-
Total de itens
1358 -
Registro em
-
Última visita
Tipo de Conteúdo
Perfis
Fóruns
Galeria
Tudo que Picax postou
-
Itacoatiara é lindo! Parabéns pela campanha!
-
Encontro Nacional De Estudantes Antimanicomiais
um tópico no fórum postou Picax Eventos e Competições
A Reforma Psiquiátrica, em curso no país, é fruto da construção de um amplo processo democrático, de mudança no cenário político-social brasileiro, que contou com a participação dos diferentes segmentos sociais, de usuários, trabalhadores e gestores comprometidos com a transformação do modelo de atenção em Saúde Mental, para consolidação de um Sistema Único de Saúde integral, de caráter universal. O I Encontro Nacional de Estudantes Antimanicomiais será um importante evento para os estudantes do Brasil, bem como para usuários dos serviços e para o fortalecimento da nossa rede. Esse evento é uma grande oportunidade para fomentar a troca de experiências e idéias, fortalecendo o trabalho com a saúde mental dos futuros profissionais de saúde do Brasil. A sua realização no Rio Grande do Sul o contextualiza em uma região do país que foi pioneira na reforma psiquiátrica, mas que hoje em dia está com sua rede de saúde mental bem aquém do que seria desejável. No atual cenário da Reforma Psiquiátrica, que aponta a existência de novos desafios para a melhoria do cuidado em saúde mental no território, com a construção de alternativas conjuntas que produzam os avanços necessários no campo da atenção integral em Saúde mental, viu-se a necessidade de discutirmos a formação em Saúde Mental que estamos recebendo. O movimento estudantil não pode ficar à parte destas discussões, é preciso reforçar a sensibilização e multiplicação do protagonismo estudantil na luta antimanicomial. Há muitos desafios a vencer. Como construir coletivamente, quando somos herdeiros de um individualismo? Como falar em multiplicidade, quando se somam os esforços pela homogeneização? Como falar de loucura, quando a palavra de ordem é a racionalidade? Nesse contexto, somos convidados a nos aventurar e a sustentar uma proposta inventiva e singularizante de formação e de cuidado em Saúde Mental numa perspectiva Antimanicomial. O ENEAMA é um chamado à organização dos estudantes a tomar conhecimento das diferentes realidades e construir uma proposta coletiva de atuação em prol de um mundo antimanicomial! Contamos com seu apoio para divulgação desta proposta! Saudações Antimanicomiais! Comissão Organizadora mais info em: Blog ENEAMA -
Nao é questao de delirar dogo. Existem perspectivas diferentes para a cannabis. Alguns entendem como planta, outros como psicoativo, outros como "meio para chegar a Deus". Enfim, uma gama imensa de usos. A politica publica sobre cannabis nao pode excluir. Dentre as perspectivas a que eu entendo como a mais ampla é de PSICOATIVO. Admite a composicao quimica, compreende a dinamica sociocultural e religiosa. Sem fazer juizo de valor! Sempre que possivel destaco que existem usos de cannabis que podem nao ser positivos. Começando pelo consumo de maneira inapropriada (papel de pao, seda de bar, essas coisas), indo pelos consumos em situacoes de risco (consumir cannabis e beber), e por ai vai. O fode nessa linha do Laranjeiras é que ele nao admite em hipotese alguma que existem usos variados. Para ele o uso em si é problematico. E entendo que ele age de má fé, propositalmente, ao nao usao o novo nome da SENAD. Ele ainda usa "ANTIDROGAS", apesar do titulo da secretaria ter mudado a 2 anos, para "SOBRE DROGAS".
-
apesar da noticia ja ter sido postada, fica a prova de como a Campanha pela Vida faz jornalismo. ela pegou um texto publicado no jornal, despedaçou inteiro e fez uma materia. grande reciclagem! mais um ponto para a fantastica Izilda Alves!
