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Proposição De Rezende Para Prevenção Às Drogas Vira Lei
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Proposição de Rezende para prevenção às drogas vira lei julho 2, 2014- por Márcio Sodré - Fonte: http://www.atribunamt.com.br/2014/07/proposicao-de-rezende-para-prevencao-as-drogas-vira-lei/ CONTRA AS DROGAS O deputado estadual Sebastião Rezende é o autor da lei número 10.118, de 11 de junho de 2014, que estabelece mais uma forma de prevenção ao uso das drogas Agora é lei a proposição de autoria do deputado estadual Sebastião Rezende que visa garantir a inclusão da frase “Dizer não às drogas é um ato de liberdade e inteligência” nos ingressos e material promocional de eventos de natureza cultural, esportiva, recreativa e similares em que haja participação ou apoio financeiro do Governo do Estado, bem como nos projetos alcançados pelo Fundo Estadual de Fomento à Cultura. A ideia virou a lei número 10.118, publicada no Diário Oficial do Estado do dia 11 de junho de 2014. A iniciativa é apontada como mais uma “arma” na prevenção e combate ao consumo de drogas ilícitas em Mato Grosso. A frase sugerida pelo parlamentar deverá constar do material promocional como panfletos, placas, faixas, bem como na reprodução de CDs, DVDs, livros, revistas e materiais cinematográficos. “Verificada a ocorrência do descumprimento do disposto nesta lei, a entidade promotora do evento não mais poderá beneficiar-se do recebimento de novos valores a título de participação ou apoio financeiro do Governo do Estado em suas próximas promoções”, consta na lei. Sebastião Rezende justificou que a lei vem ao encontro da campanha que ganhou corpo em Mato Grosso, liderada a principio pelo Ministério Público Estadual, intitulada “Todos Contra as Drogas Ilícitas”. “Dentre os males que assolam nosso Estado, o consumo de droga ilícita é a que mais causa prejuízo social. Além de danos à saúde do usuário e transtornos familiares quase sempre irremediáveis, a droga, conforme estatística da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, é uma das grandes responsáveis pelo alto índice de criminalidade no Mato Grosso”, argumentou. O parlamentar justificou ainda que a inclusão da frase em questão evoca dois princípios fundamentais: o da “memória visual” (o que é visto dificilmente é esquecido) e o da contra partida (os promotores de eventos que buscarem incentivos e recursos do Governo de Estado para seus eventos devem ser compelidos a usar tal frase nos materiais promocionais e nos ingressos). Segundo o deputado, “esta frase subliminar, de alto teor sugestivo, atuará de forma indireta no subconsciente dos participantes e atingirá o objetivo desejado na consciência deles”. -
25/06/2014 12h01 http://www.sidneyrezende.com/noticia/231704+ministro+lewandowski+pequena+quantidade+de+droga+nao+e+motivo+para+internacao+de+adolescente Ministro Lewandowski: "pequena quantidade de droga não é motivo para Internação de Adolescente" Carlos Nicodemos Esta semana a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, concedeu Habeas Corpus em favor de um adolescente flagrado portando pequena quantidade de droga que para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo era suficiente para aplicação da medida socioeducativa de internação. Em primeira instância o Juiz de Direito julgou procedente a Representação formulada pelo Ministério Público contra o adolescente e resolveu pela aplicação da medida socioeducativa de internação, por tempo indeterminado, com base na gravidade em abstrato do delito. Na sua decisão, certamente baseada num conceito de "proteção" muito próprio nos idos da década de oitenta no Brasil, de inspiração da doutrina da situação irregular, disse o seguinte: "Ao contrário do que se propala, a gravidade do ato infracional é, sim, parâmetro para aplicação da medida extrema de internação, constituindo-se no paradigma da excepcionalidade exigida pela lei para aplicação dessa medida. Pensar-se o contrário seria banalizar a violência em momento que a sociedade tanto clama por uma maior atuação na repressão dos delitos" No Supremo Tribunal Federal o processo encontrou pela frente como relator do Habeas Corpus apresentado pela Defensoria Pública, o Ministro Ricardo Lewandowski, que em sua decisão apontou que a fundamentação do magistrado do Tribunal de Justiça de São Paulo estava divorciada do artigo 122 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8069/90, tem como princípio do Sistema de Atendimento Socioeducativo, que na aplicação das medidas socioeducativas contra os atos infracionais praticados por adolescentes, toda pessoa de 12 a 18 anos, a excepcionalidade da internação deve prevalecer. A lei é clara que a medida de internação só pode ser aplicada quando se tratar de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência, quando houver reicidência de outras infrações graves, ou por descumprir repetidamente e sem justificativa alguma medida anteriormente imposta. Na toada da revisão da medida aplicada pelo magistrado de primeira instância, o Relator Ricardo Lewandowski apontou outra ilegalidade no caso. A internação foi aplicada por prazo indeterminado, sendo que o mesmo artigo do ECA diz que em caso de descumprimento reiterado de medida socioeducativa, a mesma só pode ser aplicada no prazo máximo de três meses. Ademais, deve se buscar a luz das normas estatutárias, medida mais adequada ao caso e observar atentamente os parâmetros fixados pelo estatuto. O relatório do Ministro Ricardo Lewandowski foi seguido pela unanimidade de votos dos demais ministros. O Relator ainda registrou que está consolidado na Corte Suprema o entendimento de que a gravidade abstrata do delito não é argumento apto a justificar a fixação de regime mais gravoso para o inicio de cumprimento da pena, não só para maiores e, com muito mais razão, para adolescentes em conflito com a lei. Temos que registrar que decisões desta natureza colaboram significativamente no rompimento da cultura judicializante do aprisionamento dos adolescentes autores de ato infracional. Cultura esta entranhada nas raízes do menorismo que ainda conduz majoritariamente a política e filosofia do Judiciário no Brasil em entender que, sob um falso conceito de proteção, verticaliza a institucionalização dos adolescentes para serem tratados pelo poder público, diante das precárias condições familiares. Esta compreensão somada à ausência absoluta de uma Política Socioeducativa no Brasil, à luz da Lei 12584 de 2012, faz eclodir as denúncias de violações extremadas de direitos humanos, como tortura, morte, agressões, etc., nas unidades de internação pelo Brasil a fora! Parabéns ao Ministro Lewandowski por mais uma vez dar sentido de esperança a Justiça brasileira, neste caso para os adolescentes no sistema socioeducativo.
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Georges St-Pierre Participa De Defesa De "Rei Da Maconha" De Nova York
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25/06/2014 16h28- Atualizado em 25/06/2014 17h19 Georges St-Pierre participa de defesa de "Rei da Maconha" de Nova York Ex-campeão dos pesos-meio-médios do UFC assina carta em que admite amizade com traficante preso Jimmy Cournoyer: "Nunca o julguei" Por Combate.comNova York 17 comentários Georges St-Pierre escreveu carta falando de sua amizade com Cournoyer (Foto: Rodrigo Malinverni) Um traficante preso em Nova York, identificado pela imprensa local como "Rei da Maconha", conta com uma celebridade do mundo da luta como parte de sua estratégia de defesa, em julgamento em corte federal: Georges St-Pierre. O ex-campeão dos pesos-meio-médios do UFC assina uma carta detalhando seu relacionamento com Jimmy Cournoyer, canadense de 34 anos que admitiu recentemente ser um dos maiores fornecedores de maconha do estado de Nova York. O advogado de Cournoyer, Gerald McMahon, incluiu cartas de parentes e amigos do traficante em sua defesa, em que descrevem o criminoso como vítima do divórcio de seus pais durante sua adolescência e buscam desmitificar sua imagem como mafioso rico com estilo de vida de celebridade. De acordo com o jornal canadense "Montreal Gazette", uma das cartas incluídas é assinada por Georges St-Pierre. "Meu nome é Georges St-Pierre, sou campeão do mundo do UFC. Estou escrevendo esta carta concernendo meu grande amigo Jimmy Cournoyer", começa o documento, segundo o jornal. A partir daí, o lutador conta que conheceu o traficante num restaurante em 2009 e rapidamente se tornou seu amigo. Os dois teriam viajado para Ibiza numa ocasião e Cournoyer inclusive se tornou parceiro de sparring de GSP. "Jimmy se tornou como um irmão para mim. Nós viajamos juntos, treinamos juntos, fomos a restaurantes, boates, e nos divertimos muito. Jimmy é um amigo muito leal que eu respeito demais. Nunca julguei Jimmy. Na verdade, o que ele estava fazendo (com) sua vida não era da minha conta. Temos uma relação muito humana; nós dividimos as mesmas paixões, que são fitness e artes marciais", continua a carta. St-Pierre também revela no documento que já visitou Cournoyer duas vezes na cadeia desde que ele foi preso, em 2012, e diz que terá "um lugar para ele ao meu redor" quando sair da prisão. St-Pierre não está sendo acusado ou investigado por envolvimento nos negócios do traficante. Ele também não admite nenhum uso de substâncias ilícitas na carta. Cournoyer deveria ter sido sentenciado na sexta-feira passada, mas a promotoria conseguiu um adiamento, e a pena deve ser revelada em agosto. Como parte de seu acordo, Jimmy Cournoyer admitiu culpa de participação em conspiração entre 1998 e 2012, e confessou ter traficado nos EUA pelo menos 100 toneladas de maconha cultivada em Quebec, no Canadá. Ele também teria traficado pelo menos 83kg de cocaína, e também admitiu participar de lavagem de dinheiro. Por conta do acordo, Cournoyer se compromete a cumprir 20 anos de prisão obrigatória, mas ainda está sujeito a prisão perpétua, e terá de abrir mão de US$ 11 milhões (R$ 24,2 milhões) apreendidos pela polícia em Laval, Quebec, de acordo com o jornal "New York Post". A promotoria alega que Cournoyer era conectado a mafiosos poderosos de Montreal e Nova York. Já a imprensa americana divulgou que St-Pierre não era a única celebridade com conexão ao traficante: o ator Leonardo DiCaprio teria frequentado seu círculo social, e ele teve um relacionamento amoroso com a modelo brasileira radicada no Canadá Amelia Racine. Georges St-Pierre participa de defesa de "Rei da Maconha" de Nova York Ex-campeão dos pesos-meio-médios do UFC assina carta em que admite amizade com traficante preso Jimmy Cournoyer: "Nunca o julguei" Por Combate.comNova York http://sportv.globo.com/site/combate/noticia/2014/06/georges-st-pierre-participa-de-defesa-de-rei-da-maconha-de-nova-york.html 25/06/2014 16h28- Atualizado em 25/06/2014 17h19 Georges St-Pierre escreveu carta falando de sua amizade com Cournoyer (Foto: Rodrigo Malinverni) Um traficante preso em Nova York, identificado pela imprensa local como "Rei da Maconha", conta com uma celebridade do mundo da luta como parte de sua estratégia de defesa, em julgamento em corte federal: Georges St-Pierre. O ex-campeão dos pesos-meio-médios do UFC assina uma carta detalhando seu relacionamento com Jimmy Cournoyer, canadense de 34 anos que admitiu recentemente ser um dos maiores fornecedores de maconha do estado de Nova York. O advogado de Cournoyer, Gerald McMahon, incluiu cartas de parentes e amigos do traficante em sua defesa, em que descrevem o criminoso como vítima do divórcio de seus pais durante sua adolescência e buscam desmitificar sua imagem como mafioso rico com estilo de vida de celebridade. De acordo com o jornal canadense "Montreal Gazette", uma das cartas incluídas é assinada por Georges St-Pierre. "Meu nome é Georges St-Pierre, sou campeão do mundo do UFC. Estou escrevendo esta carta concernendo meu grande amigo Jimmy Cournoyer", começa o documento, segundo o jornal. A partir daí, o lutador conta que conheceu o traficante num restaurante em 2009 e rapidamente se tornou seu amigo. Os dois teriam viajado para Ibiza numa ocasião e Cournoyer inclusive se tornou parceiro de sparring de GSP. "Jimmy se tornou como um irmão para mim. Nós viajamos juntos, treinamos juntos, fomos a restaurantes, boates, e nos divertimos muito. Jimmy é um amigo muito leal que eu respeito demais. Nunca julguei Jimmy. Na verdade, o que ele estava fazendo (com) sua vida não era da minha conta. Temos uma relação muito humana; nós dividimos as mesmas paixões, que são fitness e artes marciais", continua a carta. St-Pierre também revela no documento que já visitou Cournoyer duas vezes na cadeia desde que ele foi preso, em 2012, e diz que terá "um lugar para ele ao meu redor" quando sair da prisão. St-Pierre não está sendo acusado ou investigado por envolvimento nos negócios do traficante. Ele também não admite nenhum uso de substâncias ilícitas na carta. Cournoyer deveria ter sido sentenciado na sexta-feira passada, mas a promotoria conseguiu um adiamento, e a pena deve ser revelada em agosto. Como parte de seu acordo, Jimmy Cournoyer admitiu culpa de participação em conspiração entre 1998 e 2012, e confessou ter traficado nos EUA pelo menos 100 toneladas de maconha cultivada em Quebec, no Canadá. Ele também teria traficado pelo menos 83kg de cocaína, e também admitiu participar de lavagem de dinheiro. Por conta do acordo, Cournoyer se compromete a cumprir 20 anos de prisão obrigatória, mas ainda está sujeito a prisão perpétua, e terá de abrir mão de US$ 11 milhões (R$ 24,2 milhões) apreendidos pela polícia em Laval, Quebec, de acordo com o jornal "New York Post". A promotoria alega que Cournoyer era conectado a mafiosos poderosos de Montreal e Nova York. Já a imprensa americana divulgou que St-Pierre não era a única celebridade com conexão ao traficante: o ator Leonardo DiCaprio teria frequentado seu círculo social, e ele teve um relacionamento amoroso com a modelo brasileira radicada no Canadá Amelia Racine. -
