Na Holanda, estivemos diretamente envolvidos com a política de tolerância, desafiando os legisladores continuamente e ilustrando, através do empreendedorismo criativo, o absurdo de uma proibição de drogas leves na prática. O museu acompanha os acontecimentos internacionais com muito interesse, claro. 'Queremos contribuir para um debate fundamental sobre as leis sobre maconha no seu país, como fizemos décadas atrás na Holanda' Opiniões e políticas estão mudando no seu continente, claro que mais notavelmente no Uruguai. O Brasil parece estar mais devagar, mas tem problemas maiores em segurança e violência que, para mim, estão diretamente relacionados a políticas falidas de combate às drogas. Apresentando essa exibição em São Paulo, nós queremos contribuir para um debate fundamental sobre as leis sobre maconha no seu país, como fizemos décadas atrás na Holanda. Quais são suas peças favoritas? Uma coleção importante de garrafas de cannabis medicinal da segunda metade do século 19 e das primeiras décadas do século 20. Mandamos alguns exemplares para o Brasil, objetos de uma época em que o uso de cannabis como ingrediente na medicina era muito normal. Além disso, eu gosto do descaramento do design das capas de livros raros como "Aint it Hay", de 1949, ou "Marijuana", de 1941, embora sejam produtos de uma época de propaganda anti-marijuana histérica financiada pelo governo dos EUA e pela mídia. As histórias desses livros são responsáveis por muitas das ideias erradas sobre o uso recreativo da cannabis. Segundo esses livros, a maconha te transforma em um estuprador e um assassino de sangue frio. Como a exposição esclarece a importância da cannabis na história da humanidade? Mostrando como o cânhamo e a cannabis em si têm sido especiais e ao mesmo tempo normais, parte da vida cotidiana, ao longo da história. As pessoas precisam de produtos têxteis para se manter quentes, e o cânhamo servia de matéria prima. As pessoas exploravam o mundo em barcos gigantes, e as velas e cordas que moviam esses navios eram feitos de fibra de cânhamo. A cannabis tem sido descrita como uma erva de cura por centenas de anos, em diferentes culturas, tanto que agora que cientistas estão fazendo pesquisas sobre as propriedades medicinais da planta, isso alinha perfeitamente com uma longa história da medicina, e com as pessoas usando recursos naturais para prolongar sua existência. 'Foi uma surpresa o nível de burocracia envolvido em mandar coisas simples' ABen Dronkers, fundador do Hash & Marijuana Museum Quais foram os grandes desafios de fazer uma exposição sobre a cannabis aqui no Brasil, onde a erva é proibida? Nós, é claro, não mandamos maconha, sementes ou produtos com THC. Para mim, de uma perspectiva holandesa, foi uma surpresa o nível de burocracia envolvido em mandar coisas simples como livros, um tear, um pedaço de corda ou um foto. Parece que o assunto é tão delicado que mesmo coisas que não são feitas com o princípio ativo da cannabis e portanto não são droga, mas um produto industrializado, são tratadas como se fossem. Na sua opinião, o que de mais empolgante se descobriu sobre a maconha medicinal nos últimos tempos? Pesquisas em curso sobre o efeito de diferentes canabinóides em tumores cancerígenos é uma delas. Apesar de muita evidência de relatos de pessoas pelo mundo, os pesquisadores estão tentando estabelecer evidências empíricas no assunto. A última pesquisa científica sobre o CBD parece muito promissora, especialmente porque aprendemos sobre os caminhos que fazem com que esse canabinóide destrua apenas células não-saudáveis. Quais são os usos mais promissores da cannabis industrial? Para ser honesto, há possibilidades muito variadas: de construção civil a indústria automobilística, indústria têxtil a nutrição, além de indústria energética. Por isso, é difícil escolher uma. Um dos aspectos mais interessantes dessas aplicações é o potencial de diminuir nossa dependência do petróleo, permitindo a substituição por uma fonte de energia renovável e sustentável: o cânhamo. Você acha que a legalização no ocidente em geral já é um caminho sem volta, considerando as mudanças de legislação nos EUA e no Uruguai nesse sentido? Legalizar a venda de maconha em coffeeshops foi muito esperto por parte do governo holandês nos anos 1970. Tirou a venda de um contexto obscuro, do submundo, e levou para um ambiente controlado, benéfico para consumidores - que podem controlar a qualidade do produto e não precisam lidar com a violência do tráfico, por exemplo - e para as forças policiais, que podiam focar em crimes reais e violentos, não em pessoas fumando uma planta. Eu acho que abordar ou abuso de drogas de um ponto de vista de saúde pública, em vez de criminalizar usuários, é o único caminho. Não tenho ideia quanto tempo vai levar, mas tenho certeza que cada vez mais países vão legalizar, já que não há outra alternativa razoável. Serviço "A História da Cannabis: Uma Planta Proibida" - a partir de 13 de maio na Matilha Cultural.