-
Drogas e delinquência juvenil: qual é a relação? Andrea Domínguez 21/07/2010 - 03:00 Drogas e delinquência juvenil são questões que costumam ser jogadas no mesmo saco, sem que se saiba com clareza qual é a relação entre elas. Para estabelecer os padrões de uso de drogas entre crianças e adolescentes em conflito com a lei e entender as causas e consequências do fenômeno, um grupo de integrantes do Programa de Assistência e Pesquisa sobre Dependência da Secretaria Nacional da Infância, Adolescência e Família da Argentina, realizaram o "Estudo sobre perfis sociais e padrões de consumo de substâncias psicoativas em adolescentes residentes em dispositivos de regime fechado". De acordo com a psicóloga Fabiana Cantero e o sociólogo Fernando Veneziale (foto), autores do estudo, não se verificou uma relação linear entre o consumo de substâncias psicoativas e os atos de transgressão da lei. Isto não significa que não foram detectados casos em que foram cometidos delitos sob o efeito de substâncias psicoativas, mas que não se pode afirmar, segundo os autores, que haja uma relação direta entre o uso de drogas com o momento que antecede os delitos. Os pesquisadores destacaram outros aspectos como determinantes mais significativos do comportamento delitivo, como um profundo quadro de exclusão e a falta de oportunidades no ambiente onde esses jovens crescem e vivem. Baixa escolaridade, desemprego – o mercado, quando existe, é precário e informal -, reincidências no sistema correcional e experiências infantis e juvenis marcadas pela vida nas ruas, pela pobreza e pela violência, preparam o terreno para que germinem comportamentos delitivos, como roubos e furtos, ou atitudes transgressoras, como o uso de substâncias psicoativas legais e ilegais. O estudo descobriu, entre outras coisas, que o uso abusivo de drogas entre os adolescentes se intensifica a partir dos 16 anos, mas que a idade média de início de uso de drogas está entre 12 e 13 anos. Além disso, avalia a entrada em cena da pasta-base de coca, que vem aumentando durante os últimos dez anos. A primera parte do estudo estabelece as condições de vida e os problemas dos jovens do grupo avaliado. A segunda parte oferece uma análise da informação com o objetivo de estabelecer variáveis sociodemográficas que possam servir para o desenho de políticas públicas preventivas. O estudo foi realizado por meio da aplicação de um questionário a 218 adolescentes reclusos em instituições de regime fechado da Secretaria da Infância, Adolescência e Família (como o Instituto San Martín, foto). Conforme dados da Secretaria, a média de adolescentes que permanecem internados nesse tipo de instituição é de 230 a 250, por instituição. De Buenos Aires, Fernando e Fabiana concederam esta entrevista ao Comunidade Segura. Existe a percepção de que o uso de drogas entre os jovens precipita os delitos. Mas, segundo o estudo, isto não é necessariamente verdade. Quais são as circunstâncias que afetam os jovens do grupo estudado? De acordo com os dados recolhidos, não se constata uma associação direta entre consumo de drogas e delito, entendendo esse consumo como o agente precipitante que empurra o adolescente para o crime. O que se observa é que, em muitos casos, o uso de drogas seja uma característica que acompanhe o quadro de profunda exclusão. É certo que a situação de vulnerabilidade por si só não é a causa da delinquência, mas temos que considerar o impacto que este processo tem tanto no plano subjetivo como no plano objetivo em vidas de jovens que ainda estão em formação. Poderiam explicar? Todos os indicadores sociais revelados apontam experiências de vida profundamente marcadas pela posse material e simbólica, agravadas por contínuas entradas e saídas do sistema correcional. Neste sentido, é possível pensar que a recorrência às atividades criminosas tenha a ver com o que o sociólogo R. Merton afirmava como conduta anômica, ou seja, esses jovens vivem em uma situação onde a brecha entre as metas culturalmente aceitas para ascender socialmente e os meios legítimos disponíveis se apresenta fechada, ou, pelo menos, é vista como tal, porque a realidade cotidiana confirma isso. Assim, o roubo e o furto (delitos de maior prevalência) se configuram como uma opção válida que tende a tornar difuso o limite entre o legal e o ilegal. Existem drogas mais associadas aos delitos do que outras? Nos casos em que se pode fazer uma relação entre os delitos cometidos sob o efeito de determinadas drogas, observamos que a pasta-base e os psicofármacos são as substâncias mais utilizadas. Por seu efeito de curta duração, o consumo da pasta-base demanda reposição contínua da substância, e em consequência, dos recursos financeiros para sua obtenção. No caso dos psicofármacos (principalmente as benzodiazepinas), o consumo indiscriminado ou combinado leva os jovens a realizar transgressões mas eles não têm consciência de seus atos. Esta diminução da autopercepção explica, em parte, um menor nível de inibição como fator que precipita o delito. O estudo menciona uma maior inclinação ao consumo abusivo de drogas a partir dos 16 anos. Como explicar esta tendência? Na verdade, se considerarmos a idade dos jovens privados de liberdade que foram entrevistados durante a pesquisa, a média é de 16 anos. Por causa dos perfis sociais produzidos pelas condições de vida descritas no estudo, supomos que esta precocidade não é por acaso, mas é um marco desta faixa populacional. Um jovem de 16 anos já tem um amplo passado de experiências vitais limites e em contínua exposição ao risco. Os dispositivos penais não os retiram do crime, apenas os capturam por curtos períodos em um ciclo constante de ingressos e saídas do sistema correcional que não fazem mais do que aumentar sua vulnerabilidade. A pesquisa afirma também que os adolescentes começam a usar drogas entre 12 e 13 anos. Qual é o motivo para a diminuição da idade? Uma primeira hipótese é que um número muito grande de jovens vivem em zonas urbanas de extrema pobreza onde existe fácil acesso às drogas por causa da presença do narcotráfico e de todo um sistema de venda no varejo por parte dos próprios moradores, que adotam