A Guerra De Argumentos Pró E Contra A Legalização Da Maconha
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A guerra de argumentos pró e contra a legalização da maconha Chamados ao debate, psiquiatras trocam acusações ao abordar as supostas vantagens ou desvantagens da descriminalização da erva por Cynara Menezes publicado 26/06/2014 03:55, última modificação 26/06/2014 12:08 http://www.cartacapital.com.br/politica/a-guerra-de-argumentos-pro-e-contra-a-legalizacao-da-maconha-106.html Coletivo Dar Uma polêmica interessante instalou-se no meio dos psiquiatras brasileiros sobre a legalização da maconha. Com os novos ventos a favor da descriminalização, a classe divide-se entre proibicionistas e antiproibicionistas, com alfinetadas de ambos os lados, enquanto circula nos bastidores a grave acusação de que o interesse econômico se sobrepõe ao rigor científico no caso dos defensores de restrições ao uso da droga. Tudo começou com uma observação superficial do escritor Ruy Castro na coluna de Ancelmo Gois no jornal O Globo no início de maio. Castro perguntava: Por que só se veem advogados, sociólogos e ex-presidentes se manifestando a favor da legalização da maconha e nenhum médico? Rapidamente, o psiquiatra Luís Fernando Tófoli, professor da Unicamp, rebateu: Como não? E enviou ao colunista assinaturas de cem médicos favoráveis à legalização, entre eles o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão. Em seguida, o também médico Antonio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), entraria em cena para expor que a legalização não é ponto pacífico na classe médica. A droga, quando fumada, piora todos os quadros psiquiátricos, que já atingem até 25% da população, como depressão, ansiedade e bipolaridade. A maconha pode desencadear as primeiras crises graves. Passamos anos esclarecendo os malefícios do cigarro, lutamos para reduzir o uso de bebida alcoólica, e a pergunta que fica é: a quem interessa e por que a legalização da maconha fumada deve ser fomentada? Para apimentar ainda mais a polêmica, a notícia sobre a audiência pública no Senado Federal de 20 de maio para discutir a descriminalização do porte de maconha foi publicada no site da ABP com insultos aos participantes da mesa contrários à proibição. A jurista Maria Lucia Karam, presidente brasileira da ONG Leap (Juristas contra a proibição, na sigla em inglês), foi chamada de bipolar. O neurocientista Renato Malcher Lopes, professor de Neurobiologia da Universidade de Brasília, identificado no texto como botânico, seria fraco. No fim, uma afirmação: Eles estão mostrando os dentes. A suspeita dos antiproibicionistas sobre a autoria da postagem recaiu na psiquiatra Analice Gigliotti, representante da ABP na audiência no Senado, mas a associação atribuiu as ofensas a uma invasão de hackers e repudiou os termos utilizados. Teria sido mais honesto e adulto se eles tivessem simplesmente admitido o erro. Em vez disso, insinuaram que seus críticos hackearam o site, disse Malcher Lopes. A audiência foi tranquila, fiquei surpreso com o conteúdo do texto, certamente um e-mail da Analice publicado por engano. O psiquiatra Regis Eric Barros, que se colocou contra a posição antilegalização da ABP em artigo, sentiu-se atingido pela insinuação de que teria algo a ver com o suposto ataque hacker. Houve, sim, essa insinuação, diz Barros. A ABP não se permite o diálogo. Nunca fizeram um fórum sobre a maconha, uma mesa-redonda, nunca abriram espaço para discussões. Não acho legítima a opinião contundente contrária à legalização, porque ela não foi sequer discutida. Maria Lucia Karam, chamada de bipolar no tal texto, disse que o termo era de fato ofensivo, mas não a ela, e sim àqueles que sofrem do transtorno. Eles ofenderam pessoas que podiam ser seus pacientes. É estarrecedor algo assim vindo de psiquiatras e que esse tipo de gente represente uma categoria. Para ela, os proibicionistas são movidos pelo desespero. A realidade tem mostrado que a legalização avança. Após mais de 40 anos de guerra às drogas, está cada vez mais claro que a proibição não leva à diminuição de circulação das substâncias, é o contrário: elas estão cada vez mais baratas, potentes e acessíveis. Uma coisa é achar que droga faz mal, outra coisa é não conseguir ver que a proibição faz mais mal ainda. Em meio ao tiroteio, circula nos bastidores a acusação de que a defesa da proibição ocultaria interesses de psiquiatras ligados às instituições que atendem dependentes químicos no País. Também associado à ABP, o psiquiatra Luiz Fernando Chazan, professor de Saúde Mental e Psicologia Médica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, não entra em detalhes, mas aponta a existência de outros fatores em jogo: Há interesses políticos, religiosos e econômicos e a ciência fica em segundo plano. Uma verdade científica hoje não será verdade amanhã. Como cientista, tenho de conviver com as incertezas, não dá para ter certezas inquestionáveis. De acordo com o psiquiatra, a ABP fecha questão em torno dos danos da maconha apesar da falta de consenso. Segundo Silva, presidente da ABP, a entidade escuda-se em estudos científicos e também na posição do Conselho Federal de Medicina (CFM) em defesa da proibição da maconha fumada ou ingerida, admitindo apenas o uso terapêutico. Não é verdade que não debatemos o assunto, tivemos mesas-redondas em vários congressos, rebate. A ABP não faz plebiscito. Se o CFM decidiu, temos de seguir, obedecer. Não existe uma resolução oficial do CFM sobre a maconha, apenas uma nota, publicada posteriormente ao imbróglio, na qual o conselho se posiciona contra a liberação para uso recreativo de quaisquer substâncias que ofereçam riscos à saúde pública ou de gerar despesas futuras para nosso combalido sistema de saúde e securitário. O Uruguai conseguiu zerar as mortes relacionadas ao tráfico de maconha desde a legalização em dezembro de 2013, informou o secretário nacional de Drogas Julio Calzada em outra audiência pública no Senado brasileiro. Calzada deixou várias dúvidas no ar durante a sua exposição: Qual é a questão central das drogas? O foco deve estar na substância? Nas pessoas? Na cultura? Na sociedade? Na política? Na geopolítica? Nas leis? Perguntas interessantes. -
Mais Norte-Americanos Usam Maconha E Buscam Tratamento
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26/06/2014 11:19 Mais norte-americanos usam maconha e buscam tratamento Pesquisa de agência da ONU sugere que legalização da maconha possa aumentar ainda mais seu uso entre os jovens, à medida que percepção sobre riscos à saúde cai Fredrik Dahl, da http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/mais-norte-americanos-usam-maconha-e-buscam-tratamento Joe Amon/The Denver Post via Getty Images Maconha: uso da maconha parece ter caído no mundo de modo geral, segundo o relatório Viena - Mais norte-americanos estão consumindo maconha à medida que sua percepção sobre os riscos à saúde decai, informou nesta quinta-feira a agência da Organizações da Nações Unidas (ONU) para drogas e crimes, sugerindo que a legalização possa aumentar ainda mais seu uso entre os jovens. Em uma descoberta que pode aumentar o debate internacional sobre a descriminalização da maconha, a agência disse que mais pessoas em todo o mundo, incluindo na América do Norte, estão buscando tratamento para desordens relacionadas ao uso de cannabis. Ainda é cedo para compreender o impacto das recentes medidas de legalização nos Estados norte-americanos de Washington e Colorado e também no Uruguai, afirmou o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC, na sigla em inglês) em seu relatório mundial de drogas, de 2014. No entanto, para adolescentes e jovens adultos, “regulamentações mais permissivas da cannabis estão correlacionadas com a percepção de menor risco de uso”, o que pode afetar o consumo, disse o relatório. Pesquisas sugerem que essa percepção de menor risco e o aumento da disponibilidade pode levar a um uso mais amplo, com mais jovens tendo contato com a droga, disse o UNODC. O uso da maconha parece ter caído no mundo de modo geral, segundo o relatório, refletindo o declínio em alguns países europeus. “No entanto, nos Estados Unidos a percepção de menor risco da cannabis levou a um aumento em seu uso”, disse o UNODC, sem especificar o que pode ter causado essa mudança. Eleitores em Washington e Colorado, em 2012, tornaram-se os primeiros nos Estados Unidos a legalizar o uso recreativo da maconha, mas leis federais ainda proíbem a venda. Citando estatísticas de antes do efeito das novas regras, o UNODC disse que o número de pessoas nos EUA com mais de 12 anos que consumiu maconha pelo menos uma vez no ano anterior aumentou para 12,1 por cento em 2012, frente a 10,3 por cento em 2008. Quanto a outros narcóticos, o aumento na produção de ópio no Afeganistão, com a ampliação da área de cultivo em 36 por cento em 2013, foi um “revés”, ao passo que a disponibilidade de cocaína no mundo caiu, já que a produção teve uma redução de 2007 a 2012. No ano passado, a produção mundial de heroína “retornou para os maiores níveis vistos” em 2008 e 2011, disse o UNODC. “Até 200 mil pessoas morrem todos os anos por causa de drogas ilícitas”, afirmou o diretor-executivo da entidade, Yury Fedotov, em comunicado. “Embora o público geral possa perceber a cannabis como a menos nociva das drogas ilícitas, houve um notório aumento no número de pessoas buscando tratamento para desordens causadas pelo uso de cannabis na última década”, assinalou o UNODC. -
26/06/2014 | 09h11 Pílulas de Saber: quem usa maconha tem duas vezes mais chance de desenvolver esquizofrenia, diz pesquisa Doença afeta uma a cada 100 pessoas http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/noticia/2014/06/pilulas-de-saber-quem-usa-maconha-tem-duas-vezes-mais-chance-de-desenvolver-esquizofrenia-diz-pesquisa-4536042.html O estudo avaliou 2082 indivíduos e 1011 já tinham usado maconha Foto: Zambi / Agência RBS Carlos Rogério Tonussi tonussi@farmaco.ufsc.br Coisa de louco! A maconha é a droga ilícita mais utilizada no mundo, e seu uso é maior entre as pessoas com esquizofrenia do que na população em geral. A esquizofrenia afeta aproximadamente uma em cada 100 pessoas, e quem usa maconha tem cerca de duas vezes mais chances de desenvolver o transtorno. Os sintomas mais comuns da esquizofrenia são delírios (ver coisas que não existem) e alucinações auditivas (ouvir vozes). Vários fatores podem tornar as pessoas mais propensas a desenvolver a doença. Diversos genes, cada um deles aumentando levemente o risco individual de desenvolver o transtorno, já foram identificados. Baseado no DNA O estudo avaliou 2082 indivíduos saudáveis, dos quais 1011 já tinham usado maconha. O número de genes relacionados à esquizofrenia que cada uma dessas pessoas carregava foi contado. As pessoas geneticamente predispostas à esquizofrenia eram, em geral, as que usavam maconha, e a usavam em maior quantidade do que aqueles que não tinham os genes de risco. O estudo mostrou relação entre o uso de maconha e a esquizofrenia. Embora não se descarte a possibilidade do uso da maconha causar esquizofrenia em pessoas sem os genes de risco, ficou claro agora haver genes que parecem predispor certas pessoas tanto ao uso de maconha quanto à esquizofrenia. Prevenção no berço Este estudo, publicado no jornal Molecular Psychiatry, traz importantes implicações na gestão pública da saúde. Conhecendo estas características genéticas na população, o trabalho de educação e suporte médico podem ser muito mais eficientes para os dois problemas de saúde.
