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Picax

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Tudo que Picax postou

  1. a anti-musa do movimento antiproibicionista (ou seria a musa do movimento proibicionista?!) ataca novamente! http://blogs.jovempan.uol.com.br/campanha/campanha-hoje/video-mostra-dependente-quimico-dando-maconha-a-um-bebe/ Grande Izilda Alves!
  2. Exclusivo: texto de Henrique Carneiro sobre alternativas ao proibicionismo Henrique Carneiro é doutor em História pela USP e membro do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (NEIP). Estuda a questão das drogas e atua contra a proibição desde seus tempos de militância estudantil, nos anos 1980. É sem dúvida um dos maiores especialistas no assunto, tendo publicado, entre outras obras, os livros Álcool e drogas na história do Brasil e Pequena Enciclopédia da história das drogas e bebidas. Animado por conta dos debates de alternativas ao proibicionismo realizados com o Coletivo DAR e também preocupado com os interesses envolvidos atualmente nesta questão, Henrique elaborou um texto explorando sua visão não só sobre a necessidade da legalização como de que maneira acredita que isto deve ser feito. O resultado pode ser conferido abaixo, ou em documento na nossa seção de arquivos. Em “Legalização e controle estatal de todas as drogas para a constituição de um fundo social para a saúde pública” o historiador discute os três circuitos de circulação das drogas psicoativas em nossa sociedade: o das substâncias ilicitas, o das lícitas de uso recreacional e das lícitas de uso terapêutico. Ele discute os diferentes tratamentos dados hoje a essas substâncias, mostrando inclusive como a divisão entre estes campos só ocorreu recentemente. “Pretendo, neste texto, defender um regime mais “equalizador” em relação aos três tipos de substâncias mencionadas e, ao mesmo tempo que antiproibicionista, mais severo em relação a interdição da publicidade e da facilidade do acesso. Como “substâncias essenciais” devem ser objeto de um tipo de emprendimento que não permita a intensificação do estímulo contínuo ao consumo e, consequentemente, lucros sempre crescentes, inerentes ao interesse privado. Defendo assim, a criação de um “fundo social” constituído com o faturamento de um mercado legalizado e estatizado de produção de drogas psicoativas em geral, tanto as ilícitas como as legais” afirma o texto. Antes de apresentarmos a versão completa, que segue abaixo, agradecemos imensamente ao historiador, por nos ceder o texto e principalmente pela constante disposição e abertura a colaborar com o debate antiproibicionista. Legalização e controle estatal de todas as drogas para a constituição de um fundo social para a saúde pública Henrique Carneiro Uma política sobre drogas deve abranger os três circuitos de circulação das drogas psicoativas existentes na sociedade contemporânea: o das substâncias ilícitas, o das lícitas de uso recreacional e o das lícitas de uso terapêutico. A divisão estrita entre estes três campos é recente e sempre vem se alterando. O álcool já foi remédio, tornou-se droga proibida e voltou a ser substância de uso lícito controlado. Outras, como os derivados da Cannabis, que por milênios fizeram parte de inúmeras farmacopéias, foram objeto de uma proscrição oficial no século XX, a ponto de a ONU querer “erradicar” essa planta, assim como outras tais como a coca e a papoula produtora de ópio. Hoje a Cannabis, entretanto, tem uso medicinal reconhecido em muitos estados norte-americanos e em outros países. Qual a fronteira conceitual estrita, no entanto, que separa essas drogas? LSD, DMT ou MDMA, não possuem usos terapêuticos? O que é recreacional e o que é terapêutico? Esse último campo deve estar submetido apenas a monopólios de especialistas ou deve também abranger um amplo uso de técnicas de auto-cura? Pretendo, neste texto, defender um regime mais “equalizador” em relação aos três tipos de substâncias mencionadas e, ao mesmo tempo que antiproibicionista, mais severo em relação a interdição da publicidade e da facilidade do acesso. Como “substâncias essenciais”[1] devem ser objeto de um tipo de emprendimento que não permita a intensificação do estímulo contínuo ao consumo e, consequentemente, lucros sempre crescentes, inerentes ao interesse privado. Defendo assim, a criação de um “fundo social” constituído com o faturamento de um mercado legalizado e estatizado de produção de drogas psicoativas em geral, tanto as ilícitas como as legais. A indústria farmacêutica no seu conjunto concentra alguns dos maiores grupos empresariais do planeta. Hiperconcentrada, hiperlucrativa e em acelerado crescimento nas últimas décadas (faturou 773 bilhões de dólares em 2008[2]). Estreitamente vinculada ao setor de produção de sementes transgênicas e agrotóxicos, a indústria farmacêutica fundiu-se com a indústria de alimentos por meio de várias compras e fusões empresariais. O ramo do