  16. Here’s What Marijuana Looks Like Under The Microscope [Photos] 0 in Tech — 22 Apr, 2014 Flower of the cannabis plant. Field of view 3.5 mm. (Photo: Cannabis Under The Microscope/Neatorama) 9.6K Flares9.6K Flares× Ever wonder what marijuana looks like up close and personal? Now you can see how cannabis appears to the scientists who study it, thanks to a new book called Cannabis Under The Microscope: A Visual Exploration of Medicinal Sativa and C. Indica by Ford McCann. The book features over 170 images of cannabis in its full glory, taken with optical and scanning electron microscopes. Have a peek below:
  17. CanhamoMAN

    A Erva E O Equilibrista

    A erva e o equilibrista Na corda bamba, debate sobre maconha deve estar respaldado em dados científicos 26 de abril de 2014 | 16h 16 http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,a-erva-e-o-equilibrista,1158996,0.htm José Alexandre S. Crippa - O Estado de S. Paulo Qualquer um se lembra do que estava fazendo no dia 11 de setembro de 2001, por ocasião do ataque terrorista ao complexo do World Trade Center na cidade de Nova York. O que é menos conhecido é que, numa manhã de agosto de 1974, o jovem equilibrista francês Philippe Petit cruzou sem autorização os 43 metros que separavam as Torres Gêmeas. Com uma vara de oito metros de comprimento, Petit atravessou o espaço entre os dois edifícios oito vezes, ao longo de 45 minutos - sem nenhum cabo de segurança. Divulgação Canabinoides. Compostos têm mostrado forte potencial terapêutico para diversas doenças Olhando esses dois eventos, alguém poderia afirmar que ficar dentro de um escritório é algo perigoso, mas atravessar um prédio a mais de 400 metros do solo é extremamente seguro. Essa observação obviamente não é correta. Assim como seria equivocado afirmar que a maconha é segura pelo fato de ter usado a droga previamente e não ter tido complicações. Igualmente, o argumento de que uma simples tragada levará à dependência da maconha equivale a dizer que beber uma taça de vinho levará ao alcoolismo. Por isso, todo debate a respeito da legalização da maconha deveria necessariamente estar respaldado em dados científicos empíricos baseados em experimentos clínicos e em estudos epidemiológicos. Maconha é o nome popular da planta Cannabis sativa, que possui centenas de componentes, dos quais aproximadamente 80 são denominados "canabinoides", por atuarem nos receptores cerebrais com esse mesmo nome. Nos anos 1960, as estruturas químicas dos principais canabinoides foram descritas pelo professor Raphael Mechoulam, de Israel, incluindo o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC), o componente da planta responsável pelos efeitos psicoativos da droga, como alterações na percepção, orientação e controle motor. Entretanto, vários outros canabinoides conhecidos, muitos deles com potencial terapêutico, não apresentam esses efeitos. Um exemplo é o canabidiol (CBD), um canabinoide que possui diversos efeitos opostos aos do THC, como efeito ansiolítico e antipsicótico. Diferentemente do THC, o uso do CBD isoladamente não apresenta os efeitos típicos do uso da maconha. Nosso grupo e outros grupos brasileiros estão na vanguarda nas pesquisas sobre o potencial terapêutico dessa substância. Conduzimos pesquisas do CBD na doença de Parkinson, esquizofrenia, ansiedade, distúrbios do sono e dependência de drogas, entre outras condições. Já na década de 1970, em estudos colaborativos, Mechoulam e o professor Elizaldo Carlini, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), observaram em animais e em humanos os efeitos anticonvulsivantes do CBD. Entre novas evidências, o caso da menina com quadro de epilepsia refratária decorrente de rara doença genética, que recentemente ganhou notoriedade na mídia por