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Papa Francisco Diz Ser Contra A Legalização De Qualquer Tipo De Droga
topic respondeu ao CanhamoMAN de CanhamoMAN em Notícias
podem unir os topicos? http://www.growroom.net/board/topic/55157-pope-francis-condemns-legalization-of-marijuana/#entry1153652 -
Papa Francisco Diz Ser Contra A Legalização De Qualquer Tipo De Droga
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20/06/2014 10h35- Atualizado em 20/06/2014 10h35 Papa Francisco diz ser contra a legalização de qualquer tipo de droga http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/06/papa-francisco-diz-ser-contra-legalizacao-de-qualquer-tipo-de-droga.html Pontífice diz estar preocupado com aumento do consumo entre os jovens. 'Droga não se derrota com droga', afirmou. Da Agência EFE O Papa Francisco condena o uso de qualquer tipo de droga (Foto: Alessandro Biachi/Reuters) O papa Francisco demonstrou nesta sexta-feira (20) sua rejeição aos tratamentos de desintoxicação que utilizam drogas substitutas e à legalização de qualquer tipo de entorpecente, inclusive a maconha. O pontífice fez essas declarações durante uma audiência no Vaticano, a qual contava com a presença dos participantes da 31º edição da Conferência Internacional para o Controle de Drogas (IDEC). "Quero expressar com total clareza que a droga não se derrota com droga. A droga é um mal e com o mal não pode haver cessões ou compromissos", declarou o papa Francisco em uma nota publicada pelo escritório de imprensa do Vaticano. Para o papa argentino, consentir o uso de psicofármacos às pessoas que continuam usando droga não "resolve o problema", já que, segundo ele, "as drogas substitutivas também não se mostram como um tratamento suficiente, mas um modo velado de se render perante a este fenômeno". Sobre a legalização das chamadas drogas brandas, o papa Francisco explicou que, "além de ser discutível do ponto de vista legislativo, não produz os efeitos que haviam sidos prefixados". Neste aspecto, o pontífice, como já havia dito em outras ocasiões, reiterou seu 'não' a qualquer tipo de droga, ressaltando que "o flagelo da droga contínua avançando de maneira e dimensões impressionantes ao ser alimentado por um mercado infame, que vai além das fronteiras nacionais ou continentais". O pontífice também mostrou sua 'dor e preocupação', principalmente porque "o risco cresce para os jovens e os adolescentes". Para Bergoglio, que diz 'sim' à vida, ao amor, à educação e ao trabalho, "não há lugar para a droga, o abuso de álcool ou outras dependências". O papa argentino citou o exemplo dos "jovens que querem se livrar da dependência da droga e que se empenham para reconstruir a vida", dizendo que estes devem ter "estímulo e olhar para frente com confiança". Por outra parte, o papa Francisco desejou aos participantes da Conferência Internacional para o Controle de Drogas "que alcancem os objetivos de coordenar as políticas antidroga, compartilhar informação e desenvolver uma estratégia operacional contra o tráfico". -
'Uber Para Marijuana' App Vai Entregar Pot À Sua Porta---Video Na Fonte
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‘Uber for Marijuana’ App Will Deliver Pot to Your Door Jack Linshi@jacklinshi June 19, 2014 http://time.com/#2902202/uber-marijuana-pot-washington-canary/ … If you have a medicinal marijuana card and live in Washington State Say goodbye to those awkwardly composed texts to your friend’s friend’s friend (“Hey, do you by any chance …”), because two college students have come up with a solution — a marijuana-delivery app called Canary. But don’t get too excited. For now, Canary, founded by University of Washington students Josiah Tullis and Megh Vakharia, will allow only medical-marijuana card holders to place orders for their favorite strains of bud, the Atlanta Journal-Constitution reported on Thursday. Though marijuana possession in Washington State has been legal for those over 21 after voters passed Initiative 502 in 2012, the first licensed retailers have yet to open. The plan, though, is to one day begin delivering recreational marijuana. “The uncertainties are not in the technology; the technology has already been done before. The uncertainties are in the legality on the business side,” Tullis said. Tullis and Vakharia pitched the idea to a startup conference hosted by TechCrunch, where they were met with widespread support. Investors have expressed interest, and drivers from Uber and Lyft looking for delivery jobs are already interviewing. And what do their parents have to say about it? Vakharia’s mom told her, “Go ahead and pursue this business; just don’t partake in what you’re delivering.” Well, good thing they’ve already gotten into college. _______________________________Google tradutor _________________ 'Uber para Marijuana' App vai entregar Pot à sua porta Jack Linshi @ jacklinshi 19 de junho de 2014 ... Se você tem um cartão de maconha medicinal e vivem no Estado de Washington Diga adeus a esses textos desajeitadamente composta para o amigo do amigo do seu amigo ("Ei, você por acaso ..."), porque dois estudantes universitários vêm-se com uma solução - um aplicativo de maconha de entrega chamado Canary. Mas não fique muito animado. Por enquanto, Canárias, fundada pela Universidade de Washington estudantes Josias Tullis e Megh Vakharia, permitirá que apenas os titulares de cartão de maconha medicinal para fazer pedidos de suas linhagens favoritas do broto, o Atlanta Journal-Constitution informou na quinta-feira. Embora a posse de maconha no estado de Washington tem sido legal para os maiores de 21 depois que os eleitores passaram Iniciativa 502 em 2012, os primeiros varejistas licenciados ainda tem que abrir. O plano, no entanto, é um dia começar a entregar maconha recreativa. "As incertezas não estão na tecnologia; a tecnologia já foi feito antes. As incertezas estão na legalidade no lado do negócio ", disse Tullis. Tullis e Vakharia lançou a idéia de uma conferência organizada pelo startup TechCrunch, onde se reuniram com o apoio generalizado. Os investidores manifestaram interesse, e os motoristas de Uber e Lyft à procura de emprego de entrega já está entrevistando. E o que os pais têm a dizer sobre isso? A mãe de Vakharia lhe disse: "Vá em frente e buscar este negócio; Só não participar no que você está oferecendo. " Bem, boa coisa que já chegou na faculdade. -
June 19, 2014 Mining’s New Joint Venture http://www.newyorker.com/online/blogs/currency/2014/06/medical-marijuana-canada-mining-companies.html This isn’t a great time for small Canadian mining businesses. For the past couple of years, people have worried that China’s economic problems will keep it from buying metals and minerals in big quantities, as it once did, which has lowered prices for some of those commodities. Plus, mine workers are aging and retiring, and there may not be enough younger people to replace them. The combined value of the hundred largest “junior” mining companies—the small ones focussed on exploring deposits, in contrast to “major” companies, which extract the deposits that juniors have analyzed—fell by forty-four per cent last year. As Winston Churchill said, “To improve is to change.” So a couple dozen mining companies are now trying out a sexier business: weed. Canada started granting its first commercial permits to grow marijuana for medicinal purposes late last year. Since then, at least thirty junior mining enterprises have started diversifying into medical marijuana—“M.M.J.,” for short—or have announced plans to do so. “As a publicly traded company, we always need a story that’s good enough to raise money on,” Jennifer Boyle, the C.E.O. of Satori Resources Inc., told me. Satori is—or has been, in any case—a gold-mining company. Now Boyle wants to get into pot. “If you can latch on to something you can probably raise money on, i.e., medical marijuana, then why not?” she said. “Because otherwise, your assets are in danger of being bought for next to nothing.” The fact that exploratory mining and growing marijuana have little in common is, it seems, hardly important. The Papuan Precious Metals Corp.’s stock price rose from two cents to fourteen cents after it announced plans to consider agricultural projects and then hired a marijuana consultant. This month, Papuan agreed to acquire the assets of a pot dispensary in Colorado, where marijuana is now legal for anyone who is twenty-one or older. Other junior companies are experimenting with growing mediums and fertilizers, or looking to provide equipment to growers. “The reason you’re seeing the junior mining companies going to medical marijuana is because there is no money in mining,” Greg Downey, the C.F.O. of Papuan, said. “We look to where the money is going.” The junior mining companies experimenting with marijuana are not high up in the hierarchy of mining. At the bottom level, there are prospectors, who walk hillsides and fields, kicking rocks in search of minerals and metals. One step up are the juniors: they follow up on prospectors’ finds by conducting more serious studies and sometimes even developing mining sites, with the goal of one day selling their assets to a major mining corporation. Most of the juniors that are turning to pot have market capitalizations of five million dollars or less; they represent only about one per cent of Canada’s estimated three thousand two hundred mining firms. Major mining companies have had trouble raising capital because of falling commodities prices and a tendency toward cost overruns, which has made it even more difficult for juniors to raise money for their projects, since chances of a buyout are remote. It hasn’t helped that junior mining projects keep failing. There is also an impending labor crisis: in the next ten years, the mining industry will need to replace more than half of its workforce, as current employees retire or depart for more attractive industries. This is problematic both because companies will have to cover those former workers’ retirement benefits and because not many young people choose mining as their profession these days, according to a report by the Canadian government’s Mining Industry Human Resources Council. The marijuana business isn’t necessarily a panacea. Marijuana remains illegal in Canada, although, since 2001, the federal regulatory agency Health Canada has let residents with a doctor’s authorization possess the plant for personal use. It also granted tens of thousands of permits to grow the drug for personal use or to grow it for someone else’s personal use. Last year, Health Canada became convinced that marijuana was being abused for recreational purposes, announced a repeal of the old growing permits, and started accepting applications for commercial-growing permits instead. (A court injunction put the repeal on hold for the moment, but Health Canada has issued thirteen of the commercial permits. It hasn’t put a cap on how many commercial permits it will grant, but it has said that it has received more than nine hundred applications.) Wagner, the consultant, said that only forty thousand Canadians or so have medical-marijuana prescriptions, a level of demand that a couple hundred growers could easily meet; even if the number of people with prescriptions grows to more than four hundred thousand by 2024, as Health Canada is forecasting, he predicts that this would create only enough customers for an additional several hundred growers. So far, none of the mining companies have been granted a commercial-growing license, although one former mining company is close to merging with a company that owns a license. Many are applying for a license or conducting medical-marijuana due diligence. Executives at the junior mining companies gave various reasons for why they are well suited to enter the marijuana industry: Downey said that juniors are already publicly listed and therefore have immediate access to capital. Another said that his skill set is in assembling teams, whether it is geologists or pot growers. Boyle, the C.E.O. of Satori Resources Inc., pointed out that her company already has the ticker BUD, which gives it a natural leg up; even now, investors assume that the company is in the marijuana business. Michael Dehn, the C.E.O. of Jourdan Resources Co., said that he wound up in the marijuana business by happenstance. His company owns several properties in Quebec that it wants to mine for phosphates, a component of fertilizer. It also leases office space in a strip mall in a Toronto suburb, next to a pot grower called ChroniCare Canada Corp. “One day, I was out in the parking lot talking to the guy next door, and I said to him, ‘What do you do?’ ” Dehn recalled. “He said, ‘We grow marijuana,’ and I said, ‘We make fertilizer. We should work together.’ ” Jourdan and Satori Resources have joined together to excavate and pulverize a small amount of phosphate rock, and they’re partnering with ChroniCare to test whether it could be used to fertilize pot. If it works, the companies would together start selling fertilizer to pot growers. “We were always going to do fertilizer, and our plan was to target corn or wheat, but we’re still five years away from that, so in the meantime we’ll receive a cash flow,” Dehn explained. The Canadian market, however, is small. With only thirty-five million people in the country, Dehn and others said that they are thinking about export opportunities. “You kind of look at this as the prohibition period, like when Canada was smuggling alcohol to the U.S.,” he said. Dehn has never smoked pot, but he has heard good things about Canadian-grown marijuana. “For most of my life, this is where you heard the good weed was,” he said. “It’s like France—that’s where you go for champagne.” Gabe Friedman writes about legal affairs, the environment, and business. He was a Knight-Bagehot Fellow at Columbia University and lives in New York. Illustration by Dadu Shin. ______________Tradutor BING_____________ 19 de junho de 2014 Nova Joint-Venture da mineração Postado por Gabe Friedman Isto não é um grande momento para as empresas de pequena mineração canadense. Nos últimos anos, as pessoas se preocupar que problemas econômicos da China vão mantê-lo de comprar metais e minerais em quantidades grandes, como uma vez disse, que baixou os preços para algumas dessas commodities. Além disso, meus trabalhadores estão envelhecendo e se aposentar, e não pode haver bastante jovens para substituí-los. O valor combinado das cem maiores empresas de mineração "Júnior" — os pequenos centrou-se na exploração de depósitos, em contraste com os "grandes" empresas, que extrair os depósitos que analisaram juniores —caiu por quarenta e quatro por cento no ano passado. Como disse Winston Churchill, "para melhorar é de mudar." Então algumas dezenas de empresas de mineração estão agora a experimentar um negócio mais sexy: erva. Canadá começou a concessão que permite que seu primeiro comercial para cultivar maconha para fins medicinais, no ano passado. Desde então, pelo menos trinta empresas de mineração Júnior começaram a diversificação em médica marijuana—"M.M.J.," para o short — ou anunciaram planos para fazê-lo. "Como uma empresa de capital aberto, que sempre precisa de uma história que é bom o suficiente para levantar o dinheiro em," Jennifer Boyle, o diretor executivo da Satori Resources Inc., disse-me. Satori é — ou tem sido, em qualquer caso — uma empresa de mineração de ouro. Boyle, agora quer entrar no pote. "Se você pode grudar algo que você provavelmente pode levantar dinheiro na, ou seja, a maconha medicinal, então por que não?" ela disse. "Porque, caso contrário, seus bens estão em perigo de ser comprado por quase nada." É o fato de que mineração exploratória e cultivo de maconha têm pouco em comum, parece, dificilmente importante. Preço das ações dos metais preciosos collinus Corp. subiu de dois centavos para quatorze centavos depois que ele anunciou planos para considerar projetos agrícolas e então contratou um consultor de maconha. Este mês, papuano concordou em adquirir os activos de um dispensário de maconha no Colorado, onde a maconha agora é legal para quem é vinte e um ou mais velhos. Outras empresas juniores estão experimentando crescimento médiuns e fertilizantes, ou olhando para fornecer equipamentos para os produtores. "A razão pela qual você está vendo as empresas de mineração Júnior a maconha medicinal é porque não há dinheiro na mineração", Greg Downey, o gerente de papuana, disse. "Nós olhamos para onde o dinheiro está indo." As empresas de mineração Júnior experimentando maconha não são altas na hierarquia da mineração. No nível inferior, há garimpeiros, que andam de encostas e campos, chutando pedras em busca de minerais e metais. Um passo acima são os juniores: eles acompanhar achados dos garimpeiros a realização de estudos mais sérios e às vezes até mesmo desenvolvendo sites de mineração, com o objetivo de um dia de venda de seus ativos para uma empresa de mineração grandes. A maioria dos juniores que estão transformando a panela tem capitalizações de mercado de 5 milhões de dólares ou menos; Eles representam apenas cerca de um por cento das empresas de mineração do Canadá estimados três mil e duzentos. Grandes mineradoras tiveram problemas de aumento de capital por causa da queda dos preços das commodities e uma tendência para saturações de custos, o que tornou ainda mais difícil para juniores arrecadar dinheiro para seus projetos, uma vez que as chances de uma compra são remotas. Não ajudou que projetos de mineração Júnior continuar fracassando. Há também uma crise iminente de trabalho: nos próximos dez anos, a indústria de mineração precisará substituir mais da metade de sua força de trabalho, como empregados atuais se aposentar ou partem para as indústrias mais atraentes. Isto é problemático porque as empresas têm de cobrir a benefícios de reforma os antigos trabalhadores e porque não muitos jovens escolhem mineração como sua profissão hoje em dia, de acordo com um relatório do Conselho de recursos humanos do governo canadense de mineração indústria. O negócio de maconha não é uma panacéia. Maconha continua a ser ilegal no Canadá, embora, desde 2001, a agência reguladora federal Health Canada tem deixado moradores com autorização do médico possuir a planta para uso pessoal. Ele também recebem dezenas de milhares de autorizações para crescer a droga para uso pessoal ou para cultivá-la para uso pessoal de outra pessoa. No ano passado, saúde Canadá tornou-se convencido de que maconha estava sendo abusada para fins recreativos, anunciou a revogação das licenças crescentes velhas e começou a aceitar pedidos de crescimento comercial permite que em vez disso. (Uma liminar do Tribunal colocar a revogação em espera para o momento, mas saúde Canadá emitiu treze das licenças comerciais. -Ainda não, coloque uma tampa quantas licenças comerciais concederá, mas ele disse que recebeu mais de novecentos aplicações.) Wagner, o consultor, disse que apenas quarenta mil canadenses mais ou menos têm prescrições médicas-maconha, um nível de demanda que umas cem produtores poderiam facilmente satisfazer; mesmo que o número de pessoas com receitas cresce para mais de quatrocentos mil por 2024, como Health Canada é previsão, ele prevê que isso criaria apenas clientes suficientes para um adicional vários produtores cem. Até agora, nenhuma das empresas de mineração foi concedida uma licença comercial crescente, embora uma antiga mineradora está perto de fusão com uma empresa que possui uma licença. Muitos são aplicar-se para uma licença ou conduzindo a marijuana médica devida diligência. Executivos de empresas de mineração Júnior deram várias razões por que eles são adequados para entrar na indústria de maconha: Downey disse que juniores já publicamente estão listados e, portanto, tem acesso imediato ao capital. Outro disse que o seu conjunto de habilidades é na montagem de equipes, geólogos ou plantadores de maconha. Boyle, o diretor executivo da Satori Resources Inc., apontou que a empresa já tem o ticker BUD, o que lhe confere uma perna natural até agora, os investidores assumem que a empresa está no ramo de maconha. Michael Dehn, o CEO de Jourdan recursos co., disse que ele acabou no negócio de maconha por acaso. Sua empresa possui várias propriedades em Quebec que quer mina de fosfatos, um componente dos fertilizantes. Ele também aluga espaço de escritório em um shopping em um subúrbio de Toronto, ao lado de um pote cultivador chamado ChroniCare Canada Corp., "um dia, eu estava no parque de estacionamento a falar com o cara ao lado, e eu disse a ele, 'o que você faz?' "Dehn recorda-se."Ele disse, 'Nós cultivar maconha', e eu disse, ' nós fazer adubo. Devemos trabalhar juntos.' ” Jourdan e Satori recursos juntaram junto para escavar e pulverizar uma pequena quantidade de rocha fosfática e eles estão em parceria com ChroniCare para testar se ela poderia ser usada para fertilizar o pote. Se ele funciona, as empresas juntos iria começar a vender fertilizante para os cultivadores de maconha. "Sempre que íamos fazer adubo e nosso plano era alvo de milho ou trigo, mas estamos ainda cinco anos longe, então por enquanto, nós vamos receber um fluxo de caixa", explicou Dehn. O mercado canadense, no entanto, é pequeno. Com apenas 35 milhões de pessoas no país, Dehn e outros disseram que eles estão pensando sobre as oportunidades de exportação. "Você parece isto como o período de proibição, como quando o Canadá era álcool de contrabando para os Estados Unidos," ele disse. Dehn nunca fumou maconha, mas ele ouviu coisas boas sobre maconha canadense-crescido. "A maior parte da minha vida, este é onde você ouviu foi a erva boa," ele disse. "É como a França — é onde você vai para o champanhe." Gabe Friedman escreve sobre negócios, meio ambiente e assuntos jurídicos. Era um tipo de cavaleiro-Bagehot na Columbia University e vive em Nova York. Ilustração por Dadu Shin.
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Pope Francis Condemns Legalization of Marijuana 20/06/14 http://www.nbcnews.com/#/news/world/pope-francis-condemns-legalization-marijuana-n136436 VATICAN CITY -- Pope Francis came out strongly against the legalization of recreational drugs on Friday. The pontiff told members of a drug enforcement conference meeting in Rome that even limited attempts to legalize recreational drugs "are not only highly questionable from a legislative standpoint, but they fail to produce the desired effects." Francis has frequently railed against the "evil" of drug addiction and has met with addicts on several occasions. Just last month, Uruguay -- next door to Francis' native Argentina -- approved selling marijuana cigarettes in pharmacies, and recreational marijuana is legal in the U.S. states of Colorado and Washington.
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"É Altamente Competitivo O Mercado Legal Com O Mercado Negro", Diz Secretário Uruguaio
um tópico no fórum postou CanhamoMAN Notícias
Erva danada "É altamente competitivo o mercado legal com o mercado negro", diz secretário uruguaio http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/06/e-altamente-competitivo-o-mercado-legal-com-o-mercado-negro-diz-secretario-uruguaio-4517121.html Julio Calzada, o Secretário Nacional de Drogas do Uruguai, esteve em Porto Alegre para falar sobre a legalização da maconha no país por Cláudio Goldberg Rabin Atualizada em 03/06/2014 | 21h01 03/06/2014 | 18h12 Julio Calzada, o Secretário Nacional de Drogas do Uruguai, esteve em Porto Alegre para falar sobre a estratégia de combate às drogas do país Foto: Cláudio Goldberg Rabin / Agência RBS Quando o assunto é a legalização das drogas no Uruguai, é Julio Calzada, o secretário Nacional de Drogas do país, que encara e explica pacientemente o projeto de lei que vira de ponta cabeça a estratégia de combate às drogas. Em vez de reprimir o tráfico, o Estado vizinho planeja tomar-lhe o mercado. Calzada conta que já deu mais de mil entrevistas — "talvez mais" — para detalhar como um país vai permitir o cultivo individual de maconha e a venda em farmácias e controlar para que o produto não atravesse as fronteiras do país. Em entrevista coletiva, ele conversou sobre o projeto: Zero Hora — Como lidar com a possível entrada de maconha uruguaia no Brasil? Julio Calzada — O Brasil, é lógico, tem todo direito de ter uma política diferente. À parte disso, temos no marco de relações bilaterais do Brasil grupos de trabalho de política de fronteira. Estamos trabalhando com a junta de drogas do Uruguai para poder fazer um monitoramento e uma avaliação sistemática da situação durante o tempo. E um sistema de registro, com um conjunto de ferramentas de controle. ZH — A política brasileira de combate às drogas é muito criticada. A estratégia uruguaia poderia ser aplicada aqui? Calzada — A mim não cabe opinar sobre o sucesso ou o fracasso de uma política brasileira. Temos sido muito claros de que o caminho que o Uruguai está tomando é estruturado em cima da realidade de um país de 3,3 milhões de habitantes, de uma sociedade e cultura que têm certas características que são diferentes do resto da América Latina. ZH _ O que motivou a mudança da estratégia de combate? Calzada — Nos últimos cinco anos, todos os indicadores sociais melhoraram. O desemprego, por exemplo, caiu de 19% em 2002 ou 2003 para 6% atualmente. E neste período, a criminalidade aumentou. Se melhoraram todas as condições sociais e qualidade de vida da população e a criminalidade aumentou, então o desenvolvimento dessa política é uma resposta a esses fenômenos novos. O aumento do consumo de maconha e o aumento da criminalidade está relacionado ao tráfico de drogas, especialmente à maconha. Em 2012, tivemos 82 mortos relacionados ao tráfico e não tivemos nenhum morto por uso de marijuana. ZH — Alguém morre por consumo de maconha? Calzada — Aparentemente, não. ZH — O Uruguai regulamentou o