tabaco também está imbricado com o setor alimentar e farmacêutico. A última ameaça global pandêmica da gripe suína representou um crescimento ainda mais explosivo da indústria farmacêutica que já era um dos mais expansivos e poderosos. Assim como ocorre com outros mercados, ele se reveste de uma hipertrofia excessiva nos países centrais e de uma carência enorme nos países periféricos. A África tem apenas 1% do mercado farmacêutico, embora tenha epidemias como a da Aids que necessitariam enormemente de medicamentos. Desde o início do século XXI, a África do Sul ameaçou desafiar o regime de patentes que impedia a venda barata de produtos monopolizados por grandes laboratórios e começar a produzir genéricos num laboratório indiano. A patente do retroviral stavudine pertence a universidade de Yale (e rende 90% dos royalties dessa universidade, várias centenas de milhões de dólares), mas ela a cedeu em exclusividade para o laboratório Squibb (BMS), que após uma grande disputa ofereceu o medicamento a um preço menor para os africanos mas sem quebrar o seu monopólio. Esse monopólio de patentes como direito de propriedade intelectual representa uma forma de exclusivismo na circulação do conhecimento e é um dos pilares da forma atual de funcionamento do comércio internacional que favorece a acumulação de capital em detrimento dos interesses sociais da maioria da humanidade. Existem prerrogativas que garantem quebras de monopólios de patentes (cuja duração é de vinte anos), como uma epidemia ou a segurança nacional, mas mesmo no caso recente da pandemia da gripe H1N1 não se colocou em causa a quebra da patente do Tamiflu e os medicamentos continuam a ser produtos caríssimos e sua obtenção não está incluída nos planos de saúde. Sabe-se que ao menos 1/4 de todos os remédios da indústria farmacêutica derivam de saberes fitoterápicos tradicionais que identificaram a maior parte das plantas medicinais e alimentares[3]. Os povos do mundo, entretanto, não recebem royalties e nem tampouco nunca lhes ocorreu monopolizar esse saber de forma implacável como faz a indústria farmacêutica. Dentre o conjunto dos medicamentos (que totalizam em média cerca de 15% dos orçamentos de saúde nos países centrais), se destacam os chamados de psicoativos, que são os indicados para os estados de humor, como promoção da alegria e combate à tristeza, para os problemas mentais, como ansiedade ou falta de concentração, para o aumento do desempenho intelectual ou físico, para a tranquilização, sedação e analgesia, para a excitação sexual, etc. Existem, assim, três circuitos de circulação de drogas psicoativas na sociedade: o das substâncias ilícitas, num mercado paralelo e clandestino, cujo volume é calculado em torno de 400 bilhões de dólares, basicamente os derivados de algumas das plantas mais tradicionais da história da humanidade: a coca, a canábis e a papoula. Cada vez mais cresce também um número de centenas de moléculas sintéticas novas que vem sendo desenvolvidas nos últimos anos em laboratórios clandestinos. O montante do faturamento e as consequências sociais em geral associadas a essas drogas, como a violência e alto índice de aprisionamento, decorrem não do efeito específico das substâncias mas, sobetudo, da sua condição de ilegalidade. O circuito das substâncias lícitas de uso recreacional, como o tabaco, as bebidas alcoólicas e cafeínicas, é regido pela legalidade trazendo assim problemas relacionados ao uso abusivo ou excessivo e seus efeitos sociais, mas não uma violência intrínseca. É um mercado poderoso, de grandes multinacionais associadas à indústria da alimentação, mas também conhece micro-produtores domésticos ou artesanais. Todas estas substâncias já foram objeto de perseguição e tentativas de proibição, que, no caso do álcool, provocaram os problemas ligados à chamada “lei seca” que vigorou de 1920 a 1933 nos Estados Unidos. O circuito que mais notável nas últimas décadas, entretanto, foi das substâncias da indústria psicofarmacêutica, chamados de remédios psicolépticos, psicoanalépticos e psicodislépticos. Desenvolvido especialmente a partir do segundo pós-guerra, é o mais rentável e o que mais tem crescido: é o de circulação mais volumosa, com maior número de consumidores e com o maior faturamento. Seus grandes fundamentos são o sistema de patentes, o monopólio médico da prescrição, um mercado publicitário dirigido para quem toma a droga mas também corruptor de quem a ministra (laboratórios que convencem médicos a receitarem os seus produtos). Sua outra contrapartida indispensável é a proibição concomitante do uso de diversas plantas psicoativas de uso tradicional que também podem ter funções psicoterapêuticas em medicinas tradicionais tais como a canábis, a papoula e a coca, que passaram a ser substituídas por pílulas farmacêuticas. O que esse mercado em geral das substâncias psicoativas controla é nada mais nada menos que os mais eficientes instrumentos na luta