a atividade como meio de subsistência. Outro fator importante é que praticamente os jovens abandonam a escola e se colocam numa situação de disponibilidade de tempo improdutivo em vizinhanças hostis carentes de oportunidades e produtoras de violência. Por que houve aumento do consumo da pasta-base e qual o seu impacto nos setores sociais mais desprotegidos? A pasta base se incorporou aos padrões habituais toxicológicos da Argentina há aproximadamente dez anos, não por acaso, durante a maior crise econômica da história do país, com índices inusitados de pobreza e indigência. A grande massa de excluídos que se formou neste processo se converteu em um potencial mercado consumidor para esta droga, cujo custo é muito mais acessível do que outras substâncias, dado que é produto do descarte do refino da cocaína, mesmo que atualmente sua produção apresente componentes diferentes, mas sempre mantendo um preço baixo. Ao comparar os resultados deste estudo com os de anos anteriores, qual é a tendência com relação ao consumo de drogas entre a população estudada? Qual avaliação vocês fazem dos resultados? Os indicadores de tendências atuais, quando comparados com outros trabalhos que viemos fazendo a cada dois anos desde 2003, demonstram que o consumo de certas drogas como o álcool, a maconha, os psicofármacos e a pasta-base aumentaram e outros se mantiveram constantes, como a cocaína e os solventes. Outra variável a considerar é o modo como a droga é consumida, já que prevalece o consumo simultâneo de várias drogas. Ao longo de suas trajetórias de vida, os jovens experimentam vários tipos de substâncias. E com relação ao álcool e a maconha? O álcool e a maconha são substâncias que têm característica dupla: por um lado, são substâncias quase excludentes no início. Depois, são as que apresentam as taxas de maior consumo. Este dado é de suma importância, já que existe uma corrente de opinião pública muito arraigada nos meios de comunicação, que minimiza isto colocando foco somente no consumo da pasta-base, que não é um tema menor, mas que, ao nosso ver, se deveria mais a um imaginário popular baseado nos prejuízos estigmatizantes dos setores desfavorecidos. Se o uso de drogas é uma realidade entre jovens de qualquer setor da sociedade, como o Estado e a sociedade em geral devem lidar com isso? Pode parecer óbvio, mas concluímos a partir da experiência que acumulamos ao longo dos anos, que a modificação das condições de exclusão é o que permitiria pelo menos atenuar a expansão deste fenômeno social. Medidas básicas como incluir aqueles que estão fora do sistema educativo seria um bom começo. Com relação aos que já estão dentro do sistema correcional privados da sua liberdade, é preciso evitar a reincidência com políticas ativas de emprego e inserção dirigida para estes jovens. Vemos que muitos deles, ao voltar para o mesmo meio onde desenvolveram suas atividades criminosas e de consumo de drogas, caem novamente na mesma rotina. Por isso, a política pública deve incluir o acesso a uma moradia que lhes permita relacionar-se com outras redes sociais de contenção, algo que nos "bairros difíceis" é mais complexo. Se os jovens voltam ao seio familiar, é necessário forncecer a este grupo recursos tangíveis.
-
É triste ver doutores como o Prof. Ronaldo Laranjeiras errar tanto quando fala em política sobre drogas. A mais de 2 anos a antiga "Secretaria Nacional Antidrogas" mudou de nome. Sob o novo nome a "Secretaria Nacional sobre Drogas" incorporou debates latentes como a da cannabis medicinal e do uso religioso e ritualistico da Ayahuasca. Em outro trecho de seu artigo, o Prof. Laranjeiras diz que a revisão científica "Cannabis Policy", Oxford University, 2010, "produz dependência, bronquite crônica, insuficiência respiratória, aumento do risco de doenças cardiovasculares, câncer no sistema respiratório, diminuição da memória, ansiedade e depressão, episódios psicóticos e, por fim, um comprometimento do rendimento acadêmico ou profissional.". Omite o Prof. Laranjeiras que o mesmo relatório aponta para os benefícios das recentes descobertas de utlizações medicinais da cannabis, e que a conclusão do relatório também aponta para a necessidade de mudanças na política proibicionista com relação a cannabis. O relatório demonstra cientificamente que existem problemas de saúde relacionados com o consumo de cannabis. Mas que a proibição de sua utilização médica, proibição de plantio e consumo geraram enormes problemas de segurança pública. Problemas que são piores que os causados pelo consumo irresponsável de maconha. enviei ao Painel do Leitor da FSP
-
Maconha, o dom de iludir RONALDO RAMOS LARANJEIRA e ANA CECILIA PETTA ROSELLI MARQUES -------------------------------------------------------------------------------- Que nem pesquisadores nem a população se iludam de que exista indicação terapêutica para utilizar maconha que já seja aprovada pela ciência -------------------------------------------------------------------------------- Semanas atrás, a Folha noticiou a proposta de criar-se uma agência especial para pesquisar os supostos efeitos medicinais da maconha, patrocinada pela Secretaria Nacional Antidrogas do governo federal. Esse debate nos dias atuais, tal qual ocorreu com o tabaco na década de 60, ilude sobretudo os adolescentes e aqueles que não seguem as evidências científicas sobre danos causados pela maconha no indivíduo e na sociedade. Na revisão científica feita por Robim Room e colaboradores ("Cannabis Policy", Oxford University, 2010), fica claro que a maconha produz dependência, bronquite crônica, insuficiência respiratória, aumento do risco de doenças cardiovasculares, câncer no sistema respiratório, diminuição da memória, ansiedade e depressão, episódios psicóticos e, por fim, um comprometimento do rendimento acadêmico ou profissional. Apesar disso, o senso comum é o de que a maconha é "droga leve, natural, que não faz mal". Pesquisas de opinião no Brasil mostram que a maioria não quer legalizar a droga, mas grupos defensores da legalização fazem do eventual e ainda sem comprovação uso terapêutico de alguns dos componentes da maconha prova de que ela é uma