cultivo e o consumo em certas quantidades, é possível que o país se torne um destino para o turismo de drogas? Calzada — O consumo de maconha não está penalizado desde 1984 no Uruguai. Então, não há uma pena para qualquer pessoa que vá ao país e fume. O registro de todos os usuários, dos que plantam ou dos que estão cadastrados nas farmácias, está pensado para poder delimitar e acompanhar a produção e evitar que haja desvio. Mas, para poder se registrar, é preciso ser cidadão uruguaio ou ter residência permanente no Uruguai. É o que inibe que se chama de turismo canábico. É uma política de saúde, então o mercado não promove o desenvolvimento de um mercado de Cannabis. O que o Estado faz é estabelecer as regras para que aquelas pessoas tenham a opção de consumir o produto legalmente no país. ZH — Essa foi uma política da Frente Ampla. O senhor teme que essa política seja revertida caso a direita vença na eleições deste ano? Calzada — Primeiro, eles têm que dizer que se opõem à lei e ver se ganham a eleição. Em segundo lugar, precisam obter uma maioria parlamentar para apresentar um projeto de lei que revogue esta lei. Creio que no Uruguai há um consenso de que a política dos últimos 50 anos em relação às drogas está acabada e que é preciso fazer algo novo. ZH — 60% da população foi contra a lei. Como está o debate? Calzada — Temos que distinguir o que é a opinião pública e o que é a expressão política. A política é uma arte, uma ciência, um método para poder transformar a realidade, o que implica uma transformação a longo prazo e que está em curso. Não houve um consenso total, mas o que fizemos foi costurar um consenso e dizer 'isto é o possível'. Os movimentos sociais queriam os clubes de cultivo com mil membros, mas vão ter 45. Então, 60% é contra a lei, mas outra pesquisa, de um meio independente, diz que 52% acredita que a lei deve ser mantida para ver se dá resultado. A vida em sociedade é contraditória e a questão está em como resolver essas contradições. ZH — O Uruguai pretende extrair algo mais do cultivo da maconha, como produtos à base de cânhamo? Calzada — A lei inclui a regulamentação do cânhamo para uso industrial. Em breve, o Uruguai vai produzir cânhamo de maneira legal, é uma fibra muito resistente e que tem muitas qualidades. A lei também inclui o uso medicinal, mas é um uso muito mais complexo e deve ter evidências e protocolos, diferentemente do uso pessoal. ZH — Como o Estado vai fiscalizar a quantidade produzida pelos usuários? Calzada — A lei estabelece a criação do Instituto de Controle e Regulação de Cannabis, que vai registrar quem quer produzir. O Estado vai bater nas portas para olhar as plantas. Devem que estar distante do acesso de crianças e adolescentes. Há um dispositivo para controlar os clubes de cultivo e para quem produz para as farmácias. ZH — E qual a punição para quem desrespeitar a lei? Calzada — Há penas administrativas e econômicas e, eventualmente, caso alguém tenha além das plantas, a maconha prensada, o que se pode presumir que seja para venda. É possível ter até 480 gramas em casa, que seria o consumo de um ano. Se a pessoa tem meio quilo, aí deve-se ver que tipo de sanção de aplica. Se se entende que é tráfico, há uma pena que se mantém da lei anterior e há no Uruguai a 'possessão não para consumo', figura um pouco estranha do ponto de vista jurídico, que prevê de seis meses a dois anos de prisão. ZH — Se a lógica do projeto é tirar o poder financeiro dos traficantes, por que não legalizar drogas mais caras, como a cocaína? Existe algum plano de ingressar neste mercado? Calzada — Essa é um política para o Uruguai e, no Uruguai, o mercado de Cannabis é 90% do mercado das drogas. O mercado de crack e cocaína são pequenos que se veria fortemente afetado por isto. Também nos interessa separar estes mercados para tratá-los de maneira diferente. Cremos que a cultura humana, do Ocidente, tem adiante um grande debate sobre como vai se relacionar com as drogas no século 21, que vai ser significativamente diferente de como se relacionou no século 20. ZH — Os preços oficiais vão ser competitivos com os do mercado negro? Calzada — Fizemos vários estudos de produção e consumo para chegar a um preço. É altamente competitivo o mercado legal com o mercado negro. E também permite obter fundos para destiná-los a usuários de drogas. O central para nós é ter um mecanismo que permita controlar o mercado. ZH — Quantas entrevistas o senhor já deu sobre o assunto? Calzada — Mil. Talvez mais. -
Maconha Pode Ajudar No Tratamento De Doenças Autoimunes, Mostra Estudo
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Maconha pode ajudar no tratamento de doenças autoimunes, mostra estudo A chave seria a capacidade da erva de reprimir algumas funções, como a inflamação 03/06/2014 - 17H06/ atualizado 18H0606 / por AFP/Relaxnews http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2014/06/maconha-pode-ser-utilizada-no-tratamento-de-doencas-autoimunes-mostra-estudo.html Maconha já possui uma variedade de usos medicinais (Foto: Wikimedia Commons) Pesquisadores da Universidade da Carolina do Sul descobriram que a maconha tem potencial no tratamento de doenças autoimunes em que a inflamação crônica é muito presente — o caso de artrite, lúpus, colite e esclerose múltipla. Publicadas no Journal of Biological Chemistry, as descobertas mostram que a chave do potencial da maconha está em sua capacidade de reprimir algumas funções imunes, principalmente a inflamação. Com base em pesquisas recentes que sugerem que algumas moléculas ambientais, externas ao DNA, podem alterar seu funcionamento, o estudo examinou se o princípio ativo da maconha, o tetraidrocanabinol (THC), pode afetar o DNA através de caminhos "epigenéticos" . O grupo de moléculas com a capacidade de modificar o DNA e o funcionamento dos genes que controla é coletivamente designado como o epigenoma. Ele é composto por um grupo de moléculas chamas de histonas, que são responsáveis pela inflamação, tanto benéfica quanto nociva. Conforme o uso da maconha se torna mais aceito, mais pesquisas são realizadas A equipe de pesquisa, liderada por Mitzi Nagarkatti, Prakash Nagarkatti e Xiaoming Yang, descobriu que o THC pode, de fato, afetar a expressão do DNA por meio de passagens epigenéticas ao alterar as histonas. "O estudo atual demonstra pela primeira vez que o THC pode modular as respostas imunológicas por meio de uma regulagem epigenética que envolve a modificação das histonas", afirma o resumo. À medida que o uso recreacional e medicinal da maconha se torna cada vez mais aceito em países desenvolvidos, mais pesquisas estão sendo realizadas e mais aplicações da droga no tratamento de doenças estão sendo descobertas. A maconha já possui uma variedade de usos medicinais, incluindo o tratamento de dor crônica, náusea, vômito e a caquexia, síndrome que afeta alguns pacientes com aids. -
Legalizar droga pode reduzir população carcerária no Brasil, defende juiz do CNJ Por Wilson Lima- iG Brasília | 19/06/2014 09:00 http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2014-06-19/legalizar-droga-pode-reduzir-populacao-carceraria-no-brasil-defende-juiz-do-cnj.html Douglas Martins, que cuida do monitoramento e fiscalização do sistema carcerário, afirma que boa parte dos encarcerados no País é formada por usuários de drogas, e não por traficantes Responsável pelos relatórios de inspeção nos presídios no Brasil, o Coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (DMF) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Douglas Martins, defende, nesta entrevista ao iG uma ideia polêmica para a redução da população carcerária no país: a legalização de drogas hoje consideradas ilícitas, como a maconha. Dados divulgados na semana passada pelo CNJ apontam que a população carcerária no Brasil é de 715 mil presos, contando com o universo de 147 mil detentos abrigados em prisão domiciliar. Destes 715 mil presos, conforme Martins, aproximadamente 200 mil foram condenados por crimes ligados ao tráfico de drogas. Para Martins, deste universo, a grande maioria é de usuários. Reuters Uruguaios comemoram legalização da maconha nas ruas do país “Essa é uma medida que ajudaria porque diminuiria o tráfico e o encarceramento e cria para o Estado brasileiro a possibilidade de dar um tratamento adequado para quem está dentro do sistema prisional”, projeta. “É difícil alguém com posto de comando assumir essa bandeira. Eu, por exemplo, vou receber críticas violentas”, pondera. Esta é a primeira vez que um magistrado que ocupa um posto de comando do Conselho Nacional de Justiça (órgão de controle do Poder Judiciário brasileiro) defende abertamente a descriminalização de drogas como solução para a redução da superlotação nos presídios brasileiros. Dentro da magistratura, a ideia ainda é vista com ressalvas. Em janeiro deste ano, por exemplo, o juiz substituto Frederico Ernesto Cardoso Maciel, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), absolveu um réu condenado por tráfico de maconha alegando uso recreativo da drogas. Depois da repercussão da soltura do réu, o TJDF cassou a decisão de Maciel. Além disso, na visão de Douglas Martins, cerca de 70% do universo prisional de detentos no país (cerca de 500 mil) é composto por pessoas condenadas por ilícitos como furto, roubo e o próprio tráfico de drogas. Hoje, segundo ele, quase a totalidade dos furtos e roubos registrados no Brasil é cometida por usuários de drogas que precisam de tratamento. Na prática, por essa visão de Martins, a legalização das drogas também pode resultar na diminuição do encarceramento por crimes como roubo e furto causados por usuários de drogas, consequentemente. “Para mim, o encarceramento deveria ser exclusivo de crimes como estupro, homicídio, latrocínio, entre outros”, disse Martins. Para o juiz, dificilmente o preso consegue deixar o crime após ingressar no sistema prisional. “Os que tentam, morrem executados pelas facções”, declara. Atualmente, pelos dados do CNJ, existe um déficit de 358 mil vagas no sistema prisional brasileiro, o que demandaria investimentos da ordem de R$ 20 bilhões, pelo cálculo de Martins, para se comportar a população carcerária nacional. “Mas ainda temos os custos de manutenção desse sistema”, afirma Martins. “O sistema carcerário brasileiro faliu”, emenda Martins. Confira abaixo os principais trechos da entrevista de Douglas Martins ao iG Vídeos e fotos: Alan Sampaio/iG Brasília Falência do Sistema Carcerário Segundo o Coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (DMF), o sistema carcerário brasileiro faliu pelo atual modelo. Para ele, seriam necessários pelo menos R$ 20 bilhões para se criar as 358 mil vagas necessárias para se acabar com a superlotação das unidades prisionais. “Isso é insustentável. Esse número de presos, ele praticamente sangraria a própria economia do país”. Legalização das drogas Para Martins, uma solução para se reduzir a população carcerária seria a legalização de algumas drogas como a maconha. Na visão pessoal de Martins, a descriminalização de drogas daria a oportunidade para que o Estado instituísse políticas públicas de proteção ao usuário. O coordenador do CNJ acredita que a prisão de usuários, além de inflar os presídios, apenas cria uma situação para que dependentes químicos de fato tornem-se criminosos. “Se o sistema de justiça criminal fica mais seletivo, a própria legislação fica mais seletiva”, diz. “Nós teríamos uma quantidade menor de pessoas (nas prisões) e o Estado brasileiro poderia dar a elas um tratamento que efetivamente contribuísse para não acontecer a reincidência” Facções nos presídios Douglas Martins afirma que o domínio de facções criminosas dentro dos presídios criou uma situação que impede a ressocialização de detentos. Para ele, as pessoas que querem deixar as prisões não conseguem deixar o crime porque há um código interno que obriga os ex-detentos a trabalharem para as facções fora das prisões. E os ex-detentos que não se submetem a essa “lógica”, são sumariamente executados conforme Martins. “A pessoa sai do sistema prisional endividada, devendo favores à facção e a própria vida à facção, sai promovendo assaltos. Aqueles que se recusam a fazê-lo, são os primeiros que morrem. Esses crimes não são investigados e a sociedade se acomoda com isso”, analisa. Bombas-relógio Os problemas nos presídios brasileiros devem resultar em rebeliões cada vez mais sangrentas e atos como a decapitação de presos, na visão de Martins. Para ele, as mortes em penitenciárias como Pedrinhas, no Maranhão, ainda ocorrem constantemente. “A situação que nós temos de caos em Pedrinhas, no Complexo de Curado (PE), como nós temos em presídios de Goiás, no presídio Central de Porto Alegre (RS) e em vários outros em que constatamos uma situação muito grave, proporciona que ocorra algo semelhante ao que ocorreu em Pedrinhas (rebeliões com decapitação de presos)”, analisou o juiz. “As mortes continuam ocorrendo mas não são notificadas pela grande imprensa”, aponta.