contra o sofrimento e a na busca da alegria. As drogas, não importa se fluoxetina, álcool ou maconha, o que oferecem, e essa a razão pela qual são usadas, é a amenização da dor e a intensificação do prazer. E essa promessa elas de fato a cumprem, cada uma nas suas limitações e com o seu preço, mas elas não enganam a humanidade há tantos milênios e sim lhe trazem aquilo que nelas é buscado. Sem o ópio, por exemplo, a humanidade teria tido um sofrimento indescritivelmente superior. Hoje, numa era industrial de aumento de tensões e de sofrimentos psíquicos diversos e complexos, deixando de lado as plantas tradicionais, contamos com centenas de moléculas puras para os mais diversos efeitos. A indústria farmacêutica busca ampliar o seu monopólio, substituindo usos de plantas tradicionais por fármacos patenteados, e colonizando cada vez mais a vida cotidiana, oferecendo novos “remédios” para as mais diferentes esferas comportamentais. O maior número de usuários e dependentes de drogas na sociedade contemporânea são os consumidores de produtos da indústria farmacêutica. As drogas de farmácia também tem usos variados que podem ser benéficos ou nocivos, equilibrados ou abusivos. Uma parte dos consumidores faz uso abusivo. Uma média de um terço das intoxicações que ocorrem no país, por exemplo, são devidas a drogas da indústria farmacêutica, numa proporção muito maior do que as que ocorrem por causa do uso abusivo de substâncias ilícitas. Artigo recente do jornalista Ruy Castro, na FSP (28/12/09)[4], lembrava, a propósito da morte da atriz Brittany Murphy, que muitos outros artistas, citando Carmem Miranda, Marilyn Monroe, Judy Garland, Elvis Presley e Michael Jakson, assim como ela, sofreram do uso excessivo de remédios legais que os levaram a morte, ou seja, morreram do uso de seus “remédios”. Só no Brasil, há mais de 32 mil rótulos de medicamentos com variações de 12 mil substâncias (a OMS considera como realmente necessários uma lista de 300 itens), vendidos em mais de 54 mil farmácias (uma para cada três mil habitantes, o dobro da recomendação da OMS)[5]. Uma parte cada vez maior destas drogas são substâncias psicoativas, entre as principais: os antidepressivos, as anfetaminas, os benzodiazepínicos, e muitos outros mais. Nos anos de 2008 e 2009 o segundo medicamento mais vendido no Brasil vem sendo o benzodiazepínico Rivotril (cf. IMS Health, o primeiro é uma pílula anticoncepcional). A dependência de remédios, uma forma de consumo compulsivo chamada as vezes popularmente de “hipocondria” é uma característica marcante da relação das pessoas com as drogas. Por serem, por vezes, receitadas por um médico são chamadas de “remédios”, mas o seu resultado é exatamente o mesmo de qualquer outro consumo compulsivo, podendo levar à efeitos daninhos para o organismo e à dependência e tolerância. Queixas de mal-estares vagos em pronto-atendimentos são medicadas comumente com benzodiazepínicos, especialmente se as pacientes forem mulheres e donas-de-casa. O uso de moderadores de apetite não só para diminuição de peso mas como estimulante também se propaga ao ponto do Brasil ser um dos maiores mercados mundiais. O uso de certos produtos farmacêuticos como drogas para outras finalidades, que não as indicadas, devido a seus efeitos colaterais também é comum: xaropes para tosse com codeína, remédios para dor de cabeça como Optalidon, para mal de Parkinson como Artane ou mesmo de analgésicos para combater dores mais psíquicas do que propriamente orgânicas. O uso de doses inapropriadas de drogas comuns pode ser extremamente perigoso, é o caso de overdoses de aspirina que um estudo recente de Karen M. Starko apontou poder ser responsável por parte dos mortos na época da epidemia da gripe espanhola em 1918[6]. Durante a epidemia da gripe suína, chegou a se proibir a veiculação de publicidade de antifebris para não haver indução à medicação excessiva, desnecessária e muitas vezes perigosa. Muito além do simples e indefinível efeito farmacológico objetivo todo remédio também é uma representação que se autoreforça por meio do efeito placebo inerente à todo medicamento. O que se vende com o mercado de drogas são modos de produção da subjetividade. Assim o fazem os usuários que as inserem em contextos sociais, cerimoniais e até rituais. Também assim o consideram as agências publicitárias que, ao promoverem álcool, tabaco ou remédios vendem estados de espírito, vendem modelos de felicidade da alma, humor em pílulas. Mais do que venderem, exacerbam, pois, conforme a hipnótica cantilena publicitária, só há requinte com um cigarro na mão, só há festa com cerveja e decotes generosos, só há felicidade plena com o sono, a ansiedade e a tristeza geridos por meio de doses de pílulas ou elixires. Por isso os orçamentos administrativos e de marketing das indústrias farmacêuticas são muito maiores que os de pesquisa, que sempre param após o lançamento do fármaco no mercado não havendo