droga segura e abusam de um discurso popular, mas ambivalente e perigoso. O interesse recente da ciência sobre o uso da maconha para fins terapêuticos deveu-se à descoberta de que no cérebro há um sistema biológico chamado endocanabinoide, onde parte das substâncias presentes na maconha atua. Um dos medicamentos fruto dessa linha de pesquisa, o Rimonabant, já foi retirado do mercado, devido aos efeitos colaterais. Até hoje há poucos estudos controlados, com amostras pequenas, e resultados que não superam o efeito das substâncias tradicionais, que não causam dependência. Estados americanos aprovaram leis descriminalizando o uso pessoal de maconha, que é distribuída sem controle de dose e qualidade. Contradição enorme, pois os médicos são os "controladores do acesso" para uma substância ainda sem comprovação científica. De outro lado, orientam os pacientes sobre os riscos do uso de tabaco. Deve-se relembrar que os estudos versam sobre possíveis efeitos terapêuticos de uma ou outra substância encontrada na maconha, não sobre a maconha fumada. Os pesquisadores brasileiros interessados no tema devem realizar mais estudos por meio das agências já existentes, principalmente diante do último relatório sobre o consumo de drogas ilícitas feito pelo Escritório para Drogas e Crime das Nações Unidas, que aponta o Brasil como o único país das Américas em que houve aumento de apreensões e consumo da maconha. E se, no futuro, surgir alguma indicação para o uso medicinal da maconha, o processo de aprovação, que ainda não atingiu os padrões de excelência, deve contextualizar esse cenário, assim como o potencial da maconha de causar dependência. Espera-se que a política nacional sobre drogas seja redirecionada em caráter de urgência, pois enfrenta-se também aqui o aumento das apreensões e consumo de cocaína e crack, que exige muitos esforços e recursos para sua solução. Que nem pesquisadores nem nossa população se iludam de que exista hoje uma indicação terapêutica para utilizar maconha aprovada pela ciência. -------------------------------------------------------------------------------- RONALDO RAMOS LARANJEIRA é professor titular de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do Instituto Nacional de Políticas sobre Álcool e Drogas (Inpad/CNPQ). ANA CECILIA PETTA ROSELLI MARQUES, doutora pela Unifesp, é pesquisadora do Inpad/CNPQ.
-
Polícia Encontra "Centro De Distribuição Para Traficantes"
topic respondeu ao Zeh Fussado de Picax em Notícias
up! juntei os topicos. faz refencia a uma noticia de 1 semana atras! -
Apreensões de cocaína crescem em Cumbica e prisões passam de 180 do G1 Apreensões de cocaína crescem em Cumbica e prisões passam de 180 Entre os presos por tráfico neste ano, apenas 16% são brasileiros. Droga já foi localizada em livros, lençóis, peças automotivas e sapatos. Objetos onde foram localizadas drogas apenas em julho em Cumbica (Foto: Divulgação/Polícia Federal)As apreensões de cocaína cresceram nos últimos anos no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, segundo dados da Polícia Federal. A corporação atribui o aumento ao “aprimoramento do trabalho”, com troca diária de informações com agentes de outros países, por exemplo. O delegado da PF em Cumbica, Gilberto Castro, também considera “uma ferramenta importantíssima” o scanner corporal instalado há alguns meses no aeroporto e ainda em fase de testes. saiba mais Mulher é presa com cocaína dentro de livros em CumbicaPolícia encontra droga escondida dentro de artesanato em CumbicaPolícia apreende droga escondida em sapatos em aeroporto de SPCão fareja droga dentro de peças de engrenagem em aeroporto de SPHomem é preso em Cumbica por suspeita de enrolar drogas em lençolEm 2007, a polícia apreendeu 633 kg de cocaína no aeroporto internacional. O número aumentou para 1 tonelada em 2008 e para 1,3 tonelada em 2009. Até julho de 2010, já foi localizada 1 tonelada do entorpecente. A estimativa é que as apreensões alcancem o patamar de 1,5 tonelada até o fim do ano. Até agora, a fiscalização já resultou na prisão de 184 pessoas por tráfico internacional de drogas. Em apenas oito dias de julho, foram cinco casos de drogas ocultas nos mais diversos objetos. Nesta terça-feira (20), a PF encontrou cerca de 3,2 kg de cocaína em embalagens artesanais com formato de coração. Antes, havia apreendido cocaína dentro de livros, lençóis, peças automotivas e sapatos. O delegado diz que as táticas usadas pelos traficantes são velhas conhecidas. “São as mesmas táticas, formas de ocultação, utilizando desde crianças até idosos. Surpresa eu não estou tendo mais, mas a gente sempre se revolta quando menores são utilizados”, afirma. O delegado diz que a PF está “otimizando os meios de investigação”. Ele cita a troca de informações com outros países como ponto importante para o aumento das apreensões. “Eu falo com policiais de três ou quatro países todos os dias”, afirma. Castro não dá detalhes de como é feito o trabalho da polícia dentro do aeroporto por questões de segurança. Mas o uso de cães farejadores, por exemplo, é um dos métodos conhecidos. “Eles sempre estão tentando ficar na nossa frente”, diz, sobre os traficantes. Um novo equipamento utilizado em Cumbica há alguns meses também auxilia nas apreensões. É um “body scanner” que mostra se o passageiro está levando drogas ou dinheiro oculto nas roupas. Ainda em fase de testes, atualmente é utilizado na área de desembarque do aeroporto. Castro diz que pessoas são selecionadas aleatoriamente para passar pelo equipamento. Das 184 pessoas presas em Cumbica neste ano, 68% eram homens e 32%, mulheres. Desse total, apenas 16% são brasileiros. Segundo o delegado, os traficantes procuram para “mulas”, como são conhecidos os contratados para transportar drogas, “pessoas bem apessoadas, com condições financeiras de realizar viagens para o exterior”. Assim, acreditam que irão chamar menos a atenção dos policiais. Castro afirma que as investigações iniciadas com as prisões no aeroporto levaram à apreensão de 1,7 milhão de euros e mais de US$ 300 mil este ano. O dinheiro estava com os presos, na casa de suspeitos ou na conta bancária de chefes de quadrilhas.