ter melhorado com o uso do CBD, reforçam essas observações pioneiras. Dessa forma, é importante ficar claro que os canabinoides são compostos presentes na maconha, mas os dois não são equivalentes. Um medicamento que combina CBD e THC já está disponível para tratamento de esclerose múltipla em países como Canadá, Espanha e Reino Unido. Entretanto, é de se lamentar que, por desinformação ou má-fé, o efeito benéfico dos canabinoides seja usado como justificativa para a legalização da maconha para fins recreativos. Sabe-se que a maconha é a droga ilícita mais utilizada no mundo e seu consumo pode levar algumas pessoas a desenvolver sintomas psicóticos transitórios, como alucinações, delírios e alterações cognitivas. Cada vez mais estudos controlados sugerem que o uso recreativo crônico, dependendo da dose, quantidade e precocidade do início, pode produzir alterações cognitivas permanentes e facilitar o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos em usuários vulneráveis. Estudos epidemiológicos prospectivos de longo prazo realizados em alguns países sugerem uma associação entre uso crônico de maconha e maior risco para o desenvolvimento de esquizofrenia. Atualmente, a síndrome de abstinência da maconha é uma condição reconhecida e alguns usuários podem vir a desenvolver dependência, cujos tratamentos disponíveis demonstraram eficácia limitada. Em colaboração com grupo do King’s College, de Londres, publicamos estudos mostrando as áreas cerebrais onde o THC e o CBD atuam individualmente. Mais recentemente, revisões da literatura apontam que o uso crônico e recorrente de maconha pode levar a alterações no funcionamento e na estrutura cerebral - particularmente no cérebro em desenvolvimento, ou seja, entre jovens e adolescentes. Um estudo publicado na semana passada sugere que essas alterações ocorrem mesmo em usuários ocasionais, achado que ainda necessita ser reproduzido. Complicações clínicas como câncer, problemas cardíacos, respiratórios e imunológicos também foram associados ao uso da maconha inalada. Nesse cenário, em reunião científica no mês passado na qual proferi conferência a convite da presidência do Uruguai, não foram postos em debate alguns aspectos cruciais que seriam necessários, dada a recente legalização da droga naquele país. Faltou discutir como será oferecida à população informação dos conhecidos problemas do consumo, incluindo aspectos centrais como o uso e direção e de que modo se dará o tratamento para aqueles que desenvolverem dependência e suas complicações. Os compostos canabinoides têm demonstrado incrível potencial terapêutico para diversas doenças e acredito que poderão ajudar milhões de pessoas no mundo todo, inclusive no Brasil. A ampliação dos ensaios clínicos avaliando segurança, faixa de dose e extensão de eficácia é essencial. A consequente regulamentação do uso dos canabinoides poderá levar a importante redução de sofrimento e melhor qualidade de vida a portadores de diversas doenças e transtornos. Por outro lado, o debate sobre a legalização da maconha para fins recreativos deveria ocorrer após alguns aspectos serem garantidos: primeiro, a sociedade ser informada de modo claro, sem alarmismo, do atual conhecimento científico dos riscos do uso da maconha; segundo, termos certeza de que todos os usuários poderão ter acesso a tratamento adequado no caso de complicações. Isso tudo desprovido do viés político ou ideológico, que só aumenta a confusão e posterga decisões concretas. Caso contrário, continuaremos na corda bamba da desinformação, e sem nenhum cabo de segurança. JOSÉ ALEXANDRE S. CRIPPA É PROFESSOR DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA USP E MEMBRO DA INTERNATIONAL CANNABINOID RESEARCH SOCIETY
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