acompanhamento exaustivo de seus efeitos previstos e colaterais nas populações usuárias de longo prazo. De toda a indústria farmacêutica, a das drogas psicoativas é não só uma das mais lucrativas como a que teve um papel mais significativo na sua influência cultural. O que pouco se percebe é que paralelamente à emergência de um proibicionismo de certas drogas ocorreu uma exacerbação na compulsão ao consumo de fármacos industriais (assim como também o de alimentos e outras mercadorias). Os anti-psicóticos, soníferos, tranquilizantes, ansiolíticos e anti-depressivos despontaram desde os anos 1950 como carros-chefes não só da indústria, como de estilos de vida, em que o uso de pílulas tornou-se um hábito considerado normal, não só como suplementos vitamínicos ou fortificantes mas como reguladores mentais, moduladores psíquicos, capazes de alterar o humor, o sono, a tensão e a motivação. Junto a cada um dos novos fármacos se construiu uma entidade nosológica nova para a qual cada medicamento seria o específico terapêutico. O erro central dessa visão psicofarmacêutica era considerar o sintoma (por exemplo, a depressão) como a doença. Ao invés de oferecer uma interpretação do seu sofrimento e de suas causas, uma “narrativa” que lhe desse sentido, como diz David Healy, passou a se oferecer (vender, melhor dizendo) uma pílula miraculosa. Este médico e professor de Medicina Psicológica fez uma análise da emergência da depressão como um quadro clínico e nosológico desde os anos de 1950 e da concomitante ascensão dos medicamentos antidepressivos como mercadorias de alta lucratividade numa das indústrias que mais floresceu desde o segundo pós-guerra, em The Antidepressant Era (1997), que é um livro importante para a compreensão dos múltiplos significados dessa era de novas drogas e novas políticas sobre drogas que abrangem não apenas o universo médico strito sensu, como também a vida cotidiana medicalizada e farmacologizada cada vez mais. A própria técnica publicitária nasce, desde o final do século XIX, fortemente ligada à venda de medicamentos, tônicos, fortificantes, etc., vendendo estilos de vida mais do que os produtos em si. Até hoje, o setor da venda de drogas (seja álcool, tabaco ou remédios) representa uma das maiores fatias do mercado publicitário internacional e brasileiro. Além dos barbitúricos, para sedação, a grande inovação desde os anos 50 foram remédios contra a depressão, tais como imipramina, lançada em 1957 sob o nome de Tofranil, depois a amitriptilina, lançada em 1961. Nem sequer o escândalo da talidomida, lançada como sedativo e tranquilizante, em 1957, e responsável por mais de seis mil casos de má formação fetal em grávidas que o usaram, desestimulou o crescente mercado do consolo e do apaziguamento psíquico. Nos anos 80 e 90 a fluoxetina, sob o nome de Prozac, se tornou um dos medicamento psicoativos a vender muitos bilhões de dólares e foi o emblema de uma época onde a indústria farmacêutica criava uma nova cultura de dependência de drogas ao mesmo tempo que se desencadeava uma guerra sem quartel contra algumas drogas ilícitas, muitas delas plantas de usos tradicionais milenares. Recentemente, a própria suposta eficácia dos anti-depressivos foi questionada pois nem todos os estudos realizados são publicados e, mesmo entre os publicados, a diferença entre o efeito dos placebos comparado ao efeito dos fármacos é muito pequena nos casos majoritários de depressões leves[7]. O uso, entretanto, de psicoativos como anti-depressivos, entre outros, inclusive infantil, aumentou vertiginosamente para um conjunto infinito de condutas a serem supostamente corrigidas pelo medicamento, desde enurese noturna até hiperatividade, de insônia a ansiedade, de “pânico social” à “síndrome do pânico”, dentre os tantos novos rótulos que surgem para configurar supostos quadros nosográficos. A OMS profetiza que em algumas décadas a depressão será a doença mais incapacitante do mundo, o que por si já é revelador da situação de insustentabilidade que vive o sistema econômico capitalista. Recentemente surgiu até mesmo uma versão veterinária do Prozac para cães. O uso de drogas na sociedade cresce sobretudo por meio dos remédios legais, cuja publicidade incita a um consumo fetichizado e hipocondríaco, na busca de panacéias químicas para mal-estares sociais e psicológicos. Uma política realmente democrática em relação às drogas psicoativas seria aquela que legalizasse todas, submetendo-as a um mesmo regime, não importa se remédios sintéticos ou derivados de plantas tradicionais, mas aumentasse a severidade dos controles, distintos para cada substância. Toda publicidade em veículos de mídia destinados ao público em geral deveria ser proibida e a fiscalização e punição para consumos irresponsáveis, como ao volante, por exemplo, de álcool ou outras drogas, deveria ser rígida. Outra medida necessária seria a estatização da grande produção e do grande comércio, de forma