-
Brasil Deixou De Ser Principal Rota Do Tráfico, Afirma Pf
topic respondeu ao paulista verde de Picax em Notícias
"Entre janeiro e maio de 2010, a Polícia Federal apreendeu 19,7 t de drogas como cocaína, maconha, crack, merla e haxixe em todo o território nacional. A maconha é a campeã de apreensões: somente nos cinco primeiros meses do ano, foram confiscadas 14,7 t da droga. Em 2009, ela foi responsável por 84%, ou 131 t, da apreensão total do ano, que foi de 156 t." Entao pelas contas uqe podemos fazer aqui pelo GR, somente entre MAIO e JULHO bateu o recorde, teve aquela no PARANA com 21 toneladas de maconha... Quero no final do ano tentar computar tudo isso. Se calcular pelo valor de marcado somente as apreensoes (pode calcular com um valor abaixo, mas fazer uma estimativa), veremos o quando movimenta o tráfico de cannabis no BR. abs -
O remédio virou doença para as mulheres Universitárias são mais dependentes de comprimidos do que ecstasy, cocaína e crack por Fernanda Aranda, iG São Paulo Atrás do balcão das farmácias, as jovens brasileiras encontram substâncias que provocam os mesmos efeitos buscados por homens em “bocas” de tráfico. Se para o sexo masculino na faixa dos 20 e 30 anos, cocaína, crack e anabolizante são as drogas ilícitas mais utilizadas, entre as mulheres desta faixa etária as sensações entorpecentes são adquiridas com o abuso de medicamentos. Mulheres, meninas e senhoras podem ficar dependentes de calmantes e ansiolíticos A relação perigosa entre remédios e o universo feminino acaba de ser demonstrada em pesquisa feita pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), em parceria com a USP. Foram ouvidos 18 mil universitários, matriculados em instituições das 27 capitais brasileiras. O risco de dependência de tranqüilizantes e ansiolíticos para as mulheres pesquisadas (9 mil no total) superou o índice encontrado para ecstasy, cocaína, solvente e crack. No público universitário feminino, 3,2% delas já são viciadas em calmantes e antidepressivos, terceira maior taxa de uso abusivo, atrás apenas da maconha (5%) e de um outro comprimido que também prende as mulheres, as anfetaminas (3,9%). Para efeito comparativo, 14,6% das pesquisadas informaram usar tranqüilizantes e, na população em geral – conforme mostrou o último censo nacional feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) – a média de uso não chegou a 1,5%. De cara limpa No consultório da médica Mônica Zilberman, especializada em dependência química feminina e pesquisadora do laboratório de Psicofarmacologia do Instituto de Psiquiatria da USP, as meninas, as adultas e as senhoras que chegam com histórico de uso abusivo de medicamentos relatam uma enorme dificuldade em viver “de cara limpa”. “Antes esse uso abusivo de medicamentos era mais comum em mulheres mais velhas, hoje temos garotas dependentes. Elas relatam que recorrem aos medicamentos para se acalmar”, explica. “Querem ficar mais tranqüilas para ir ao primeiro encontro, para frequentar a balada, fazer provas, aguentar a pressão do dia-a-dia, o que, para elas, é difícil fazer de cara limpa", diz a especialista. Uma fisioterapeuta de São Paulo, de 33 anos, confirma mesmo que encontrou os ansiolíticos na época em que a rotina ficou tumultuada. Ela trabalhava em período integral e fazia faculdade à noite. “Para dar conta de tudo, precisei deles”, conta. Primeiro foram os remédios para dormir e “domar” a insônia. Depois passou a conciliar as pílulas para acordar, já que tinha dias em que “hibernava” por mais de 14 horas. O excesso de comprimidos a deixou “muito inchada”, acredita. E, apesar de ter 1,59 de altura e pouco mais de 51 kg, ela começou a tomar anfetaminas também para emagrecer. Apesar disso, a fisioterapeuta não se considera dependente e nunca procurou um médico. Nem para pegar as receitas dos tantos remédios que usa. A especialista Mônica Zilberman acrescenta um outro componente do uso abusivo de medicamentos pelas mulheres. Em geral, ele “flerta” com outras dependências, principalmente o uso de bebidas alcoólicas. “Existe também uma relação íntima com os quadros depressivos. Às vezes a garota está tão triste que quer tomar remédios para dormir e não acordar mais”, completa. Arthur Guerra, psiquiatra e autor do estudo com o público universitário, diz que o uso exagerado de substâncias psicoativas acontece mais aos finais de semana. "O fato de não ser todo dia dá a faalsa sensação de controle. Mas é um erro perigoso