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Senado estuda a legalização da maconha Diário da Manhã http://www.dm.com.br/texto/180899 19/06/2014 às 20h58 Júlio César Cardoso O Brasil não tem condição nem de fiscalizar o uso de bebida alcoólica por motoristas e menores de idade, ainda mais controlar quem está plantando maconha para fins medicinais, para uso próprio ou através de clube de cultivo, ou adquirindo através de um sistema de registro controlado pelo governo. É ingenuidade ou muita irresponsabilidade das autoridades ao pretender legalizar o uso da maconha. Só falta agora o país se transformar em exportador de maconha. Não podem os (pusilânimes) políticos soçobrarem diante da força minoritária dos maconheiros, lamentavelmente. Quem sabe a maconha hoje não é um passatempo ou divertimento também de muitos parlamentares? O país é muito extenso para fiscalizar o uso (medicinal) da maconha. A sua legalização é uma enorme irresponsabilidade, pois serão imprevisíveis as consequências nefastas na saúde dos novos usuários. O álcool é outro vício que arrasa o cidadão, mas a maconha é muito mais destruidora porque é a iniciação para experimento de entorpecentes mais pesados. A liberação da maconha é a mesma coisa que a permissibilidade para a venda de cigarro, o qual tem causado danos graves e irreversíveis à saúde dos cidadãos e dado muita despesa aos hospitais públicos nacionais. Com a cumplicidade do Congresso Nacional e dos governos, as empresas tabagistas, ou seja, empresas das deformações humanas e da morte, continuam existindo quando elas deveriam ser fechadas. Trata-se aqui de potencial arrecadação de impostos ao Estado, mas decorrente de fonte causadora da desgraça humana. Talvez muitos dos senhores parlamentares não tiveram filhos que foram vítima do vício da maconha. Não conhecem os efeitos malignos causados na saúde de um menino ou jovem viciado. Se soubessem não aceitariam a liberação. E não precisa ser especialista para atestar que a maconha contamina a personalidade de um indivíduo, deixa-o em estado de delírio, de desatenção, de desinteresse pelo estudo e pela sua própria higiene. A maconha é a porta de entrada para outras drogas pesadas. Senadores, o paraíso artificial das drogas é bem a imagem de uma civilização reduzida a pó. Não queiram exterminar com a nossa sociedade de jovens. Abram os olhos e não sejam teimosos e irresponsáveis como infelizmente se posicionou favoravelmente o ex-presidente FHC. Uma sociedade às voltas com problema de pobreza extrema e sem política pública substantiva de educação não pode ser abandonada para que seus jovens sejam iniciados legalmente na maconha. Em vez de nossas autoridades combaterem os narcotraficantes com mão de ferro e não permitirem que a maconha entre aqui facilmente vinda do Paraguai, ou seja plantada no Nordeste do país, preferem simplesmente tratar de sua legalização. Não interessa que outros países tenham descriminado o uso da maconha. Por exemplo, na Holanda onde a maconha é descriminada há mais de 30 anos existem cerca de dois mil pontos de venda legal. Um detalhe: 50% dos presídios do país são ocupados por autores de crimes relacionados com a droga. “Um dos mais evidentes efeitos da droga é a redução da capacidade de concentração. Em vários países foi registro o aumento considerável de acidentes de automóveis, motos trens a até caminhões envolvendo motoristas consumidores de maconha. Em 1994, o pesquisador G. Chester apresentou num congresso de farmacologia um estudo mostrando que ‘o THC é o quatro mil vezes mais potente que o álcool ao produzir uma diminuição no desempenho de um motorista em condições adequadamente controladas’. Em 1994, uma investigação canadense encontrou THC no sangue de 10% dos motoristas em casos de acidentes fatais e em 8% dos pedestres mortos por veículos. Já se catalogou cerca de 50 efeitos relacionados ao consumo de maconha. Alguns deles: tremor corporal, vertigem, náuseas, vômitos, taquicardia, excitação psíquica, diarreia, alterações sensoriais, lentidão de raciocínio, oscilação involuntária dos olhos, zumbidos, desorientação, medo de morrer, depressão, alucinações, amnésia temporária, pânico, ideias paranoides... O uso constante causa problemas respiratórios e, em homens, reduz o número de espermatozoides. Um estudo aprofundado de cinco anos (1992 a 1997) feito pela OMS mostrou que a substância interfere na memória de curto prazo, reduz sensivelmente a capacidade de apreender e raciocinar, causa lesões na traqueia, nos brônquios e nas células de defesa, chamadas macrófagos alveolares. ”- Fonte: Livro Drogas porque e como e quando, de David Ferreira Neto, 1ª Edição. (Júlio César Cardoso, bacharel em Direito, servidor federal aposentado)
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Mundo 08h42, 20 de Junho de 2014 'Nuvem de maconha' é vista na Europa AP http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vEditoria=Mundo&vCod=203921 'Nuvem de maconha' no vilarejo próximo da capital albanesa, Tirana O vilarejo de Lazarat (Albânia) foi cenário de um fenômeno curioso: uma "nuvem de maconha". De acordo com a agência Associated Press (AP), produtores de maconha da localidade queimaram grande quantidade da erva alertados sobre a proximidade de uma batida policial. Lazarat é considerada a maior produtora ilegal de maconha da Europa, com mais de 900 toneladas da droga por ano. O vilarejo movimenta cerca de R$ 13 bilhões com a comercialização da erva. Na operação policial, foram apreendidas 13 toneladas de maconha e 80 mil pés acabaram destruídos. Fonte: Page Not Found/O Globo
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Nova York Se Prepara Para Liberar Uso Medicinal Da Maconha
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Nova York vai liberar uso medicinal da maconha: inalar ou comer será permitido, fumar não Reuters http://www.brasilpost.com.br/2014/06/19/nova-york-maconha_n_5513019.html Publicado: 19/06/2014 20:44 BRT Atualizado: 19/06/2014 21:27 BRT Defensor do uso medicinal da maconha participa de ato em frente ao Parlamento do Estado de Nova York em 18 de junho (AP Photo/Mike Groll) | North Cascades National Park | Flickr Por Edith Honan NOVA YORK (Reuters) - O governador Andrew Cuomo e os legisladores de Nova York anunciaram um acordo nesta quinta-feira que permitirá o acesso limitado à maconha para uso medicinal e fará do Estado o 23º dos Estados Unidos a oferecer a droga para fins terapêuticos. O programa, que irá proibir o fumo de maconha, mas permitirá que seja comida ou vaporizada, será regulamentado pelo Departamento de Saúde do Estado nos termos do acordo, e incluirá uma cláusula "infalível" que permitirá ao governador interromper o programa a qualquer momento, disse Cuomo em uma coletiva de imprensa em Albany, capital do Estado. O plano ainda precisa ser aprovado pela legislatura do Estado. "Eu sempre apoiei a ideia de que, se é possível obter benefícios médicos da maconha medicinal para um paciente em sofrimento, ela deve ser utilizada", afirmou o democrata Cuomo. "Minha hesitação sempre foi o risco. Este projeto de lei virtualmente elimina o risco". De acordo com o plano, o Departamento de Saúde fornecerá licenças a cinco empresas privadas para a produção e distribuição de maconha através de estabelecimentos credenciados. "A produção, fabricação e distribuição têm que acontecer dentro das fronteiras de Nova York", disse o doutor Howard Zucker, comissário de saúde interino do Estado, na coletiva de imprensa. -
"Maconha Não É Para Todo Mundo", Diz Autor Da Proposta De Regulação Da Droga
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"Maconha não é para todo mundo", diz autor da proposta de regulação da droga Por Bruna Talarico, iG São Paulo | 18/06/2014 09:00 Texto http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2014-06-18/maconha-nao-e-para-todo-mundo-diz-autor-da-proposta-de-regulacao-da-droga.html André Kiepper defende avanços da ciência para redução de efeitos psicoativos da droga no uso medicinal Bruna Talarico/ iG André Kiepper: o rosto por trás da proposta de regulação da maconha no Brasil Menos de duas semanas separaram o primeiro clique de apoio à proposta de regulação da maconha no Brasil do discurso do senador Cristóvam Buarque (PDT-DF), em plenária, sobre o desafio que lhe fora então delegado: o de ser relator de um dos mais polêmicos e controversos temas colocados em pauta por iniciativa popular. Levado ao Legislativo após ter reunido, em quatro dias, 20 mil assinaturas no portal e-Cidadania, o pleito que abarca uso recreativo e medicinal da erva tem como autor um nome desconhecido - mas que promete fazer história, já que consultores do Senado apontam para um futuro em que a erva será legalizada, mas sua produção, comércio, posse e consumo estariam sob controle e fiscalização do Estado. "Maconha não é para todo mundo, e um dos maiores obstáculos para o uso medicinal é a resistência aos efeitos psicoativos dessa droga", explica André Kiepper, o responsável pela evolução do debate. "Quero que a ciência evolua para que, quando eu precisar usar maconha por motivos de saúde, não precise viver os efeitos psicoativos que eu curtia aos 20 anos." Leia mais: Com apoio de 20 mil, Senado vai discutir liberação da maconha Liberação da maconha no Uruguai reacende debate sobre drogas Colorado é 1º Estado dos EUA a vender maconha para uso recreativo Usuário recreativo na época em que ainda cursava publicidade na Universidade Federal do Espírito Santo, Kiepper é um capixaba de 33 anos com fala articulada e voz grave que passam a seu interlocutor a impressão de estar lidando com um homem de perfil puramente técnico, sem muito espaço para espontaneidades. A impressão, no entanto, é desfeita logo no primeiro contato pessoal. André traz no rosto uma barba algo esparsa, óculos com aros superiores metálicos e roupas casuais: trata-se de um jovem adulto como muitos outros do Leblon, onde divide um simpático, mas sintético, apartamento com o irmão mais velho. Para analistas, legalização de maconha em Estados dos EUA e no Uruguai retrata mudança de atitude. Foto: Reuters 1/6 Kiepper conta que passou a se dedicar com afinco às linhas legais que encerram a maconha a partir de uma prosaica experiência. Radicado no Rio há dez anos, chegou na cidade munido apenas do diploma e da vontade de crescer como profissional no que julgava ser o balneário das possibilidades. Diante da realidade árida do mercado, decidiu estudar para concurso público. Foram pelo menos vinte processos seletivos até ser chamado para o primeiro deles, no Detran-RJ. Kiepper ocupava, em 2009, um cargo administrativo que não preenchia suas expectativas financeiras e viu em bicos internos da Operação Lei Seca, recém-implementada, uma forma de engordar o holerite. "Eram R$ 100 por noite na rua", lembra Kiepper. "Mas além do dinheiro, a Lei Seca me deu a possibilidade de ver como as pessoas respondiam a uma política de governo que controlava o uso de uma droga, sem proibí-la. Tratava-se de uma política de redução de danos nos moldes da dispensada à maconha em alguns países em que você não pode dirigir sob efeitos psicoativos", explica. O vocabulário específico e o conhecimento aprofundado foram lapidados aos poucos, graças ao binômio curiosidade e oportunidade. Em meados de 2012, Kiepper foi convocado para uma vaga para a qual havia aplicado anos antes, na Fundação Oswaldo Cruz. Ali, em uma das mais renomadas instituições de pesquisa em saúde pública do país, pôde estudar mais de perto as experiências bem-sucedidas de regulação da maconha e de outras drogas -- o marco regulatório dos estados americanos para o uso medicinal da maconha é seu tema de mestrado na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), da mesma Fiocruz. Kiepper enxerga no proibicionismo falta de informação, acredita que os usuários têm de ser ouvidos para uma política eficiente e defende, como muitos companheiros de ideologia, que trata-se de um assunto de saúde pública. "Isso muda completamente o paradigma da discussão", avalia. Sua colaboração para a entrada do Brasil na rota histórica de legalização da maconha vem de antes da noite em que digitou a proposta no portal do governo. Como estudioso, traduziu o projeto de lei do Uruguai, a lei do Colorado para uso recreativo e a de Nova York para uso medicinal -- suas versões foram tanto distribuídas entre sites de cultura canábica, como Hempadão e SmokeBuddies, como protocoladas junto à Anvisa para que servissem de base para eventuais portarias ou decretos sobre o uso medicinal, já previsto desde 2006, mesmo ano em que o portador foi despenalizado no Brasil. "É ingenuidade crer que o modelo de regulação dos Estados Unidos ou da Europa vá funcionar no Brasil sem nenhuma adaptação. Mas isso não pode ser desculpa para não testarmos saídas. É visível que a política em vigor não está funcionando." Menos de seis meses depois de ter o nome divulgado e associado à proposta, Kiepper já é tratado como autoridade no que se refere à regulação da maconha: foi consultado por Jean Wyllys (PSOL-RJ) quando o deputado carioca elaborou projeto de lei pela produção e venda de maconha no país e palestrou há duas semanas na mostra A História da Cannabis: uma planta proibida, no Matilha Cultural, em São Paulo, em cartaz até 4 de julho. O novo tratamento, com todo o prestígio que o status de especialista encerra, não deixou de ser motivo de estranhamento na casa de seus pais, em Vitória. Médico e dentista aposentados, eles se surpreenderam ao ver o nome do filho associado à Cannabis nos jornais. "Meu pai me ligou e perguntou o que era esse negócio de maconha. Mas, após a repercussão da importância no tratamento em crianças com epilepsia, me ligou de novo e disse: 'eu sabia que era remédio, pode continuar'", diverte-se Kiepper. Os 20 dias que separaram o primeiro clique de apoio à proposta e o discurso do relator Cristovam Buarque surpreenderam, mas não há celeridade que resista à burocracia de Brasília. Enquanto as melhores expectativas dão conta de que um parecer final seja emitido pelo Senado em apenas quatro anos, Kiepper parte para pesquisas de campo: o analista de gestão em saúde da Fiocruz foi aprovado em seleção para treinamento na Harm Reduction Coalition, em Nova York, onde passará duas semanas em julho. E, para a volta, promete mais traduções de propostas e projetos bem-sucedidos de regulação da maconha mundo afora. -
Planta | 21/05/2014 14:41 Cânhamo se destaca como primo sóbrio da maconha A indústria de alimentos e os consumidores começam a reconhecer a planta por sua capacidade de oferecer proteína em vez de psicoativos http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/canhamo-se-destaca-como-primo-sobrio-da-maconha 21/05/2014 14:41 Matthew Boyle, da Wikimedia Common Fibras do caule do cânhamo: a planta tem menos de 0,5% de THC Londres - Mike Fata imagina que o cânhamo possa ser o alimento perfeito – se as pessoas pudessem parar de rir dissimuladamente. Fata, de 37 anos, é um dos fundadores da Manitoba Harvest e tem trabalhado durante os últimos dez anos para que o primo sóbrio da maconha deixe de ser alvo de piadas e passe a ser um alimento básico dos supermercados. O esforço está dando frutos. A Costco Wholesale Corp., a Safeway Inc. e a Whole Foods Market Inc. agora vendem seus produtos e o cânhamo está prestes a abrir caminho, graças ao relaxamento das proibições do cultivo e ao apetite da indústria de alimentos por plantas nutritivas. Até mesmo o estigma de maconheiro está recuando lentamente à medida que o cânhamo é reconhecido por sua capacidade de oferecer proteína em vez de psicoativos. “Nossos clientes são inteligentes o suficiente para saber que não há um pingo de maconha nele se a Costco está vendendo o produto”, diz Jim Taylor, sócio fundador da Avrio Capital, empresa de capital de risco com sede em Calgary e uma das financiadoras da Manitoba Harvest. “É mais do que um modismo. Acreditamos que podemos construir uma marca aqui”. O cânhamo não é uma droga. É uma variedade da planta de cânabis com menos de 0,5 por cento do composto alucinógeno tetraidrocanabinol (THC). Neste ano, o governo dos EUA finalmente reconheceu a diferença entre o cânhamo e seu primo mais infame, embora uma proibição federal do cultivo comercial continue vigente. Salada salpicada O cânhamo faz parte da história dos EUA. George Washington cultivava-o e as primeiras bandeiras do país foram feitas com ele. É de digestão fácil e tem mais proteínas do que a chia ou a linhaça. É também um alimento versátil: corações de cânhamo – o macio miolo interno da semente, com sabor a nozes – podem ser salpicados em cereais, iogurtes ou saladas, ou processados para se tornarem pó, farinha ou óleo, que servem para fazer coisas como pão e cerveja. O cânhamo é mais caro do que o grão-de-bico, mas fornece uma proteína mais completa, com todos os nove aminoácidos que o corpo humano não pode produzir. O ressurgimento do cânhamo aparece em meio a uma mudança mais ampla no clima, nas safras e nas preferências dos consumidores. Outras plantas ricas em proteínas – como a ervilha e a quinoa – estão passando por booms nas vendas, o aquecimento global está afetando o mapa de cultivos da Argentina ao Canadá e as preocupações com o meio ambiente atiçam a demanda por produtos locais. Em meio a este cenário, a oposição ao cânhamo está diminuindo. Catorze estados americanos removeram barreiras para seu cultivo, e o projeto de lei de cultivo aprovado pelo Congresso em fevereiro permitirá o cultivo de cânhamo para pesquisa nesses estados. As restrições têm sido relaxadas e até a maconha tem ganhado aceitação. Além disso, tanto democratas quanto republicanos apoiam o impulso econômico que o cânhamo poderia fornecer a indústrias como a têxtil e a construção de moradias. Vendas triplicadas As vendas triplicaram para mais de US$ 50 milhões nos últimos 24 meses. Os preços oscilam entre US$ 1,50 por um sachê de 25,5 gramas e US$ 75 por uma bolsa de 2,25 kg de corações orgânicos certificados. Em uma reunião recente da indústria na Califórnia, Fata apresentou sua última criação: “Snaxs” de coração de cânhamo feitos de xarope de arroz integral e açúcar mascavo orgânico. Ele calcula que as vendas possam atingir US$ 500 milhões durante a próxima década. Contudo, é difícil se livrar do estigma. No ano passado, a Força Aérea Americana ordenou que seus pilotos mantenham distância de uma variedade do iogurte grego da Chobani Inc. que vinha com um pacotinho de sementes de cânhamo para colocar no pote. A Força Aérea disse que o produto poderia conter THC suficiente para ser detectado por seu programa de teste de drogas. Desde então, a Chobani substituiu o cânhamo por outras sementes, conforme um porta-voz. O fato de algumas empresas de cânhamo celebrarem estereótipos de maconheiros também não ajuda: até há uma marca de gim e vodca de cânhamo chamada “Mary Jane’s”. Para que o cânhamo se torne um mercado de bilhões de dólares, como predizem seus financiadores, mais empresas grandes têm que se somar à iniciativa. O persistente estigma, diz Fata, não deveria impedir que os grandes fabricantes percebam seu potencial. “Eles perderam o boom do iogurte grego”, diz Fata. “Eles não querem perder isto”.