a evitar que corporações gananciosas dominassem o mercado e para garantir que todos os lucros desse comércio fossem direcionados para fins sociais, inclusive para programas de desabituação para os consumidores problemáticos que necessitassem. Nesse sentido, além de uma política em favor dos genéricos e da quebra das patentes, o estado deveria garantir a fabricação de todos os fármacos indispensáveis oferecendo-os ao menor preço possível e aplicando os lucros obtidos no interesse social. Um amplo programa de pesquisa com financiamento e destinação pública, poderia assim estimular também o desenvolvimento de novos fármacos. Isso deveria se aplicar tanto aos remédios fisiológicos como aos psicoativos da indústria farmacêutica, como também ao álcool, ao tabaco e às substâncias hoje consideradas ilícitas. A legalização da maconha, da cocaína e de todas as drogas, sob controle estatal do grande atacado e produção afastaria o atrativo para o crime organizado, permitiria maior monitoramento dos usos problemáticos e encaminhamento dos necessitados a tratamentos que poderiam ser financiados e oferecidos no serviço público de saúde pela própria renda gerada pela venda legal. Porque não criar-se um Fundo Social resultado não apenas de impostos, mas do controle econômico estatal da grande produção e circulação de drogas, remédios, bebidas e cigarros? O conjunto do faturamento obtido poderia servir para custear o orçamento de Saúde Pública. É claro que há um campo imenso de iniciativas individuais, familiares, comunitárias e microempresarias que poderiam ser não só mantidas, mas estimuladas no campo do cultivo e da produção dessas substâncias. Tanto bebidas como vinhos, cervejas ou aguardentes, como cultivadores de fumos de qualidade, ou de “canabicultores”, deveriam ser estimulados com apoio creditício e fiscal. O conjunto das drogas legalizadas acabaria com os efeitos nefastos do chamado “narcotráfico”, encerraria a “guerra contra as drogas”, libertaria os prisioneiros dessa guerra: em torno de metade da população carcerária tanto nos EUA como no Brasil. O crescimento vertiginoso do encarceramento por drogas que vem servindo como a principal fonte de lucros para o sistema penal privado norte-americano e como mecanismo de repressão social e racial contra os pobres e os afrodescendentes seria detido. Reduziriam-se os danos sociais dos usos problemáticos de drogas e estes poderiam ser amenizados. Se potencializariam os usos positivos, tanto terapêuticos como recreacionais. Os fármacos em geral, e os psicofármacos em particular, oferecem um florescente futuro, com inúmeras novas moléculas podendo ser inventadas, além dos usos diversos que já se podem fazer das substâncias existentes, o que amplia um repertório capaz de ser usado para fins terapêuticos, lúdicos, recreacionias, devocionais, de reflexão filosófica, de auto-conhecimento e de regulação humoral (os timolépticos), mas também podendo ser usado de formas autodestrutivas, excessivas, abusivas e descontroladas. Uma cultura da autonomia responsável supõe o uso consciente do potencial de todos os fármacos, que, como os alimentos, são os produtos da cultura material que ingerimos para finalidades úteis ao nosso corpo. Usar as “tecnologias de si” de forma construtiva significa por um lado acabar com a “guerra contra as drogas” e o proibicionismo demonizante de certas substâncias, mas, por outro, significa recusar os efeitos alienantes de uma cultura publicitária que faz da saúde um negócio e da necessidade das drogas um mercado oligopólico global. Bibliografia: BALICK, Michael J.; e COX, Paul Alan, Plants, People, and Culture. The Science of Ethnobotany, N. York, Scientifican American Library, 1997. HEALY, David, The Antidepressant Era, 1997, Harvard University Press, 1997. IMS HEALTH www.imhshealth.com MOYNIHAM, Ray; e CASSELS, Alan, “Comerciantes de enfermedades” in Le Monde Diplomatique Ed. Chilena, Santiago, 2006. RUDGLEY, Richard, Essential substances. A cultural history of intoxicants in society, N. York, Kondansha, 1993. -------------------------------------------------------------------------------- [1] Expressão adotada por Richard Rudgley para denominar as drogas psicoativas em Essential substances. A cultural history of intoxicants in society (N. York, Kondansha, 1993). [2] Cf. IMS Health, 2009. [3] Michael J. Balick e Paul Alan Cox, Plants, People, and Culture. The Science of Ethnobotany, N. York, Scientifican American Library, 1997,p.25. [4] Ruy Castro, “Vale das bolinhas”, FSP, 28/12/2009, p.2. [5] Jomar Morais, “Viciados em remédios”, Superinteressante, nº 185, fevereiro de 2003, p.44. [6] “Aspirina pode ter tido um papel na epidemia de gripe de 1918”, Nicholas Bakalar (NYT), in FSP, 13/10/2009. [7] “Effectiveness of antidepressants: an evidence myth constructed from a thousand randomized trials?”, John P. A. Ioannides, in Philosophy, Ethics, and Humanities in Medicine, 3:14, 27 de maio de 2008.