não considerar que a usuária de sábado ou domingo pode ter problemas sérios", afirma. Overdose Usar e abusar das pílulas pode mesmo ser o caminho para o pronto-socorro ou para a morte. No Brasil, as intoxicações por medicamentos lideram as estatísticas e os casos em mulheres são maioria absoluta. O último relatório do Sistema Nacional de Informação Toxicológica (Sinitox), ligado à Fundação Oswaldo Cruz, acaba de ser divulgado e mais uma vez alerta para o perigo dos remédios tomados por conta própria. Apenas em 2008, foram contabilizados 26.384 envenenamentos por medicações, sendo 16,8 mil em mulheres, uma média de 72 casos por dia. São notificações de pessoas que precisaram fazer lavagem estomacal por causa da intoxicação. Para comparar, a overdose por drogas ilícitas somou 3.855 casos de intoxicação no mesmo ano. “A mulher é mais familiarizada com o comprimido, até porque vai mais ao médico. Por essas questões culturais abusa mais dos medicamentos”, explica a diretora do Sinitox, Rosany Bochner. “Outro fator que faz parte deste contexto é a circunstância do abuso. A maioria absoluta dos casos é de tentativas de suicídios. As mulheres têm acesso fácil aos medicamentos e usam para autoagressão”, completa. Fenômeno mundial Não é só no Brasil que a relação com os medicamentos tornou-se perigosa. O número de entradas na emergência de hospitais dos Estados Unidos devido o uso por conta própria de remédios, com ou sem necessidade de receita, dobrou nos últimos cinco anos, segundo os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças do país. O aumento foi divulgado mês passado no “Morbidity and Mortality Weekly Report”. A maioria das entradas na emergência foram reações a analgésicos opióides como oxicodona, hidrocodona e metadona. Os casos passaram de 144.600 em 2004 para 305.900 entradas em 2008. As drogas ansiolíticas corresponderam a 271.700 entradas na emergência em 2008, contra 143.500 em 2004 Vício de estrelas A relação da dependência dos medicamentos é crescente, mas não uma novidade, em especial no cenário artístico. Ano passado, quando Michael Jackson morreu, o uso excessivo de remédios pelo cantor veio à tona e foi cogitado como uma das causas de morte do artista. Não foi a primeira estrela que sofreu por transformar o remédio em doença. Carmem Miranda, Elizabeth Taylor, Marilyn Monroe e Maysa são só algumas biografias marcadas pelo vício nas cápsulas.
-
opa! belo texto tem fonte?
-
Seminario Intersetorial Drogas - Porto Alegre/Rs
um tópico no fórum postou Picax Eventos e Competições
Seminario Intersetorial Drogas - Porto Alegre/RS Seminário "Intersetorialidade: pensando a rede de cuidado no campo de crack e outras drogas" Data 06 de agosto de 2010 das 8h às 18h30min Local Centro de Convenções da FIERGS Av. Assis Brasil, 8787 Porto Alegre - RS Público Alvo Trabalhadores e usuários da saúde , da educação, do trabalho, da cultura, da segurança pública, da justiça e demais profissionais e usuários dos diferentes setores relacionados às políticas públicas de proteção social, estudantes, residentes, integrantes de movimentos populares. Temas Abordados PROGRAMAÇÃO 8h - Credenciamento 8h30min - Abertura Grupo Hospitalar Conceição Coordenação da Saúde Mental do Ministério da Saúde Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul Secretaria Municipal de Saúde de Saúde de Porto Alegre 9h- Mesa redonda: Políticas Públicas de Saúde Mental Coordenação Nacional de Saúde Mental - Ministério da Saúde Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre Intervalo Grupo Hospitalar Conceição Conselho Municipal de Saúde -Porto Alegre 12h30min - Intervalo 14h - Mesa redonda: Cenas da Intersetorialidade I Justiça Segurança Pública Assistência Social Trabalho e Geração de Renda Comunidades Terapêuticas Debate 16h - Intervalo 16h20min - Mesa redonda: Cenas da Intersetorialidade II Educação Cultura Esporte Organizações não Governamentais Movimentos Sociais 18h - Encerramento Promoção Centro de Atenção - Álcool e Outras Drogas Grupo Hospitalar Conceição Inscrições INSCRIÇÕES GRATUITAS: CLIQUE AQUI! Informações pelo telefone (51) 3345-1759 ou pelo consultorioderua@ghc.com.br -
Querem Ganhar Dinheiro Nas Costa Do Gr
topic respondeu ao paulista verde de Picax em Ativismo - Cannabis Livre
:Ddura: e pau nesse otario q ta querendo vender o dominio. -
-
Agora é impossivel nao imaginar o Dino da Familia Dinossauro em sua espetacular dança de acasalemento. Caralho, vou perder uma festona!