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10 Jun- 14 Exposições ‘‘Calar a Boca Nunca Mais“ e ‘‘A História da Cannabis: Uma planta Proibida‘‘ seguem em cartaz na Matilha Cultural Leandro Matulja NOTÍCIAS - Demais http://www.segs.com.br/demais-noticias/161869--exposicoes-calar-a-boca-nunca-mais-e-a-historia-da-cannabis-uma-planta-proibida-seguem-em-cartaz-na-matilha-cultural.html As mostras possuem temas importantes e atuais como as manifestações que acontecem desde junho de 2013 e a história, cultura, medicina e economia milenares da maconha As exposições “Calar a Boca Nunca Mais” e “A História da Cannabis: Uma planta Proibida” estão em cartaz na Matilha cultural, centro de cultura independente que existe e atua há cinco anos no Centro de São Paulo, até o dia 04 de julho. Inspirada na onda de levantes populares que tomaram as ruas de todo o Brasil desde junho de 2013, a 2ª edição da exposição “CALAR A BOCA NUNCA MAIS’’ reúne imagens, relatos, cartazes, memes e vídeos, além de promover sessões de filmes e grupos de estudo sobre o momento social que é tão atual. Pessoas de todo o país enviaram suas ideias sobre todas as manifestações mapeadas e documentadas no Brasil até hoje, dessa forma foi criado um panorama de diferentes visões, táticas e ideias. “O principal objetivo da exposição é refletir a vontade política que emana das ruas, em uma sociedade cada vez mais disposta a interferir ativamente nos rumos e processos de construção da vida coletiva. Com o projeto, a Matilha espera contribuir para consolidar as mobilizações horizontais da sociedade como agentes de pressão política”, explica Nina Liesenberg, da Matilha cultural. O programa deste ano traz trabalhos de artistas como Alexandre Keto, Luis Schiavon, Neto Venancio, Ariel From e Julieta Benoit e também reúne mais de 200 fotos. De uma parceria única entre a Matilha cultural e o Hash Marihuana & Hemp Museum (de Amsterdã, Holanda/ Barcelona, Espanha), chega, pela primeira vez à América Latina, a mostra multimídia “A História da Cannabis: Uma Planta Proibida”. O projeto envolve exposição artística e documental sobre a planta Cannabis Sativa L. – também conhecida como maconha - e seus diversos usos tradicionais e contemporâneos. Uma seleção de ilustrações, fotos e objetos da coleção do Hash Marihuana & Hemp Museum narra a história da planta ao longo do desenvolvimento social e cultural da humanidade, bem como os últimos 100 anos de proibição. Esta é a primeira vez que o Hash Marihuana & Hemp Museum cede parte de seu acervo para um evento fora da Europa. A exposição em São Paulo é composta por itens históricos e modernos: embalagens antigas e receitas de remédios a base de cannabis do século 19, instrumentos tradicionais para processar a fibra de cânhamo, livros raros dos anos 50, cordas de cânhamo, têxteis antigos e novos e bioplástico de alta tecnologia produzido com fibra de cânhamo. Nenhum objeto contém THC, princípio ativo encontrado em flores e plantas de maconha e toda a importação foi feita de acordo com as exigências da Receita Federal. “Nós acreditamos que este projeto pode educar as pessoas sobre a história da planta maconha e seus diversos usos tradicionais e contemporâneos, que são vastos e desconhecidos da sociedade brasileira. Assim, contribuiremos diretamente para quebrar tabus e normalizar a discussão sobre as drogas, a fim de definir políticas que, de fato, garantam a saúde pública, a segurança cidadã e a qualidade de vida das pessoas. Não se trata de promover o uso, mas sim, discutir as atuais políticas relacionadas à maconha, que geram mais danos sociais do que o próprio consumo da droga”, afirma Rebeca Lerer, produtora executiva da mostra e conselheira da Matilha cultural. “Calar a Boca Nunca Mais II” @ Matilha cultural Período expositivo: até 04 de julho de 2014 De terça à domingo das 14h às 22h Entrada grátis A História da Cannabis: Uma Planta Proibida @ Matilha cultural Período expositivo: de 14 de maio até 04 de julho de 2014 De terça à domingo das 14h às 22h Entrada gratuita e restrita para maiores de 18 anos. Documento de identidade obrigatório. MATILHA cuLTURAL Rua Rego Freitas, 542 – São Paulo Tel.: (11) 3256-2636 Horários de funcionamento: terça-feira a domingo, da 12h às 20h/ sábado: 14h às 20h Wi-fi grátis Cartões: VISA (débito/ crédito) Entrada livre e gratuita, inclusive para cães www.matilhacultural.com.br
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Médico Desafia Lei E Dá Derivado De Maconha A Pacientes
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Médico desafia lei e dá derivado de maconha a pacientes Agência Estado Publicação: 09/06/2014 20:07Atualização: http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2014/06/09/interna_nacional,537699/medico-desafia-lei-e-da-derivado-de-maconha-a-pacientes.shtml São Paulo, 09 - O consultório com pacientes aboletados na antessala e uma secretária a conferir cartões de planos de saúde são cenas cotidianas na vida de William (nome fictício), um médico que há três anos protagoniza uma história clandestina de desafio à lei para trazer alívio a pessoas que, por causa de fortes dores, mal dormem ou trabalham. Enquanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não decide o destino do canabidiol, componente da maconha que integra a lista de substâncias proscritas do País, William prepara artesanalmente uma solução feita com o produto e a distribui gratuitamente para pacientes que não conseguem bons resultados com tratamentos tradicionais, sejam cirurgias ou medicamentos. "Não foi fácil chegar a essa decisão”, conta. "No início, achava que a proposta de terapia com o canabidiol era apenas uma estratégia dos interessados em liberar a maconha: seria apenas o primeiro passo", completa. Após analisar os estudos e diante do sofrimento de pacientes, narra, mudou de ideia. O Estado localizou o médico por meio de familiares de pessoas que sofrem de dores crônicas e o entrevistou por três horas em seu consultório, em um prédio comercial, no centro de uma grande capital. Por temer sanções da Justiça, o médico pediu que não fosse identificado. O canabidiol não tem efeito psicoativo e é apontado em estudos como alternativa também para tratamentos neurológicos, comportamentais, epilepsia grave e sintomas causados pela quimioterapia. Há espécies de plantas com menos de 1% de THC (a substância com efeitos psicotrópicos) e altos teores de canabidiol. O médico escolheu uma espécie com essas características, a Harle Tsu, para usar. No retorno de uma viagem ao exterior feita para estudar o canabidiol, ele trouxe sementes e as plantou em casa. Hoje, William extrai a substância ativa da planta, processa e, em uma terceira etapa, acrescenta glicerina. A primeira pessoa a usar a solução de canabidiol preparada foi a sogra. "As fortes dores, provocadas por fibromialgia, foram controladas", relata. Desde então, 40 pacientes já se trataram com canabidiol. Desse grupo, 20 mantiveram a prática. "Por diversas razões, como insegurança ou intolerância, as outras pessoas abandonaram." O médico oferece o medicamento a poucos pacientes. "Apenas para quem não responde a outras terapias e com quem tenho uma relação de confiança", diz. Com o tempo, o cultivo da planta foi passado para amigos. "É preciso dedicação, tempo. Não conseguia conciliar." William nota que a solução causa efeitos colaterais, como dores de cabeça, náuseas ou diarreia, em algumas pessoas. Para tentar reduzir o problema, passou a dar a alguns pacientes o canabidiol para vaporização. A troca beneficiou Antonio, de 57 anos, licenciado por causa de uma doença degenerativa que atinge ossos e articulações. Por seis meses, ele usou a solução combinada com um derivado de morfina, que, sozinho, não aliviava as dores. "Ficava agitado, com dor de cabeça e dificuldade para dormir." Agora, faz vaporizações. "O alívio é imediato. É um sucesso e tanto." Receita. William não vende o produto. "Não sei quanto investi na empreitada, com viagens e pesquisas, mas não quero ganhar dinheiro dessa forma." Admite que se arrisca - pode ter problemas legais -, mas pensa no futuro. "Penso em novas estratégias terapêuticas." A Anvisa analisa a mudança de classificação do produto. Seu uso e comercialização poderiam ser feitos sob controle. A discussão começou após familiares de crianças com epilepsia grave reivindicarem o direito de importar o produto. Nos EUA, o canabidiol é vendido como suplemento alimentar. O relator do processo, Renato Porto, é contra a mudança. Diz que não há canabidiol puro - todos teriam algum traço de THC.- 1 reply
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Francês é preso com maconha no Rio e oferece propina LUCIANA NUNES LEAL - Agência Estado 15 Junho 2014 | 15h 38 http://www.estadao.com.br/noticias/geral,frances-e-preso-com-maconha-no-rio-e-oferece-propina,1512488 O policial federal da França William Meynard foi preso na noite de sábado, 14, com 30 gramas de maconha, no centro. Segundo a Polícia Militar, depois do flagrante, o homem de 27 anos ofereceu propina aos policiais do 5º Batalhão (Centro) para não ser levado à delegacia. O caso foi registrado na 5ª DP (Mem de Sá) e o policial francês, que também é nadador e participa de competições internacionais, foi autuado por posse de droga e corrupção ativa. Meynard foi ouvido pelos policiais brasileiros com ajuda de um intérprete.