  3. Vamos ocupar os comentarios do blog entao! Ja comentei ! abs
  4. se precisarem do logo em alta definicao me avisem.. abs
  5. up! (por favor ajudem na divulgação: repassem a tod@s que não tenham recebido. usem twitter e etc. obrigado) Olá a tod@s Reunião Marcha da Maconha São Paulo Dia 14/03 - Domingo Local: Centro Cultural São Paulo, Rua Vergueiro, 1000. (Estação Vergueiro de metrô) Horario: 16h Ponto de encontro: Café Lanchonete (caso chegue após as 16h, procure pelo Centro Cultural. A reunião normalmente acontece em roda. Tentaremos levar um cartaz para identificar...) Pauta: Manifesto pela Marcha 2010 Camisetas (levem dinheiro!) Panfletos (levem orçamentos por favor!) Conteúdo do Panfleto Estratégias de ação em caso de proibição Calendário de reuniões/oficinas/encontros/atividades Tele - Marcha SP: 11_6333-5505 (telefone disponível no www.marchadamaconha.org) Dúvidas: saopaulo@marchadamaconha.org Lembramos que o consumo de qualquer substância psicoativa durante a reunião é proibido. Coletivo Marcha da Maconha São Paulo até lá! abs saopaulo@marchadamaconha.org
  6. acho que tem q incentivar as pessoas a levarem os proprios cartazes, ou os Coletivos das Marchas montarem oficinas. um estilo de cartaz que tem dado certo é o Pirulito. Feito com um pedaço de pau ou cabo de vassoura, com papelão duro e o cartaz propriamente dito... nao tenho foto agora para postar, mas da para ter uma ideia né? Estilo segurar um pirulito gigante... enfim ...
  7. Lembrei de umas polemicas que rolaram no RJ e devem rolar em outros locais "policia é pra ladrao/ pra maconheiro nao" acho horrivel, despolitizado... faço frente contra esse tipo de agito policialesco "ei policia maconha é uma delicia" esse é apologia (tem um video do RS que explica isso) e extremamente provocativa...
  8. enquanto ninguem oficializar a candidatura fica foda mesmo articular apoio, ou tentar saber de programa de governo ou de mandato. Em SP para dep. federal teriamos o Paulo Teixeira como opção para defender mudanças na lei de drogas. Nao conheço outro candidato em SP que faça isso de maneira aberta e pública. Vamos mapear?
  9. Opas, Além do post (esta no Cannabis Livre) sobre as lutas antiproibicionistas e das mulheres, a Dica Do DAR dessa semana especial Dia das Mulheres inclui dois videos que merecem ser assistidos...
  10. Feminismo e anti-proibicionismo – um diálogo necessário na luta contra as opressões Coletivo DAR, março de 2010 Nesta segunda-feira, o dia 8 de março completa cem anos de celebração do Dia Internacional da Mulher, dia de luta por uma sociedade livre das opressões de gênero. Como explica a socióloga Maria Lygia Quartim de Moraes, em sua tese de livre-docência 20 anos de feminismo, “O feminismo, enquanto conjunto de valores e representações sobre a mulher, é uma ideologia contemporânea que animou com bandeiras de luta e plataformas políticas uma fração importante do movimento popular” e parte de duas premissas consensuais: “(1) as mulheres, além de sofrerem outras formas de exploração, são oprimidas enquanto tais, isto é, enquanto representantes do sexo feminino; (2) a opressão da mulher antecede o capitalismo e persiste no socialismo, demonstrando uma especificidade que só poderá ser superada através da militância das mulheres”. Como militantes do movimento anti-proibicionista, que busca alternativas à atual política de guerra às drogas – responsável pela inaceitável intromissão do Estado na esfera privada dos cidadãos e instrumento de corrupção, violência e criminalização da pobreza – vemos na luta das mulheres por liberdade muitos pontos de confluência, o que levanta cada vez mais a necessidade de articulação entre os diferentes setores que atuam no combate às opressões específicas. As lutas das mulheres por direito ao próprio corpo, pelo fim da hipocrisia que separa público do privado, pela não hierarquização das lutas e contra a militarização e a criminalização da pobreza são irmãs da bandeira do anti-proibicionismo das drogas. Assim como questionar a arbitrária ilicitude de algumas drogas é tarefa não só dos usuários destas substâncias, as bandeiras levantadas pelas feministas devem ser empunhadas por todos que buscam uma sociedade mais justa e igualitária. Feminismo e anti-proibicionismo são lutas políticas contra um status quo sustentado por interesses econômicos e valores morais milenares que, infelizmente, ainda balizam nossa estrutura social para muito além do que se pode ver na aparência. E são esses interesses e valores um importante pilar de sustentação das desigualdades que oprimem pobres, mulheres, homossexuais, negros, imigrantes e indígenas. Todo comportamento que destoa da ideologia dominante é tachado a priori como ameaçador ao sistema, mesmo que este depois apresente ferramentas de incorporá-lo. Direito ao próprio corpo Uma das principais pautas do movimento de mulheres hoje é a defesa da legalização do aborto, cuja ilicitude acarreta em milhares e milhares de mortes de mulheres pobres, que realizam seus abortos em clínicas clandestinas com péssimas condições. Assim como a demanda por drogas ilícitas não diminui com a proibição, a realização de abortos não é inibida pela inexistência de políticas de saúde públicas que o prevejam de forma segura e consequente. E, assim como no caso da proibição das drogas, é um setor muito específico da sociedade o que sofre as consequenciais dessa proibição: os pobres. Se o usuário de drogas que tem dinheiro não tem problemas em obter essas substâncias por enquanto ilícitas e nem é reprimido pela polícia, a mulher de classe alta também não encontra o menor obstáculo para realizar um aborto seguro em clínicas clandestinas de qualidade. A ilegalidade do aborto é incompatível com um Estado laico, e com uma sociedade que preveja a diversidade como baliza para relações igualitárias. Da mesma forma como a proibição das drogas, a proibição do aborto viola a intimidade e a vida privada dos cidadãos, e representa invasão do Estado sobre a auto-determinação de cada pessoa. E da mesma maneira como defender a legalização das drogas não significa defender o uso de drogas necessariamente, a bandeira do aborto legal não é uma defesa apologética de uma prática que não é