-
http://www.youtube.com/user/izildaalves quando eu tava na escola, se começasse uma frese assim "dependencia quimica é quando..." ja tomava uma reguada na orelha. rsrs pra ver a qualidade dos "especialistas" que falam sobre drogas nessa campanha. uma bala pra quem conseguir o email da izilda. ou de algume que responda por aquele site.
-
Acórdão Tjsp - Inconstitucionalidade Do Art. 28 Da Lei 11.343
um tópico no fórum postou Picax Segurança e Leis
Acórdão aqui Recebi esse documento de um amigo, estudante de direito da USP. O que ele quer dizer? Como se usa este documento? Alguns destaques: Inconstitucionalida de do art. 28: "Todavia, a criminalízação primária do porte de entorpecentes para uso próprio é de indísfarçável insustentabilidade jurídico-penal, porque não há tipificação 1de conduta hábil a produzir lesão que invada os limites da alteridade, e viola frontalmente os princípios da igualdade e da inviolabilidade da intimidade e da vida privada, albergados pelo artigo 5o da Constituição Federal como dogmas de garantia individual." (fl. 9) "O elemento subjetivo do tipo, evidenciado pela expressão "para consumo próprio", delimita com exatidão o âmbito da lesividade e impede qualquer interpretação expansionista que extrapasse os lindes da autolesão."(fl. 10) "Assim, transformar aquele que tem a droga apenas e tão-somente para uso próprio em agente causador de perigo à incolumidade pública, como se fosse um potencial traficante, implica frontal violação do princípio da ofensividade, dogma garantista previsto no inciso XXXV do artigo 5o da Constituição Federal. Além disso, a criminalização do porte para uso próprio também viola o princípio constitucional da igualdade, pois há flagrante "distinção de tratamento penal (drogas ilícitas) e não-penal (drogas lícitas) para usuários de diferentes substâncias, tendo ambas potencialidade de determinar dependência física e psíquica." (fl. 11) "É por isso que somente é admissível a criminalização das condutas individuais que causem dano ou perigo concreto a bens jurídicos de terceiros, o que não acontece com a conduta descrita no tipo do artigo 28 da Lei n. 11343/2006." (fl. 12) "E não se olvide, ainda, que a criminalização do porte de drogas para uso pessoal afronta o respeito à diferença, corolário do princípio da dignidade, albergado pela Constituição Federal e por inúmeros tratados internacionais de Direitos Humaqós ratificados pelo Brasil. (fl. 13) "Portanto, como a criminalização primária do porte de entorpecente para uso próprio é inconstitucional, a conduta do recorrente, que portava cocaína para uso próprio, é atípica. POSTO ISSO, dou provimento ao recurso interposto por R. L., qualificado nos autos (fls. 08), portador do RG n. xxxxxxxxxxx, para ABSOLVÊ-LO, forte no artigo 386, III do Código de Processo Penal."(fl. 14) -
do Comunidade Segura Com o lançamento do livro "Drogas e Cultura: novas perspectivas", editado em parceira com a Universidade Federal da Bahia, o Ministério da Cultura espera contribuir com o debate e para uma maior eficácia das políticas públicas sobre drogas em nosso país. Sabemos ser este um relevante tema, complexo, de uma extrema delicadeza, e que envolve posições muito díspares. Não fugir ao debate e à polêmica tem sido uma postura deste Ministério. Não poderíamos nos furtar a esta discussão, especialmente pela gravidade crescente de que se reveste. Sobretudo porque dela a dimensão cultural da questão não pode estar ausente, se quisermos desenvolver uma ação responsável sobre o assunto. A cultura não é apenas um componente a mais, ela é de fundamental importância. Sentimos que a sociedade não está sabendo tratar o tema das drogas. Ele não é apenas um caso de polícia e de saúde pública. Com “droga”, ou sem “droga”, os seres humanos, ao longo do tempo, têm buscado ampliar o horizonte do real. Parece ser algo intrínseco à sua natureza. E, como desconhecer que, historicamente, todas as culturas têm relação com substâncias psicoativas? Precisamos escapar de uma visão simplista e superficial sobre o assunto; este tema deve ser abordado, preferencialmente, de uma maneira multidisciplinar, já que a sua compreensão envolve a consideração de diversos aspectos, como os farmacológicos, psicológicos e socioculturais. Não se trata de desconsiderar os riscos e as complexidades bioquímicas do uso dessas substâncias, mas de abrir mais espaço para este tipo de reflexão na discussão sobre as “drogas” na atualidade. Um novo ponto de vista, baseado na redução dos danos, tem emergindo no mundo inteiro, com apoio de vários cientistas, inclusive com a participação de vários ganhadores do Nobel. No Brasil, há alguns anos acompanhamos um saudável amadurecimento acadêmico das pesquisas e dos estudos sobre os usos de “drogas”. Antropólogos, sociólogos, historiadores, médicos, juristas, economistas e tantos outros pesquisadores - alguns deles colaboradores do livro em pauta - estão revelando facetas inusitadas sobre este fenômeno do nosso cotidiano, muito