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Cientistas Descobrem Que, Diferentemente Do Esperado, Maconha Prejudica Sono E Aumenta Cansaço
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Cientistas descobrem que, diferentemente do esperado, maconha prejudica sono e aumenta cansaço Autor não descarta o fato de que pessoas predispostas naturalmente à insônia procurem, na maconha, uma automedicação, o que explicaria a associação entre o hábito de fumar e a falta de sono http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/06/13/noticia_saudeplena,149025/cientistas-descobrem-que-diferentemente-do-esperado-maconha-prejudic.shtml Paloma Oliveto - Correio Brasilienze Publicação:13/06/2014 07:51Atualização:13/06/2014 08:02 Saiba mais...Anvisa adia decisão sobre substância derivada da maconha Justiça autoriza importação de remédio derivado de maconha Pesquisadores brasileiros se dedicam a estudos sobre efeitos terapêuticos da maconha Liberação da maconha divide médicos-psiquiatras Entre usuários, a maconha leva a fama de substância relaxante. Mas a cânabis está muito longe de merecer essa reputação. De acordo com pesquisa apresentada no congresso anual das Sociedades Profissionais do Estudo do Sono dos EUA, a erva, na realidade, causa insônia. Além disso, os cientistas descobriram que, quanto mais cedo se acende um cigarro, maiores os danos. Comparado aos que nunca experimentaram a droga, aqueles que começaram a fumar antes dos 15 anos apresentam duas vezes mais dificuldade severa para dormir quando chegam à idade adulta. Além disso, reportam duas vezes mais cansaço mesmo depois de uma noite de repouso e também sofrem em dobro com a impressão, ao longo do dia, de não estar completamente despertos. A pesquisa, publicada na edição on-line da revista Sleep, analisou dados de 3.255 adultos, com idade entre 20 e 59 anos, que responderam a um questionário sobre consumo de maconha. Desses, 1.811 afirmaram que usavam ou já tinham usado a substância com frequência – média de três vezes por mês. Qualquer histórico de utilização da droga foi associado a um aumento de uma vez e meia no risco de sofrer insônia, mas sintomas como dificuldade para dormir ou manter o sono e o cansaço ao longo do dia foram duas vezes maiores quando o uso da droga teve início na adolescência. A falta de sono não é o único efeito colateral a longo prazo da cânabis. De acordo com estudo publicado na revista Human Reproduction, homens jovens que usam a droga podem colocar a fertilidade em risco “A maconha é extremamente comum nos Estados Unidos. Cerca de metade da população adulta já a usou em algum ponto da vida. Agora, é até mesmo legal em alguns lugares. Geralmente, as pessoas a descrevem como uma substância relaxante. Então, pensei que seria interessante ver se o uso frequente da droga estaria associado à qualidade do sono”, conta Jilesh Chheda, pesquisador da Universidade da Pensilvânia e principal autor do estudo. No início do ano, os estados americanos do Colorado e Washington legalizaram o consumo recreativo da maconha. O governo do Uruguai também liberou o uso da droga recentemente. Causa indefinida Chheda diz que, em princípio, achou que encontraria um resultado diferente na pesquisa. “No começo, pensei que a maconha estaria associada a uma melhoria na qualidade do sono porque é como ela é retratada por diferentes meios. Geralmente, pensamos que, de alguma forma, ela deixa as pessoas mais relaxadas e, por isso, sonolentas. Mas não foi o que constatei”, destaca. Segundo o médico do Departamento de Psiquiatria da Universidade da Pensilvânia, o que mais surpreendeu foi a associação com a idade em que o hábito foi iniciado. Os efeitos negativos da maconha sobre o sono perduram mesmo entre adultos, que, embora usuários frequentes na adolescência, já não fumavam há muito tempo. “Ainda não sabemos dizer a causa disso”, reconhece Chheda. “O estudo procurou uma relação entre o consumo da maconha e a qualidade do sono, mas ele não é capaz de fornecer respostas sobre a casualidade, isso deverá ser investigado em pesquisas futuras”, diz. Ele diz que a droga pode provocar os distúrbios do sono, mas não descarta o fato de que pessoas predispostas naturalmente a contar carneirinhos procurem, na maconha, uma automedicação para seu problema, o que explicaria a associação entre o hábito de fumar e a falta de sono. O pesquisador Mathias Berger, psiquiatra do Centro Médico da Universidade de Freiburg, na Alemanha, observa que é preciso fazer mais estudos sobre a associação entre insônia e maconha para tentar descobrir como as mais de 60 substâncias que compõem a droga podem atuar sobre o sono. “Não há pesquisas recentes suficientes sobre os efeitos da cânabis sobre o sono. Apenas o relato de sintomas por parte dos usuários não basta porque é um método subjetivo”, diz. Berger, que estuda a qualidade do sono em dependentes que tentam largar a droga, diz, contudo, que o resultado de polissonografias – exames feitos enquanto o paciente dorme – indicam alterações no cérebro dos consumidores de cânabis, principalmente durante a fase REM, quando ocorrem os sonhos. Ele lembra que, nas décadas de 1970 e 1980, houve uma farta documentação dos efeitos da principal substância ativa da maconha, o THC, sobre a qualidade do sono, tanto durante o uso quanto na fase de abstinência da droga. A maior parte dessas pesquisas indicou que, embora algumas pessoas tivessem mais facilidade para pegar no sono após fumar, elas acordavam no meio da noite ou se sentiam exaustas no dia seguinte. “Esses estudos, porém, estão desatualizados e precisam ser refeitos. À medida que cresce o uso da maconha e alguns lugares legalizam o consumo, é preciso informar corretamente os usuários. Por enquanto, sabemos que a insônia surge na descontinuidade do uso de cannabis, mas ainda temos poucos dados confiáveis sobre a relação entre qualidade do sono e consumo da droga”, admite. O coautor do estudo liderado por Jilesh Chheda concorda com o psiquiatra alemão. Um dos maiores pesquisadores do sono dos EUA, Michael Grandner, do Centro de Neurobiologia Circadiana da Universidade da Pensilvânia, acredita que os consumidores precisam entender os efeitos da maconha. “Como cada vez mais as pessoas têm acesso à cânabis, é importante entender as implicações de seu uso para a saúde pública. Seu impacto real sobre o sono é pouco compreendido”, defende. Em análise no Brasil O consumo da maconha poderá ser legalizado no país: em 2 de junho foi realizada a primeira série de debates sobre o tema, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado. No Brasil, cerca de 1,5 milhão de adolescentes e adultos são usuários frequentes da maconha, segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Oito milhões já tiveram contato com a droga, sendo que 62% a experimentaram antes dos 18 anos. Vício interfere na fertilidade A falta de sono não é o único efeito colateral a longo prazo da cânabis. De acordo com estudo publicado na revista Human Reproduction, homens jovens que usam a droga podem colocar a fertilidade em risco. No maior estudo que investigou como o estilo de vida influencia o tamanho e o formato do espermatozoide, uma equipe de pesquisadores das universidades de Sheffield e Manchester, na Inglaterra, constatou que a morfologia do esperma é prejudicada pela maconha. O estudo analisou dados de 2.249 homens que procuraram 14 clínicas de fertilização in vitro do Reino Unido. Os pesquisadores pediram que eles respondessem a questionários detalhados sobre o histórico médico e o estilo de vida. Os resultados mostraram que indivíduos com menos de 30 anos que fumaram maconha até três meses antes da coleta da amostra tinham duas vezes mais risco de produzir esperma com menos de 4% de espermatozoides normais. “Nosso conhecimento sobre fatores que influenciam o tamanho e o formato dos espermatozoides é muito limitado, mas nossos dados sugerem que usuários da cânabis deveriam parar de usar a droga se planejam formar uma família”, disse Allan Pacey, professor de andrologia da Universidade de Sheffield e principal autor do estudo. Pesquisas anteriores sugerem que apenas esperma contendo uma boa morfologia das células reprodutivas masculinas é capaz de passar pelo útero, abrindo caminho até o óvulo que será fertilizado. Estudos em laboratório também indicam que espermatozoides com morfologia prejudicada se deslocam menos porque o formato anormal os torna menos eficientes. Outros possíveis fatores de risco investigados na pesquisa inglesa não afetaram a fertilidade. “Ainda há poucas evidências de ajustes que precisam ser feitos no estilo de vida masculino para melhorar as chances de concepção”, disse Pacey. Embora agora os cientistas não tenham encontrado associação entre a morfologia do espermatozoide e os hábitos comuns, como consumo de álcool e uso de tabaco, ele esclarece que é possível que esses comportamentos influenciem outros aspectos que não foram analisados, como a qualidade do DNA contido na cabeça do espermatozoide. Segundo Nicola Cherry, professor da Universidade de Manchester, além da cânabis, foram identificados outros fatores ambientais que estão associados a deformidades no tamanho e no formato de espermatozoides. Estudos anteriores apontam solventes de tinta e chumbo como substâncias capazes de comprometer a morfologia das células masculinas. -
Lubrificante De Maconha Garante Orgasmos Múltiplos Por 15 Minutos
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Lubrificante de maconha garante orgasmos múltiplos por 15 minutos O fabricante do óleo de cannabis diz que ao ser aplicado na vagina, o produto proporciona um prazer intenso às mulheres notícia http://www.opovo.com.br/app/maisnoticias/curiosidades/2014/06/11/noticiascuriosidades,3265250/lubrificante-de-maconha-garante-orgasmos-multiplos-por-15-minutos.shtml 11-06-14 Divulgação O Dia dos Namorados é nesta quinta-feira, 12, e as novidades no mundo erótico ficam ainda mais interessantes no período. Segundo o site Pagenotfound, a novidade mais cobiçada do momento é o lubrificante à base de maconha que promete “orgasmos múltiplos durante um período de 15 minutos” ou um desejo insaciável por comida, apenas para mulheres. O fabricante do óleo de cannabis, Foria, diz que ao ser aplicado na vagina, o produto proporciona um prazer intenso às mulheres. Foria ainda contém THC e outros canabinóides, misturados com óleo de coco, para uma textura "viscosa e escorregadia". De acordo com o site Nerve, o lubrificante é bem eficaz: "O produto funciona especificamente para as mulheres porque elas possuem uma membrana muito sensível e absorvente em toda a estrutura vaginal, da vulva, aos lábios e clitóris interior e exterior”. O único problema é que o produto só está disponível para casais residentes na Califórnia (EUA) e que tenham uma carta de recomendação de um médico, segundo o Huffington Post. Uma pequena garrafa do óleo custa 'apenas' R$ 196. O site ainda alerta que, mesmo prometendo várias "maravilhas", as reações à ingestão da maconha variam muito, e não foram feitos quaisquer estudos sobre a utilização de derivados da maconha em órgãos genitais. Redação O POVO Online -
Menino Que Esperava Por Liberação Do Canabidiol Morre Em Brasília
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02/06/2014 07h07- Atualizado em 02/06/2014 07h07 Morre bebê que esperava liberação de remédio derivado da maconha Garoto de Brasília tinha síndrome grave que provoca convulsões. Após pedido de vista, Anvisa suspendeu reunião que discutiria o tema. Do G1 DF http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2014/06/morre-bebe-que-esperava-liberacao-de-remedio-derivado-da-maconha.html Morreu em Brasília neste domingo (1º) o menino Gustavo Guedes, de 1 ano e 4 meses, vítima de complicações de uma síndrome grave que ataca o sistema nervoso e causa convulsões. O garoto aguardava a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária sobre a liberação do uso do canabidiol, substância química derivada da maconha. O quadro dele era semelhante ao da menina Anny Fischer, cujo caso ganhou repercussão após ser mostrado no Fantástico em março. Em abril, os pais dela obtiveram, na Justiça, autorização para importar o medicamento. A mãe de Gustavo chegou a conseguir diretamente na Anvisa a autorização para importar o remédio, que demorou a ser liberado pelas autoridades brasileiras. Ele usava a medicação havia menos de dez dias, mas, segundo amigos da família, não teve tempo de se beneficiar dos efeitos do canabidiol. Pai de Anny e defensor da liberação do medicamento, Norberto Fischer lamentou a morte do garoto em uma rede social. “Perdemos mais um guerreiro na luta contra a epilepsia refratária”, escreveu. Em post em rede social, Norberto Fischer lamenta a morte de garoto que esperava liberação do uso do canabidiol (Foto: Facebook/Reprodução) A Anvisa chegou a marcar para a última quinta-feira uma reunião para discutir a alteração do processo de importação de medicamentos que levam a substância química, mas o encontro foi adiada após um conselheiro pedir vista. A expectativa é de que a discussão seja retomada até agosto. Alto custo Elisaldo Carlini, um dos maiores especialistas do Brasil sobre maconha medicinal, considera a possível decisão da Anvisa como um progresso, mas afirma que a barreira financeira será um problema. “Vai ficar caro [para as famílias], mas se o governo brasileiro tiver vontade e a população também quiser, cria-se uma política pública”, explica. Katiele Fischer e Norberto Fischer com Anny (Foto: Eduardo Carvalho/G1) Katiele Fischer e Norberto Fischer são pais de Anny, de 6 anos, portadora da rara síndrome CDKL5, doença genética que provoca deficiência neurológica grave e grande quantidade de convulsões. O caso dela foi mostrado pelo Fantástico em março deste ano. Em abril, o casal obteve, na Justiça, autorização para importar o canabidiol. Com a decisão, eles trouxeram para o Brasil uma bisnaga de dez gramas do medicamento, suficiente para três meses de tratamento, ao custo de US$ 500. Eles tiveram que desembolsar cerca de US$ 100 de taxa de importação e houve ainda cobrança de outros tributos. Segundo Norberto, a droga praticamente zerou as convulsões em nove semanas (Anny tinha cerca de 60 crises semanais) e deve ajudar a melhorar a qualidade de vida da menina. Katiele afirma que a mudança do protocolo por parte da Anvisa poderá beneficiar outras famílias, que sofrem com a burocracia da importação. CFM afirma que médico tem autonomia para prescrever Sobre a liberação de medicamentos feitos com substâncias encontradas na maconha, o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirma que desenvolve atualmente discussões para provável e posterior envio da matéria à análise de Comissão específica ao reconhecimento de novas terapêuticas e procedimentos científicos. "Dependendo dos resultados do estudo e com base na lei 12.842/13 (Lei do Ato Médico), o CFM poderá editar norma para o reconhecimento científico do uso desse procedimento", informou o órgão por meio de nota. O CFM afirma ainda que "o profissional médico tem a autonomia para prescrever ou não qualquer medicamento, sempre respeitando a autonomia do paciente e informando-o sobre o diagnóstico, prognóstico, riscos e objetivos de cada tratamento".