simples e livre de consequenciais perigosas – no entanto, em ambos os casos, o status jurídico não pode impedir decisões individuais que não tragam prejuízos a terceiros. Não por coincidência, os setores mais ativos no combate à legalização das drogas e do aborto são os representantes do que há de mais nefasto na ideologia conservadora e religiosa que sustenta o Poder com P maiúsculo. Não hierarquização das lutas Tradicionalmente, dentro dos setores combativos existe um antagonismo entre os que defendem uma relação de horizontalidade entre as diferentes formas de luta – como a sindical, a estudantil, a feminista, a do movimento gay, etc – e grupos dogmáticos que defendem a centralidade da luta política “revolucionária”, que deveria submeter todas as outras, colocando-as em segundo plano. Algo como “primeiro tomamos o poder, depois resolvemos esses problemas menores”. Exemplo claro está no diálogoentre a alemã Clara Zétkin, precursora feminista que propôs a criação do 8 de março, e o bolchevique Lênin, que defendeu em 1920 que a prioridade na atuação de sua companheira alemã deveria ser “a revolução”, não o debate sobre as condições de vida das mulheres (coincidentemente a imensa maiorias das lideranças da Revolução de Outubro era composta por homens, mesmo que entre a “base” dos lutadores houvesse milhares de mulheres). “Seria agora o momento de incentivar as proletárias com discussões de como se ama ou é amada, como se casam ou estão casadas?” questionou Lênin. “Agora todos os pensamentos das companheiras, das mulheres da classe trabalhadora, precisa ser direcionada para a revolução proletária. Isso criará as bases de uma renovação real no casamento e nas relações sexuais. No momento outros problemas são mais urgentes que as formas de casamento de Maoris ou incesto dos tempos antigos. A questão dos sovietes ainda está na agenda do proletariado alemão”. Seriam essas questões excludentes? É mais importante a tomada do poder ou a mudança nos valores cotidianos que oprimem inclusive as mulheres dos revolucionários bolcheviques? Não é possível uma luta que congregue mudanças macro-econômicas e políticas com a transformação da mente e das concepções cujas raízes remontam à própria constituição da família e da sociabiliadde humana? No caso da demanda por alternativas ao proibicionismo, é comum ouvirmos que essa é uma pauta importante mas “não prioritária”. Mesmo os que não assumem essa hierarquização, fazem como fazem com as bandeiras das feministas dentro de parte das organizações de esquerda: resoluções que não saem do papel. Defendemos o aborto ou lutamos contra a guerra às drogas em nossas resoluções, jornais ou até posicionamentos públicos, mas nossa atuação se concentra na disputa do poder (invariavelmente identificada com a disputa do Estado). Sem falar no moralismo entranhado na prática mesmo dos que supostamente combatem a ordem dominante mas que reproduzem em seu cotidiano pessoal e político distorções e preconceitos contra os quais deveriam lutar. É a separação entre público e privado, também combatida pelas feministas. Como explica Maria Lygia, “a instituição da família monogâmica, com o advento da sociedade de classes, reduz a produção doméstica a um serviço privado, feito por cada mulher, no interior de cada unidade familiar. A partir de então a vida social cinde-se em duas esferas: a pública, domínio dos homens, que sofrerá grandes transformações no decorrer da História e a esfera privada, lugar da família, domínio da mulher, que se vê, pois, excluída de qualquer participação social que ultrapasse os limites do seu “lar””. A luta política restringe-se a transformação da esfera pública, na privada reproduz-se a opressão e a desigualdade. No caso da relação com o uso de drogas, se observa o mesmo comportamento: combatemos os preconceitos, as desigualdades, o senso-comum, mas apenas na esfera pública, em nossa vida pessoal reproduzimos a mesma moral de ascetismo e disciplina que pregam as igrejas e os setores mais conservadores (pensemos na explicação de Weber sobre a relação entre a ética protestante e a moral capitalista – não seria essa pregação ao “sacrifício militante” análoga à louvação do trabalho como salvação?). Experimentações sexuais e sensorais só fazem atrapalhar a “moral bolchevique” (nos termos de Nahuel Moreno) necessária à prática política e à transformação social, esquecendo-se que também as transformações micro-políticas são passos para a formação de uma nova consciência. “Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”… Combate à militarização e à criminalização da pobreza Um dos quatro eixos de ação da Marcha Mundial das Mulheres para 2010é “Paz e Desmilitarização”. “No Brasil, lutamos contra a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais e contra o processo crescente de militarização da sociedade, que se manifesta por meio de atitudes repressivas e violentas do Estado, como os inúmeros assassinatos cometidos pelas polícias, ou na crença de que as armas são capazes de resolver a questão da segurança pública. Denunciamos como essas ações atingem, sobretudo os negros e negras”, diz a Marcha. A relação é evidente entre essa bandeira e a necessidade do combate à guerra às drogas, instrumento dessas atitudes repressivas e violentas do Estado. Crimes relacionados às drogas são responsáveis pelo encarceramento de cerca de 75 mil pessoas no Brasil, e no caso das mulheres são a principal justificativa para aprisionamento, o que se repete no mundo todo. Cresce cada vez mais o número de mulheres presas pelo pequeno comércio de drogas, obviamente pobres e na maioria das vezes negras. Aproveitemos o 8 de março para levantar ainda mais alto a bandeira dos direitos das mulheres. Aproveitemos o momento também para refletir sobre a necessidade da integração entre as lutas e as formulações dos diversos movimentos de combate às opressões. No caso específico entre a relação entre feminismo e anti-proibicionismo, ressaltamos a necessidade tanto da preocupação feminista dentro de nossa militância anti-proibicionista quanto a também impostergável necessidade de reflexão anti-proibicionista dentro da atuação feminista. Esperamos contribuir para a construção deste processo.