freqüente nas nossas manchetes midiáticas. Há em curso quase um movimento intelectual que oferece uma abordagem biopsicossocial dos estudos sobre “drogas”, um movimento engajado em refletir sobre este polêmico tema e sobre seus paradoxos; que visa a fecundar um debate público mais condizente com o pluralismo, a diversidade e a democracia que têm caracterizado nosso país. Não se pode analisar o uso das “drogas” exclusivamente a partir de seus aspectos farmacológicos e biológicos, precisamos levar em conta as variáveis psíquicas individuais e o contexto social. A militarização no combate às “drogas” está perdendo a batalha em todo o Ocidente. Esta ação não tem diferenciado o usuário do traficante, para ela o consumidor é um cúmplice. Não se interessa pelas diferenças importantes entre as drogas, tanto no âmbito das alterações da percepção e das atividades cerebrais como as diferentes conseqüências físicas e psíquicas de cada uma delas e não consideram a necessidade de compreender os contextos sociais e comportamentais dos usuários. Por outro lado, não basta a descriminalização; a questão é complexa e precisamos de estratégias complexas e de informação e da contextualização de cada caso. Algumas drogas viciam e geram dependências com conseqüências devastadoras, inclusive, parte das drogas legais. A bebida, por exemplo, tem presença maciça nos acidentes de trânsito e muitos remédios causam níveis altos de dependência. Não podemos imputar à cultura a possibilidade de solucionar o problema. A cultura entra como um componente a mais de uma análise multidisciplinar, mas de fundamental importância. Ao desconhecer certas singularidades e ignorar os diversos contextos culturais, acabamos por tratar de modo estanque e indiferenciado as distintas apreensões culturais e nos tornamos incapazes de distinguir as implicações dos diversos usos das “drogas”. Só bem recentemente começamos a reconhecer a legalidade dos usos cultuais de certas substâncias psicoativas vinculadas a rituais. A diferenciação entre o consumo próprio – individual ou coletivo – e o tráfico também ainda não foi totalmente estabelecida. A ausência de tal distinção acarreta um tratamento de desconfiança moral, policial e legal frente a todos os usuários de substâncias psicoativas, independente de seus hábitos e dos contextos culturais. Existem drogas legais e drogas ilegais. Drogas leves e pesadas. Drogas que criam dependência e drogas que não criam. Umas mais, outras menos. Precisamos também balizar de um modo mais atento e detalhado as relações entre os usos, o consumo, a circulação e os direitos privados dos cidadãos brasileiros. Devemos repensar e reconsiderar a relação entre o Estado, as “drogas” e os direitos privados. Este é um passo imprescindível para o amadurecimento das políticas públicas relacionadas às “drogas”. As abordagens sociais tendem a ser levadas em consideração somente quando são realizadas no âmbito do crime, do tráfico, da violência urbana ou da pobreza, sendo desvalorizadas em seus aspectos culturais. Ainda persiste uma tendência a atribuir maior legitimidade aos estudos sobre o assunto desenvolvidos no âmbito das ciências da saúde: como a medicina, a farmacologia e a psicologia. A incapacidade de lidar com a complexidade do fenômeno das “drogas” e essa opção por um tratamento unilateral influencia o campo político, onde se percebe a pobreza das análises e a ausência dos aspectos socioculturais na concepção das políticas públicas direcionadas a elas. Precisamos incorporar uma compreensão “antropológica” sobre as substâncias psicoativas, uma abordagem mais voltada para a atenção aos comportamentos e aos bens simbólicos despertados pelos diversos usos culturais das “drogas”, tanto no nível individual quanto social. Precisamos exercer um papel propositivo na elaboração da atual política nacional sobre a matéria, buscando sempre a ênfase na redução dos danos. Precisamos valorizar o papel das ciências humanas na reflexão sobre o tema e a relacioná-las a outras discussões. Longe de se limitar a um vínculo com o problema da violência ou da criminalidade social, o consumo de “drogas”, desde sempre, remeteu a várias esferas da vida humana, ligando-se a fenômenos religiosos, movimentos de construção (ou reconstrução) de identidades de minorias sociais, étnicas, geracionais, de gênero, ou ainda a produções estéticas. Fatores de ordem moral e cultural possuem uma ação determinante na constituição de padrões reguladores ou estruturantes do consumo de todos os tipos de “drogas”. Para o bem e para o mal, as “drogas” são e estão na sociedade e nas culturas e, portanto, não podem ser entendidas fora delas. Todas elas partem da enorme diversidade de práticas, representações, símbolos e artes que habitam o Brasil. Nossos pesquisadores e nossa legislação devem, em alguma medida, levar em consideração a dimensão cultural para cunhar políticas públicas mais eficazes e mais adequadas à contemporaneidade. * Ministro de Estado da Cultura do Brasil