  11. Volto a argumentar que como candidatos, Soninha e demais não podem fazer muita coisa. Governandor não tem como legalizar né!? Mas governador (e candidato em geral) pode, e deveria, expor as propostas para a area de Saúde, Segurança Pública, Educação, e se for um bom candidato, para area especifica de Politica sobre Drogas. Se este ou aquele vai se influenciar pelas nossas opinioes é uma historia, mas todos precisam expor seus programas de governo. Talvez nao exista grandes diferenças entre Alckmin, Soninha, Mercadante na politica em geral. Mas existem diferenças sim se este ou aquele candidato vai apoiar acoes de reducao de danos, ou se vai monitorar a violencia policial, etc... Melhor do que irmos atras de um candidato "proximo", acho melhor irmos atras dos programas dos candidatos, e descobrir o que cada um já pensa sobre Saúde, Segurança...
  12. otimo evento... se estivesse no RJ nao perderia... abs
  13. vamos concentrar nos aspectos politicos né? ainda acho sim que dentro da candidatura dela podemos pensar em como influenciar: 1-) politicas do Estado para Saúde (CAPS AD, reducao de danos) 2-) politicas do Estado para a Segurança Publica (diretrizes para a Policia Civil, PM, DENARC, Corregedoria, combate a corrupçao, FEBEM) 3-) politicas do Estado para Assistencia Social (nao tenho muitas ideias) 4-) Educação (Proerd, incentivo a pesquisa USP UNICAMP) onde mais Governador pode influenciar? abs
  14. A tela de silk ficou pronta! Ahahahah :hahaha:Ta gigante! Oficina confirmadissima! :cool DIA 6/03 - Sábado - 14h - oficina para fazer camiseta Local: Praça Horácio Sabino (esquina da r. gabriel de britto e r. cristiano viana) próximo ao Metro Sumaré, av. doutor arnaldo, av. heitor penteado, av. sumaré...
  15. (ehehe auto-citação é foda..) Acho que a estrategia de abordar os candidatos com temas relacionados diretamente com drogas, mas sem falar na polarizacao frenética legaliza x proibe, teremos mais sucesso. O Gabeira tem alimentado a sessao de cannabis do seu blog (e-legalize acho que chama). No campo da saúde se faz cada vez mais necessario o foco em politicas de reducao de danos. Nisso governador tem toda autoridade para fazer... Em SP uma grande critica ao Serra é a falta de iniciativas em reducao de danos. E quando existem são sempre atreladas a questao de HIV AIDS DST
  16. A Soninha é pré candidata pelo PPS ao governo do Estado de SP. Ano passado e ano retrasado ela apoiou como pode a realizacao da Marcha da Maconha em SP. Este ano não conseguimos contato com ela ainda. Por ser um ano eleitoral e o tema ser polemico, a esquiva do contato é perceptivel. Acho que podemos sim pautar em alguns pontos a candidatura dela, nas questoes de saúde principalmente. Governandor do Estado nao pode fazer muita coisa né... Se conseguirmos debater com ela no ambito da candidatura os temas de: redução de danos, fomento a pesquisa nas diversas areas, melhores CAPS AD, qualidade no atendimento no sistema de saude, será uma grande vitoria. abs
  17. O evento é semana que vem... Mesmo assim nao tem horario, local, programa... vai rolar mesmo? abs
  18. opa Weed, tava sumido daqui! boa volta! valeu pelo artigo
  19. cuidado com esse açucar e potassio! eu tento alternar a coca cola com agua, suco sem acucar...
  20. enviei email para os participantes que assinaram as listas de presença da Marcha SP. se tiver alguem que queira receber, ou que nao receber, me manda mp para incluir o email na lista. é importante que todos nas reunioes recebam os emails. abs
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